Gostaria de dedicar o capítulo dessa fic a algumas pessoas muuuito fofas, e que amam, de todo o coração, o casal 3x4!

Dhandara...

Illy-chan!

Dee-chan

Litha-chan, que me deixou muito boba e feliz por me convidar para fazer parte de seu blog de GW...! (Só que... eu não sei como fazer )

Clarissa...

Zama-chan!

Demais agradecimentos, com todo o carinho, no final do cap!

Beijos mil!

AninhaSaganoKai

É o aniversário de Quatre... e, da parte de Duo, ele vai ganhar um presente realmente inesquecível, e que vai mudar com toda sua vida e seus sentimentos: um certo moreno de olhos verdes.

Yaoi lemon

Gundam Wing, 3x4, lemon, mundo alternativo, angust, e tentativa de humor.

Observação: os personagens de Gundam Wing não me pertencem, e nem ganho nada com isso .

Um Moreno de Olhos Verdes Para Chamar de Meu

Aninha SaganoKai

CAP 05

Quatre foi direto o para seu quarto, e jogou-se com tudo em cima da cama, tentando acalmar sua libido.

Infelizmente não estava conseguindo: no quarto ao lado, Duo e Heero estavam em mais uma de suas noites inspiradas. Seu melhor amigo era normalmente barulhento... e óbvio, não deixaria de sê-lo na hora do sexo. Impaciente, colocou o travesseiro sobre os ouvidos - coisa que pouco adiantou: Quatre ouvia com nitidez os pedidos de Duo: "Heero... tudo... AHHHH!... mais...!".

Jogou o travesseiro longe em frustração: seu corpo não conseguia relaxar por causa do barulho que ouvia.

"Ninguém merece...! Nota mental: comprar um discmam. E URGENTE!"

Mais alguns minutos de tortura auditiva até o abençoado silêncio reinar pelo apartamento novamente. Quatre suspirou de alívio. Rápido, levantou da cama - o que precisava agora era de um banho gelado para esfriar o corpo e lavar os pensamentos e sentimentos caóticos que sentia. Estava com raiva pela reação de seu corpo para com Trowa - por pouco, não tinha cedido aos apelos de seu corpo, ao se despedir do moreno, e isso o irritara além da medida. Determinado, ligou o chuveiro e deixou-se ficar estático debaixo da água fria até sua excitação sumir.

Ainda estava no banho, quando ouviu a porta do quarto abrir, dando passagem a um Duo de cabelos soltos e desgrenhados.

"Quatre?"

"Estou no banho. Já to saindo."

Quatre sai do banheiro ainda muito molhado, uma toalha em volta da cintura e outra nas mãos. Duo o olha interrogativamente.

"Estava muito... quente por aqui." explicou Quatre, sorrindo maliciosamente. "O que houve? Deixou o Heero Fugir?"

"O deixei descansar." Responde Duo, e suspira, com uma cara de triste que não enganaria ninguém: "Infelizmente, ele tem pouca estamina."

"VOCÊ é que ninfomaníaco."

"EI! Gostar MUITO MUITO MUITO, e mais um pouco, de sexo, não me transforma em um ninfo."

"Nããão." fala Quatre ironicamente. "Mas ficar o dia todo transando, sim."

"Não foi o dia todo! Só três horas seguidas da noite!" Duo sorri em fingida inocência. "Posso perguntar como foi a noite?" E joga-se na cama de costas e dobra os braços sob a cabeça, arqueando a sobrancelha esperando por uma resposta

"E adianta dizer que não?" Quatre termina de se enxugar e deita-se também na cama de bruços, o rosto voltado para o amigo. "Foi normal..." responde laconicamente.

"Normal. Sei... essa sua cara de sonso não me engana: aprontou alguma com o carinha, não foi?" e virou-se ficando de lado também, os rostos de ambos frente a frente, agora.

"Bem... digamos que sim, e não me pergunte mais nada, que não direi - você não esconde nada do Heero, e ele contaria ao Trowa." o olhar mendigo de Duo, porém, era uma das coisas a que Quatre não conseguia resistir: "Ok, Ok! Posso dizer apenas que dei duas coisas para ele: uma para ele se preocupar, e outra para fantasiar durante muito tempo... e só." Quatre boceja, o cansaço finalmente vencendo-o.

"Pelo o que percebi quando cheguei aqui, não só ele." Brincou Duo.

"Porque não volta pro seu quarto e vai amolar o Heero?"

"Quero fofocar mais com você." Duo fala, manhoso.

