Oi! Muito obrigada pelas reviews! Fico muito grata que vocês estejam gostando!
Creio que esse capitulo ficará um pouco grande pois só nele eu irei resumir todas as sagas que vocês já conhecem para depois "iniciar" a fic mesmo, ok? Beijos!
Obs: Também mudei alguns fatos para poder dar continuação a historia.
Capitulo 2 – O tempo passa...
Alguns dias depois, a armadura de ouro foi roubada pelo cavaleiro de Fênix e seus compassas, os cavaleiros negros.
Sem ter idéia disso, Mu vai visitar o santuário mais uma vez. As visitas de Mu ao santuário estavam cada vez mais freqüentes, e as visitas a amazona de cobra também. Ao chegar lá, ele percebe que tem algo estranho. Um cosmo sombrio emanava do templo do grande mestre. Os cavaleiros de ouro reuniram–se na casa de Miro. As coisas não pareciam estar tão boas.
– Chega! Esses cavaleiros de Bronze são ridículos! – esbravejava Aiória
– Concordo. Imaginem, todos sabem que Athena está lá em cima junto com o grande mestre. – disse Miro
– Acalmem–se. Tenho certeza que o mestre dará um jeito neles. – disse Shaka
– Abre o olho, oxigenado! – disse Miro – Por que o mestre não manda um de nós para acabarmos de vez com eles?
– Ele tem razão! Basta apenas um de nós para acabarmos com os cinco de um só vez. – disse Mascara da Morte
– E você, Mu? Não vai nos dizer nada? – perguntou Afrodite
Mu estava encostado a uma pilastra com os braços cruzados e o olhar distante. Ele achava tudo aquilo muito estranho.
– Você mataria o Seiya, Aioria? Discípulo da Marin? O que ela pensaria se você fizesse isso? – perguntou Mu
– Ora, isso não vem ao caso agora, Mu! É uma questão que vai além disso, você sabe! – disse Aiória
– Não, não sei. Acho que são apenas crianças...
– Crianças! São traidores! – Aiória segura Mu pelo colarinho, este não faz nenhuma expressão surpresa. – Eu matarei os cinco, não me importo com o Seiya ou com a Marin!
– Queira me soltar, Leão. – disse Mu friamente – Controle esta sua raiva, não quero te machucar de novo. – disse Mu fazendo menção ao primeiro encontro dos dois cavaleiros – Você só pensa em lavar sua honra, não teria vergonha de matar esse jovens?
Aiória solta Mu e faz uma cara enfurecida.
– Calma, companheiros. – disse Aldebaran – Vamos esperar para ver o que o mestre vai fazer. Concordo com o Mu, são apenas crianças... e mais, não sabemos o que acontece de verdade. O Grande mestre faz questão de nos esconder alguns fat...
– Está dizendo que o grande mestre não merece confiança? – perguntou Shaka interrompendo–o
– Ah, estou farto disto. – Disse Mu arrumando suas roupas – Até logo, irmãos.
– Onde vai, Mu? – disse Máscara da Morte numa posição ofensiva
– Tenho muito o que fazer. – Disse Mu desaparecendo
– Vai atrás da Shina. – sorriu Miro
– Sem dúvidas. – Sorriu Aldebaran – Viram como ele estava disperso?
– Não é hora para isso... – disse Shaka que não conseguiu conter a quantidade de bobagens que foi dita após a saída do cavaleiro de Áries.
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No coliseu, Shina lutava com alguns cavaleiros de Prata e parecia estar se saindo bem. Sentado no lugar mais alto da arena, Mu observava a amazona derrubar cavaleiros e amazonas um a um. Logo Marin aparece e a situação parece ficar mais "quente".
– O que faz aqui, Marin? Veio apanhar também? – disse Shina sorrindo sarcasticamente
– Não, Shina. Não tenho tempo para isso. – disse Marin cruzando os braços.
– Ora vamos! Você está com medo! – disse Shina em posição de ataque.
