A/N: Esse é um romance daqueles beeem doces. Fiz de forma que qualquer casal apaixonado possa se identificar com a história. (Aliás, fiz pro meu amorzinho, que adorou... ) Espero que gostem.

Disclaimer: Propriedade da Warner e dos Wachos, yadda yadda...

Agradecimentos: a Juni Bristow, que comentou as minhas outras duas fics (Uma Bela Manhã e Passatempo). Valeu, Juni! Me lembre de escrever mais fics sobre o Smith ;)

Beautiful

Eu olhei ao meu redor, o quarto ainda estava na penumbra, levemente iluminado por alguns tocos de vela. Não que precisássemos de velas, mas a sua luz amarelada dava outro clima ao ambiente. Um clima todo nosso.

Na confortável posição em que eu estava, abraçada a ele, eu podia ouvir seu coração bater. Seu peito subia e descia, ritmadamente, acompanhando sua respiração profunda. Ele estava agora mergulhado no mundo dos sonhos, seu rosto coberto por uma aura de paz.

E eu me senti em paz só de vê-lo dormindo. Despreocupado, despido das angústias do dia-a-dia, emancipado dos traumas do passado e imunizado contra os problemas do futuro. Tão lindo. Tão puro. Tão... ele mesmo.

O tempo havia parado em algum ponto e eu não me importei em me lembrar quando. Estar com ele naquele momento era tudo o que eu poderia pedir. Eu estava grata e feliz. Feliz ao lado dele.

É em momentos como esse que eu queria ser boa com as palavras. Só o que eu consigo fazer é me perder observando cada linha do seu rosto, cada gota de suor no seu corpo. E palavras para descrever o que sinto agora... bem... são inúteis.

- Você não está dormindo. - disse ele, sem abrir os olhos.

- Nem você. - respondi, tentando não parecer surpresa.

Ele abriu os olhos e eu me aproximei para vê-los de perto. Como eu adoro esses olhos...

- Ficou sem sono? - perguntou ele.

Hipnotizada pelo seu olhar, levei alguns instantes para perceber que ele esperava uma resposta. E, pior, eu não conseguia elaborar algo satisfatório para aquele momento. Como eu disse, sou péssima com as palavras.

- Hum-hu... - foi tudo o que eu consegui murmurar.

Algo nele mudou depois disso. Ele ficou mais alerta, seu olhar ficou mais penetrante. Seu cheiro ficou mais magnético. E um sorriso brotou na sua face, fazendo o meu coração disparar. Como eu amo esse sorriso...

- Quando tudo isso acabar, o que você gostaria de fazer? - ele me perguntou, casualmente.

E apesar do tom descontraído, aquela era uma boa pergunta. Eu nem consegui acreditar que durante todo esse tempo, lutando e desejando o fim da guerra, eu não havia pensado em nada especial para fazer depois que ela terminasse.

- Quer que eu dê uma sugestão? - disse ele, como que lendo os meus pensamentos.

Ele deitou minhas costas na cama, passando a me observar de cima. A forma como a luz das velas iluminavam seu rosto, como seu cabelo estava uma bagunça, como seu sorriso era contagiante, o jeito como ele mexia no meu cabelo, tudo isso me fazia acreditar que realmente existia algo pelo que lutar.

- Eu vou levar você para ver um pôr-do-sol. No mundo real. - ele disse.

Eu não me preocupei em lembrá-lo de que o céu do mundo real estava coberto e que o último pôr-do-sol visto foi há alguns séculos. Não me preocupei em dizer que para isso era primeiro preciso derrotar as máquinas. Não me preocupei em perguntar nem como nem quando nem porque ele queria fazer isso.

A única coisa que me importava naquele momento era o sabor de seus lábios. Afinal, para isso, eu não precisaria de palavra nenhuma.

Quem quiser seguir o exemplo de Juni, fique a vontade e me manda um review, ok?