Quatre geme em raiva e esconde o rosto entre os lençóis.

"Eu Quero dormir! E por favor, esqueça o que eu disse sobre chatear o Heero: pelo amor de Deus, dê um tempo para ele se recuperar e EU conseguir dormir!"

Duo coloca no rosto seu sorriso mais sacana.

"AHHH! Você bem que gosta de ouvir: confesse! Garanto que gruda os ouvidos na parede!"

"Duo, você é DOENTE!"

"HAHAHAH!" a expressão de exasperação de Quatre é impagável. "Tá, ta! Esse doente aqui vai atender ao seu pedido... mas só porque sou magnânimo... e é claro, por que o Heero realmente precisa descansar... Aproveite bem, pois quando meu Koi acordar, voltarei à minha atividade favorita!" Com isso levanta-se da cama e da porta ainda, descaradamente, sopra um beijo para o amigo .

"Eu não mereço... ou mereço?" Deixando tal questão no ar, Quatre se aconchega melhor aos lençóis e dorme quase imediatamente.

As preocupações aumentavam. Todos os dias as portas pareciam fechadas para ele.

Olhou outra vez para os anúncios circulados no jornal. O que esses pagavam estava muito abaixo do que o antigo salário, mas era melhor que nada.

Suspirou.

Medidas de contenção de despesas tinham que ser usadas de uma maneira ainda rígida do que agora, mas pelo menos o básico seria mantido.

Horas Depois, em uma pequena lanchonete...

"Boas notícias, Heero."

Heero sorri enquanto senta-se.

"Até que enfim. Onde?" pergunta sinceramente aliviado para o amigo.

"Em um clube noturno."

"O Quatre já sabe?" a expressão satisfeita sumindo, sendo substituída por um ar preocupado.

"Infelizmente, ainda não consegui falar com ele. Você é a primeira pessoa a quem consigo dizer. Por quê?"

"Acredito que seu namorado não irá gostar nada de saber o local onde você irá trabalhar, Trowa."

"...e...?"

"... Seu namorado é um cara muito ciumento."

"Ele não me parece ser esse tipo de pessoa... Pelo menos, nunca o demonstrou." Os belos e sérios olhos verdes de Trowa mostravam o sentimento de confusão com o que acabava de ouvir.

"Isso porque você não tem amigos muito próximos, ou ele nunca viu ninguém secando você. Sabe que Duo e ele são amigos de longa data, não? Quando comecei a namorar firme com o Duo e ser alguém constante na vida dele, as coisas complicaram: se Quatre me tolerava, apenas, antes, passou então a me ignorar completamente, ou a me responder com grosseria quando eu falava com ele; me olhava com raiva absurda, quando eu beijava ou trocava carinhos com Duo, na frente dele. E você sabe o quanto meu namorado gosta de... disto.

Trowa estava sinceramente surpreso – parecia que estavam a falar de outra pessoa.

"O que fez então, Heero?"

"Eu, nada – mas Duo sim. Ele começou a perceber a tensão reinante e crescente entre Quatre e eu... Eu comecei a levar meu namorado para meu apartamento ao ponto de Duo estar praticamente morando, lá. Quatre e ele discutiram feio um dia, e Duo disse que eu era o homem que ele amava, e que, por mais que gostasse dele, se fosse obrigado a escolher, seria a mim que ele escolheria."

"Como Quatre reagiu ao ultimato?" perguntou Trowa.

"Os dois ficaram uma hora inteira apenas se olhando, sem falar nada, até que o loiro resolveu engolir o ciúme. Duo voltou a me levar para o apartamento deles, e com o tempo, ele passou a me aceitar."

"Como conseguiu a transformação?"

"Não me intrometendo no relacionamento dos dois. Pode não parecer, mas o Quatre tem uma certa dependência emocional do Duo."

Trowa arqueia as sobrancelhas, e pergunta:

"Você não se importa?"

"Sim. Mas apenas por saber que isso não é muito saudável para Quatre. Eles são como irmãos: se amam assim – e eu sei que não existe nada de sexual."

"Quatre sempre me pareceu bastante seguro de si, e mais ainda, depois que o conheci melhor."

"Na maioria do tempo, sim. O pai o criou para ser independente."

"Pai... ele não me fala nada da família."

Um esgar de desprezo tomou os lábios de Heero.

