Título: Glory Box
Autora: Dana Norram (mais detalhes, vide profile)
Shipper: Harry/Draco
Classificação: PG-13
Gênero: Drama/Romance/Slash
Spoilers: Cinco (logo, você pode ler essa fanfic sem ter lido o 6º livro)
Parte: 03 de 14
Avisos Gerais (LEIAM!)
- Isto aqui é uma fanfic SLASH. Você sabe o que significa Slash? Não? Poxa, que peninha! Mas calma aí que eu te explico. Pense num homem. Pensou? Good! Agora pensa em outro. E aí? Eles são bonitinhos? Ótimo! Agora imagine os dois juntinhos, dividinho beijos e abraços? Achou fofo? Continue com a leitura. Achou nojento? SUMA! Não precisa ler, mas se mesmo assim você, pequeno gafanhoto,deixar algum comentário impertinente dizendo que eu não devia colocar Harry Potter e Draco Malfoy na mesma cama, você estará assinando seu atestado de burrice. Eu avisei, não avisei?
- As atualizações virão conforme os comentários. Muitos comentários, atualização rápida (se bobear na mesma semana). Poucos... hmmm... dependerá da minha boa vontade. Que NUNCA é boa. xD
- Outra coisa. I don't like happy ends! Isso aí, final feliz NÃO é comigo. Então se você curte açúcarna veia all-time... hmmmm, espera sentado, sim?
- Harry Potter e seus personagens não me pertencem. São propriadade exclusiva da titia J.K. Rowling. Eu não ganho dinheiro para escrever fanfic. Então, pegue seu processo e brinque de fazer origami. É divertido.
- Ah, uma coisa que eu esqueci de comentar. O título desta fanfic (Glory Box) foi tirado de uma música do grupo Portishead. A letra mesmo não tem muito a ver com a fanfic, mas fica aí a dica para quem quiser escutar algo enquanto lê.
Glory Box
Por Dana Norram
o0o 1º Ato o0o
Já passava das oito da noite quando Harry finalmente assinava seu nome num formulário para que as compras fossem devidamente entregues em seu apartamento. Pretendia dar um passeio pelo centro de Londres antes de voltar para casa e dormir. Afinal, no dia seguinte, teria uma entrevista no ministério e mais tarde estava planejando chamar Ron e Hermione para sair. Talvez eles fossem até a sede da Ordem discutir novos estratagemas contra os comensais.
Harry passou por um espelho de corpo inteiro enquanto se dirigia à saída do shopping e estancou no lugar, fitando sua imagem refletida com peculiar atenção. Dezessete anos usando roupas velhas de Duda não ensinaram a ele o significado da palavra "moda". Logo, ele estranhara bastante aquelas calças e camisetas de aparência velha e desgastada custando tanto ou mais do que roupas em perfeito estado. A sorridente vendedora, porém, lhe garantira que todos os jovens "como ele" só usavam aquilo.
Mesmo desconfiado, ele acabara aceitando o conselho. Não ia querer parecer um estranho no ninho. Queria passar desapercebido na multidão de trouxas.
Saiu para as ruas. A temperatura morna de verão incentivando todos a deixarem o conforto de seus lares para se aventurarem num cinema, num teatro, num show de rock ou num simples pub enquanto a noite londrina os protegia como um manto escuro e quente.
Sentindo-se um pouco culpado por estar ali e não vigiando, lutando ou mesmo morrendo nas mãos de um comensal, Harry caminhava sem pressa. Vez ou outra mirando com atenção um rosto que lhe parecera mais suspeito, ou quando cruzava algum beco meio escuro, imaginando que qualquer um poderia estar escondido ali.
Balançou a cabeça e sentiu que seus óculos escorregavam até a ponta do nariz. Sorriu meio de lado e ajustou-o novamente no rosto, achatando a franja contra a testa para que sua cicatriz não ficasse tão visível.
Divisou uma cruza de bar e lanchonete de aparência amistosa do outro lado da rua onde se encontrava e descobriu que sentia um pouco de fome. Enfiou uma das mãos, conferindo se tinha o suficiente para um lanche e um táxi. Ainda não tivera tempo de passar em Gringotes para trocar mais dinheiro. Poderia fazer isso no dia seguinte, depois da entrevista. Daí lembrou-se de que podia simplesmente aparatar até em casa e soltou uma risada alta. Alguns passantes o encararam com curiosidade.