Parecia que o coliseu havia parado para ver a discussão das duas amazonas. Mu apenas observava curioso.
– Shina... você insiste nisso? Deixe de ser infantil... – disse Marin sem mudar de posição – Só estou aqui de passagem. Se me permite, tenho que ir.
Marin deu as costas e caminhou em sentido a saída. Shina com muita raiva respirou fundo e armou seu golpe.
– Venh...
Mu surge em sua frente com uma expressão séria e faz a amazona cair para trás de susto. Os cavaleiros ao redor começaram a rir da situação.
– Você de novo! O que quer! – esbravejou Shina
– Ia atacar pelas costas? – perguntou Mu cruzando os braços.
Shina levanta e bate suas roupas sujas de areia.
– O que veio fazer aqui?
– Nada, estava observando o seu treino. Você é bem forte. E também está melhorando a velocidade de seus golpes...
Shina sorriu com o elogio do homem
– Isso tudo é pra me pedir revanche?
O sorriso se desfez dando lugar a um olhar gélido. O cavaleiro de ouro por sua vez deu uma gargalhada.
Então ele sentiu que deveria voltar para casa imediatamente.
Após uma breve conversa com a amazona, ele voltou para casa ainda sorrindo. Então encontrou sua casa sendo despedaçada por um homem moreno que trazia duas caixas de armadura, Pégaso e Dragão. "Um dos traidores. Com certeza veio consertar a armadura." Pensou Mu. Essa seria uma boa oportunidade para conhece–lo melhor.
Percebeu que havia mesmo amor e justiça no coração daquele cavaleiro. Então... seria mesmo verdade, aquela garota seria mesmo Athena? Mu sempre teve motivos para desconfiar do Mestre, então ele também poderia estar mentindo. Athena não estava no santuário coisa nenhuma.
Dias depois, a armadura de sagitário desaparecera. O grande mestre enviou os cavaleiros de prata para destruir Seiya e os outros, mas foram derrotados covardemente.
Shina soube que Seiya estava no hospital... seria uma oportunidade perfeita para mata–lo, nem que fosse na traição. Ela tinha que mata–lo de qualquer maneira. Determinada, viajou para o Japão.
Porem, Seiya consegue escapar do hospital e corre para um pequeno bosque ali perto. Shina e Seiya não contavam com a presença de Aiória que havia sido enviado por Ares para elimina–lo.
Quando já estava para desferir seu golpe fatal, Shina pula na frente para proteger Seiya e acaba declarando seu amor a ele. Logo desmaia.
Por fim, após uma longa luta a armadura de sagitário aparece para proteger Seiya que consegue resistir aos golpes do cavaleiro até Saori aparecer e o cosmo de seu irmão Aioros convence–lo que aquela realmente era Athena.
Mu estava no santuário e vê Aiória chegando com Shina em seus braços. O que haveria acontecido?
Ao andar em direção ao amigo, percebeu que este entregou Shina ao seu pupilo Cassius. Mu respirou fundo e esperou até que Aiória fosse em sua direção.
– Aiória. O que aconteceu? – perguntou Mu
– Agora não, Mu. – disse Aiória – tenho algo muito importante a fazer. Descobri tudo, o grande mestre é um traidor. Athena não está no santuário.
O cavaleiro de Áries percebeu que não era a hora para perguntas sobre a amazona. Sentiu seu coração doer e olhou enquanto Cassius levava Shina para sua casa.
Alguns dias depois, Shina ainda não havia se recuperado. Mu estava mais preocupado, foi lá algumas vezes mas não conseguia vê–la.
Então algo acontece que ele já esperava. Athena estava em perigo, pois fora atingida por uma flecha dourada. Agora os cinco cavaleiros de bronze lutavam para atravessar as doze casas. Mas o cavaleiros de ouro, exceto Mu que já os conhecia, não estavam dispostos a ajuda–los. Aiória havia padecido pelo golpe do grande mestre.
