Águas passadas
A primeira side story de OEPDH, com histórias provavelmente aleatórias e não tão compridas quanto em OEPDH.
Obs: Vou tentar manter o nível nesta fic, sem nada muito forte, porque pra isso, vai ter a outra SS, que eu ainda tenho que começar a escrever...
Reminiscências 4.1: Mary Luz
Joe Wayne, desde que nascera, sempre atraiu olhares.
Seus cabelos dourados, seus olhos azuis claros, com um brilho especial e misterioso, com uma frieza e uma indiferença que, apesar de tudo, eram atraentes a quase qualquer pessoa. Garota ou garoto – em alguns casos.
Nunca teve namoradas sérias, e nunca amou, mas.
A primeira garota que beijou tinha treze anos, e ele, onze.
Mary Luz.
Mary tinha cabelos negros até os ombros, e lindos olhos verdes – cinzentos. Tinha a pele pálida, macia e suave ao toque, os cabelos sempre bem penteados e arrumados, os olhos sempre brilhando, atenciosos. Realmente, Mary Luz era uma garota linda.
Joe, aos onze anos, era muito alto para a idade, muitas vezes confundido por um garoto de treze anos, em raras vezes, até mais velho que isso. Claro... Sua altura, sua atitude, sua maturidade aparente e real... Tudo fazia com que ele realmente parecesse mais velho que realmente era.
E Mary, recém – transferida da colônia L4, também pensou que o belo jovem de cabelos dourados era de sua idade, talvez até mais velho.
E se apaixonou...
O dia em que Joe e Mary se conheceram foi um dia de Novembro, com fortes ventos.
Era o primeira dia de Mary, e ela voltava para casa com algumas garotas que conhecera na classe, e que moravam perto de sua casa.
Naquele dia em especial, ela usava um boné vermelho, já que gostava muito de usar bonés.
Um forte vento levou o objeto vermelho de sua cabeça, voando para longe, seus cabelos negros esvoaçando sem remédio para todos os lados, seus olhos verdes – cinzentos estreitando de raiva.
—Droga, droga...! – ela saiu correndo atrás de seu boné, enquanto suas novas amigas tentavam acompanha – la, apesar do vento estar incomodando – as, já que levantava suas saias do uniforme a toda hora.
—Isto... É seu? – disse uma voz baixa e respeitosa. A garota parou de correr e olhou para cima, encontrando, pela primeira vez, o par de olhos azuis que a enlouqueceria perdidamente.
—É... Obrigada... – ela disse sem fôlego, mais pela beleza do jovem do que pela corrida repentina. Ela sentiu o rosto corar intensamente quando o belo estranho passou a mão pelos cabelos que o vento desarrumava com perfeição e sorriu levemente, gentil e educado.
—De nada.
—Nii – chan! – gritou uma voz alegre e animada, e o jovem de cabelos dourados abriu um sorriso sinceramente doce, deixando Mary mais e mais impressionada com a beleza que ele conseguia demonstrar e mostrar tão facilmente.
—Yuki – chan – Mary sentiu uma ponta de inveja ao perceber o tom carinhoso na voz do jovem, mas depois acalmou – se ao lembrar que a garota dos longos cabelos dourados e olhos verdes claros que pulou nas costas do belo garoto devia ser sua irmã mais nova.
—Oi! – ela disse, animada, a Mary – Você é a amiga do nii – chan?
—Hã? Ah, não... Ele só... Salvou o meu boné.
—Mary!
—As suas amigas estão te chamando, Mary – a garota loira disse alegremente e sorridente.
—Ah, é mesmo.
—Ah! Eu sou Yuki Zoe Wayne, é um prazer – ela estendeu a mão e Mary a apertou sorrindo.
—Mary Luz – o garoto de olhos azuis levantou as sobrancelhas ligeiramente.
—Joe... – ele disse, estendendo a mão e pegando a da garota sem cerimônias. Ela corou furiosamente, não conseguindo olhar diretamente para um jovem tão bonito.
