~Things I'll never Say~

Avisos:- Duo Pov, tentativa de humor, possível angst lá pra frente, mas coisa leve...^.^=

Casais:-2+1

Spoilers:- Esse fic se passa 3 anos após Endless Waltz, portanto, pode ser que ajam algumas referências a série e aos OVAS

Disclaimer:- Ontem,chamei meu advogado em casa e perguntei para ele se eu era a dona da série Gundam. Ele jogou um livro gigante sobre direitos autorais na mesa, e mandou que eu lesse...portanto, por mais que eu queira, eu ainda não sou dona dos Garotos Gundam e nem nada relacionado sobre a série. Isso aqui é um trabalho de ficção sem fins lucrativos (infelizmente T_T)

Quanto ao fic:- Mais uma vez, eu repito a fórmula que utilizei no "Blurry Arc", por que aparentemente trabalho melhor dessa forma. Esta fic é baseada nas estrofes da música "Things I'll never say" de Avril Lavigne. Porém, existem diferenças claras, por que enquanto "Blurry" é composto de vários fics que são ligados, este daqui é um fic mesmo, com uma duração aproximada de 10 capítulos,  um atrás do outro, totalmente interligados. Boa Leitura!

***Agradecimentos a Lien Li por ser uma beta na velocidade da luz e pelos ótimos comentários***

***Esse capítulo do fic é dedicado para uma de minhas melhores amigas E Yaoi Hunter K-chan. Moxa, saber que  você le meus fics simplesmente faz meu dia. Obrigada, simplesmente por ser quem você é! ^_~***

"If I could say what I wanna say
I'd say I wanna blow you...away

Be if you every night
Am I squeezing you to tight?"

            Quando eu pensei que finalmente teria um espaço de tempo considerável para raciocinar, avaliar minhas possibilidades e bolar um plano estratégico, típico de um ex-soldado, fui surpreendido pela visita, mais do que inesperada, de um grande amigo.

            Um grande amigo, que eu já não via a pelo menos dois anos, e que costumava me conhecer tão bem como a palma de sua própria mão.

            Um amigo, com a irritante capacidade de adivinhar, com nada além de um simples e rápido olhar, tudo aquilo que o coração alheio sentia e, muitas vezes, como no meu caso, tentava esconder para seu próprio bem, sem necessariamente ter muito sucesso nessa tarefa em particular.

            Porém, ainda havia esperança. Talvez Quatre tivesse perdido esse dom de saber de tudo, apenas olhando para você.

            Mas as palavras que ele dirigiu para mim logo em seguida, tiraram essa pequena esperança de minha mente. 'Você está bem Duo?', meu antigo parceiro falou, e a preocupação era clara em sua expressão. Maravilha! Se antes eu já sabia que não poderia, possivelmente, esconder nada de Quatre, agora eu tinha a certeza absoluta de que em poucas horas estaríamos sentados no sofá com ele me aconselhando e eu estupidamente ouvindo, enquanto automaticamente deixaria meu coração encher-se de esperanças.

            Era melhor acabar com a farsa de uma vez.

            'Eu estou ótimo Quatre, ainda melhor agora', respondi, sorrindo genuinamente, enquanto levantava-me do chão com a ajuda de sua mão. Eu estava realmente feliz pela presença dele. Quatre era um amigo extremamente querido, e uma das pessoas que melhor me compreendia desde...desde sempre. Durante a guerra, havíamos sido confidentes um do outro, no tempo consideravelmente longo em que passamos apenas os dois juntos, em nossos Gundams e na companhia dos Maguanacs.

            Eu sabia praticamente tudo sobre ele, sua família e sentimentos e o contrário era igualmente válido. Culpo isso à natureza única de Quatre. Como eu havia dito antes, é quase impossível esconder alguma coisa dele.

            E sim, isso significa que ele sabia tudo sobre minha antiga-recém-re-acordada queda pelo Soldado Perfeito. Eu só precisaria esperar um pouco. Em minutos ele teria descoberto tudo.

