Autora: Contarei aqui o passado de Scott com pequenas mudanças para dar mais emoção, mostrar que Scott é um líder nato e desde criança tem uma maturidade de um,afinal, se toda fanfic contasse exatamente como o desenho mostra, todas seriam iguais e eu resolvi mudar um pouquinho... Espero que adorem!
Cap.3: A maturidade de um líder
Assim como os Grey a família Summers era feliz: Katherine era a mãe ideal para seus filhos, pois os amava muito; Christoper era um piloto de teste da força aérea americana e deixava seus filhos e sua mulher orgulhos; Alex era o caçula da família e se dava bem com o irmão, sendo que era difícil os encontrar brigando; Scott era um garoto de oito anos que cuidava de seu irmão Alex e adorava voar no jato do pai.
Alex era loiro e tinha olhos castanhos, era muito ativo e estava sempre rodeando a mãe ou o irmão.
Scott por sua vez era diferente, tinha olhos e cabelos castanhos, tinha uma "vida aérea" assim como o pai, era extremamente dedicado em tudo o que fazia, atencioso com Alex e responsável, apesar de seus oito anos.
Uma vez, no Alaska ,logo quando voltavam de uma viagem, o avião particular dos Summers foi atingido por navios inimigos dos americanos e começou a pegar fogo, todos entraram em pânico.
-O que está acontecendo? – perguntou Katherine com uma voz aparentemente assustada.
-Fomos atingidos! Katherine, pegue os pára-quedas e vá colocando nas crianças! – a mulher fez o que o marido pediu, mas, quando foi pegar os pára-quedas, viu que só havia um, os outros estavam em chamas e, justo o que sobrou era o especialmente feito par Scott (portanto carregava menos peso e era bem mais leve).
-Só há um! Vamos, Scott, quero que ponha isso.
-Mas, e vocês? – o garoto ainda estava confuso e muito desesperado.
-Seu pai vai conseguir um lugar para pousar a tempo, mas precisamos ter certeza de que vocês vão ficar bem. Prometa uma coisa, filho, se nos acontecer alguma coisa...
-Vai dar tudo certo, mãe.
-Tudo bem, mas apenas me prometa, prometa que vai cuidar de seu irmão.
-Ok, eu prometo – podia-se ver claramente lágrimas caído dos olhos do menino, que sabia o que estava por vir.
-Não há mais tempo! – alertou Christoper.
-Porque está chorando? – Alex perguntou ao irmão, ele era muito novo para entender, ainda era cedo para ele perceber que a vida também tem suas desgraças e que nem tudo é maravilhoso, mas infelizmente ele teria de enfrentar tudo isso antes que pudesse entender.
-Vai dar tudo certo, meus filhos. Agora vão. Nós os amamos mais do que tudo no mundo! – a mãe tentava acalmá-los, sabendo o que aconteceria a seguir.
-Nós também os amamos, mãe, mais do que imagina. Vamos, Alex – foi Scott quem respondeu ao abraçar o irmão e pular.
As lágrimas escorriam pelo seu rosto, dor, sofrimento e tristeza eram os sentimentos mais marcantes, seus pais eram os melhores do mundo e ele não deixaria que eles fossem esquecidos, pelo menos em sua mente e em seu coração ainda estariam vivos e nada faria com que isso mudasse.
Em poucos segundos Scott abriu o pára-quedas, seguindo as instruções que seu pai sempre lhe dava. O pára-quedas não agüentou o peso dos dois e eles caiam rapidamente...
Desculpe, mãe, não sei se conseguirei cumprir a minha promessa, acho que não vamos conseguir pousar em segurança. Era o que o garoto mais velho pensava, enquanto o mais novo se segurava firmemente e mantinha os olhos cerrados para não ver a queda.
O chão se aproximava depressa e, quando as costas de Alex iriam tocar o chão, Scott puxou-o para cima, virou-se e fez com que ele mesmo sentisse o impacto no lugar do irmão. Após disso, desmaiou, ele e Alex foram encontrados a tempo, sendo que o caçula estava acordado.
Scott acordou em um hospital, tinha muita tontura, seu corpo estava dolorido e apresentava muitos curativos em sua cabeça. A cena do avião ainda não tinha saído de sua mente. As dores de cabeça não deixavam que ele organizasse suas lembranças e por isso elas vinham aos poucos, recontando o acontecido em flashes seguidos...
"Fomos atingidos!"
"Scott, quero que ponha isso."
"Prometa que vai cuidar de seu irmão".
"Não há mais tempo!"
"Nós os amamos mais do que tudo no mundo!"
"Nós também os amamos, mãe, mais do que imagina."
"Desculpe, mãe, não sei se conseguirei cumprir a minha promessa, acho que não vamos conseguir pousar em segurança."
Scott então se deu conta de que seu irmão não estava na mesma sala que ele.
- Hey, finalmente você acordou, garoto, você dormiu por dois dias... – era a enfermeira.
-DOIS DIAS?
