Capitulo 6 – Noite na Grécia (Parte I)
Shura estava deitado na macia e fina areia da praia do Santuário. Já havia escurecido, só estava esperando a lua nascer. Depois de muitos treinos, seu corpo estava cansado e tenso.
Estava naquele local, deitado imóvel, há mais ou menos meia hora. Olhou um pouco para as estrelas que estavam nascendo, contou as constelações e quando deu por si, adormeceu.
O vento soprava fraco naquela noite. Na praia praticamente deserta, pequenas ondas quebravam na areia, molhando os pés da amazona que caminhava lentamente, segurando os sapatos.
A uma distancia razoável da beira da praia, avistava–se uma pequena floresta, a qual todos tinham que atravessar para chegar ao mar. Pegadas fortes indicavam que a amazona havia chegado correndo, mas fora diminuindo a velocidade conforme se acalmava.
Shina estava mais calma e pensando em se desculpar com Marin, pela forma grosseira com que a tratou. "Mas... pedir desculpas? Depois de tudo, ela que deveria me pedir desculpas!" Pensava a amazona confusa.
Decidiu então não pensar mais nesse assunto e olhou para o mar. Estava lindo, calmo, convidativo... ela sabia que aquelas águas eram muito perigosas, mas pensou não haver problema algum. "Está tão tranqüilo..." pensou.
Jogou seus sapatos na areia e pôs–se a tirar a armadura, ficando apenas com o maio marrom e o colã verde que usava para cobrir as pernas.
Percebeu que não havia motivos para não tirar toda a roupa e acabou mergulhando totalmente nua. Apenas ela, o mar, as estrelas... e Shura que dormia há poucos metros do local, escondido atrás de um pequeno monte de areia.
– Que água maravilhosa! – sorriu e colocou os cabelos para trás – está muito raso... vou nadar um pouco mais!
Atrevidamente Shina lançou–se no mar, sem saber que havia uma forte correnteza a aguardando.
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Aiória estava numa saia justa pois foi pego numa dança estúpida. Agora cabia a ele explicar, claro.
Ele gaguejou um pouco, pensou no que falar, mas nada saía.
– Eu... Estava dando uma volta, mas... ih! – Aiória olhou no relógio – quase seis e meia! Tenho que voltar pra casa voando!
– É, bate as asas de novo que você chega rapidinho... – gargalhou Miro
– Pobre Aioros... – lamentou Mu sacudindo a cabeça
– Se a musica fosse mais rápida, pensaríamos que estivesse dançando "A galinha magricela" HUAHUHAHUHAHUA – gargalhou Kanon
– Gostaria de tirar sarro de mim mesmo, mas é serio. Tenho que ir pra casa... agora! Marquei um encontro com Marin na minha casa e ainda vou chegar atrasado!
– Ui, então corre, senão a patroa vai comer teu couro... – comentou Aldebaran rindo e cruzando os braços.
– Espera! – disse Mu – Será que ainda dá pra você pegar Marin na casa dela?
Todos o olham espantados.
– O que disse? – perguntou Aiória
– Seus maldosos! Não disse nesse sentido! Ò.O – Mu ficou sem saber onde enfiar a cara – Perguntei se Marin ainda está em casa!
Mu explicou tudo para o leão.
– Ah, elas vão passar aqui e você quer que Marin empreste roupas para elas? – perguntou Aiória
– É, precisava repetir tudo de novo em forma de pergunta? – perguntou Mu
– Claro! – respondeu Aiória – Se a narração ali em cima não descreveu o que você acabou de me pedir, como você esperava que os leitores dessa fic entendessem a sua proposta?
– Tem razão...
Er... foi mal garotos! Querem voltar aos diálogos? n.n– Ok, vou ver se consigo ligar para ela... – puxou um celular do bolso
– Como você conseguiu esse celular? – Perguntou Miro babando pelo –––
– Alo, Marin? Sim... – voz de bobão – estou morrendo de saudades também... e te esperando...
Todos olham para Aiória, furiosos.
– Er... quer dizer... Marin, estamos com um pequeno problema...
Alguns minutos depois...
