Disclaímer – InuYasha e seus personagens não me pertencem, todos os direitos reservados a Rumiko Takahashi.
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Capítulo dedicado a Lua
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Epílogo de um Amor
Capítulo 16 – TempoO acaso havia começado, logo a escuridão cobria tudo e mais uma vez, ela se encontrava somente olhando o nada, rodeada de suas leais serpentes caçadoras de almas.
Kikyou: O prazo irá se cumprir...
Todo esse tempo havia permanecido sozinha, havia sido condenada a sempre estar, inclusive quando esteve viva. A vida havia mostrado a ela condenando-a a uma completa solidão, e quando acreditou encontrar a felicidade, esta foi efêmera transformando em um ódio intenso, convertendo sua vida em um inferno.
Obrigada a viver novamente, enfrentando o causador de sua desgraça, para logo descobrir que tudo se tratava de um engano, uma armadilha de um ser miserável, de um ser maligno.
Kikyou: Naraku...
Pensar em um ser tão repugnante somente aumentava seu ódio. O causador de sua miséria havia recebido o que merecia, ela havia se encarregado de que sofresse uma morte tão lenta e tão dolorosa, satisfazendo sua sede de vingança.
Definitivamente a vida não a havia tratado bem. Todo este tempo que havia permanecido sozinha, todo esse tempo que havia compreendido a verdade, uma verdade que o único que lhe recordava o quanto cruel o destino poderia ser.
InuYasha já não a amava, fazia tempo que deixou de amá-la ou talvez nunca a amou e em todo este tempo se fazia a mesma pergunta uma e outra vez "Por acaso ela alguma vez amou?"
Um sorriso malicioso cruzou pelos seus lábios, um pouco de triunfo apareceu em seu rosto. Ele havia decidido ir ao inferno com ela. O prazer que sentia por dentro era indescritível, e se perguntava o quanto estúpido poderia ser o hanyou para deixar a pessoa que mais amava para cumprir seu dever, entregando sua vida a quem morreu por ele há 50 anos.
"Realmente morri por ele?" Foi à pergunta que rodeava em sua mente. Uma pergunta que se havia feito muitas vezes e que somente com o tempo havia podido responder.
Kikyou: InuYasha... Ainda assim decidiste vir.
InuYasha: Tinha que... Por acaso tinha outra opção?
Kikyou não pode evitar deixar escapar uma gargalhada cheia de sarcasmo, as palavras do hanyou havia soado como uma suplica da pobre alma que tinha em frente, que ao parecer ainda guardava um pouco de esperanças.
"Que tanto mais haveria de sofrer InuYasha?", "Um pouquinho mais" foi à resposta que se deu a si mesma.
Kikyou: (Ainda quero brincar um pouquinho mais com ele).
Não podia lutar contra a natureza, a mulher chamada Kikyou que viveu há mais de 50 anos atrás havia desaparecido, ao menos uma parte dela. A melancolia e o ódio sempre a acompanhariam. Havia deixado de ser essa mulher há tempos. Esta nova personalidade lhe satisfazia mais, ser fria e calculista lhe resultava mais interesses, ainda que não podia negar que um pouco dessa mulher, aquela sacerdotisa ainda habitava nela, assim como recordações e sentimentos. As crianças, anciões e pessoas necessitadas faziam aflorar esses sentimentos e seu dever de miko.
Kikyou: InuYasha, estou mais do que satisfeita... Vejo que deixaste essa criança insignificante... Pobre garota iludida... Seu coração deve estar destroçado... Que lastima.
InuYasha: Calada!!! ... Como se atreve a insulta-la... Não tem direito nem de sequer menciona-la.
Kikyou: Calma InuYasha... Não é necessário se exasperar por algo tão banal como essa menina...
InuYasha: Kikyou você não sabes de nada!!!...Para de me provocar!!!... Já me tens aqui como queria... Deixa de me atormentar!!!
Kikyou: Exato... Tenho-te aqui... Mas não como queria... É por isso que seguirei te atormentando... E por último tem toda a razão... Eu não sei de nada.
InuYasha: Não entendo a que te referes.
Kikyou: Estais aqui... Mas não por tua vontade... Só se sente obrigado pelo teu dever... Ou não é isso InuYasha?
InuYasha: Ainda assim me tens aqui como querias.
Kikyou: Já não sei se o quero.
Aquelas palavras não eram mais que um sussurro que inconscientemente havia escapado como um sopro de seus lábios. Aquelas palavras não eram para InuYasha, mas ele as havia escutado claramente, deixando-o muito confuso e desconcertado. Aquelas palavras eram dirigidas a ela mesma, novamente se havia trancado em uma dessas práticas que tinha com sua pessoa esquecendo um mortificado hanyou.
Kikyou: (De algo que estou segura... Mas o tempo dirá).
Sim, havia chegado o momento, o momento que tanto havia esperado, por fim descansaria em paz e abandonaria este mundo para sempre, e nada a faria voltar (ao menos que ela desejasse), o problema era "poderia descansar em paz?" E novamente a resposta era "ainda não, tinha coisas pendentes para resolver".
