Capítulo 04 – Baladas de Hermione

Ansiosa, impecável em todos os detalhes e concentrada em sua poção Capilar Alisante, Hermione estava radiante. Faltava uma hora para começar o Baile de Inverno do Torneio Tribruxo. Não acreditara que aceitou o convite daquele garoto. Passou todo o semestre criticando-o, chamando de bruto, egocêntrico, narcisista, dentre outras coisas, sem importância para serem citadas. Ele havia interrompido seus estudos aparecendo na biblioteca, trazendo involuntariamente uma manada de fãs. Porém, quando soube que ele fora lá apenas para vê-la, todos essas criticas desapareceram, e começou a vê-lo com outros olhos.

Aquele alisante deixava o cabelo fervendo, sentia um enorme calor no seu couro capilar, pensando "Por Merlin, porque mulher sofre para ficar bela? Bom pelo menos é mais rápida e prática que a Chapinha que minha mãe usava para alisar seu próprio cabelo" e olhando o resultado no espelho e acabou por observar seus dentes de tamanho perfeito, devido à inocência, para não falar falta de atenção de Madame Pomfrey que ao perguntá-la se o tamanho do dente estava do tamanho normal, ela sendo um pouco esperta esperou os dentes atingirem o tamanho ideal e disse a enfermeira que aquele era o tamanho certo, evitando cinco anos no mínimo de aparelho.

Usava um roupão rosa enquanto se maquiava diante da penteadeira. Pelo reflexo observada as duas companheiras de quarto. Admirava o corpo de Lilá, e queria que o seu também fosse, esbelto como o dela, comendo os belos contornos, mas nada muito incomum. Brown terminava uma grande e única trança em Parvati Patil, amarrando o cabelo negro com fios de ouro. A garota de trança tinha uma beleza exótica, a pele morena e olhos verdes, uma pequena pinta na testa. Era extremamente magra e não tinha um corpo curvilíneo, mas o valorizou com o vestido rosa que colocara.

Hermione pegou vestido azul-pervinca que sua mãe lhe enviara, achara muito belíssimo, e o vestiu. Até que ficara muito bem. Pegou uma fita e fez um grande rabo-de-cavalo. Tinha um ar de década de 60, como as colegiais dos antigos musicais, mas gostara do que via no espelho. Deu um maravilhoso sorriso e até a elogiou "Nem eu poderia estar mais bela!".

Lilá olhava para as duas com uma pitada de inveja, afinal ambas iriam ao baile com campeões do torneio, e a ela restara Simas Finnigan, pelo menos não era o Rony. Parvati iria com Harry Potter e Hermione, o mundialmente conhecido jogador de Quadribol, Vitor Krum.

Encontrando Vitor na Entrada do Salão Principal, percebera que havia algo misterioso naquele estrangeiro, uma certa ingenuidade, uma certa virilidade. Não sabia definir direito aquele garoto alto de cabelo negro cobrindo os olhos, mas que a encantou totalmente. Depois do jantar, a banda As Esquisitonas começaram a tocar. O casal estava junto no meio do salão. Mione podia sentir o braço musculoso do rapaz cobri-la, sua cabeça estava deitada no colo dele, e dançavam num leve balançar. Tudo parecia um sonho, a fraca iluminação, a lenta música, naquele momento tinha esquecido completamente de certo ruivo orgulhoso demais e muito tímido para escolhe-la como companhia.

Herm-ion-ni.- disse calmante Krum.

Ela sorriu, ele estava quase conseguindo pronunciar o nome dela. Olhou para cima, e ele levemente segurou o seu queixo. A cabeça do apanhador desceu até sua estatura, e seus lábios selaram os dela, e ela correspondeu o beijo. Para Hermione era como usar o Vira-Tempo novamente, o tempo não fazia mais sentido, e cinco minutos duraram uma deliciosa eternidade. No final, de brincadeira, Krum deu uma leve mordida no lábio inferior da garota.

- Quer beber?

Aceito sim.

Foi um beijo muito diferente do que tiveram meses atrás, muito melhor. Enquanto Krum ia pegar alguma bebida. Hermione foi até os dois amigos, Harry e Rony, e sentou na cadeira vazia de Parvati.

- Oi. – disse Harry, Rony de rosto virado não disse nada.

- Está quente, não acham? – disse ela se abanando com a mão.

Rony a olhou com um olhar de repreensão e ódio, mas preferiu não falar porque a amiga estava com tanto calor.

Hermione estava sozinha no meio da pista, de braços cruzados, fula com Rony. Às vezes ele conseguia ser tão infantil. Ainda bem que fora ao baile com um garoto maduro como Vitor. Ele era extremamente gentil, e teve certeza disso quando o viu trazendo dois copos. Pegou o pelo pulso e levou até uma mesa, decidida tirou os copos de sua mão, pondo-os na mesa, e começou a beija-lo.