-Sim, foi uma queda muito forte e você ainda vai ter que ficar por aqui durante um bom tempo, meu rapaz, você sofreu uns danos cerebrais e demorará para que a situação se estabeleça e você volte ao normal...
-Entendo...O que aconteceu com meus pais? E onde está meu irmão?
- Seu irmão Alexander já se recuperou, pois teve danos muitíssimos menores graças a você. Agora ele está em observação para ver se as coisas não pioram novamente, quando você melhorar ele vai poder vir te visitar. Já seus pais... sinto muito... O avião que seus pais estavam caiu e eles estão desaparecidos... – a enfermeira tinha a certeza de que Scott era o responsável por Alex não ter sofrido muitos danos, pois Alex caiu em cima dele, sendo que ele era quem estava com o pára-quedas e quis destacar isso para diminuir a dor causada pela perda dos pais que o garoto sentia.
Scott ficou em silêncio, estava chocado com o que tinha ouvido, apesar de não muito surpreso.Ele estava feliz por seu irmão estar bem, mas extremamente arrasado com a falta de um sinal de vida de seus pais. Por um momento, achou que ia desmaiar de novo com tanta dor de cabeça, mas logo recuperou a consciência e voltou a ouvir a enfermeira:
-Como estão as dores de cabeça?
-Estão muito forte, mas parece que estão diminuindo... – respondeu o garoto, abalado.
-Bom, acho melhor deixá-lo descansar um pouco. Não se preocupe com seus pais, sei que estão bem.
Os dias foram passando e, quase duas semanas após o acidente, todos já davam os pais do garoto como mortos.
-Escute, já procuramos por toda parte seus pais e não achamos, não há rastros deles e nem sinal de vida, tudo indica que seus corpos foram queimados pelo fogo. Sinto muito... – era um policial que conversava com Scott, tentando conter o choro do garoto de apenas oito anos.
-SENTE MUITO? Vocês desistiram de meus pais e apenas dizem que sentem muito!
-Acalme-se, garoto, não podemos fazer nada, há muitas outras famílias que temos que atender e não podemos gastar tempo com um caso perdido.
-Então é assim que vocês policiais trabalham? Como podem desistir de duas vidas e ainda ter coragem de vir até aqui e dizer isso na minha cara! – explodiu Scott, ele estava frustrado com a ação dos policiais e não entendia como podiam desistir tão fácil. Só porque os Summers não eram famosos eles simplesmente largavam o caso e davam os desaparecidos como mortos.
-Acredite, se eles estivessem vivos já teriam procurado ajuda, seu pai era treinado, saberia exatamente o que fazer se tivesse uma chance... Desculpe, eu sei como se sente.
-Não, não sabe! Eu sei que meus pais estão vivos, EU SEI! Vocês não entendem!Se vocês soubessem como eu me sinto não estariam aqui, inventando uma desculpa para deixar de procurar meus pais!- ele estava certo, como poderiam saber como ele se sentia? Além do mais, mesmo que todos acreditassem que Christoper e Katherine estavam mortos e Scott não aceitasse isso (apesar de estar convencido), ambos estavam vivos, tinham sido capturados pelos mesmos sujeitos que os atacaram. Katherine estava à beira da morte, mas Christoper não tinha desistido de viver e lutava a cada dia para sobreviver.
-Seu irmão aguarda por uma adoção.Sinto muito, mas o caso está encerrado e seus pais foram dados como mortos – o policial partiu para evitar mais discussões com o menino.
O pequeno Summers estava deitado na cama do hospital, inconformado com a notícia. A dor de cabeça não era nada se comparada à dor da perda de seus pais e ao fato de que todos já haviam desistido deles.
No dia seguinte, Alex foi despedir-se dele e sua família adotiva disse que estava a caminho do Havaí.
Quando as duas semanas mais dolorosas da vida de Scott terminaram, ele estava sozinho, sozinho em um mundo injusto, onde a dor e a tristeza eram os sentimentos predominantes, frutos de mortes desnecessárias, mortes de pessoas inocentes e a sobrevivência de criminosos.
O menino ficou um ano no hospital para que suas dores de cabeça não aparecessem mais e nada de ruim acontecesse, depois foi para um orfanato e ficou lá cinco meses, pois aconteceu um imprevisto...
Numa noite tipicamente fria, por volta da meia-noite, quando todos dormiam, Scott teve insônia e, quando abriu os olhos, via tudo vermelho e o teto do orfanato foi por água a baixo.
O barulho acordou todos e eles se viraram para o garoto, assustados. Este, por sua vez, estava de olhos cerrados, ele sabia o que tinha acontecido, apesar de não estar entendendo.
Em pouco tempo, Xavier, Tempestade e Wolverine chegaram ao orfanato e levaram o garoto para o instituto.
-O que aconteceu? Quem são vocês? – Scott estava confuso, principalmente porque tinha sido levado por pessoas que nem sequer conhecia, estava desesperado, sem entender nada e assustado.