"A história típica: 'prefiro um filho marginal a um filho gay'. Eu nem mesmo sei seus nomes – apenas ouço coisas soltas... Ao que parece, preferem ele longe. Ele e Duo já se conheciam e resolveram morar juntos. São realmente um a família do outro. Creio que hoje o loiro já me considere parte da 'família'... apesar de não me confidenciar nada e fazer de tudo para não me dever favor algum, ele já sente ciúme de quem se aproxime de mim. "

Trowa ficou apenas olhando Heero, incrédulo, e começou a cogitar quanto ao comportamento do amante nos últimos dias.

"Heero...? Ele comentou algo a meu respeito?"

"Não. Porque?"

"Ele anda estranho comigo."

"Em que sentido?"

"Faz alguns dias que bem..." dá um olhar embaraçado, pois nunca comentara seus relacionamentos, e Heero e ele eram amigos, não necessariamente confidentes, mas... Afinal, fora Heero quem lhe dera incentivo para não desistir de seu interesse por Quatre, antes. "Faz alguns dias que ele aceita apenas beijos, e nada mais. Tentei saber se fiz algo errado, mas ele desconversa. O certo é que, sempre que tento tocá-lo, ele foge, dá desculpas, e nosso relacionamento, neste ponto, era perfeito."

"Talvez o problema esteja em como vocês... começaram, Trowa. O Quatre não é do tipo de beijar no primeiro encontro, que se dirá de... Me surpreendi de ele ter ficado com você naquela noite. Essencialmente, Quatre é uma pessoa reservada – pode ser que ele esteja querendo ir com mais calma, já que ultrapassou os limites com você."

"Assim...? De repente? Do nada?" – um suspiro cansado de Trowa se faz ouvir. "Ele podia pelo menos se explicar." Trowa estava se impacientando.

"Pergunte. Converse." - Heero resolve cortar a tensão – "E não seja tão tarado."

"Ei! Eu não sou... bem, talvez um pouco." Responde Trowa, aceitando a provocação.

A brincadeira, porém, não diminui realmente o ar preocupado do moreno, e Heero resolveu atacar o problema diretamente:

"Cospe logo, Trowa – ou faço você engolir a garrafa da cerveja. Sem a cerveja."

Um sentimento de gratidão toma conta do rosto mais sério do outro rapaz.

"A questão, Heero, é que, quando éramos tão somente amantes, não precisávamos pedir: bastava um encostar no outro, e pronto."

"Só que..."

"Agora somos namorados – a coisa não é mais apenas sexo... Heero, você bem sabe que de minha parte nunca foi só isso, ou senão eu não teria esperado tanto para me aproximar dele, e..." – Trowa passa uma mão pelos cabelos, desarrumando-os e interrompe o rompante, voltando ao assunto anterior: - "Como eu dizia, somos namorados, agora, e o lance não é só trepar quando dá vontade... tem carinho, preocupação... e outras coisas envolvidas. Não me sinto no direito de 'pedir' ou 'forçar' Quatre a me dar algo que era meu livremente; ou seja: ser egoísta, se eu vejo que ele não está a fim."

Heero dá um dos seus raros sorrisos, e volta a ficar sério:

"Ele é complicado mesmo; se quiser mesmo ir adiante, tenha paciência."

"Acontece que eu estou quase subindo pelas paredes!" – vem o desabafo de Trowa.

Heero fixa os olhos azuis-cobalto nele e arqueia uma sobrancelha.

"Então diga a ele: seja direto e diga que precisa dar uma." - Dá o conselho adulto e maduro.

"Ninguém é tão direto assim com o namorado, Heero!"

"O Duo é." Heero responde, tranqüilo.

Trowa faz uma careta:

"O SEU Duo NÃO É normal – na verdade, se houvesse prêmios para ninfomaníacos, aposto como ele ganharia sempre."

"..."

Um sorrisinho irônico toma conta dos lábios bem feitos de Trowa:

"Que foi? Não vai dizer nada?"

Heero:

"Como negar a verdade?" – os lábios tomados pelo sorriso de um gato que acabara de comer um canário.

Recostando-se em suas cadeiras, os dois caem na risada.

"Vai trabalhar a.o.n.d.e.?"

A pergunta foi feita no tom mais... gélido que ele já ouvira antes, em toda sua vida. Os olhos azuis marinhos brilhavam igualmente como gelo no rosto bonito, porém completamente impassível, como se tratasse de uma estátua. Apenas o erguer de uma sobrancelha indicava uma reação no loiro.

Infelizmente para Trowa, se ele imaginou por isto ser esta a reação de Quatre à novidade que acabara de contar... infelizmente, ele haveria de descobrir que estava muito errado.