– Precisava demorar tanto para se despedir? – perguntou Mu irritado
– Ora essa, já estamos fazendo um favor! Bom, ela disse que tudo bem, vem trazer uns pijamas para as meninas.
– Beleza! – exaltou–se Kamus – er...digo... que bom, fico feliz.
– Gente... não acham que seria muito incomodo? – perguntou Juliane
– Verdade... queremos ficar, mas não queríamos incomodar ninguém... – disse Marcia
Kamus fica com uma expressão desapontada e toca o ombro de Marcia.
– Tudo bem... faça como achar melhor...
Marcia sente um calafrio diante daquele olhar tão penetrante.
– Bom... Ma–ma...– ela gaguejou e respirou fundo – Marin já estava vindo pra cá mesmo, né? XD
– É, de jeito nenhum seria incomodo para ela! – disse Aiória – bom, agora eu tenho mesmo que ir...
– Até mais, Simba... – disse Kanon esperando pelo soco
– Só não te bato agora porque to com pressa! Ò.Ó
E saiu correndo.
– Só uma pergunta... – disse Roberta – Onde dormiremos? "
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Distraidamente, Shina nadava em direção à forte correnteza.
– Que delícia! Adoro nadar! – nadou de costas, de frente, até que sentiu algo – O que é isso? – a água começou a puxa–la para longe, para o fundo, para baixo. Ela começa a nadar insistentemente contra a correnteza. – Deus... não vou... conseguir... – tentou tocar o chão, mas não conseguia pois estava fundo demais. Estava cada vez ficando mais assustada, e no ponto que ela estava, as ondas estavam mais fortes.
Após longos minutos, Shina sentiu seus braços pesados, suas pernas não respondiam mais. A exaustão já tomava conta de todo o seu corpo.
Até que avistou de longe um homem deitado na praia. "Não posso chamá–lo aqui, estou nua..." ela pensou. Porem seu instinto de sobrevivência falou mais alto e ela gritou por socorro.
Ela não tinha nada a perder. Se ele tentasse algo, ela o mataria. Pelo menos não morreria afogada.
Shura acorda como se estivesse prevendo algo. De repente escuta um grito de socorro vindo do mar. Sem pensar duas vezes, levanta e vê alguém tentando nadar.
Estava muito escuro, noite sem lua. Ele não conseguiu identificar quem era, mas mesmo assim não negou ao pedido.
Shina sentiu o músculo de sua perna direita contrair–se, fazendo–a sentir uma dor insuportável. Seu corpo foi se paralisando e ela começa a afundar, entregando–se ao cansaço.
Ao afundar, sente algo puxando–a para cima. Foi a ultima coisa que se lembrou.
Shura conseguiu forças para nadar contra o mar, segurando com um braço a amazona pelo pescoço.
Ele ainda não sabia, mas a mulher que ele havia acabado de salvar era Shina.
Quando chegou onde seus pés alcançavam, ele andou puxando–a de costas. Ao fazer o movimento, percebeu que era uma mulher e estava nua. Olhou melhor para ver se a conhecia.
Nessa hora, seu coração acelerou.
– Sh–Shina... – ele disse boquiaberto.
Rapidamente Shura a deita na areia molhada. Tinha que salva–la antes de qualquer coisa.
Timidamente, levou as mãos ao tórax dela, aplicando uma massagem cardíaca.
"Não olhe, não olhe!" pensava para ele mesmo. Mas era inútil. Como resistir a tentação de olhar para o corpo nu da mulher que amava?
Levantou a cabeça dela, e sem pensar duas vezes, fez uma respiração boca–a–boca que a fez tossir e por a água que estava em seus pulmões para fora.
Shura respira aliviado ao vê–la respirar e acomoda a cabeça da amazona em sua coxa.
– Shina? – chamou ofegante.
Repetiu seu chamado e não obteve resposta. Uma onda de medo tomou conta de seu corpo, fazendo–o novamente verificar sua respiração e seus batimentos. Tudo normal.
– Deve ter desmaiado de exaustão... – sorriu aliviado
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Os cavaleiros de ouro e as garotas estavam chegando às doze casas do zodíaco.