—Prazer – ela murmurou, dando alguns passos para trás, sua cabeça baixa – Tenho que ir. Espero que possamos nos ver novamente. Com licença – ela disse rapidamente e virando – se, correndo para suas amigas, que riam ligeiramente, agitadas, e olhando com interesse para Joe.
Antes de ir embora de vez, Mary olhou para trás, para olhar uma última vez para Joe. Yuki acenou alegremente, ainda segurando – se com força ao pescoço do irmão, e Joe simplesmente deu – lhe um pequeno sorriso, mas suficiente para fazer a garota dos cabelos negros virar o rosto pra frente imediatamente e corar feito louca.
—Ela é bonita, né, nii – chan? – Yuki perguntou, rindo.
Joe não respondeu, como muitas vezes fazia, e só colocou a mão na cabeça da irmã, bagunçando o seu cabelo. Ela riu mais ainda e apertou o pescoço dele mais ainda.
Era mais um dia ensolarado na colônia L6, e uma semana desde que Mary chegara à dita colônia passara – se, e também desde que conhecera Joe e Yuki. E desde aquele dia... Mary não conseguira tira – lo de sua cabeça.
Ela conversava com suas amigas no corredor, como sempre, quando alguém exclamou seu nome, e ela virou – se, surpresa, encontrando Yuki.
—Yuki?
—Oi! – a bela garota de cabelos dourados respondeu correndo até ela.
—O que você?
—Que bom encontrar alguém conhecido aqui! Eu tava ansiosa porque nós não conhecemos ninguém aqui.
—Você e... Quem? Você disse... "Nós.
—O nii – chan e eu!
—Ah... – Mary corou.
—O nii – chan teve problemas na nossa antiga escola, então tivemos que nos transferir para outra... E escolhemos esta!
—Ah.
—Mas é tão bom mesmo encontrar alguém conhecido!
—Claro... Ah, e em que classe você está, Yuki?
—Na classe 5 – B.
—Hã? Mas... Mas essa classe... É da quinta série.
—É.
—Mas então você deve ter...
—Eu tenho onze anos.
—Ah... Certo. E o seu irmão? – ela sentiu o rosto ficando mais quente. Yuki sorriu.
—O nii – chan e eu sempre caímos na mesma classe.
—Que?
—O que?
—Como assim...? Ele não tem uns treze anos...? – Yuki riu.
—Não... O nii – chan é o meu gêmeo, na verdade.
—Que!
—A gente não se parece muito, né? – a garota loira disse sorrindo inocentemente – Falam que nós somos com água e vinho, e que, se não fôssemos parentes – ela riu –, provavelmente iríamos nos apaixonar, já que os opostos se atraem, e somos muito diferentes. Mas eu não acho tanto assim... O nii – chan só é mais quietinho que eu.
—Pelo menos – uma voz atrás da garota disse.
—Nii – chan, você viu quem foi que eu encontrei?
—Mary – ele disse, abrindo um sorriso cativante, que fez todas as garotas vendo tal sorriso se derreterem imediatamente – Nos reencontramos, então.
—É.
—Yuki – chan, o Satori passou por aqui e deixou isso pra você – ele lhe entregou um chocolate, e ela abriu um grande sorriso, seus olhos brilhando, cheios de felicidade e ingenuidade – Ele disse que era pra você ter um bom primeiro dia de aula na sua escola nova.
—Que bom, que bom! O Satori é muito bonzinho mesmo, né, nii – chan? – ele sorriu como se escondesse um segredo.
—É sim, Yuki – chan – ele afetuosamente passou a mão pelo topo da cabeça da garota – Até, Mary – e foi andando de volta para sua classe.
—Que foi, Mary? Você tá tão vermelha... – Yuki comentou de forma inocente, pendendo a cabeça para um lado.
—Que? Hã? Não, eu.
—Ah! – o sinal tocou – Eu tenho que ir...! Eu te vejo depois, né? – sorrindo alegre, Yuki correu para sua classe.