A indignação de Quatre era completamente palpável, no silêncio e no olhar gélido com que ele tratou Trowa após a pergunta. A conversa continuou apenas com um Quatre sucinto e distante - tanto física quanto em atenção - de Trowa.

Heero lançou-lhe um olhar de "Eu avisei".

Duo sentindo o clima cortante, começou a contar suas famosas piadas e a noite transcorreu mais leve... pelo menos entre três pessoas naquela sala, pois Quatre não escondia a contrariedade.

"Vamos fazer um brinde ao seu novo emprego." – Duo levanta-se buscando o vinho e trazendo as taças. "Estamos todos felizes - não ligue para certos chiliques." – e sorri docemente enquanto recebe olhares mortais de Quatre. "Temos que conhecer o local, não é, Heero?" e abraça o namorado.

"Eu já conheço. É um lugar interessante." – inadvertidamente o oriental deixa escapar.

"Heero Yuy – QUANDO?" – e o jovem de trança estreita os olhos violetas num prenúncio de problemas para um certo japonês. – "Que eu saiba esse clube é novo – tem menos de oito meses... e já faz um ano e meio que estamos namorando: COMIGO É QUE VOCÊ NÃO FOI!" – e puxa Heero pela gola da camisa forçando-o a levantar-se: "Vocês me dêm licença – iremos terminar esta nossa conversa lá dentro." E puxa Heero em direção do quarto.

"Duo! ME LARGA!"

"LARGO PORRA NENHUMA! Você vai me explicar essa história direritinho!"

Trowa não sabe o que fazer agora que os outros se foram – seu loiro ainda continua calado.

Após passar mais alguns minutos sendo abertamente ignorado pelo namorado que está sentado a apenas alguns centímetros de si, Trowa engole em seco, e decide ir embora de uma vez... ao que parecia, não estava mesmo sendo desejado, ali.

"Sinto muito se não gostou da notícia: achei que ficaria feliz por mim... Bem, já vou. Estarei esperando você por lá." – se aproxima e dá um leve beijo nos lábios de Quatre, e acaricia o rosto dele. "Você não precisa gostar; mas ao menos me apóie..." ao notar que só terá outro muro de silêncio como resposta, ele dá um passo para trás, e vira-se para ir embora. "Tchau." – o loiro não diz nada enquanto vê o outro sair chateado do apartamento.

Finalmente sozinho na grande sala, Quatre pega a garrafa de vinho esquecida por Duo e bebe diretamente do gargalo. E a cada gole a raiva aumentava, a frustração aumentava. Não entendia seus sentimentos contraditórios – ele não queria ninguém vendo, olhando, desejando Trowa, apesar de ele próprio não querê-lo mais.

"Mentiroso... Apesar de tudo, você ainda o quer..." sussurra uma voz na mente de Quatre.

"VOCÊ ME PAGA, TROWA BARTON!"

... E em um acesso de fúria, joga a garrafa contra a parede.

Passos apressados são ouvidos pelo corredor em direção à sala.

"O que diabos... Quatre! Você está louco?"

"Uma casa noturna, Duo... UMA CASA NOTURNA!"

"E daí?" Duo cruza os braços frente ao peito verdadeiramente zangado. "Hã? E daí! Quem sabe ele arruma outro, deixa você em paz, e você desiste dessa idéia imbecil!"

"Não vou desistir... NÃO VOU!" Quatre altera outra vez a voz e fica de frente para o amigo: "Neste lugar é que ele NÃO FICA!"

"QUATRE ACALME-SE!" Duo exigiu, com firmeza incontestável na voz, fazendo o outro calar-se e voltar ao sofá.

"O Heero está desconfiado! Se você não quer que ele descubra nada, controle esse seu gênio, maldição – e também respeite os vizinhos: você está voltando a ficar histérico!" Duo respira fundo um par de vezes, e balançando a cabeça, tenta chamar o loiro à razão: "Quatre, ele só vai trabalhar lá, e não, transar com cada um dos clientes que entrar naquele maldito clube!" um olhar em direção ao loiro o faz ver a inutilidade da tentativa. Cansado, bate um dedo nos lábios: -"Sabe... Acho que vou pedir para trabalhar lá também."

"Idiota."

"Quem é o 'Idiota' aqui é você – bebendo e se acabando de ciúmes!"

"NÃO ESTO..."

"Claro que está! Eu conheço você como a palma de minha mão, Quatre! E quer saber? Quero dormir! Portanto, limpe esta bagunça que você fez, e vá dormir também, porque amanhã nós iremos lá – pelo menos, você poderá ficar de olho nele a noite inteira. Boa noite!"