            Finalmente em pé, tratei de dar um abraço em meu amigo, que respondeu de forma igualmente carinhosa. 'Hmmm, eu não estou vendo suas malas...', perguntei, olhando pela extensão do cômodo, após nos separarmos.

            'Ah isso... eu não vou ficar hospedado aqui, Duo. Eu não poderia ser tão inconveniente. Já basta eu ter pedido informação para a moça lá de baixo, e ter seguido a indicação dela de que eu poderia entrar no seu apartamento sem bater', ele respondeu, parecendo levemente sem graça por ter invadido meu apartamento. Eu não poderia ligar menos, afinal, Quatre não podia ser considerado como visita, ele era da casa.

            'Como assim não vai ficar aqui?', perguntei fingindo estar indignado. 'Aonde você vai ficar? Em um hotel?'. Ele respondeu que sim, com a cabeça. 'Mas é um lugar perto daqui e...'

            'De forma alguma', interrompi, antes que ele pudesse terminar. 'Eu não vou deixar que um amigo meu fique em um hotel de luxo cinco estrelas qualquer, com café na cama e empregados fazendo tudo por ele, quando ele pode ficar na minha casa, sem luxo e sem estrelas, aonde ele pode comer comida congelada e lavar a louça em seguida.'

            'Parece ótimo', Quatre respondeu rindo levemente. 'O que você esta esperando então?', respondi puxando-o para o sofá, 'ligue para aquele inútil do Rashid e fale para ele mandar as malas para cá agora mesmo.' O sorriso de meu amigo ampliou-se ainda mais, e balançando a cabeça, em uma maneira que me dizia que ele provavelmente estava pensando que eu realmente não havia mudado nada, ele respondeu, 'Está bem'.

            Enquanto ele fazia ligações pelo celular, resolvi que podia aproveitar para dar um jeito em minha própria aparência. Afinal, por mais que Quatre fosse um velho companheiro, no momento eu não me sentia confortável, apenas em minhas calças de pijama e com o cabelo solto e pingando por toda parte. Vesti um par de jeans velhos e uma camiseta branca, tratando de trançar meu cabelo com eficiência, logo em seguida.

            Voltei para sala para encontrar meu novo hóspede sentado no canto do sofá maior, que ficava localizado bem no meio da sala. Ele tinha um sorrisinho estranho no rosto. Um sorriso que eu conhecia muito bem. Era a expressão que ele costumava usar sempre que estava prestes a arrancar de mim alguma coisa que eu geralmente não diria por pura e espontânea vontade.

            Já que estávamos no humor para relembrar velhos joguinhos, resolvi fazer meu papel, e dei uma de difícil, ficando em meu próprio canto da sala, sorrindo em sua direção. Quatre simplesmente deu um pequeno tapinha no sofá olhando em meus olhos e eu dei um suspiro enquanto, me dirigia para sentar-me ao seu lado. Sempre fora assim. Por mais que eu me fizesse de desentendido, não havia como fugir dele. Algumas coisas realmente nunca mudam.

            Mas ao contrário do que eu imaginava, meu companheiro ex-piloto não tentou arrancar nada de mim. Eu não tinha certeza se era por que ele sabia que, no final das contas, eu acabaria lhe contando tudo, ou se ele estava realmente interessado em saber outras coisas, afinal, já fazia quase dois anos que não tínhamos contato.

            Qualquer um que visse a cena que pintávamos, juntos no sofá, jamais afirmaria tal coisa.

            Conversamos durante quase uma hora, sobre os mais variados assuntos. Ele me perguntou sobre como andava o trabalho junto dos Preventers, e como exatamente Duo Maxwell, dentre todas as pessoas, havia se tornado um professor. Eu por minha vez, perguntei sobre como andavam os negócios e fiquei sabendo que essa era uma das razões pelas quais Quatre estava visitando o continente. Alguma coisa relacionada a um grande contrato que precisava ser fechado pessoalmente.

            Meu amigo então pos um dos braços na parte de cima do sofá, e apoiou seu rosto nele, olhando-me com um pequeno sorriso. Eu sabia que alguma coisa iria sair dele, e antes mesmo que completasse esse raciocínio, Quatre já estava falando. 'Então Duo...eu soube que Heero veio para o QG central dos Preventers. Você teve algum contato com ele?'