—Nome?
—Joe Wayne – o professor de Educação Física olhou para o jovem calmo e relaxado a sua frente, mas logo desviou o olhar para a folha que tinha que preencher.
—Teste para que?
—Atletismo, Futebol, Basquete, Beisebol, Handball, Natação.
—Certo... – o professor disse vagamente, ligeiramente impressionado, mas não tanto porque conhecia a reputação de Joe como atleta completo e eclético.
Joe andou até a pista de corrida, e começou a fazer o aquecimento. Alguns dos outros jovens, também se aquecendo, o olhavam apreensivos, porque também conheciam muito bem a reputação do jovem de cabelos dourados.
—Nii – chan! – Yuki gritou, correndo até o irmão e abraçando – o, quase fazendo – o cair, já que estava segurando uma das pernas.
—Que foi, Yuki – chan?
—Você não ia fazer testes comigo pro teatro?
—Sim.
—Mas você tá aqui.
—Eu sei. Mas eu tento terminar o mais rápido possível, tá bom?
—Mas... Aí você não vai me ver.
—Eu sei.
—Então?
—Eu preciso... Falar com o professor.
—Eu falo com ele!
—Não precisa, Yuki – chan.
—Eu vou! Não se preocupe, nii – chan! – ela o beijou no rosto e, ignorando as tentativas de frases de Joe, ela correu com facilidade e grande velocidade até o professor – Senhor professor!
—Sim, senhorita?
—Yuki, Yuki Zoe Wayne.
—Wayne... – ele murmurou.
—Sim. Eu queria saber se o senhor não pode deixar o meu nii – chan sair dos testes agora e depois voltar.
—Por que?
—Porque ele prometeu que iria fazer os testes para teatro comigo.
—Ah, entendo.
—Então, senhor?
—Não vejo por quê não... Isto é... Se os testes para o teatro não demorarem muito.
—Eu não sei... Eu nunca presto muita atenção nisso mesmo... – ela disse adoravelmente.
—Hum.
—Por favor, senhor! – ela disse agitada. O professor levantou as sobrancelhas por um momento, olhou para Joe, ainda alongando, e olhou novamente para os olhos verdes de Yuki, e suspirou.
—Bem, não demore muito, senhorita Wayne.
—Me chame de Yuki, senhor! Há muitos Waynes nesta colônia, então ficaria difícil saber com quem o senhor estaria falando, portanto, por favor!
—Está bem, senhorita Yuki – o professor disse, rindo honestamente diante de tamanha doçura – Bem, vamos, vamos. Leve o seu... Irmão para esses testes, mas volte logo, heim?
—Sim, senhor! – a garota disse alegremente, fazendo uma pequena reverência e correndo para Joe, que novamente quase caiu, mas conseguiu manter o equilíbrio novamente, e os dois foram correndo, rindo, para fora do campo.
—Até que os Wayne não são de todo ruim...
Yuki e Joe chegaram ao teatro correndo rapidamente, e abriram a porta, suas risadas ecoando pelo lugar inteiro. Várias cabeças se voltaram para eles, interessados, intrigados ou incomodados.
—Ei, daria pra não fazer tanto barulho? – um garoto de cabelos ruivos e olhos negros disse, perturbado. Takashi Tamagori. Yuki sorriu alegremente.
—Sinto muito, senhor diretor! Mas eu trouxe o nii – chan pra fazer um teste pro teatro!
—Ah.
—Se estou incomodando, claro que eu saio – Joe disse educadamente.
—Não... Tudo bem. Mas fiquem quietos até a sua vez chegar.
—Sim, senhor diretor! – Yuki exclamou alegremente. O jovem franziu o cenho vagamente, e abriu um sorriso enquanto virava para a frente, olhando para a tímida garota encima do palco.
Após a garota, que não conseguiu dizer direito o que pretendia, Joe e Yuki foram para cima do palco. A garota não queria que o irmão se atrasasse muito mais para os testes de esportes, portanto decidiu – sozinha – que os dois deveriam fazer o teste juntos. Afinal de contas, eram irmãos, e sempre estiveram juntos em cena.