– Minha casa é a primeira! – disse Mu – não reparem na casa por fora. Por dentro é bem mais agradável
– Ai, quem é o pobre coitado que mora na ultima? – perguntou Marcia
– Pobre coitado, meu bem? – respondeu Afrodite – onde acha que consigo essas pernas?
– A minha é a penúltima... – disse Kamus
– Quêêê? Ah... vou dormir onde mesmo? Na sua casa é, Mu? – perguntou Marcia
– Bom... se quiser... – respondeu Mu olhando desconfiado para o amigo aquariano.
– Estou brincando, Kamus... – disse Marcia ao ver o olhar desapontado do cavaleiro
– Eu te levo em meus braços... – ele sorriu
Marcia ficou vermelha.
– Aí, Saga? Por que você não leva a Ju de cavalinho? – gargalhou Kanon
– O que? – perguntou Saga com raiva
– Calma! Eu to brincando! – disse Kanon na ameaça de um soco no nariz
Mu de repente puxa Roberta contra si, dando–lhe um abraço.
Ela fica sem entender, mas Mu estava querendo ir logo pra casa. Ele acena para os amigos e some com ela.
– Onde eles foram? – perguntou Juliane
– Olha eles ali, no topo da escada. – disse Shaka
– É... ainda estão abraçados. – comentou Aldebaran
– Acho melhor começarmos subir essas malditas escadas. – disse Afrodite
Na frente da casa de Mu...
– O que foi isso? – perguntou Roberta ainda nos braços de Mu – como viemos parar aqui?
– Meu poder de teletransporte... – respondeu Mu
– Fiquei um pouco tonta... – comentou Roberta
– É normal... – respondeu – por isso ainda não te soltei... – fez um sinal com o dedo para Kiki entrar logo
– Como aprendeu?
– Anos de treinamento... um dia apareci bem em cima de um vulcão quase em erupção... mas escapei por pouco.
Deram uma leve risada.
– Já me sinto melhor... – disse Roberta
– Fica aqui. – ele começou a escorregar suas mãos pela cintura dela
– Sim... – ela passou as mãos no rosto dele, amavelmente. Seus rostos começaram a se aproximar...
– Você não sabe como eu...
Antes que ele pudesse concluir a frase, uma verdadeira multidão passou falando.
– Ah, vocês estão demorando muito para se beijar! – disse Afrodite – não tenho o tempo todo! – passou direto assustando o casal
– Olha lá hein, Beta? – comentou Juliane rindo
#gota no casal#
– Deixem eles, tadinhos! Estão vermelhos de vergonha! – disse Shaka
Aldebaran passou rindo.
Kanon tropeçou na escada e soltou um palavrão.
Logo, todos passaram. Roberta ria escondendo o rosto no pescoço de Mu.
– Eles já foram... – ele riu
Ambos ficaram corados com a situação.
"Eu mato vocês..." os dois pensaram.
– Mas, onde estávamos? – ele perguntou fazendo Roberta levantar a cabeça.
– Você ia me dizer alguma coisa... – ela respondeu aproximando ainda mais o seu rosto do dele.
– Ah, sim... eu ia dizer que pensei em você todos os dias depois daquela festa...
– Eu também não te esqueci... – ela disse e fechou os olhos e tomou a iniciativa no beijo.
Ele retribuiu o beijo carinhosamente. Suas mãos passeavam pelas curvas da cintura dela e a apertava contra seu corpo. Um beijo quente, ao mesmo tempo carinhoso...
– Finalmente! – disse Afrodite observando atrás da casa de Áries.
– Já viu? Ótimo, vamos logo... – disse Aldebaran puxando Afrodite pelo braço.
Voltando ao casal...
– Vamos entrar? – ele perguntou
– Sim, vamos! – Roberta respondeu
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Shina acordou e levantou bruscamente.
Encontrava–se numa cama confortável e bem aquecida. Estava coberta por vários lençóis, mas ainda estava nua.
– "Meu deus, onde estou!" – ela pensou
Então observou melhor e viu que estava na sua casa.
– Em casa? Quem me trouxe para cá? – ela perguntou confusa. Não lembrava de nada após o acidente no mar, apenas aquele puxão. Quem era o homem que a salvou? Será que ele se aproveitou dela? Ela começou a entrar em pânico ao pensar nessa possibilidade.
