Grã-Bretanha, dezembro.

Faz um ano e meio que aconteceu o ataque no Ministério da Magia. Depois daquele, Voldemort não se fez notar mais nenhuma vez; pelo menos até agora. Durante esse tempo, era como se ele tivesse desaparecido como fumaça ao vento, quisera eu que isso fosse verdade.

No ano passado, Fudge admitira a muito custo o retorno de Voldemort e, quando ele finalmente o fizera, a comunidade bruxa aceitou. Mas agora, sem terem nenhuma novidade sobre ele, a comunidade bruxa começava a novamente questionar sua real existência. Nenhum ataque fora feito pelos Comensais, nenhuma Marca Negra fora escrita nos céus; nem mesmo os Comensais presos no ataque ao Ministério foram libertados; nem sequer qualquer tentativa de fuga ou resgate fora registrada. E era esse o propósito dele: gerar dúvidas, incertezas, enquanto agia na surdina para que quando estivesse tudo pronto pudesse atacar.

Com essa dúvida presente entre o nosso povo, juntou-se o desgosto pela série de erros cometidas pelo Ministro da Magia. Fudge não durou muito no cargo; renunciou há um mês. Eleições foram convocadas e um novo Ministro foi eleito: Arthur Weasley. Isso foi muito bom para todos, principalmente para a Ordem, que teria um de seus membros nos mais altos cargo do governo. Foi bom para os Weasley também, que finalmente começaram a ser respeitados. Depois que o Sr. Weasley assumiu, nem mesmo Draco Malfoy ousava lançar alguma acusação contra ele. Pelo menos não quando o Rony ou eu estávamos presentes.

Se antes o objetivo de Voldemort era conquistar o poder no mundo bruxo, treze anos de reflexão fizeram com que ele quisesse o poder e controle sobre todo o mundo e não só o mundo bruxo. Agora ele queria o poder total, sobre todas as coisas vivas. Para atingir seu propósito, ele estava negociando com todos tipos de seres que julgava poder ajudar na sua conquista; com acordos, tratados, promessas; feitas a duendes, gigantes, trasgos, criaturas das trevas, além de mercenários e terroristas trouxas. Ele faria o que precisasse para montar o maior exército já visto.

Paralelamente, Dumbledore preparava um exército de defesa, j prevendo as intenções do inimigo. Nas últimas semanas, alguns membros da Ordem – incluindo o Gui, segundo o que os gêmeos disseram – trabalharam em um acordo com os duendes, até que finalmente puderam comemorar a conquista desses importantes aliados na guerra que mais cedo ou mais tarde estouraria. Eu sei que esse acordo despertou a ira de Voldemort; ele contava como certa a ajuda deles na composição de seu exército. Nesse momento de raiva, eu soube que ele planejava vingar-se e que visava a única coisa que ainda não conseguira: atingir os alunos de Hogwarts.

Como eu descobri – como todos nós descobrimos – tarde demais, o ataque seria ao Expresso de Hogwarts, nas férias de dezembro, quando os alunos retornavam para casa.

Aparentemente um acidente, o maquinista desmaiara e o trem ficara descontrolado, aumentando a velocidade cada vez mais e, quando chegou em uma curva sinuosa, acabou descarrilando, um fatídico acidente que levou a vida de seis jovens bruxos. Entre eles o meu irmão: Rony Weasley.


A/N: esse é o prólogo de Linhas do Destino, uma fic H² que surgiu no fórum Animagos (tinha que ser a Galadriel pra começar algo assim...) e nós decidimos publicar... essa não é a mesma versão que está no fórum, porque nos incrementamos, "polimos" (e aí de quem fizer piadinhas com essa palavra), enfim, a melhoramos. Esperamos que vocês gostem e COMENTEM!!! À propósito, se alguém ainda não percebeu, esse prólogo é escrito pelo Harry.