Ao fim, o jovem diretor tinha os olhos arregalados, um sorriso tolo nos lábios.
—Isso! Vocês dois estão na peça, COM CERTEZA ABSOLUTA! Vocês são de que classe mesmo?
—5 – B, senhor diretor!
—Que! Vocês estão na quinta série ainda!
—Sim – Joe disse calmamente – Onze anos de idade cada. Gêmeos. Joe e Yuki Wayne.
—Ah... Eu ouvi falar que dois Waynes estavam vindo pra cá, mas.
—A gente já pode ir embora? – Yuki perguntou rapidamente – O nii – chan tem que voltar para os testes atléticos.
—Que?
—Testes de atletismo e esportes em geral – o jovem loiro disse, descendo do palco – Fica boazinha, Yuki – chan – ele disse à irmã por cima do ombro. Ela acenou alegremente e também desceu, e observou o irmão indo embora silenciosamente.
Joe se saiu nos testes esportivos tão bem quanto no do teatro. O professor realmente gostou dele, e também parecia ter um certo gosto por Yuki, que acabou aparecendo no dia seguinte nos testes femininos, e entrou – facilmente – no time de corredoras. Joe, por causa do teatro, resolveu ficar somente com a vaga no time de futebol. Por cause do teatro e porque ele não queria se envolver demais naquela escola.
—Mary! – Yuki exclamou, sorridente. A garota de olhos verdes – cinzentos pareceu surpresa.
—Yuki. O que você?
—Ah, eu entrei no time de corrida. É divertido! Estamos para começar um treino. Você... É líder de torcida? – Mary sorriu, entusiasmada.
—Isso mesmo. Bem, então eu certamente que torcerei pra você, Yuki – a garota mais nova riu, alegre.
—Que bom, Mary. Então você tem que torcer pro nii – chan também – Mary corou.
—Ah, ele?
—O nii – chan está no time de futebol. Ele também vai começar a treinar logo, logo. Mas... Ele disse que ia buscar.
—Suco – Joe disse subitamente, colocando uma caixa de suco de morango perto do rosto de sua irmã. Ela abriu um grande sorriso, e o abraçou, agradecida. Ele sorriu levemente, e olhou para Mary, que corou mais intensamente sob aqueles lindos e maravilhosos olhos azuis – Mary. Líder de torcida, então?
—É... Você... Está no time de futebol?
—Isso mesmo... Tedioso, mas... Tenho que fazer alguma coisa, não? – e sorriu de uma forma quase que infantil.
—Qual você comprou pra você, nii – chan?
—Uva.
—Posso beber um pouquinho?
—Claro que sim, Yuki – chan – ele lhe entregou a caixa, e ela a abriu alegremente, bebendo um pouco e devolvendo para ele, voltando – se para o seu próprio suco.
—A Mary disse que vai torcer pra gente, nii – chan! – a dita garota ficou mais vermelha ainda.
—Ah... Mesmo? Que bom. Mais alguém para torcer pela gente – seu sorriso era doce.
—Tem a Faith, a Ellen, a Jenny... O Satori, o Shun... E o Jim, mas ele quase nunca está por perto.
—É... Ah, vamos, Yuki – chan. O meu treinador e o seu já devem estar esperando. Aquecimento.
—É mesmo... Ah, então até depois, Mary! – Joe lhe deu um pequeno sorriso, mas logo virou o rosto andando em largos passos até o treinador.
Era um dia agradável em Dezembro. Perfeito para se jogar futebol, como Joe fazia. Apesar de estar ainda na quinta série, já fazia parte do ginasial, e como era excepcionalmente bom jogador, o treinador o colocou no time da escola. Junto de garotos da sétima e oitava série, e um da sexta.