Quatre ficou parado por alguns instantes, atônito pelas palavras duras do outro e um pequeno sorriso triste formou-se em seus lábios. Era verdade. Não conseguia esconder nada de Duo. Nem mesmo raiva, amor... ou ciúme.

"É melhor começar a limpar tudo." Pensou.

"O que houve, Duo?"

"Nada – só um loiro descuidado. Você tá muito apetitoso, sabia?"

"Detesto ser comparado com comida. E pare de me olhar com esta cara: quero dormir." E se cobre e vira para o outro lado.

Duo se deita na cama e abraça Heero por cima do lençol.

"Não se faça de difícil, Heero... Você quer também." – colocando a mão por baixo do lençol, Duo acaricia o peito do seu amante.

"Eu quero DORMIR! Preciso acordar cedo amanhã!"

Duo desce a mão para uma parte interessante da anatomia do namorado:

"Huummmm... Algo aqui está bem acordado." E continua a massagear.

"Mas que merda, Duo! Porque você faz isso!" – Heero esbraveja e senta-se na cama, com raiva.

"Porque eu gosto?" é a resposta brincalhona do outro rapaz. A linguagem corporal de Heero, porém, demonstra uma tensão e raiva estranhas. Duo fica confuso. "Heero? O que foi?"

Heero suspira e passa a mão nos cabelos. "Eu gosto de transar com você, e muito, Duo... mas você não aceita uma recusa."

"Eu tenho vontade, droga!"

"E eu nem sempre tenho! Estou realmente cansado, preciso dormir e você não entende!"

Duo pisca, magoado:

"Pensei que tínhamos feito as pazes."

Heero parece no seu limite:

"Eu não estou brigando! Só estou pedindo que voc..."

Duo finalmente compreende, e fala revirando os olhos:

"Ok, Ok." – dando um suspiro e fazendo uma cara de 'só comigo mesmo', deixa-se cair de costas no colchão: -"Beleza. Esgotei meu namorado. Quantos homens podem se orgulhar disso, hã?"

"Não fique orgulhoso." Foi a resposta atravessada recebida do japonês.

Dando um sorriso carinhoso, o rapaz de trança estica-se por cima do lençol, querendo alcançar o namorado que ainda está sentado emburrado no meio da cama.

"Ok, Ok. Não vou ficar, juro. Agora venha... Deixe eu me agarrar em você para a gente poder dormir, então."

Ele estava lá novamente – com cara de entediado: o mesmo copo na mão, prestando atenção em todos os que se aproximavam de Trowa e lançando olhares mortais para os que tentavam insinuar-se para o mais novo gerente do local.

Trowa percebera a potência do ciúme do namorado: estava sendo tratado com gélida indiferença há 02 dias, já, desde que começara a trabalhar. Fazia já duas semanas que não transavam e nos últimos dias, até os beijos eram sem vontade – Quatre dava a impressão de que não agüentava mais sequer sentir-lhe o mero contato com ele. Respirando fundo, aproximou-se da mesa do loiro.

"Quer outra bebida?" – perguntou, sentando-se ao seu lado na mesa.

"Não obrigado."

"Poderia olhar para mim?"

"Como?" – Quatre levanta os olhos do copo que Trowa repentinamente retira de suas mãos.

"Poderia me olhar, enquanto eu falo com você?" – o moreno dispara, estreitando os olhos verdes, cansado de ser ignorado daquele jeito, mas ainda tentando controlar a raiva - as íris azuis claras de Quatre, porém, golpeiam-no em cheio, carregadas de uma raiva incompreensível. Atingido, Trowa desabafa: "Sabe, estou de saco cheio. Vamos até meu apartamento e conversar – ou dar um basta nesta maldita situação!" – decidido, levanta e sai da mesa, deixando Quatre sozinho.

"Droga de vida!" – exclama Quatre, enquanto entorna o copo todo de uma só vez.

Entraram no pequeno apartamento de Trowa, agora acomodado no 1° andar do clube noturno, sempre destinado aos gerentes do estabelecimento.

O loiro foi direto para a janela grande da sala, ficando de costas.

"Não gosto daquelas pessoas ao seu redor." – confessou ele.

"Já tinha percebido." – a raiva momentânea já esfriara, e conciliador, Trowa tenta novamente: "Quatre, você não acha exager..."

"Não suporto ver você dando atenção a outros." – o loiro continuou como ele não tivesse falado nada.

"Isso é criancice: eu não vivo em uma redoma! Preciso falar com as outras pessoas; depois, aquelas pessoas lá embaixo são apenas clientes – tenho que dar atenção!"

