Capítulo 2 - Falando sozinho

Cypher e Trinity esperam no carro enquanto Neo e Morpheus estão no apartamento do Oráculo

CYPHER: Lá vamos nós outra vez, eh, Trin?

Cypher passa a observar Trinity, que não tira os olhos do prédio de apartamento, pelo retrovisor.

CYPHER: Então, será que esse é o tal?

Ele deixa o retrovisor para olhá-la diretamente, retorcendo o corpo no assento do motorista.

CYPHER: Mas bem que você gostaria que fosse, não é, Trin?

Ela olha rapidamente para ele em desgosto e volta sua cabeça para a janela novamente, sem expressão.

CYPHER: Eu sei que você está escondendo alguma coisa. Você trata ele de um jeito diferente. Não me lembro de você ter me tratado assim, ou dos outros. Você gosta dele, não é?

Trinity permenece imóvel, quase como se estivesse sem respirar, estática. Cypher se enerva.

CYPHER: Ora, vamos, Trin! Se você não falar nada eu só posso imaginar!

TRINITY: Essa é a sua prerrogativa.

CYPHER: Jesus, Trin! Como você é difícil!

Frustrado, ele volta a posição normal no assento do motorista, esmurrando o volante.

TRINITY: Aí vem eles.

Morpheus e Neo entram no carro.

MORPHEUS: Vamos.

Cypher olha para Neo pelo retrovisor.

CYPHER: Então, boas notícias ou más notícias?

MORPHEUS: Agora não, Cypher.

Cypher liga o carro e o põe em movimento. Trinity olha para Neo que está observando fixamente um último pedaço de cookie. Ele o coloca na boca e o mastiga.

TRINITY: Você está bem?

NEO: ...muito bem.