Com um passe bem feito, um jogador da sétima série colocou o jogo nas mãos – ou pés – de Joe, que sorriu ao fazer um gol no goleiro que era dito como um robô, perfeito e intransponível. Mas que deixara o jovem de cabelos loiros, da quinta série, fazer dois gols. Ah, o goleiro não estava nem um pouco feliz. Ele era da oitava série, numa escola que apoiava fortemente esportes, especialmente o futebol, e ele havia sido derrotado por um garotinho! Mas, ele pensou melhor quando descobriu se tratar de um Wayne. Já que Joe era um Wayne, era melhor aceitar a derrota. Afinal, ninguém comentaria a respeito. Ele sempre fora um bom colega e jogador, e mesmo tendo sido derrotado tão facilmente, fora por um Wayne. Era quase como que um motivo de orgulho.
Joe ria com os amigos quando ouviu e logo viu a irmã correndo até ele, abraçando – o com força, rindo.
—Parabéns, nii – chan! – Yuki disse alegremente, sendo posta no chão pelo gêmeo.
—Obrigado, Yuki – chan.
—Ei, Joe! – disse um jovem de cabelos negros, assim como seus olhos. Satori Matsumoto, melhor amigo de Yuki – Bom jogo.
—Obrigado. Ei! – ele exclamou, repentinamente, quando sua prima Ellen lhe abraçou com força. Seu cabelo castanho estava preso numa trança, e úmido.
—Você foi muito bem, Joe! – a bela garota disse, largando o jovem, que estreitou os olhos ligeiramente.
—Ellen... Por que você está vestida desse jeito...? – ela corou furiosamente. Ela estava com um maiô azul escuro, shorts, meias e tênis brancos.
—Ah... Bem, eu.
—O que?
—Eu... Não tive tempo de trocar... Eu tive treino hoje de manhã, e esqueci de levar uma roupa extra, então, eu... Hum... – ela corava mais a cada instante que ficava ali, sendo olhada pelo primo. Ele suspirou.
—Espere um pouco aqui, vocês. Oi, Jenny. Shun.
—Jogou bem – a prima, de cabelos negros e olhos azuis penetrantes, lhe lançou um pequeno sorriso, assim como o jovem a seu lado, Shun Lee, melhor amigo de Jenny, com cabelos negros e olhos mel.
—MUITO bem – Shun completou, rindo. Jenny rolou os olhos, e o jovem a olhou com um sorriso carinhoso. Joe os ignorou e deu uma corrida até os bancos onde os reservas e o treinador – que sorriu alegremente, antes de ir embora com a esposa e filha de colo – ficavam. Pegou a sua jaqueta e correu de volta até onde seus amigos e família estavam.
—Aqui – Joe disse, colocando a jaqueta sobre os ombros de Ellen. Ela levantou os olhos, encontrando os seus, e sorriu docemente.
—Não precisava, Joe, mas muito obrigada – ela lhe deu um abraço envergonhado – do ponto de vista de Joe, que corou intensamente –, e um beijo no rosto.
O sorriso que Mary Luz tinha no rosto era dos mais forçados.
Ver Joe, aquele garoto tão lindo, ainda que tão mais novo, com aquele sorriso maravilhoso nos lábios, corando ao ser abraçado por aquela garota linda – Mary tinha que admitir –, e recebendo um beijo no rosto dela... Era demais. E ele ainda tinha lhe dado a sua jaqueta! Aquela que todos os garotos da escola almejavam, e usavam com orgulho, e ele a tinha dado tão facilmente, a uma garota! Mas... Do jeito que os dois agiam... Eles podiam muito bem ser...
Namorados...
—Cadê a Faith? – Joe perguntou, ainda corado.
—Saiu. Disse que ia jogar basquete – os olhos de Joe brilharam – É, é. E disse que nem precisava vir aqui, de qualquer forma, já que ela tinha certeza de que você com certeza que ia vencer, como sempre, é claro – Joe corou um pouco mais ao ouvir as palavras da prima dos lábios de Jenny.
—Por que nós não vamos na sorveteria de sempre para comemorar a vitória do Joe? – Ellen propôs, colocando uma mão no braço do primo.