"NÃO TANTA!" – Quatre se vira para ele, num rompante de raiva.

"SIM! TODA POSSÍVEL!" – Trowa explode, também. – "É PARA ISSO que eu SOU PAGO!" - O duelo entre os dois se acaba, porém, rapidamente, quando Quatre quebra o contato visual, e novamente vira-se de costas para ele, tornando a olhar pela janela.

Suspirando, Trowa passa as mãos no cabelo, e silenciosamente, aproxima-se do outro rapaz, por trás, e abraça o loiro – que não retribui, ficando apenas parado.

"Você é a pessoa mais ciumenta que eu já conheci." – ele diz, enquanto pousa o queixo no topo dos macios cabelos loiros.

"Tenho razão para ser." diz Quatre friamente.

Fechando os olhos, Trowa tenta resolver a questão de uma vez:

"Não, não tem: Quatre, se eu quisesse, eu ficaria com outro alguém e você nem sequer saberia. Mas não me interessa algo desse tipo. Desta vez, eu quero investir sério em um relacionamento – e com você. Estou preparado. Olhe... Sei que começamos muito rápido, e eu não quero você inseguro quanto a mim... Vou ser sincero: eu quero que o que temos dure – mas para isso, você tem que confiar em mim, tamb..."

"Confiança se constrói durante anos, Trowa... e ainda assim, basta apenas um vento, para arrasar com tudo." – o loiro rebate, soltando-se do abraço e indo para o sofá.

"Tudo bem. Mas Quatre, eu tenho sido correto com você. Não vou mentir dizendo que eu sou um santo ou algo do tipo, mas nunca fiquei com dois caras ao mesmo tempo; nunca magoei ninguém desta maneira. E não é com você que eu quero começar. Pode ter certeza: se eu quiser ou ficar interessado em algum outro alguém, você será sempre o primeiro a saber."

"HÁ! E devo me sentir feliz e aliviado com isso!" Quatre dispara, ironicamente.

"Não. Mas é uma garantia de que não vou cair na cama de quem quer que se ofereça."

"Você caiu na minha." Rebate.

Atingido pela farpa venenosa de Quatre, Trowa vê-se falando mais do que gostaria – sem conseguir se conter, as palavras saem de sua boca:

"Pelo amor de Deus! Eu já estava de olho em você a tempos, maldição!"

Quatre volta sua atenção para Trowa, genuínamente surpreso:

"Como?"

Ainda sem jeito com o que tinha deixado escapar, Trowa acaba confessando:

"Eu já o havia visto antes, Quatre... Eu já sabia seu nome, eu já..." sentindo-se completamente vulnerável em estar abrindo-se daquela maneira para um namorado cujo temperamento andava totalmente instável nos últimos tempos, Trowa balançou a cabeça, negando-se a continuar: "Escuta, deixa isso para lá, ok?" Olha para o relógio, e depois para Quatre: "Eu tenho que voltar, Quatre – não posso sair de lá em uma hora dessas. Você... desce comigo?"

Sentindo o cérebro anuviar-se novamente com a raiva, ao imaginar-se novamente em meio àquela gente estranha e com Trowa no meio deles, Quatre simplesmente ignora o namorado parado à sua frente, e recusando-se a aceitar sua mão estendida, marcha para a porta do apartamento, a qual, ao passar... faz bater com tanta força que certamente poderia botá-la abaixo com um pouco mais de empenho.

Uma mulher muito bonita, sem dúvida alguma: bonita e decidida – combinação perigosa, pois aparentemente ela havia decidido querer Trowa... que tentava elegantemente rechaçar as investidas sem ofender a mulher.

E assim continuou seu assédio, por duas noites seguidas.

Quatre então decidiu tomar uma atitude drástica.

O ciúme tomou conta dele completamente quando a morena estonteante abraçou seu namorado em um convite para uma dança.

Ele se dirigiu até os dois. Ele não pensou, realmente – apenas agiu.

"Com licença, poderia soltar meu namorado?"

"Namorado?" – e a jovem mulher olhou incrédula para o homem completamente másculo em seus braços. – "Ah, você está brincando... Vá procurar outro para azarar."

"TROWA!"

Trowa – percebendo o ódio imergir do seu amante, tentou resolver sem confusão:

"Senhorita, por favor." – e retirou os braços da jovem do seu pescoço – "Não é permitido maiores intimidades com os CLIENTES; e meu namorado tem o direito de estar chateado."