Shina, ainda muito doente, soube que Seiya havia chegado a casa de Leão, mas antes que saísse da casa, Cassius a impede com um soco que a faz desmaiar.
Ao descobrir o amor que Shina sentia pelo cavaleiro de Bronze, Cassius sacrifica a sua vida nas mãos do cavaleiro de ouro.
Shina sente seu coração apertar ao sentir que algo havia acontecido com seu pupilo. Ela acorda bruscamente e percebe que havia alguém em seu quarto.
Era Mu. Ele usava a sagrada armadura de Áries. Ela ficou alguns segundos contemplando a beleza do cavaleiro de ouro. Nunca o havia visto daquela forma.
– Finalmente acordou.
– Cassius... onde ele está! – Shina perguntou desesperada
Mu nada respondeu. Apenas olhou em direção da casa de leão.
– Não... ele... Cassius... – Shina sentiu um nó na garganta. Se sentiu péssima por não poder fazer nada para ajuda–lo.
– Ele fez isso por você, Shina. Ele sacrificou a vida por você. – Mu tocou no ombro da amazona e ficou aflito ao vê–la daquela forma. Estava arrasada. – Ele me contou tudo. O que você sente pelo Seiya...
Shina não acreditou no que estava ouvindo. Seu corpo ficou trêmulo. Ela havia falado demais enquanto estava doente?
– Shina. Vá ajuda–lo... se você o ama, não o deixe morrer. – disse Mu
Shina o encarou mas ele não podia vê–la pois seu rosto estava escondido sob a máscara.
– Venha, eu te levo... – Mu pegou Shina pela mão e a levou para a casa de Áries.
Por nunca ter sido teletransportada antes, Shina sentiu–se tonta e um enjôo a fez ajoelhar–se no chão.
– Você está bem? – perguntou Mu preocupado
– S–sim... apenas uma tontura... onde estou? – perguntou a amazona com a mão na altura do estomago
– Na casa de Áries. Não posso te deixar mais adiante, é contra o regulamento. – Disse enquanto seus olhos acompanhavam a amazona levantar–se – Boa sorte, Shina. Que Athena te proteja...
Shina sorriu e olhou nos olhos do cavaleiro. Ele estava com um olhar triste, Shina pensou que podia ser preocupação. Agradeceu e correu pelas escadas para alcançar seu destino.
Ele não entendia bem, mas ele sentiu um aperto em seu peito. Estava angustiado por ela amar Seiya daquela forma. Será que gostava mesmo dela? Se fosse esse o caso, ele não iria se conformar, mas achava que nada poderia fazer. Acompanhou a amazona com o olhar até perde–la de vista e sumiu para onde estava Athena e os outros cavaleiros de bronze.
Horas depois...
A luta das doze casas finalmente havia acabado. Como Mu já esperava, o grande mestre na verdade era Saga, o cavaleiro de ouro de gêmeos. Athena e os cavaleiros voltaram ao Japão e aparentemente tudo voltou ao normal.
O mestre do santuário agora era Dohko, o mestre ancião dos cinco picos de Rozan.
Seis meses depois...
Mu estava cada vez mais próximo da Amazona de Cobra. Logo após a batalha das doze casas, ele teve um pouco de receio pois agora ele sabia que ela amava o Seiya.
Mas o tempo passou e ambos voltaram a ser amigos novamente. Mu ia para o santuário todos os dias e por ordem de Dohko ele agora teria que mudar–se para o santuário por tempo indeterminado. Para ele essa noticia foi ótima.
Sim, conforme o tempo passava, ele apenas confirmava que gostava dela cada vez mais. Até que chegou a conclusão que a amava. Porém não tinha coragem de dizer. Seria doloroso ouvir a resposta que já esperava. Shina amava Seiya e ele não iria mudar isso.
A amizade entre Shina e Mu havia evoluído muito, eles sempre que podiam treinavam juntos, conversavam e até mesmo discutiam bastante. E tudo parecia estar indo bem.