Uma sineta tocou em algum lugar acima da cabeça de Harry quando ele abriu a porta. Sentou-se numa mesa conjugada, junto a uma das janelas que davam para rua.
Uma garçonete loira, usando um estranho brinco no nariz perguntou sem rodeios o que Harry queria. Ele desviou seus olhos ligeiramente arregalados do brinco para o cardápio ainda fechado sobre a mesa. Abriu-o, meio atordoado, escutando a garçonete fungar impaciente. Que coisas mais esquisitas esses trouxas usavam... — pensou por um segundo, se lembrando das roupas no shopping, que ele mesmo usava agora. Só esperava que brincos no nariz não fossem uma "moda" também. Não usaria um negócio daqueles nem por decreto.
Depois de anotar o pedido de Harry — hambúrguer, batatas fritas e uma cherry coke com gelo, a garçonete afastou-se resmungando sobre os clientes que faziam-na perder tanto tempo com coisas tão simples.
Enquanto aguardava seu lanche / jantar, Harry distraiu-se observando os outros clientes do lugar. Numa mesa próxima a porta, um casal discutia em voz baixa. Na bancada um senhor gordo e careca cumprimentava o copeiro com entusiasmo. Outra garçonete, esta morena, mas sem brincos em lugares estranhos, atendia um grupo de adolescentes que lhe lançavam olhares de cobiça.
Harry já comera seu hambúrguer e aguardava pela sobremesa quando uma série de acontecimentos se deram em rápida sucessão.
A sineta que anunciava a chegada de um novo cliente tocou, mas de costas para a porta, Harry não prestou atenção.
Alguém deixou um copo cair, os ouvidos de Harry aguçaram-se. Escutou algumas risadinhas, seguido de um berro alto.
Virou-se abruptamente, certo de que estava havendo um assalto ou algo parecido.
O copeiro tinha uma das mãos erguidas no gesto de segurar um copo, mas não havia nada entre seus dedos. Os olhos pregados, fixos na garçonete que atendera Harry flutuando no ar, a bandeja onde trazia um grande sundae de chocolate ameaçando ser virada sobre sua própria cabeça loira. O rosto rosado estava aterrorizado de choque, mas sua boca não se mexia. Na frente dela, um grupo de quatro pessoas vestidas de negro e usando capuzes, riram alto.
"Eu mataria essa trouxa imunda com minhas próprias mãos, mas não estou com a menor vontade de sujá-las, sabem?"
Harry sentiu a sensibilidade nas pernas sumir. Comensais? Agora? Ali?
Sabia que eles andavam atacando trouxas sem se importar em ocultar a comunidade bruxa, mas até então os ataques tinham se dado em lugares afastados, onde o ministério sempre conseguia esvaziar a memória dos sobreviventes. Fazer um ataque no centro de Londres parecia uma idéia no mínimo absurda, mas estava acontecendo e Harry ali... no meio deles... o que ia fazer?
Enfiou a mão dentro da camisa rasgada onde se lia 'god save the queen'¹em letras pichadas e segurou o cabo da varinha, pronto para se levantar e lutar contra eles, quando seus olhos se desviaram para a janela ao seu lado. Vultos negros tomavam conta das ruas, algumas pessoas corriam e eram paralisadas com meros acenos de varinhas.
Um ataque em massa.
Era absurdo demais e Harry sabia perfeitamente bem que não tinha a menor chance contra todos eles. Deixou cair uma nota de dez dólares sobre as migalhas de pão em seu prato, escorregou por debaixo da mesa e tentou se afastar para o corredor que levava as cozinhas com o máximo de cuidado. Precisava sair para os fundos ou qualquer lugar onde pudesse aparatar com discrição, então buscar ajuda.
Já alcançara a porta do corredor e abaixado, quase de joelhos, Harry conseguiu passar sem ser notado. Esgueirou-se pelo corredor e quando acabara de atravessar o balcão e chegado na cozinha (naquele instante vazia) escutou berros de dor vindos do restaurante.
Quase voltou até a porta. Que se danasse a Ordem! Ele não podia ficar ali, se escondendo, enquanto gente inocente virava o happy hour de um bando de comensais...
"Parado aí!"