Então ela ouve passos se aproximando do quarto. A luz da sala se apaga. Shina rapidamente volta a se deitar na mesma posição, cobrindo–se da maneira que estava antes de acordar.
Ela sente a presença dele no quarto. Estava se aproximando. "Espere, esse cosmo é familiar... mas quem...?"
Shura senta na cama, ao lado dela.
– "Você é tão linda..." – ele pensou, levando a mão ao rosto da amazona.
Mas ao tocar no delicado rosto de Shina, ele sente um poderoso soco no queixo que o faz cair sentado no chão.
– Fique onde está, seu tarado! – ela sentou na cama segurando o lençol.
– Shina! O que deu em você? – ele perguntou com a mão no queixo
– Mas quem... Shura! – ela arregala os olhos ao vê–lo – então foi você?
Shura levanta gemendo e olha o queixo no espelho.
– Desculpe, eu não sabia que era você... – ela ficou envergonhada
– Não, tudo bem... – ele respondeu seriamente
– Foi você que me salvou?
– Sim... mas já estou indo embora antes que você me espanque...
– Não, Shura...
Shura pára quando estava quase na porta do quarto e vira para olha–la.
– É que eu não pensei de jeito nenhum que fosse você... Logo você! – ela apontou para ele indignada
– De nada. – ele cruzou os braços.
Estava sem camisa, descalço. Usava apenas uma calça preta.
– Obrigada, Shura. Por me salvar... "por existir..."
Shura descruza os braços e anda até a cama.
– De nada. – ele respondeu seriamente – deita... – ele a empurrou levemente pelos ombros, fazendo com que ela se deitasse – você está cansada, precisa descansar e comer alguma coisa...
– Não precisa, Shura! Estou bem!
– Só quero cuidar de você... – ele sorriu levemente e afagou as mechas esverdeadas da amazona – e também, a comida já está feita.
– Tudo bem... – ela sorriu – mas preciso por uma roupa, não acha?
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Saga, Kanon e Juliane chegaram à casa de gêmeos.
Eles entraram e viraram a esquerda numa escada.
– Aqui todas as casas são assim. – explicou Saga – embaixo passagem livre, a casa mesmo fica em cima.
– Entendi... – disse Juliane
– É, apesar dessa não ser a residência fixa de todo mundo. Exemplo: Mu não mora aqui, mora em Jamiel, na Ásia. Mas já está no santuário há muito tempo... – continuou Kanon – mas nós dois moramos aqui! Pra falar a verdade eu passei um bom tempo morando com o Poseidon... cara legal, ia me ajudar a... – Kanon é interrompido por Saga antes que ele completasse a frase
Saga abriu uma porta e lá estava a casa. Não era muito grande, mas era muito aconchegante.
A cor padrão era um cinza claro. Sofás cinzas, portas cinzas, paredes brancas.
Na sala via–se uma estante com uma TV, Som, DVD, etc... Atrás da TV havia um grande espaço onde improvisaram uma sala de jantar com uma bela mesa de mármore e suportes de madeira. As cadeiras eram muito bonitas, com um estofado preto.
Na parede do lado direito, duas janelas com cortinas brancas. Do lado esquerdo mais uma janela e uma passagem sem portas que dava para a cozinha, seguida de um corredor que levava aos demais cômodos.
Os irmãos mostraram a casa animadamente.
– Ow, que bonitinho... – disse Juliane ao ver duas portas com placas de gesso escrito "Saga" e "Kanon" uma verde e outra azul.
– Lindo, né? Eu que comprei! – disse Kanon
Ambos voltam a sala.
– Bom... agora vou lá no meu quarto... – disse Kanon – preciso tomar um banho e... fui... – andou pelo corredor e fechou uma porta. Segundos depois, saiu. – hehe... – sorriu sem graça – esse é o quarto do Saga... – e entrou no dele.
Momento de silêncio...
– Então... – Juliane quis puxar conversa – o que fez durante esse tempo? Digo... depois da festa?
– Nada de interessante...
Mais um momento de silêncio.
Saga então puxa Juliane repentinamente. A envolve pela cintura e se beijam ardorosamente. Ele percorre com as mãos pelo corpo dela, passando pela delgada cintura até chegar nas pernas.
