Para quem não sabe o que é yaoi: é um romance entre duas pessoas do sexo masculino. Não gosta, não leia. Não responderei comentários maldosos.
Título: O Príncipe da Sabedoria
Autora: Zelda Hime
Casais: Link/Ralph/Link, talvez outros em segundo plano futuramente.
Classificação: 13 anos (PG-13)
Resumo: Como em muitas outras lendas, o mundo de Hyrule está em perigo novamente. E, para salva-lo das trevas, um jovem e corajoso garoto do campo deve se unir com... o príncipe.
Retratação: The Legend of Zelda e seus personagens não me pertencem.
Avisos: Essa fic será yaoi futuramente. Terá um pouco de violência também. E... eu não garanto que conseguirei terminá-la...
(Longas)Notas da Autora: Bem... Essa é a primeira fic que eu realmente publico sem ter terminado de escrever primeiro. Então, ela é meio que um teste. Eu gosto muito dela, por isso gostaria de publicá-la, para não esquecê-la, e darei o melhor de mim para terminá-la o mais rápido possível, o que infelizmente poderá não ser tão rápido, com o vestibular e a faculdade...
In(?)felizmente, o bichinho do yaoi me picou há muito tempo, e por uma época eu não conseguia mais escrever um romance entre Link e Zelda. Foi nessa época em que a idéia dessa fic surgiu, e ela acabou se desenvolvendo muito mais. Eu sei que está tudo meio confuso no resumo, mas espero que o prólogo sirva para explicar a minha idéia.
Ah, e outra nota... Eu tenho o péssimo hábito de traduzir para o português todos os nomes do jogo. É algo meio automático, meu cérebro não costuma funcionar em duas línguas. Mesmo porque, os nomes mais comuns por aqui são os em inglês, e meus jogos são em japonês, então o nome original seria ainda mais confuso...
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Há muitos e muitos séculos, quando o mundo ainda estava nascendo, existiam três deusas que zelavam por suas terras. Din, a deusa do poder; Nayru, a deusa da sabedoria; e Farore, a deusa da coragem, criaram o mundo e deram vida a ele, e pouco antes de o deixarem, criaram a triforça com um pouco de seus poderes, deixando assim seu novo mundo guardado contra o mal.
Muitas lendas de Hyrule com essa história são passadas de gerações em gerações entre as famílias. Porém, apenas uma das muitas versões conta um pedaço que todas as outras esqueceram: ao construir a triforça, temendo que a cobiça dos homens um dia os levasse à sua destruição, elas deram vida também a três espíritos nobres que seriam encarregados das pedras sagradas. Apenas eles poderiam tocar a pedra, e, mesmo que outros conseguissem tal façanha, apenas eles poderiam usufruir de seu poder. Esses espíritos renasceriam juntos a cada três séculos, vivendo uma quantidade de tempo necessária para que o mundo não passasse mais de uma década sem ao menos um de seus guardiões.
Porém, poucos séculos após a sua criação, o espírito do poder começou a ser mal influenciado por outros seres humanos, e os próprios poderes que ele selava começaram a ter uma influência maligna sobre si. Uma reencarnação após outra ele começou a ser seduzido pela possibilidade de usar a triforça do poder que estava em sua guarda... Até que um dia ele o fez, e o caos reinou em Hyrule. Os guardiões da coragem e da sabedoria então usaram de seus poderes para parar o guardião do poder e selá-lo até a sua morte, retornando assim a paz ao mundo.
Após essa primeira derrota, assim que se viu vivendo novamente, em uma vã tentativa de se tornar superior aos outros dois, o espírito do poder usou seus poderes para se matar em uma cerimônia sagrada, usando de sua mágica para fazer com que, a cada nova vida, ele nascesse no mínimo vinte anos mais velho que os outros dois espíritos. E então ele continuou a tentar dominar toda a triforça para si. A cada reencarnação subseqüente os guardiões batalharam entre si, e dessas batalhas sairiam as lendas que povoam a mente de todos os Hylians, jovens ou velhos.