—Boa idéia, Ellen! – Yuki exclamou, rindo. Satori a olhava com carinho, e ela sorriu para ele, deixando – o levemente corado – Não acha, Satori?
—Muito, Yuki – chan.
—Eu pago! – Shun disse.
—Não! A gente paga, Shun – Ellen disse, rindo.
—Não...! Eu!
—Ai, que seja, Shun. Quer pagar, pague. Deus... – Jenny disse, rolando os olhos. O garoto corou levemente ao ver seu pequeno sorriso zombador.
—Sorvete, sorvete...! – Yuki dizia, alegremente. Ellen riu. Joe riu com ela, atraindo alguns olhares. Afinal, havia sido uma risada cheia de alegria e entusiasmo, não ligeiramente distante e fria.
—Com bastante calda, né, Jenny? – a garota rolou os olhos para Shun, mas havia um leve tom de vermelho em suas bochechas.
—Ah! Mary! Não quer vir com a gente? – Yuki perguntou, subitamente se lembrando da garota. Ela pareceu desconcertada.
—Ah... Não... Eu... Eu não quero ficar... Me intrometendo.
—Hã? Ah, vem com a gente, Mary!
—Se você é uma amiga da Yuki – chan, então você realmente deveria vir com a gente – Ellen disse com um gentil sorriso. Mary não pôde deixar de sorrir. Se ela era realmente namorada de Joe, então ela entendia o por quê. Ela era realmente uma garota adorável.
—Ah, então, bem.
—Então está resolvido! – Yuki exclamou, e correu até Mary, agarrando – a pelo braço e puxando – a com força – Shun, você não se importa de pagar pela Mary também, não é mesmo? – o jovem sorriu docemente.
—Mas é claro que não, Yuki – chan. Afinal, um amigo de vocês, é um amigo meu também. Muito prazer, aliás. Shun Lee.
—Lee?
—É... – o jovem corou levemente – Me chame de Shun, por favor, Mary.
—Ah... Mary Luz.
—Luz...? – Jenny murmurou para si mesma. Joe a olhou e discretamente balançou a cabeça, como se respondendo à alguma pergunta que a garota havia feito mentalmente. Ela levantou as sobrancelhas em silencioso agradecimento.
—Então vamos indo! – Yuki disse alegremente, afetando Mary, que riu. Satori sorriu ao olhar para a melhor amiga, assim como Shun, que adorava os modos infantis da prima de sua querida amiga.
—Hum... Ellen?
—Sim, Mary?
—Eh... Desde... Desde quando você e o Joe?
—Hum?
—Desde quando vocês... Se conhecem?
—Hã? Bem, nós nos conhecemos desde sempre... Ah, você não sabe? Nós somos primos – Mary arregalou os olhos – Não nos parecemos nem um pouco, não é mesmo?
—Não, não é isso... É que... Como vocês são perto um do outro... – a outra garota corou levemente.
—É que o Joe é muito bonzinho comigo.
—Ah.
—E acho que um pouco... Super – protetor – ela riu um pouco – Deve ser por que eu sou a única garota que ele acha que sempre deve proteger.
—Como assim?
—A Yuki – chan, apesar de ser irmã dele, é muito boazinha e inocente. Mas inteligente. Ela nunca se deixaria ser levada a uma situação ruim. E se fosse, ela chamaria alguém para ajuda – la. A Faith sabe se cuidar muito bem sozinha. Ela é a minha irmã mais nova, aliás. A Jenny... Minha irmã mais velha... A Jenny também sabe se cuidar. E do jeito que ela é, ela nunca sequer deixaria o Joe tentar ajuda – la. Mas, eu... Acho que o Joe me considera menos apta para cuidar de mim mesma – ela corou forte – Mas, ainda assim, eu acho que é uma gracinha como o Joe age comigo. Embora ele nunca vá admitir isso, de jeito nenhum – e riu.