Ela por sua vez aproveitou para explorar as costas másculas de Saga, segurando–o pela nuca, arranhando–o de leve com as unhas.
Eles andam rapidamente, ainda beijando–se, até encostarem numa parede, onde mais uma sessão de beijos e carícias começaram a ser trocados. Saga puxa uma das pernas de Juliane, envolvendo–a em seu quadril.
– Meu deus, que feio! – disse uma voz infantil bem conhecida
Saga solta Juliane bruscamente e quase cai sentado de susto.
– KIKI, O QUE FAZ AQUI? – perguntou Saga irritado
– Marin acabou de sair lá de casa e mandou que eu entregasse isso a ela... – ele entrega uma sacola com algo dentro.
– Deve ser o pijama! – disse Juliane ajeitando as roupas e o cabelo
– Sim, e é. – confirmou Kiki – desculpem. Agora podem voltar a fazer o que estavam fazendo! Fui!
E sumiu.
Quando Kiki foi embora, Juliane decidiu abrir para ver o que a aguardava.
– Uau... – Saga sorriu malicioso ao encontrar uma camisola vermelha de seda com detalhes em renda – combina com a cor do seu cabelo
– Sim... mas por que Marin me emprestaria uma camisola assim? – ela perguntou indignada
– Sei lá, vai ver que todas são desse jeito! – Saga deu de ombros – mas estou louco pra te ver nela... – ele sussurrou no ouvido da ruiva, fazendo com que cada pelo de seu corpo arrepiasse.
Ela também sorriu.
– Agora se me der licença, tenho que me trocar...
– Claro. Fique a vontade. – ele a soltou – Sim, pode tomar banho no banheiro do meu quarto se quiser! Tenho um ótimo xampu... – lembrou
– Hein? – Juliane estranhou
– Como acha que nós teríamos esses cabelos enormes usando xampus vagabundos?
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Casa de Aquário...
– Viu? Eu disse que te trazia nos meus braços. – disse Kamus pondo Marcia no chão.
– Ah, mas foram apenas por mais três casas. – retrucou
– Certo... – ele sorriu – bom, aí está minha casa! – disse orgulhoso
– É... você vai ter que dar um jeitinho nela... – disse Marcia silenciosamente
– O que disse?
– Nada! Pensei alto!
– Você ainda não a viu por dentro! Venha!
Ele fez o mesmo que Saga e os outros. Foram para o primeiro andar.
A casa era exatamente igual a de Saga e Kanon. Uma sala para dois ambientes, um corredor ao fundo com dois quartos.
A decoração era totalmente diferente da casa descrita anteriormente. Kamus tinha realmente um bom gosto. Mas algo naquela casa a deixava um pouco fria.
A sala não tinha nenhum aparelho eletrônico como tv, dvd, etc. Apenas um aparelho de som. Havia também um bonito jogo de sofá, belas cortinas, um tapete, uma mesa de jantar, etc... ao fundo, algo que a chamou atenção.
– Essa estátua de gelo fui eu quem fiz! – disse Kamus – chama–se "A mulher com o jarro"...
– Ah... saquei... muito bonita, Kamus! Está de parabéns. – ela disse sorridente
– Obrigado. Venha ver onde vai dormir. – ele a guiou puxando–a pela mão, levando–a ao seu quarto que ficava no fim do corredor.
– "Não tem tv aqui?" – ela pensou desapontada
– Esse é o meu quarto. Você vai dormir aqui, não precisa fazer cerimônia.
– Mas Kamus, eu não posso...
– Eu disse sem cerimônias. – ele cruzou os braços
– Ah... que seja... mas onde você vai dormir?
– Aqui. – ele abriu a porta do segundo quarto. Essa sala era incrível, tinha uma tv de plasma de 40 polegadas, um home teather, um aparelho de som com caixas absurdamente grandes.
Ao fundo um computador com monitor plano também de plasma, teclado sem fio, um gabinete super "fashion".
Os olhos da garota brilharam ao ver tais coisas.