Um grunido a despertou de sua reflexão, era evidente que a paciência de InuYasha estava acabando, mas isso não lhe importava. A personalidade explosiva do jovem hanyou era o que menos interessava nesse momento, ainda que faze-lo enojar era mais que um prazer. Havia respostas para responder e já era tempo de contesta-las. Tinha que desenterrar a verdade, uma verdade que já sabia, mas que era necessário escutar.
Kikyou: Diga-me InuYasha... Você me ama?
Havia chegado a essa pergunta? Era evidente que ele não a amava e ela sabia, porque o perguntava então? Como responder sem feri-la? Não podia dizer que a amava se não era verdade, como mentir e trair o profundo amor que sentia por Kagome. Pensar naquela jovem cheia de vida que lhe roubou o coração e que se viu obrigado a abandonar só aumentava a pena e a dor que estava sentindo. Seu nome escapou como um sussurro.
InuYasha: Kagome...
Sabia que o havia pronunciado, não o havia escutado, mas não era necessário, ela sabia, podia ler, todo seu ser gritava o nome daquela menina insolente e se perguntava como alguém tão inferior podia significar tanto para InuYasha. Vendo que não iria receber resposta por parte dele prosseguiu.
Kikyou: Poderia me amar?
"Como ama-la se seu coração já havia entregado a outra pessoa?"
Exasperada por não conseguir escutar a verdade de seus lábios deu um grito.
Kikyou: Responda-me!!!... Já tenho a pedra... Sabe o que isso significa, certo?... Não quer que algo suceda com ela.
Em que classe de mulher havia se tornado?, Como se atrevia a brincar com a vida de Kagome? Era certo que ela havia sofrido demais, igual a ele, mas, isso não justificava seu comportamento. Logo se viu cheio de ira e desprezo.
InuYasha: Você se transformou em um ser horrível e cruel.
Kikyou: Bem, vejo que no fim nos entendemos InuYasha... Poderia me amar?
InuYasha: Não
Kikyou: É por causa dela, verdade?... Toda a culpa é dessa garota chamada Kagome... Por sua culpa não posso te ter como quero... Por sua culpa não sou mais que uma recordação.
InuYasha: Por que faz perguntas que já sabe as respostas?
Kikyou: Porque quero escuta-las de ti.
InuYasha: O que sente por mim Kikyou?
A mesma pergunta que ela se havia feito há tanto tempo, agora ele estava fazendo. A resposta já sabia, não fazia muito, mas havia conseguido responde-la antes que chegasse este momento.
Kikyou: É obvio que não te amo.
InuYasha: E porque você fez tudo isso?
Kikyou: E porque não?
InuYasha: Responda, a maldita pergunta!!!!!!!!
Kikyou: Pensei que já havia dito... Faço por diversão.
InuYasha: Por diversão?... Tudo isso é por diversão!!!
Kikyou: E porque devo ser eu a única que deve sofrer?
InuYasha: Mas, não é dona de seu destino.
Kikyou: É verdade... Eu nunca deveria deixar-me dominar por minhas emoções, devia aceitar minha missão... Não devia ter deixado que entrasse em minha vida.
InuYasha: Não foi a minha intenção.
Kikyou: Claro que não... Eu depositei minhas esperanças em você, minhas esperanças de viver uma vida normal... De ser normal... Fui egoísta...Eu deveria aceitar meu destino... E ao final...
InuYasha: Eu sinto... Nunca devia ter ido buscar essa maldita pedra... Devia aceitar o que sou.
Kikyou: Você e eu numa certa forma somos iguais... Ambos desejamos mudar nosso destino, você deixar de ser um hanyou e deixar de ser uma sacerdotisa... Mas você aprendeu a aceitar o que é... Ela te ensinou (e ainda que não quisesse admitir eu também aprendi com ela).
InuYasha: Ela me ensinou muitas coisas (sei que ela sempre estará em mim... Kagome... Não sabes o quanto vai me fazer falta).
Kikyou: Já é hora.
InuYasha: ...
Kikyou: Mas antes... Quero que escute a verdade de meus sentimentos... Uma verdade que não devia calar... Talvez porque recentemente o compreendo.
InuYasha: Porque?
Kikyou: Somente escuta.
InuYasha: Bem (já não posso estar mais um minuto aqui sabendo que Kagome está tão perto... Não sei quanto mais poderei resistir a urgência de correr para ela e ter-la entre meus braços mais uma vez).
Kikyou: Eu não te amo, nunca te amei, somente acreditei te amar... Me recordava tanto a mim tanto a mim que pensei que poderia ser feliz ao teu lado, pensei que graças a ti poderia deixar de ser quem era... Eu te arrastei ao inferno por um sentimento egoísta e o carinho que alguma vez sentimos se transformou em ódio... Tudo por um engano... Foi muito frágil ou talvez nunca existiu... Morri te odiando... Mas antes fiz o que devia fazer... Cumprir meu dever.