            Imitei a posição de meu amigo colocando a cabeça apoiada de lado em um dos braços, e olhei para ele com um sorriso semi-sarcástico. 'O que é que você acha?'.

            Ele respirou fundo, aproximando-se um pouco mais. 'Eu não sei... Dizem os boatos, que ele voltou para resolver algo que havia deixado pendente em seu passado...', ele disse.

            Sei que ele tinha a melhor das intenções com o comentário. Ele queria apenas me divertir, com a possibilidade de que, finalmente agora, talvez alguma coisa pudesse acontecer entre mim e o Soldado Perfeito. Mas por alguma razão, o comentário me causou um certo incômodo, uma pequena dor. Como um lembrete de que aquilo nunca, jamais, seria verdade.

            Obviamente Quatre percebeu seu erro um segundo depois de olhar para meu rosto.

            'Oh Duo, me desculpe', ele se adiantou, me abraçando. 'Eu realmente não queria te chatear com isso, me perdoe, sim?', ele se desculpou. 'Eu pensei que você... talvez estivesse feliz em revê-lo e...quem sabe... estivesse considerando uma nova chance...'

            'Eu estou', respondi, cortando o desânimo de meu amigo e o meu próprio. 'Eu estou pensando muito seriamente em aproveitar essa nova chance...', e esse comentário fez com que um sorriso se abrisse como uma verdadeira luz no fim no túnel, na face do loiro a minha frente.

            'O que você esta esperando então, Duo?', ele falou animadamente, e depois continuou em um tom maroto, 'Eu não estou te reconhecendo, meu amigo... onde estão os poderes de charme irresistíveis, que tornaram Duo Maxwell mundialmente famoso?', ele terminou com uma piscadela.

 Ora, ora, ora, Quatre Winner estava no humor para fazer joguinhos, hein? Bem, dois podiam jogar esse jogo.

            'Pois é ...', aproximei-me também de meu amigo, falando em tom de conspiração. 'Eu não sei se chegou aos seus ouvidos, mas...você sabe quem mais trabalha no QG principal?'

            Como que adivinhando o que viria a sair de minha boca, Quatre ficou vermelho.

            E em seguida, como um ator entrando em cena da forma mais apropriada o possível, Trowa apareceu em meu apartamento, da forma como estávamos acostumados a fazer - ou seja, sem bater.  Ele entrou chamando pelo meu nome, e ainda estava sem camisa.

            Eu podia bater palmas. Mas na realidade, tudo o que eu queria naquele momento era uma câmera fotográfica para poder guardar para sempre a imagem da expressão impagável de Quatre. Um típico momento Kodak.

            Ficamos os três naquela posição por alguns segundos. Eu e Quatre olhando para Trowa, enquanto este olhava para nós.  Percebi que ele tinha um certo olhar de confusão, e foi só então que eu notei o tipo de cena em que ele havia nos encontrado.

            Nós estávamos muito próximos, confortavelmente jogados sobre o sofá, nossos rostos apoiados em nossas mãos e inclinados um na direção do outro. Nós provavelmente parecíamos com um casal de namorados, a beira de um beijo. E a cara de Trowa me dizia que era exatamente isso que ele estava pensando.

            Me afastei de meu amigo, colocando-me próximo da mesa da sala, a uma distância segura de ambos. Observei-os então por um momento. A tensão entre os dois era tanta, que podia ser cortada com uma faca. Antes que eu entrasse em pânico e tentasse resolver aquela situação absolutamente constrangedora com uma piada qualquer, Trowa voltou a vida e falou.

            'O que você está fazendo aqui?',  e eu não pude evitar o sentimento de dejá-vu.

            Resolvi que agora era o momento de intervir, já que Quatre não parecia estar em condições para responder a qualquer tipo de pergunta. 'Quatre veio me fazer uma visita, Trowa.' , respondi com naturalidade, tentando quebrar parte do clima, levemente tenso, que rondava o cômodo. 'Ele chegou a apenas algumas horas e estávamos colocando o papo em dia', continuei, só a título de esclarecimento.