Foram para um canto escuro do salão, e perceberam que não estavam sozinhos, Cedrico Diggory pressionava Cho Chang contra a parede. Uma das pernas da garota entrelaçavam o apanhador da Lufa-lufa. E ele aproveitava passando pela coxa da oriental, levantando o vestido. Hermione nem pensou muito se devia contar essa cena para Harry, e decidiu que não.

- Vamos para algum lugar mais discreto? – perguntou.

- Terr o navio. – disse Krum, expondo malicia na sugestão.

"Por que você não vai procurar o Vitinho", as palavras de Rony ainda ecoavam em sua mente. Porém, tudo foi esquecido quando Vitor simplesmente disse:

- Hermione, você é linda.

Foi um elogio simples, talvez por serem palavras fáceis para o búlgaro. Porém, bastou ele dizer seu nome certo, para saber que havia sinceridade nelas.

- Vamos para o navio.

Krum tinha um camarote apenas para ele no navio da Durmstrang. As duas escotilhas do aposento davam para o lago que refletia uma lua crescente. Era uma noite fria e o barco dava ainda mais essa impressão, por isso o casal estava debaixo de uma manta (parecida com pele de urso) se beijando.

Os beijos de Krum desciam pelo pescoço e Hermione estava gostando muito disso. Era uma sensação diferente e muito prazerosa, passou pelos ombros, e exitou ao chegar próximo ao vestido e pensou em abaixa-lo. Olhou para a garota e viu o pequeno sorriso constrangido dela, que significou um sim, e avançou mais esse obstáculo, os seios saíram delicadamente do vestido. Ele beijou, mordiscou, e cariciou os mamilos de Hermione de todas as formas, abocanhava-os como se fossem doces. A boca continuou a descer, ele a beijava sobre o vestido, e não sentindo objeção por parte da aluna, subiu o vestido, e repetiu as carícias feitas nos seios com o clitóris. Hermione gemia alto de tanto prazer, algo inexplicável e sequer imaginava que Marcus, o líder dos serianos podia ouvir tudo as margens do lago.

Hermione percebeu que Vitor descera as próprias calças numa visível excitação. Foi quando Mione teve uma crise de consciência, e desabou-se em lágrimas.

- Eu não posso! Não quero que seja assim!

Vitor olhou-a com um olha singelo que expressava que não queria força-la a nada. Arrumou-se, colocou o vestido na forma inicial em Hermione e abraçou-a como uma forma de consolo.E sorrindo para ela disse:

- Vamos voltarr parra o baile.

- Posso lhe darr uma palavrrinha? - pediu Vitor Krum. A Torneio terminara em tragédia, embora naquele fim de ano todos tinham uma sensação de que, por enquanto, estavam tudo em paz. Era hora de despedidas.

- Ah... claro... Tudo bem – respondeu Hermione, e parecendo ligeiramente afobada.

Ainda lembrava como se comportara naquele incidente no navio, estava com uma enorme vergonha.

- É melhor você se apressar! - gritou Rony para ela, com os ciúmes aflorando. - As carruagens vão chegar a qualquer momento!

Ela apenas pediu para Harry ficar vendo se as carruagens se aproximassem, deu uma piscada para ele, e acompanhou Krum pela aglomeração de alunos até desaparecer de vista dos amigos.No momento, olhava apenas para Krum segurando suas mãos.

- Sem arrrrependimentos? Estarrmos bem?

- Está tudo certo, Vitor. Você foi, e é maravilhoso, obrigado por me entender.

- Você gostarr muito dele, não é?

- Ainda não sei. – disse pensativa, depois virou a ele com um sorriso – Se não for, posso procura-lo?

- Se não tiverr com nenhuma fã, pode. – disse brincando.

- Hum... Ta... Eu vou escrever sempre para você.

E Hermione se permitiu em dar um simples beijo nele, no homem que podia ter sido seu primeiro homem. Porém, sabia, assim como sabia de cor o livro Hogwarts, Uma Historia, que seu coração nunca perdoaria se sua primeira vez não fosse com seu verdadeiro amor, e ela já sabia quem ele era.

Notas dos Escritores:

A cena que Hermione vai até os garotos e diz que "Está quente, não acham?", antes de Rony brigar com ela realmente acontece no quarto livro. Assim, como a conversa particular entre ela e Vitor no final do livro.

Por quê Hermione foi escolhida para ser salva por Vitor na segunda prova? Parecia improvável apenas por terem indo no baile juntos, pois se fosse assim teriam escolhido Patil para Harry. Por isso aqui demos uma segunda explicação, foi Marcus que sugeriu tal possibilidade para Dumbledore.