Mary sorriu. Então... Aquela linda e gentil garota não era nada mais que uma querida prima... Mas ela não entendia por que se importava tanto com aquele garoto.
Ele era mais novo... Apesar de lindo...
Era mais um dia. Mary conversava com seus amigos e amigas. Entre eles, um jovem de nome Kai Kasumi. Um garoto gentil e muito bonito, que gostava muito dela.
—Mary – Joe disse, entrando na sala. Ele tinha um pequeno sorriso nos lábios. A garota arregalou os olhos ligeiramente e sorriu nervosamente, corando.
—Joe. Que foi?
—Ah... A Yuki – chan disse pra eu te convidar pra sair.
—O que?
—A Yuki – chan, a Ellen, a Faith e a Jenny vão sair, e tão vendo garotas pra saírem com elas... Elas não são muito boas em fazer amizade com garotas, ao que tudo indica – e riu levemente.
—Ah... Mas sair pra fazer o que?
—Não sei. A Yuki – chan está discutindo isso com a Faith ainda.
—Ah.
—É que a Yuki – chan não gosta muito de sair de casa.
—Não? – ela perguntou, surpresa.
—Não parece, não é mesmo? A Yuki – chan pode ser um pouquinho estranha. Como todos na família, é claro – seus olhos azuis transitaram pela sala, e pararam num garoto com as mãos enfaixadas, rindo com seus amigos – Ren Dorian! – o garoto, de cabelos verdes pintados e olhos avelã, com bandagens em ambas as mãos, olhou para cima repentinamente, confuso. Joe, sorridente de forma estranha de tão alegre que era, quase que saltitou até ele – É mesmo você!
—Então... Eu te conheço?
—Hã? Claro que sim! Se bem que nós nos conhecemos apenas brevemente... Sou primo do Jim.
—Jim... Ah, o Jim! Joe, não era?
—Sim, sim. Eu não achei que você ainda estivesse aqui nesta colônia. Pensei que estava indo para a colônia L23.
—Como sabe disso?
—Um Wayne sempre sabe de várias coisas, Dorian – kun – ele corou levemente.
—Me chama de Ren.
—Tudo bem. As suas mãos... Pensei que já tivessem sido arrumadas.
—Ah, não deu certo.
—Mesmo? Por que? – o jovem corou intensamente.
—A operação ficou cara demais... – ele murmurou, constrangido.
—Ah... Certo. Hum... Tem um lápis e uma caneta por aí?
—Heim? Ah... Tenho... – ele entregou a Joe os dois objetos. O jovem loiro se pôs a escrever.
—Aqui está.
—O que?
—Ligue pra esse médico pra marcar uma cirurgia pras suas mãos, Ren.
—Como... Como assim?
—Ora, como assim, como assim? Uma cirurgia, pra que você possa tocar novamente.
—Como... Eu não entendo... Por... Por que?
—Porque... Alguém com o seu talento, mesmo em tempos de guerra e crise, pode mudar várias pessoas... – Ren arregalou os olhos, olhando para aquele belo jovem, sem entender como ele conseguia ser tão gentil. Ele sentiu seus olhos queimando, mas segurou as lágrimas.
—Obrigado... Joe – o jovem Wayne sorriu alegremente.
—Só prometa que vai me deixar tocar com você quando você estiver recuperado!
—Claro que sim.
—Ah, e não se preocupe. O doutor é um médico excelente. Vai cuidar muito bem de você.
—Eu vou te pagar de volta – Joe pareceu levemente surpreso.
—Não precisa.
—Mas... Como assim, não precisa!
—Você só tem que me deixar tocar com você, Ren... Embora eu ache que o meu primo estaria interessado em tocar com você de novo também. E talvez até a minha prima possa cantar com você... Ela canta muito bem.
—Mas... Isso é muito pouco.
—Claro que não, Ren. Você possui talento de verdade. E vê – lo ser jogado assim, por nada... Aceite. E se o médico ou qualquer um na clínica não o tratar bem, ou a sua família, pode me ligar, que eu tomo providências a respeito – seu sorriso era levemente intimidador.