O sangue de Harry congelou nas veias. Tinha a varinha segura e firme, mas abaixada para não chamar atenção. De costas para a voz, ele calculou o que seria melhor. Aparatar ali mesmo e deixar o idiota do Comensal com cara de tacho ou lutar e descobrir o que eles estavam fazendo ali.
A segunda proposta soou-lhe mais tentadora e tão logo girou os calcanhares, deixando seu rosto ficar visível, a pessoa encapuzada deixou escapar um gemido de surpresa.
"Potter!" a voz saiu murmurada por debaixo do capuz e a mão pálida que segurava a varinha vacilou por um instante, antes que Harry lhe desarmasse com um único golpe.
Harry apanhou a varinha deste, mas em vez de berrar por auxílio o comensal simplesmente saiu correndo pela porta dos fundos.
Novamente houve aquele segundo de hesitação em que Harry podia ter simplesmente sumido, mas havia algo na atitude do comensal que o deixara estupefato. Afinal, ele era Harry Potter, aquele que Voldemort mais queria ver morto e um de seus capangas o encontrava sozinho, no meio da Londres dos trouxas apinhada de comensais e ao ser desarmado, em vez de berrar por ajuda... fugia correndo?
Mesmo sabendo que estava tomando uma atitude extremamente idiota, Harry precipitou-se pela porta dos fundos, o mais rápido que suas pernas agüentaram, um segundo depois que a barra das vestes do comensal desaparecia de vista.
Saiu num beco escuro e apinhado de lixo, com prédios de apartamento erguendo-se lado a lado. Ergueu a própria varinha e com um movimento preciso, fez com que um clarão momentâneo explodisse, encontrando o comensal fugitivo quase no final do beco. Este, assustado pela luz, erguera a cabeça por cima do ombro e Harry aproveitou o exato instante para estuporá-lo.
O corpo despencou no chão com um baque. Algumas cabeças começaram a aparecer nas janelas dos prédios vizinhos, mas a escuridão já voltara a reinar. Harry correu para junto do comensal caído e sem pensar duas vezes, arrancou-lhe o capuz
Havia uma marca de queimadura próxima de um dos olhos cinzentos e arregalados. O rosto pálido estava afogueado e machado de fuligem e pó. Os cabelos que ele se acostumara a ver sempre cuidadosamente penteados, estavam sujos e amarrotados. Mesmo assim, não havia como não reconhecê-lo. Harry Potter sentiu um aperto no peito.
O comensal era Draco Malfoy.
To be continued...
Leu? Gostou? Quer o próximo capítulo? REVIEW FOR ME!
(se não NADA feito...)
E eu não devia, não devia postar capítulo novo hoje... e sabem por quê? Porque vieram 11. Só 11! (cruza os braços emburrada) Estou de mal...
E só vou postar mesmo porque todos os outros que comentaram tem o direito de ler. xD
As respostas dos comentários estarão se não hoje, na segunda feira, no meu fotolog (www(ponto)fotolog(ponto)net(barra)dana(underline)norram). Underline (pra quem não sabe) é aquela linhazinha baixa que a gente usa para separar as palavras em endereços de e-mails e de homepages. Em todo caso, ACHO que o endereço também está no meu profile. Confiram lá. xD
¹: Não creio que precise de tradução, mas vai saber... 'god save the queen'significa 'deus salve a rainha'. É também o nome de uma música gravada pela banda Sex Pistols, que fez muito sucesso na Inglaterra, em meados dos anos 70 na época em que o punk rock estourava.
N/A: Esta fanfic foi escrita originalmente para o II Challenge Harry/Draco do Fórum Aliança 3 Vassouras (www(ponto)alianca3vassouras(ponto)com(barra)forum) e ganhou o 1º lugar — apesar de só ter duas pessoas participando... xD
Dedicada à madrinha Cami Rocha Pinhão (que não comentou... UoU. Ruim!) — porque ela me agüentou durante semanas fazendo propaganda desta fic e não me bateu! ) E claro, um agradecimento ultra-especial aos meus betas queridos Anna-Malfoy e Shaka Dirk. Super fofos e talentosos, os dois! Vistiem os profiles deles (shakadirk/ annamalfoy).
Aliás, terminei de ler o HP and Half Blood Prince! E não! Eu não irei (obviamente) fazer spoilers, mas só posso dizer que eu tenho muito orgulho de gostar de um personagem como Draco Malfoy. ;)
© Julho de 2005