Porém surge uma nova ameaça na terra.
A temperatura terrestre caiu bruscamente em quase todo o hemisfério norte, e o sul também havia esfriado um pouco.
Shido, um dos guerreiros deuses atacaram o cavaleiro de touro, Aldebaran. Este sai bem ferido, até havia sido dado como morto, mas no fim ele havia se recuperado, mas para desespero dos cavaleiros de ouro, ordem era que nenhum deles deveria abandonar o santuário.
– Não poderemos fazer nada? – Miro perguntou
– Isso é ridículo! Nos excluem sem mais nem menos! – disse Aiória
– O mestre sabe o que faz. – disse Mu – Vamos ver se nosso companheiro está bem.
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Enquanto isso, Shina estava em sua casa. Até então a noticia da invasão não havia chegado. Ela conversava com sua companheira, a amazona de prata de Águia, Marin.
– E a sua amizade com o Mu? Todos notaram como vocês são unidos... – disse Marin tomando um copo d'água.
– Ele é ótimo, Marin! – disse Shina – ele me dá dicas de como melhorar a velocidade dos meus golpes e sempre está comigo quando estou deprimida.
– Hum, e qual seria o motivo da sua depressão? – perguntou Marin sorrindo
– Você sabe bem. – O olhar de Shina agora estava um pouco mais triste – desde que descobri que o Seiya ama a... bom, deixa pra lá. E o Aiória? Eu vi ontem... – disse Shina com um tom de voz cínico.
Marin que estava terminando sua água, acabou se engasgando. Shina dá uma gargalhada, mas sente algo que a deixa muito preocupada.
– Sentiu esse cosmo? – perguntou a amazona de cabelos verdes
– Sim! – respondeu a ruiva – Vamos, temos que ver o que é isso!
Quando chegaram ao templo de Athena, descobriram que Saori e os cinco cavaleiros de Bronze já estavam a caminho de Asgard. Os cinco cavaleiros de ouro sobreviventes não estavam nada satisfeitos e elas nunca haviam visto um clima tão frio entre eles.
– Você não vai, Marin! – disse Aiória
– O que está dizendo? – perguntou Marin
– É muito perigoso, Seiya e os outros já foram! Vocês não precisam ir! – Disse Aldebaran com alguns hematomas.
– Seiya foi... – Shina sussurrou, mas Mu acabou ouvindo pois estava ao seu lado. Ao virar–se para sair do local, sente uma mão segurando seu braço.
– Você vai atrás dele? – perguntou Mu recebendo olhares de todos os presentes
– Me solta Mu! Eu tenho que ir. – Shina estava séria. Mu sentiu que não poderia fazer nada para impedi–la de tal loucura.
Ele a soltou e virou o rosto para não vê–la ir embora atrás de outro. Isso era doloroso para ele.
– Shina, me espere! – disse Marin livrando–se de Aiória e correu sem olhar para trás.
Logo as duas sumiram pelas escadarias.
– Deixe–a, Aiória. – disse Mu impedindo que Aiória corresse atrás de sua amada – Como você mesmo disse. Athena vem em primeiro lugar...
– Você diz isso por que a Shina não te quer? Se fosse você no meu lugar, saberia o que estou sentindo! – Aiória empurrou Mu para que ele saísse do seu caminho e andou até a estátua de Athena onde a olhou com frieza.
– Bom, já que temos que esperar mesmo... – disse Miro tentando cortar o clima pesado.
Aquelas horas foram agoniantes para o cavaleiro de Áries. Sempre tentando buscar o cosmo de sua amada para saber se estava tudo bem com ela. Podia sentir claramente quando ela lutava, quando ela se machucava. Os demais cavaleiros nunca haviam visto Mu tão tenso.
Muitas horas se passaram e os cavaleiros recebem a noticia que Athena estava salva, mas não por muito tempo.