– O–o–ora, Kamus... não precisa sair do seu quarto, eu posso muito bem dormir aqui... – ela disse com um sorriso bobo nos lábios
– Ah não, jura? Esse é o canto mais "anti–cultural" da casa... é o quarto do Hyoga, meu discípulo... também era do Isaac, mas Hyoga o matou e... enfim! Você merece algo melhor!
– ah... sei... – Marcia não entendeu nada
– Kamus é mesmo um pouco maluco, não acha? Eu não sairia desse quarto... – disse Kiki aparecendo atrás deles
O casal toma um susto daqueles.
– SANTO ZEUS, KIKI! – gritou Kamus com a mão no peito – Mais uma dessa e eu te faço mais uma estátua de gelo pra decorar minha sala!
– Desculpa... é que Marin mandou entregar isso a vocês... – entregou a sacola nas mãos da morena – to indo! Boa noite, tchau! – Kiki sumiu de novo
– Que susto... esse garoto apronta cada uma... – disse Kamus seguido de um sorriso da sua hospede – bom, fique a vontade, pode ir se trocar ou... fazer o que quiser, vou preparar nosso jantar, certo?
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Vila das amazonas...
Shina escuta um barulho enorme de panelas caindo na cozinha.
– Madre de Dios! – Shura gritou
A amazona que havia se vestido com um camisão branco de mangas verdes, com uns gatinhos desenhados, aproxima–se da cozinha.
– Shura? Tudo bem aí? – ela perguntou
– Tudo sob controle! – ele respondeu com algumas panelas no chão e outras na mão – ainda bem que não caíram as panelas com comida!
Shina observa uma bandeja arrumadinha com guardanapos, um prato de sopa de verduras, um copo com suco de laranja, uma xícara de café, torradas, geléia e leite.
– Shura, você ia levar isso pra mim? – ela perguntou encantada
– Sim...ei! O que faz fora da cama, mocinha? – perguntou Shura
– Eu ouvi barulhos e...
– Nada disso, volte pro quarto, eu estou com tudo sob controle e... você está linda...
– Só estou usando uma camisola... – Shina corou
– É, eu sei... que indiscrição da minha parte... – Shura corou dessa vez
Shina resolve voltar para o quarto enquanto Shura ficava praticamente babando.
Ela volta para a cama, arruma alguns travesseiros para encostar e ficar numa posição boa pra comer.
– "Shura, você inventa cada uma..." – pensou enquanto deitava novamente, cobrindo–se até a cintura.
O cavaleiro chega sorrindo com a bandeja nas mãos. Ele coloca–a sobre o criado mudo e senta na cama.
– Não me diga que vai me dar na boca? – ela perguntou cruzando os braços
– Como adivinhou?
– Shura...
Ele pega o prato de sopa e enche a colher.
– Vamos lá, olha o aviãozinho... – imitando o ruído de um avião
– Shura, por que está fazendo... – Shura a interrompe, colocando a colher na boca da amazona e despejando a sopa dentro – Por que está fazendo isso?
Shura fica um pouco pensativo. Na verdade nem ele sabia ao certo o porque. Ele sabia bem que Shina estava ótima e não precisava disso. Era uma amazona forte, não iria adoecer por causa de um acidente como aquele.
– Por que você está fraquinha! – ele respondeu – não vê? Nem conseguiu nadar! Eu nadei contra a correnteza, ainda trouxe você comigo. Por que? Porque sou forte! Aposto que você nem se alimenta direito! – enfiou outra colher na boca da amazona que sorriu.
– Tudo bem! Mas eu não agüento comer tudo isso... você vai me ajudar, certo?
– Como quiser, contanto que se alimente.
– A propósito, essa sopa está uma delicia!
– "Ah, Shina... não vou dizer que só faço isso pra ficar mais perto de você." – pensou ele sorrindo serenamente. Parece que as coisas vão começar a melhorar para os dois.
Continua...
Eeeh, esse capitulo ficou um pouco grande ... e também o escrevi em tempo recorde! O.o normalmente levo em média dois dias(as vezes mais) para acabar um capitulo hehehe... esse eu levei apenas algumas horas (sim, pois fui interrompida algumas vezes)
Espero que tenham gostado desse capitulo! Eu pelo menos adorei escrever esse...
O próximo promete ser um pouquinho mais... quente (risada diabólica)
Até a próxima! XD