Os espíritos da sabedoria e da coragem, mesmo que realmente conhecidos por apenas uma das lendas, foram por gerações reconhecidos como uma jovem princesa e um inocente menino do campo. Quando por duas gerações suas vidas e nomes coincidiram, novas lendas se formaram, falsas, de que as crianças de nome Link e Zelda seriam sempre os guardiões das terras de Hyrule. A partir de então, muitas gerações de princesas foram nomeadas Zelda, e muitos garotos do campo foram nomeados Link, tornando esses nomes um tipo de tradição, um amuleto de sorte.
De tempos em tempos, um desses Links, o predestinado, encontraria uma das princesas Zeldas, e eles derrotariam e aprisionariam o espírito maligno encarnado pelo guardião do poder até a sua morte. Porém, em uma de suas gerações, o espírito do poder mudou a sua tática. Se ele não podia contra dois espíritos, ele lutaria apenas contra um. Para isso, com o conhecimento apenas das lendas que falavam de "Link e Zelda", ele usou seus muitos anos de vantagem para impedir o nascimento de uma nova princesa escolhida até que ele pudesse prosseguir com seus planos...
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O céu daquela tarde estava cinzento, quase acastanhado, tornando as terras de Hyrule escuras e frias, uma visão pouco incomum nos finais de outono daquelas terras. Gritos ecoavam pelas paredes do castelo, pessoas agitadas corriam pelos seus corredores enquanto guardas tentavam o seu máximo para se manter atentos em seus postos.
O jovem rei andava de um lado para outro em um dos muitos corredores de seu castelo, seu rosto mostrando expressões de preocupação e cansaço, enormes olheiras mostrando que esses sentimentos não eram de momento. Próximo dele, o conselheiro e seus dois guardiões o olhavam com simpatia, enquanto uma jovem aparentando pouco menos de dezoito anos tentava acalmá-lo.
Assim que os gritos se silenciaram, ele parou abruptamente, erguendo olhos ansiosos para a porta que estava bem à sua frente, que atraia também os olhares de todos os outros ocupantes do corredor. Ela se abriu, e de dentro saiu um homem de olhar pesaroso. Percebendo todos os olhares sobre si, ele ergueu os olhos e os direcionou para a figura onipotente do rei, que naquele momento mais parecia um menino assustado.
"Sinto muito, Vossa Alteza... A rainha ficará bem, mas não pudemos fazer nada para impedir a morte da criança..." a voz pesarosa do mago ecoou pelo corredor silencioso, deixando todos chocados por um momento. Passado o choque, todos se prontificaram a consolar o rei, porém a jovem garota voltou sua atenção para outro lugar, uma das janelas próximas, sua testa franzindo.
"Impa? O que foi?" ela escutou a voz do mago atrás de si e se virou, encarando seus olhosvermelhos por um breve segundo antes de voltar a sua atenção para a janela novamente.
"Nada... Apenas pensei que havia escutado um som estranho vindo de fora." ela sussurrou, tomando cuidado para não chamar a atenção de nenhum outro integrante do corredor. O mago acenou com a cabeça em compreensão, então se voltou para dentro do quarto que havia deixado anteriormente, sendo seguido de perto pela jovem.
Perto dali, próximo aos jardins externos do castelo, uma figura caminhava para fora protegida pelas trevas, um sorriso maligno sobre o seu rosto.
"Uma princesa a menos para me atrapalhar." a figura falou com uma voz grave e fria, chamando a atenção de um dos guardas nos jardins. Porém, antes mesmo que ele pudesse fazer algo, a figura desapareceu na frente de seus olhos. O guarda olhou para o lugar vazio por alguns minutos, tentando decifrar o que tinha acabado de acontecer. Tomando tudo por uma mera ilusão, ele voltou ao seu posto, tomando conta dos jardins.