Poseidon, o deus dos mares havia acordado e planejava "purificar" a terra com um novo dilúvio. Uma forte chuva começou a cair e eles dirigiram–se à primeira casa zodiacal. Os nervos estavam a flor da pele, eles não paravam de discutir. Mu até chegou a ameaçar um dos seus companheiros de morte caso desobedecesse as ordens do mestre ancião.
Passada a discussão, Aiória sente a presença de alguém que acabava de chegar na casa de Áries.
– Marin! – ele correu ao ver sua amada muito fraca – Como fiquei preocupado...
– Aiória... eu tentei acompanha–los mas não consegui... não sei o que houve comigo... – disse Marin
– Não diga nada... – ele a abraçou – vamos, você precisa descansar... – como num impulso, Aiória retira a mascara da amazona e a beija na frente de todos. Os mais discretos tentaram não olhar para ela, mas a curiosidade falou mais alto. Todos sabiam do romance entre aqueles dois, mas nunca ninguém havia dito nada sobre isso.
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A chuva passou. Poseidon havia sido derrotado e isso foi comemorado com muita alegria no santuário. Todos esperavam ansiosos pela volta da Deusa e dos bravos guerreiros que lutaram incessantemente, porém apenas Athena e Shina voltaram.
– Minha deusa... – Mu cumprimentou Saori – O que houve com os demais cavaleiros?
– Mandei–os descansar. E não os quero aqui, Mu.
– Por que? – Mu perguntou indignado
– Acaso fizeram algo? – perguntou Shaka
– Não. Mas não os quero aqui. E se insistirem... mate–os. Agora preciso descansar... – Athena passou pelos cavaleiros que estavam boquiabertos.
A ordem foi de grande espanto para todos os que ouviram. Por que isso de repente? O que estava acontecendo?
Mu avista de longe a amazona andar. Logo ele foi atrás pois viu sangue nas suas costas e isso o deixou preocupado. Ao correr, Mu segura o braço da amazona que acaba virando para ele.
Tamanha foi a surpresa do cavaleiro ao ver que sua amada estava sem mascara. Ele ficou sem ar, um tremor tomou conta de seu corpo. Ele não esperava vê–la daquela forma. Estava linda,mesmo machucada. Seus olhos verdes brilharam e ela sorriu ao vê–lo. Mu sentiu–se no céu.
– Eu só queria saber se você estava bem... – disse Mu ainda sorrindo – Não sabe o quanto fiquei preocupado!
– Eu... estou bem... – Shina falou com dificuldades e Mu ficou preocupado. Nem teve tempo de falar nada, Shina cai desacordada em seus braços.
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Shina acorda em sua casa e notou que algo cobria o seu rosto. Estava de mascara novamente? Ao levantar–se sentiu uma leve pontada na região das costas, onde na batalha contra Poseidon ela havia sido atingida pela flecha de Sagitário.
Mu estava ao seu lado agora que as coisas aparentavam estar mais tranqüilas. Decidiu que iria cuidar dela e estava muito satisfeito. Durante duas semanas, todos os dias levantava cedo e ia ver se a amazona precisava de algo.
Até que algo inesperado aconteceu: por quatro dias Mu não a visitou. Ela ficou com saudades...
– Saudades. – disse Marin um tanto irônica cruzando os braços
– Não, Marin! Não ponha palavras na minha boca! – disse a amazona furiosa enquanto a amiga sorria divertindo–se – É que ele vinha todos os dias agora não vem mais... – ela amansou o tom de voz e virou as costas cruzando os braços.
– Está bem. Bom, estou atrasada.
– Onde vai, Marin?
– Preciso investigar uma coisa... não demoro, me espere.
A amazona saiu sem mais nem menos. Minutos depois, mergulhada em seus próprios pensamentos, ela é despertada por um cavaleiro de Bronze.
– Jabu, que susto. O que quer? – perguntou
– Perdão Shina, mas precisamos de você. Athena deu ordens de alerta máximo, teremos que dobrar nosso trabalho...