"Ora... Mas quem diria...?" - disse ela, soltando-se e olhando de um para o outro: -"Você tem sorte." – falou olhando diretamente nos olhos de Quatre – "Se eu fosse você, o trancaria no quarto e não o deixaria mais sair."

Percebendo que Quatre responderia com grosseria, Trowa o pegou pelo braço, desculpou-se, e o puxou para um lugar mais sossegado.

"ME SOLTE! Como permitiu que ela te agarrasse daquele jeit..."

"Ela não me agarrou - estava tentando me tirar para dançar!"

"DANÇAR!! SEI bem o tipo de dança que ela estava querendo... e você parecia estar adorando, não é?"

"Claro que não!"

"Não foi o que eu vi!"

"Quatre ACALME-SE! Você só vê o que você quer!"

"HÁ! O argumento perfeito!" - ironizou Quatre.

Trowa suspirou, encostou o corpo na parede e fechou os olhos, cansado.

"Essa situação não pode mais continuar: ou você confia em mim, ou não. Eu já disse que só quero voc..."

Quatre aproximou-se, a raiva ainda maior.

"Vou te esperar no seu apartamento." E deu-lhe as costas.

"Quatre!"

Exausto.

Era assim que Trowa se sentia, ao fim de mais uma noite e madrugada extenuantes... e saber que teria que enfrentar um namorado ciumento agora, não o deixava mais tranqüilo – ainda mais depois da advertência que recebera do dono do Clube, que não havia perdido o pequeno teatro, horas antes. Não que ele se importasse por Trowa namorar um outro homem – naquele ramo de negócios, não havia espaço para tal comportamento, mas, como ele bem frisara, também não havia espaços para cenas de ciúmes.

"Merda!"

Abriu a porta do apartamento, apreensivo.

Deu de cara com os olhos azuis claros sérios – Quatre estava sentado no sofá ostensivamente de frente para a porta de entrada.

Trowa caminhou para perto esperando uma explosão de palavras.

Quatre levantou-se, sério.

E sem aviso nenhum, puxou-o para um beijo faminto, deixando-o completamente atordoado.

"NUNCA MAIS DEIXE NINGUÉM TE ABRAÇAR." – a ameaça veio por entre o beijo.

"Não... Não deixare..." – mais um beijo.

"Vai deixar SEMPRE CLARO que você JÁ TEM alguém." – o segundo beijo parecia querer arrancar a alma de Trowa.

"Sim... deixare..." – outro beijo.

"SE... eu vier a SABER de algo... você irá se arrepender." – depois de terminar a última parte da frase, estreitando os olhos azuis dentro dos verdes enevoados, Quatre o empurra, libertando-o.

"Ok..." – pego de surpresa, Trowa tenta trazer seu raciocínio de volta – "Só que... você não poderá voltar mais lá."

"O quê?"

"Meu chefe viu tudo – ele também percebeu que você estava indo para lá todas as noites... assim, achou melhor mandar que eu o mantivesse afastado." – explicou.

Quatre afastou-se ainda mais de Trowa, a mágoa transparecendo no rosto, ao dar-lhe as costas, indo em direção da janela.

"Quatre, não se afaste."

"Vá tomar banho – o cheiro daquela mulher ainda está em você." – ordenou, a voz gélida e cortante.

"Ainda vai estar aqui?"

"Não vou a lugar algum."

Trowa ainda continua parado no meio da sala durante alguns segundos, antes de entrar no quarto e fazer o que lhe fora ordenado.

Nem toda a água do mundo poderia acabar com a sua tensão, e Trowa estava sentindo que parecia que os problemas pareciam agora acumular-se em sua vida – antes relativamente tão tranqüila, e seu namorado estava tendo atitudes verdadeiramente impossíveis de decifrar.

Enxugou-se e voltou para o quarto, reparando que ele estava a meia luz. Quatre, sentado em sua cama, estava com as pernas cruzadas em posição de lótus – esperando-o.

"Você fica lindo zangado." – brincou Trowa.

"Deixe de brincadeiras idiotas e deite-se de bruços."

"Para...?"

"Massagem."

"Só?"

"Fique feliz pelo fato de eu estar disposto a fazer tal concessão."

Lembrando-se do que Heero dissera alguns dias antes, sobre conversar a respeito do que sentia, o moreno resolve apostar no conselho, mas decide brincar um pouco, uma vez que não se sente disposto a acabar com a "precária" paz oferecida por Quatre:

"Ainda bem que não se morre de frustração sexual, ou eu já estaria morto." – dizendo isto, Trowa tira a toalha, ficando nu e ereto, em uma provocante exibição de desejo.