InuYasha: Qual dever?
Kikyou: O que não entende InuYasha... Por acaso não compreendes o que estou tentando dizer.
InuYasha: ...
Kikyou: Meu dever sempre foi proteger a pedra, evitando que esta caia em mãos erradas, purifica-la... Essa foi a razão do por que sacrifiquei minha vida.
InuYasha: Isso eu já sei.
Kikyou: Ainda não entendes... Eu nunca sacrifiquei minha vida por ti... Sacrifiquei minha vida pelo bem de todos e sobre tudo pela pedra... Você não me deve nada.
InuYasha: Mas então
Kikyou: Tudo tem um preço nesta vida InuYasha e você teve que paga-lo para dar-te conta que ela significava pra você... se tudo tivesse sido tão fácil, possivelmente haveria sido tão estúpido de afasta-la de ti, perdendo-a para sempre.
InuYasha: Kikyou... Por que?
Kikyou: a resposta é simples... Eu sou quem tem uma divida contigo... Quero te ver feliz... Já sofres-te demais por minha culpa, era o mínimo que podia fazer... Agora vá, busca-la antes que seja tarde demais.
InuYasha: E você
Kikyou: Por fim poderei descansar em paz... Pela pedra não te preocupes, irá comigo para o inferno... Só direi que o poço sempre se conectará com seu passado, presente e futuro ao igual a você... Agora vá.
InuYasha: Obrigado
Kikyou: Vá... Não a deixe esperando.
Kikyou viu como se afastava de InuYasha. Dando um profundo suspiro seguiu seu caminho entre a escuridão do bosque, buscando a porta que tinha o descanso eterno.
Kikyou: Em fim poderei descansar em paz, já nada me mantém aqui.
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Continua...
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#Em uma praia deserta do litoral cearense#
Sentada em uma cadeira de sol a beira mar, acompanhada de um hanyou que mais parecia um camarão e de sua editora chefe, encontrava-se a tradutora desta fic...
Julichan: - E aí? Como ficou a introdução do meu comentário sem necessidade?
Inu: - Humm...Ta legal! ... Mas por que me chamou de camarão?
Juli-chan: - Por que você está parecendo um! – rindo – Hahahaha... – apontado para a cara de InuYasha que cada vez mais vermelho.
Inu: - Feh! Não sei porque Kagome foi aceitar seu convite de passar essa tal férias em sua terra natal? Por que ela não foi passar lá na Era Feudal?... Onde tá a Kagome?
Juli-chan: - InuYasha! K-chan disse que queria ir a um lugar diferente... e eu disse que poderiam ir ao meu país... Ah! Relaxa e aproveita!
Inu: - Você fala isso porque não é você que está queimando!
... – camarão!
InuYasha lançou um olhar desconfiado para a garota ao lado
Juli-chan: Vamos as reviews!
Otaku-IY – Com certeza!!! Mas o InuYasha é muito tapado pra entender as coisas! Meu Santin! Kikyou precisou explicar três vezes para ele entender...
Najla: - Ele é lerdo! – soltando a revista que estava lendo – Solta Inuyasha!
Juli-chan: - Concordo... Devolve a revista pra ela Inu...chan!
Inu: Não me chame assim. – olhando para Juli-chan como se fosse mata-la.
Juli-chan: - ignorando – Continuando!
Inu-Maniaca - Que bom que você gostou... A Kikyou somente quer diversão! E fazer os outros sofrer é uma ótima diversão (pra ela). Beijos!
Najla: - Era melhor ela ir a um parque de diversões!!
Inu: O que é parque de Di-ve-r-s-ooo-eee-zzz?
Juli-chan: - É diversões InuYasha. – suspirou – Onde está a Kagome quando eu preciso dela. – Hum ... Podemos fazer uma fic com parque de diversões – com os olhos brilhando.
Najla: - Não, vamos terminar Believe primeiro!
Juli-chan: - sorrir amarelo –
Lua: - Vou confessar uma coisa, não foi só você que chorou, eu também e a minha editora chefe, esse último capitulo foi o melhor que eu já traduzi, essa fic por inteira é maravilhosa. Obrigado por sempre lê-la. Beijos!
Vendo que InuYasha ficava cada vez mais vermelho por causa do sol, resolvemos acabar com os comentários sem importância por aqui.
Najla: - vendo InuYasha se afastar – Será que ele não vai ficar bravo?
Juli-chan: - Claro que não.
Najla: - Mas... Nós trocamos os tubos do bloqueador pelo bronzeador... Ele não vai conseguir dormir hoje...
Juli-chan: - Essa é minha intenção! – sorrir maliciosamente.
Najla: - Eu hein!
E deixo aqui mais uma loucura minha... Envolvi até a minha editora chefe... Najla!!! XD
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Um cheiro e um abraço bem forte
Juli-chan
Janeiro de 2005