– ...Enquanto ela descansa. – Shina lançou um olhar de desprezo até o templo de Athena
– Como disse?
– Nada. Mas qual o motivo disso?
– Ainda não sabemos, mas segundo a própria deusa há um cosmo obscuro rondando o santuário. Não podemos perder tempo.
– Tudo bem, não me demoro... – Disse Shina antes do cavaleiro ir embora.
Shina foi na cozinha e retirou a mascara para beber água antes de começar o trabalho. O sol já havia se posto no horizonte e tudo parecia tranqüilo. Mesmo assim ela ainda conseguia sentir um cosmo estranho. "Não pode ser... será que... ele..." – ela pensou, mas antes que pudesse sentir mais alguma coisa, dois cavaleiros de bronze a chamaram as pressas.
Shina foi levada por eles até o cemitério onde constatou que túmulos haviam sido violados. E não eram túmulos quaisquer, e sim, dos falecidos cavaleiros de Ouro. Ela tremeu... sabia que algo estava por acontecer, algo além de suas expectativas. Hades havia voltado.
Agora os cavaleiros de Ouro que haviam morrido viraram espectros.
Mu não conseguia acreditar que Shion, seu adorado mestre, havia aceitado a proposta de Hades, um cavaleiro de Athena. Não podia perder tempo com pensamentos agora. Neste momento corria para a casa de Leão e várias vezes foi pego pensando se Shina estaria bem. Será que só existiam esses "espectros de ouro"? E os demais? Mu pensava enquanto corria. Os quatro dias foram de alerta máximo no templo dos doze cavaleiros e por isso ele não teve tempo de visita–la.
Horas depois Shina e os cavaleiros que estavam com ela sentiram uma explosão jamais escutada nem sentida por nenhum cavaleiro de sua geração.
Shaka morreu. Minutos depois o Santuário inteiro parecia sucumbir a um imenso poder avassalador que vinha da casa de Virgem. Sentiu o chão tremer e varias fendas abriram sob seus pés.
– Shina, cuidado! – Um dos cavaleiros a puxou pelo braço e ambos esconderam–se atrás de uma imensa rocha enquanto uma luz devastadora passou por eles.
Após o barulho... silêncio...
– Vocês estão bem? – perguntou Shina
– Sim, estou... – respondeu Ichi
– O que será que foi isso? – perguntou Jabu
Ichi, Nachi, Ban, Jabu e Geki, cinco cavaleiros de Bronze e uma amazona. Parecia que só havia sobrado eles naquele local. Vários corpos de soldados comuns espalhavam–se como num "enfeite sombrio".
– Tomara que a Vila não tenha sido devastada também. O santuário já era... – disse Geki observando as ruínas das doze casas.
Ao vê–las Shina sentiu uma dor em seu peito que a fez cair sobre os joelhos.
– Shina, você está bem? – perguntou Jabu
– Sim... foi só um... Mu...
– O que? Mu? – perguntou Ban – Pensei que gostasse do Seiya...
Ban levou um chute na canela dado carinhosamente por Ichi.
Shina levantou rapidamente.
– O santuário está totalmente destruído... vejam bem, cresci aqui. Vai ser muito difícil nos acostumarmos com essa paisagem. Estou bem... – Shina começa a andar pelos escombros e vê uma pedra tombada no chão. Observou atentamente e seus olhos marejaram. Gravada na pedra estava o símbolo do signo de Áries, que ficava na entrada da casa de Mu. Shina ajoelha e acaricia a pedra tirando toda a poeira de cima dela.
Os cavaleiros de ouro bem como os de bronze presentes sobreviveram. Mas Athena morreu. Todos ficaram muito abalados, mas ela sabia bem o que estava fazendo. Logo estava começando uma terrível Guerra Santa que tirou a vida de muitos.