"Gosta do que vê? Lembra de nós juntos, Quatre?"

Quatre o fita com os olhos nublados de um desejo mal-controlado.

"Minha memória é excelente." – o olhar porém, brilha malignamente com algo além do desejo, mas ele o esconde, baixando o olhar à cama: - "Deite-se." – ordena.

Trowa obedece e geme quando as mãos quentes e úmidas com óleo de Quatre começam a lentamente a desfazer os nós de tensão em seu corpo. Os minutos passam e finalmente o moreno começa a relaxar... um torpor incontrolável o domina, e, com um último suspiro de satisfação, adormece.

Um sorriso maldoso abre-se então, nos lábios de Quatre.

CONTINUA!

XD

e Aninha sai correndo – para não ser assassinada

Agora, aos agradecimentos!

Evil Kitsune– Evil! Eu estou lhe devendo um email! ;; Mas pode deixar que eu te enviarei, ta? Evil, Evil... Você acertou quanto à "Briga de Gigantes"! Que o Quatre irá fazer de tudo para se vingar do Trowa beeeeem devagar, ele vai... Mas... Será que ele tem todas as pistas na mão?

Litha-chan 01– Hummm! O Quatre está mesmo uma delícia – vingativo, etc, ne? Espero que tenha gostado da outra "pitada" da personalidade dark do Quatre, neste cap... Hohohoh! Ei! Amei a brincadeirinha que você fez com eles! Mim AMA a carinha do Trowa! hahahaha

Serennity LeFey – Nitty! Oi, Nitty! Achou o Trowa cínico? Oh-oh, Não culpe o Trowa, assim, tão... digamos, sem antes "saber a verdadeira verdade" – e conhecer o VERDADEIRO cínico da fic! mistérios

Goddess of Death – NÃO! NÃO ME MATE, PLEASE! Tenha só mais um tiquinho de paciência, eheheheheheh E logo, logo, você estará QUERENDO MATAR UM... OUTRO ALGUÉM, NA FIC! E não – não estou brincando.

Mai-Mai – HAPPY BIRTHDAY! Seu niver foi dia 11/05, ne? Fiquei contente por você também! E por favor... me perdoe pelo atraso... Er... gostou do cap?

Myleny-Mymy – Myleny, Myleny... O que o Quatre está querendo fazer com o Trowa? Hummm... Será que o capítulo inteiro – e principalmente o final... Deu algumas... dicas?

Kitsune-Lina - Hã? Um clone do Trowa? Hahahah Não, não... São os dois ao... natural, mesmo. Calma, calma – e logo você irá ver quem foi o causador de tudo isso, hehehehe

Dee-chanDEE-CHAN! Ai, meu Deus! Finalmente você aqui! Estou tão feliz! Até porque, esta fic foi criada em sua homenagem, quando você ainda estava no Japão! Heheheheh Já sabe algo mais, ne? Eu sei – autorizei a Illy-chan lhe... "adiantar" algo, para você ficar mais inspirada, e bem... Eu AMO "Sol, Lua e Estrelas!"

Ilía-chan – Ilía! AHHH! Menina, a Illy me contou que vocês duas ficaram 07 horas conversando, quando se encontraram na universidade! Que COINCIDÊNCIA IMENSA, nós 03 morarmos em Natal! Ah, como eu queria ter estado lá, também! Snif, snif... ;; Óh vida cruel... Quanto aos meninos fazerem sexo com camisinha, eu coloquei exatamente com o sentido de "alertar", que bom que você gostou:) Sim! Ao que parece, acho que você foi a única a ter a impressão correta que é o Quatre quem está "arrebentando" a vida do Trowa... E se o Trowa é mau na fic...? U-la-lá... Deixe chegar os próximos caps! mistérios

Litha-chan 02: Er... Eu... Como eu tive coragem de parar o capítulo ali? Eu... Er...

Aninha respira fundo, e grita para todas

"A CULPADA FOI A ILLY! Eu tinha o cap 05 com a transa deles dois – e que TRANSA! AWWWWWW – COMPLETA... Mas a Illy disse para eu parar o cap ali, pois assim, eu MATARIA TODO MUNDO COM UM ENFARTE!"

Er... viu, Litha-chan? Mim não teve culpa!

Bom... Alguém já tinha me dito que a Illy ADORAVA ENFARTAR os outros, mas só agora to começando a acreditar nisso oO...

Poxa... e ela tem a cara de um anjinho ... Glup!

Beijos mil para todas!

AninhaSaganoKai