-Está tudo bem, meu rapaz. Eu sou o professor Charles Xavier, ao meu lado estão Ororo e Logan. Pode ser difícil de entender agora, então vou explicar resumidamente, amanhã explicarei com mais calma... por favor, mantenha os olhos cerrados. O que acontece é que você é um mutante e seu dom é lançar raios ópticos que no momento não podem ser controlados, se tudo der certo, você pode vir comigo e eu lhe ensinarei a controlá-los – Xavier afastou-se e deixou Wolverine e Tempestade conversarem um pouco com o menino.
-Mutante? Como assim? Eu não compreendo...
Scott foi conhecendo seu novo lar, conhecendo novos amigos que seria como uma família para ele, não uma família substitutiva, pois ninguém substituiria seus pais, mas uma família alternativa.
Pouco mais de uma hora de persistência e curiosidade de Scott, junto com a paciência para não responder as perguntas no momento de Tempestade e a pressa de Wolverine para deixá-lo em paz, a conversa foi chegando ao fim:
-Tudo bem, esperarei até amanhã para conversar com o professor...
-Descanse e durma um pouco, criança... Hoje foi um dia cansativo demais – era Ororo quem tentava acalmá-lo.
-Logan, Ororo, quero falar com vocês um instante... – eles saíram do quarto do garoto , com destino à sala do instituto – Eu andei pesquisando nessa última hora sobre Scott Summers e descobri que ele tem alguns danos cerebrais que farão com que ele jamais possa controlar seus raios ópticos.
-Então o garoto terá de ficar para sempre cego... Poderia ser pior, ele tem sorte se comparado a muitos outros - esse era o jeito de Logan se mostrar preocupado, ele tinha um jeito que fazia com que todos pensassem que ele fosse egoísta, mas, ao conhecê-lo melhor, descobriam que o canadense apenas não queria parecer menos durão, no fundo ele era gente boa.
-Não se preocupem, ele ficará bem, só levará algum tempo para que eu possa descobrir uma forma de controle virtual...
O dia seguinte amanheceu lindamente iluminado pelos raios de sol e Scott foi até a sala do professor Xavier esclarecer algumas dúvidas, guiado apenas pelo seu tato e pela ajuda de Logan.
Quando chegaram, Logan se retirou e deixou-os a sós para conversarem.
-Professor, posso falar com o senhor?
-Claro, Scott. Se deseja retomar a conversa de ontem farei isso com muito prazer.
-Eu ainda não entendi direito esse negócio de mutante...
-Bom, é meio difícil para entender tão rápido mesmo. Eu tenho pesquisado os mutantes como nós durante anos e ainda há muito a descobrir... Sinto muito, mas apenas poderei responder-lhe o que sei.
-Tudo bem, pelo menos poderei tirar algumas dúvidas. Quando o senhor disse nós... você também é mutante?
-Sim, foi por isso que me interessei. Minha mutação é a telepatia, a de Logan é a auto-cura e os reflexos, além de ter o corpo todo cheio de um metal chamado adamantium, o que traz a possibilidade de expor e recolher garras de mesmo metal; e a de Ororo é controlar o tempo climático.
-Hmm... No meu caso não dei muita sorte, parece que sou o único que não tem um certo controle...
-Você sofreu danos cerebrais que não permitem o controle, mas estou trabalhando em algo que traga um controle artificial. Descobri que o quartzo-rubi é um material muito resistente e talvez possa conter seus raios ópticos.
Scott sorriu, alegrando-se com a possibilidade de voltar a enxergar, mesmo que enxergasse tudo vermelho, seria melhor do que não enxergar.
-Cada mutante tem um dom diferente que não pode ser previsto e esse dom aparece na adolescência de cada um ou, como no seu caso, quando a maturidade chega. Alguns são facilmente controlados, outros são mais difíceis ou nunca serão controlados naturalmente, como é o seu caso. Existem mutantes que tem a aparência mudada devido sua mutação e outros simplesmente não têm problemas.
O professor explicou calmamente tudo o que sabia sobre os mutantes e Scott ouviu tudo com muita atenção.
O tempo foi passando, Scott agora estava com seus óculos de quartzo-rubi e enxergava normalmente (ou quase, pois tudo ficara vermelho) e ficou sabendo que teria uma companheira no instituto, Jean Grey, a telepata e telecinética de cabelos ruivos e olhos verdes.
Jean chegou no instituto amedrontada, assim como Scott chegou. Ela tinha sido praticamente abandonada por seus pais e a única coisa que a animou e fez com que saísse da depressão foi a idéia de ter uma nova vida, com outras pessoas e uma nova casa.
Scott e Jean se tornaram os melhores amigos em algumas semanas de convivência.
Autora: Espero que tenham gostado. Comentários serão bem-vindos. O próximo capítulo será um resumo da vida dos dois pombinhos que todos conhecem XD Talvez com alguma surpresa minha também, mas só se a inspiração vir novamente...