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Apenas ruínas naquele local. Ao acordar, Shina vê Marin, os cavaleiros de bronze que com ela estavam, Kiki e uma garota. Quem era aquela?
– SEIKA! – Shina correu para ajuda–la.
O sol brilhava como nunca. Shina sentiu–se aliviada pois horas atrás tudo estava na mais completa escuridão.
– Eles conseguiram... – ela sorriu. Estava sem mascara novamente, esta havia caído quanto tentava proteger a irmã de Seiya.
Checou seus amigos um a um e todos estavam bem. Logo acordariam. E também Athena já iria regressar com seus cavaleiros sãos e salvos, ela esperava isso. Achou no chão a sua mascara bem rachada e a colocou novamente.
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Todos os cavaleiros voltaram, mas Seiya regressou assim como todos os outros, porém iria levar uma semi–vida. Estava inerte, inconsiente.
Desta vez, todos voltaram incluindo os cavaleiros de ouro que já haviam sido mortos antes mesmo da batalha. Teria sido um presente de Zeus? Ela não queria saber. Ficou muito feliz ao ver que todos os doze cavaleiros estavam reunidos novamente, inclusive Aioros. Aquilo era inédito para ela.
– Shina! – Mu sorriu ao vê–la.
Os cavaleiros estavam acabados. Machucados, armaduras quebradas quase reduzidas a pó.
Ao se aproximar da Amazona, Mu apenas sorriu e tocou sua mascara. Sem perceber, já estava abraçando–a.
Os cavaleiros restantes pararam para observar o comportamento incomum do cavaleiro de Áries.
– Mu, você... – Miro mesmo machucado ia soltar uma piadinha, mas viu que o Ariano acabou caindo desmaiado e como era pesado Shina caiu ajoelhada segurando–o firmemente.
Semanas depois...
Todos estavam fisicamente recuperados e o santuário estava sendo restaurado. Porém uma má noticia surgiu: Até o santuário ficar pronto, todos teriam que ir embora.
Uma semana antes das construções, já se via sobreviventes indo embora e aquilo era triste demais para Shina que havia crescido ali.
– Shina. – disse Mu surgindo atrás da amazona que estava onde era o terraço da casa de Áries. Ela observava as pessoas indo embora e o lugar ficava cada vez mais vazio e triste.
– Mu! Você já está bem? – Shina assustou–se e sorriu ao ver que Mu já estava totalmente recuperado.
– Recebemos alta hoje. – ele parecia triste. – Obrigado por ter ido me visitar quase todos os dias! – Mu sorriu.
– Por que a cara triste?
– Você vai embora?
– Claro, onde ficaria se permanecesse aqui?
Mu a olhou desapontado e a abraçou.
Lembrou da primeira e ultima vez que havia visto o seu rosto. Como ele queria vê–la novamente, nem que fosse por alguns segundos. Lembrou de cada detalhe de seu rosto, seus olhos intensamente verdes, seus lábios... mas enquanto pensava, uma de suas mãos deslizaram atrevidamente pelas costas da amazona sem que ele percebesse.
– ...Mu. – disse Shina
– Ah, perdão... – ele a soltou
Shina sorriu sem graça. Olhou nos olhos do cavaleiro, estavam diferentes. Brilhavam, mas ao mesmo tempo havia uma angustia contida.
– O que foi, Mu?
Mu respira fundo. Era agora, ele tinha que falar algo.
– Shina... eu... "idiota, ela ama o Seiya... não posso falar nada agora..."
– Anda, Mu! Fala, o que houve?
Mu tomou uma das mãos da amazona com o olhar fixo em sua máscara...
– Vou direto ao ponto... Quero que venha morar comigo em Jamiel...
Continua...
Gente! Perdão pela fic enorme! Eu disse que seria assim! Espero que tenham gostado, nesse capitulo eu tive que resumir a serie quase toda em sete páginas e meia! Não é fácil hahaha
Beijo a todos os que estão acompanhando! Valeu aí e até o próximo capítulo!
