2 de Agosto, Sala de Jantar – Mansão Malfoy

- Many, tem certeza de que não precisa de ajuda com nada? – perguntou Ginny sentada numa das pontas da mesa.

- Sim, srta. Virginia! Many ficar feliz em servir você e meu senhor! Ser um prazer para Many preparar banquete para mestre Draco todos os dias... Many gostar muito! – disse uma pequena criatura escondida embaixo de uma pilha de pratos. A primeira vez que o vira, Ginny jurara que ele era algum tipo de rato grande. O elfo que comandava toda a atividade de elfos domésticos na Mansão era pelo menos quinze centímetros mais baixo do que os demais.

- Realmente Many, eu estou acostumada! Lá em casa eu sempre ajudo no jantar! – insistiu ela.

- Bom... Se senhorita precisar tanto ajudar, pode avisar mestre Draco que janta ser servida em cinco minutos. – disse sumindo pelas portas da cozinha.

- Malfoy já está aqui? – gritou ela indignada. Realmente ele falara sério ao dizer que não notaria sua presença.

- Sim, sim! Meu mestre chegar a mais de uma hora! Estar no escritório dele. – esganiçou Many com sua voz desafinada por trás da porta da cozinha.

Entediada, Ginny se levantou dirigindo-se ao andar de cima. Não tinha uma noção muito clara de onde era o escritório de Draco, mas ela supunha que não deveria ser muito difícil de encontrar. Só precisaria procurar um pouco...

Lorde,

Tomei a liberdade de alterar seu plano esta tarde. A pequena reside em minha mansão e aqui deve permanecer até que eu adquira sua confiança. Ela é mais ingênua do que o previsto e embora – tenho de admitir – seja uma grande bruxa está só e assustada, como um pequeno animal encurralado.

Aguardo por sua resposta,

Brevemente, seu mais leal servo.

Amarrou o bilhete na perna da coruja de seu pai.

- Para o Lorde. – sibilou. Levou até a janela e esta, desapareceu na noite.

Estava indo se sentar quando sua porta foi escancarada.

- Weasley! Que está tentando fazer! – perguntou ele confuso.

- Encontra-lo.

- Me pergunto para quê?

- Para lhe dizer que o jantar está sendo servido. – ofegou ela. Por sua expressão cansada e a face rosada um pouco suada, julgava que ela tentara encontrar seu escritório por si própria. Tola... A Mansão era um labirinto e seu escritório era o centro dele.

- Certo. Vamos? – disse ele polidamente.

- Claro. – ela estava cansada, com fome e perdida. Deixou-se segui-lo até a sala de jantar. Sentiu-se estúpida. Era um percurso irritantemente fácil! Como pudera se perder! Idiota!

Draco podia e via a confusão dentro dela. Não que fosse leglimente nem nada... Mas estava claro em seu rosto que se julgava burra. E não que não fosse, porque era.

Ao chegarem, cada um se dirigiu para sua extremidade da mesa enorme. Felizmente, não teria que conversar. Ginny foi para sua ponta e se largou desajeitadamente sobre sua cadeira. Já Draco, sentou-se com a classe com a qual fora educado. Podia ser um grosso... Mas tinha classe; isso era inegável.

- Many! – chamou ele. O elfo apareceu cambaleante das portas da cozinha carregando enormes bandejas tampadas. Depositou uma em frente a Draco, e a outra em frente a Ginny.

- Bom apetite. – e saiu.

Comeram a entrada em silêncio. Bom, quase em silêncio, no conceito de um Malfoy. Virginia fazia barulhos incrivelmente altos com seus talheres, resultado de aplicar demaseada força sobre os mesmos.

- Sabe, eu poderia comprar-lhe um violino, se não arrebentasse as cordas na primeira vez que tocasse... – disse sorrindo maliciosamente ao ver que ela ruborizara.

- Desculpe desaponta-lo, mas não sei tocar violino para poder estragar um! – não costumava apertar os talheres com tanta força. Mas estava com tanta raiva que rangia a faca pelo prato como se quisesse fazer o mesmo com o coração de Draco.

- Sabe, não estou pedindo para que seja silenciosa, apenas não tão barulhenta. – resmungou.

- Céus! Você realmente é deveras insolente! – com isso, abandonou os talheres e pôs-se em pé.

- Onde vai?

- Sinto desaponta-lo perdi o apetite. – respondeu caminhando em direção a cozinha. Não correria o risco de se perder de novo, não mesmo.

- Será mesmo que não há um mínimo de educação em você, Weasley? Um mínimo de classe? – perguntou ele se levantando também.

- Somente para com aqueles que a tem comigo. – assim desapareceu pela porta da cozinha.

Não ia segui-la. Não iria se rebaixar ao nível de ir a trás de uma garota, uma Weasley, ainda por cima em sua cozinha. Era ridículo de mais. Retornou para o seu lugar para terminar sua refeição. Quando o fez, retirou-se para seu próprio quarto. Aquele dia já havia acabado para ele. Não havia mais nada que precisasse fazer, muito menos que quisesse.

N/A: Esse aqui acabaou! Surpresos? É, eu sei... É realmente curto, mas eu ando meio sem tempo para escrever... O próximo será maior, prometo! Comentem galera, to ficando desmotivada! Obrigado a Marta Santos Weasley Malfoy por comentar.

Beijos!