            Trowa visivelmente mudou sua postura. Até mesmo seus olhos perderam o tom levemente assustado, que possuíam apenas segundos atrás. Porém, a pequena troca de olhares entre os dois ex-pilotos continuou. Interrompi o pequeno acontecimento uma segunda vez, agora, por pura curiosidade – e por que não? Um certo divertimento também – uma vez que eu desejava saber a razão dessa visita de meu vizinho. 'Trowa', falei seu nome para chamar sua atenção, ' para que você veio aqui?'

            'Aaaaahhh', ele gaguejou, e pensei por um segundo que o apocalipse viria em seguida. Trowa Barton estava gaguejando. Mas ele recuperou-se rapidamente. 'Açúcar.'

            'Açúcar???'  Mas por mil diabos! O que era hoje? Dia internacional da repetição?

            Ele então recuperou por completo sua habitual calma e concentração, talvez vendo o olhar de choque que eu certamente exibia em meu rosto, e consertou sua afirmação prévia.

            'Você foi ao meu apartamento pedir açúcar', ele falou calmamente, 'mas você estava meio estranho, e por isso  resolvi vim ver se havia algum problema.'

            Foi nesse exato momento que a maneira como eu havia agido essa manhã, no apartamento de Trowa, voltou por completo a minha mente e me atingiu como um soco no estômago.

            A cena que eu havia acabado de presenciar na minha própria sala era, nada mais nada menos, do que uma reprise da cena que eu havia protagonizado um pouco mais cedo.

            E era simplesmente patético!

            Naquele instante, me decidi. Eu faria alguma coisa a respeito daquela situação. E seria agora mesmo. Mas antes, eu precisava esclarecer uma coisinhas.

            'Não Trowa, na verdade fui até seu apartamento para pegar uma pomada. Mas quando cheguei lá, mudei de idéia.', falei enquanto passava a mão em minha franja, tirando-a da frente dos olhos. Pensei então, que seria melhor ainda se eu pudesse matar dois coelhos com uma única cajadada, e emendei rapidamente. 'Diga Tro, qual é o apartamento de Heero?'

            'É o numero oito, no final do corredor', ele respondeu, recuperando parte de seu ar confuso, provavelmente por conta de minha atitude repentina.

            'Vocês me dão licença por um minuto?', antes mesmo de receber minha resposta, sai como um verdadeiro furacão, voltando segundos depois para dizer, 'podem ficar a vontade, viu?', e sair novamente, sem poder aproveitar a visão dos rostos, de dois de meus melhores amigos, fazendo uma bela imitação de um par de tomates.

            Fui praticamente marchando, pisando com toda firmeza em direção ao apartamento do Heero. Parei em frente a porta com o número oito e respirei fundo. Era agora ou nunca, e eu levaria isso adiante.

            Fiz questão de esquecer o quão ridículo era pensar que Duo "Deus-da-morte" Maxwell, ex-piloto de Gundam, sobrevivente de duas guerras e diversas batalhas, estava apreensivo diante de uma situação simples como aquela.

            Lembrei-me de bater na porta ao invés de entrar diretamente, e aguardei.

            Em poucos segundos, Heero apareceu, e ao me ver, esboçou um pequeno flash de surpresa que poderia ter facilmente escapado a maioria dos olhos, mas não aos meus.

            'Isso mesmo Heero, fique surpreso. É exatamente isso que eu quero', pensei com confiança renovada.

            'Duo?', ele falou abrindo mais a porta, ' a que eu devo sua visita?'

            'Oi, Heero. Eu queria te pedir uma coisa', respondi com o mais brilhante dos sorrisos, 'eu estava pensando se você por acaso não teria pomada analgésica para me emprestar?'

            Por um momento ele pareceu levemente confuso, mas recuperou-se rapidamente.

            'Acho que sim. Entre', ele respondeu, abrindo a porta por completo para permitir a minha entrada em seu lar.

            'Eu vou pegar seu remédio. Por favor, fique a vontade', ele disse em seguida, sorrindo levemente enquanto virava as costas para mim e partia em direção a outro cômodo, que provavelmente devia ser seu quarto.

            Eu queria mais do que tudo no mundo poder conhecer o quarto de Heero, mas por hora, a sala teria de ser o suficiente.

            Fiquei no meio do apartamento, observando meus arredores. O lugar era decorado e mobiliado todo em tons de branco, preto e um cinza metálico, e por incrível que pareça, não era uma visão monótona. Na verdade, o local passava uma forte impressão de arrojamento, e até mesmo um certo mistério, sendo ao mesmo tempo, levemente convidativo. 'Tão parecido com o dono', pensei com um pequeno riso mental.

            Nesse momento Heero retornou, pomada em mãos. 'Aqui está', ele falou, adentrando no cômodo. 'É para suas costas?', ele perguntou em seguida enquanto me entregava o medicamento.

            Sei que fiquei vermelho por um momento, a cena do dia anterior voltando com toda força a minha memória. Por um instante breve, contemplei a idéia de mentir ou fazer uma piada para que ele não notasse e esquecesse o fato, mas conclui que não havia real necessidade para isso.

            Aqui era aonde acabava o joguinho de máscaras, no qual nos encontrávamos há anos.

            'Sim', respondi com naturalidade, deixando um tom de divertimento fazer-se claro em minha voz, 'foi um belo jeito que você deu em mim ontem na aula.'

            'Eu sinto muito', ele respondeu, dando um pequeno sorriso, que indicava que ele não estava realmente muito arrependido pelo que havia acontecido.

            Agarrei a chance que se apresentava diante de mim com as duas mãos. 'Sempre há maneiras de se ajeitar essas coisas', emendei, antes que minha coragem me deixasse. 'Você pode aceitar sair comigo. Pra jantar, hoje a noite.'

            Ele pareceu estudar a idéia por alguns meros segundos, respondendo em seguida. 'Claro. Qual o horário?'

            'Eu passo aqui as oito da noite, está bom pra você?', falei calmamente, sem conseguir esconder o sorriso de pura satisfação que me escapava dos lábios. Por dentro, meu coração praticamente dançava em alegria dentro da caixa.

            'Perfeito', Heero respondeu, também exibindo um sorriso, e eu fiquei quase paralisado pela beleza daquela visão tão rara.

            'Certo, então nos vemos de novo a noite', falei enquanto dirigia-me novamente a porta. 'E obrigado pela pomada. Eu devolvo logo.'

            Porém, antes que eu estivesse totalmente fora do apartamento , a voz de Heero chamou por meu nome, ao que respondi imediatamente virando a cabeça em sua direção. 'Sim?'

            'Se você precisar de ajuda para passar essa pomada nas costas, me avise.' ele falou.  E era impressão minha, ou seu tom de voz tinha assumido um tom um tanto quanto...sexy?

            Hoje, aparentemente era um dia para jogar. Felizmente, eu estava me sentindo com sorte.

            'Claro', respondi enquanto saia pela porta, fechando-a atrás de mim. 'Até a noite, Heero', falei momentos antes de partir por completo.

            Tenho certeza que praticamente saltitei até a porta de meu próprio apartamento, tamanha era a minha felicidade.

            Depois de anos de atração não correspondida, eu finalmente teria um encontro com Heero Yuy. Resisti a tentação de me beliscar para verificar se estava sonhando. Afinal, caso aquilo tudo fosse realmente um sonho, eu não tinha qualquer interesse em acordar tão rápido.

            Eu simplesmente mal podia esperar para que a noite chegasse.

            Porém, antes que pudesse fechar a primeira parte de meu dia como um semi-sucesso, eu teria de lidar com a cena que se apresentava diante de meus olhos dentro de meu próprio apartamento.

***
Fim do Capítulo 4

Aff, que dureza que foi escrever esse capítulo ^.^"
Mas vamos lá, os tradicionais agradecimentos aos queridos reviewers: Bra-Briefs, Hi-chan, K-chan, Senhorita Mizuki, Yoru, Serenitty Le Fay, e Goddess. Cada um de vocês tem um mini-templo de agradecimento dentro do meu coraçãozinho! ^^=