—Eu.
—Até outro dia, Ren – com mais um sorriso, Joe se afastou dele, e estava indo em direção da porta, quando lembrou – se – Ei, Mary! Fala com a Yuki – chan depois.
—Ah, sim, tudo bem.
Mary olhou por um momento para Ren, que tinha um sorriso grato e tímido nos lábios, ao se voltar para seus amigos cheios de perguntas.
—Suas mãos estão curadas, Ren? – Joe perguntou sorridente ao jovem. Estavam no hospital, Ren se recuperando.
—Sim... O médico me disse que... Que a operação foi um sucesso completo – o jovem disse, a voz levemente embargada – Obrigado – ele disse, com lágrimas nos olhos. Joe piscou algumas vezes, como que confuso, e abriu um grande e infantil sorriso, aparentando a sua idade.
—De nada – ele respondeu, e olhou por cima do ombro. Um segundo depois, Mary, Kai Kasumi e mais alguns colegas de Ren apareceram na porta – Olá.
—Joe, você está aqui, já? – Mary disse, sorrindo levemente – É cedo. A gente achou que seríamos os primeiros a vir visitar o Ren depois da cirurgia – eles foram chegando perto da cama.
—Eu pensei que o Ren estaria acordado cedo. E tenho assuntos a resolver com o hospital – ele disse simplesmente, e voltou – se a Ren – Eu volto depois com o Jim, provavelmente. Talvez a Ellen.
—Ellen?
—Sim, minha prima. Irmã mais nova do Jim.
—Ah, eu lembro dela.
—Ela gostaria de vê – lo novamente, pelo que ela me disse.
—Ah, tudo bem.
—As enfermeiras estão de sobreaviso. Se você quiser algo diferente, como alguma sobremesa, então avise uma delas, que eu tenho certeza que elas darão um jeito.
—Ah, mas eu saio logo.
—Não importa. O que você quiser, é só pedir. Se você não conseguir, me avise que eu consigo. Afinal, quando se está no hospital, se deve ter o melhor serviço possível, não?
—Mas... Eu já tô nesse quarto, que é MUITO bom.
—Não importa, Ren – Joe disse, um pouco mais seriedade na voz – É só pedir. Afinal, fui eu que ofereci tudo isto. Considere – se um Wayne, pelo tempo que estiver aqui. Foi assim que eu pedi que o tratassem, afinal de contas – Ren corou intensamente, e balançou a cabeça, não lembrando que quem lhe falava era um garoto de onze anos, não um adulto do triplo de sua idade – Bem, agora, com licença. O deixarei com seus colegas, Ren. Até outra hora – Joe disse num tom eficiente e polido, e saiu rapidamente.
Mary, apesar de sorrir e dirigir algumas palavras a Ren, não conseguia deixar de pensar no quão belo e misterioso Joe Wayne era.
—Joe! – Mary exclamou, vendo o jovem passar a alguns metros de distância dela. Ele sorriu vagamente e acenou, mas continuou a andar. A garota não pôde deixar de pensar sobre o por quê dele te – la ignorado daquela forma. Mas, de qualquer forma, Joe era um garoto muito difícil de se entender.
Kai Kasumi aproximou – se, sorrindo para ela.
—O que foi, Mary? – ele perguntou gentilmente. Kai era sempre assim com ela.
—Nada não, Kai. Por que?
—Você parece meio tristinha – e levemente acariciou seu rosto.
—Não, eu tô bem, Kai.
—Certeza mesmo?
—Claro. Não se preocupe comigo, Kai.
Mary era bastante cega por causa de Joe. Se não fosse pelo garoto... Ela provavelmente já teria percebido, assim como todos ao seu redor, a grande afeição de Kai em relação a ela...
—Mary...? Fala alguma coisa.
—O que você quer... Quer que eu diga, Kai?
—Eu não sei... Alguma coisa, qualquer coisa... Eu... Eu acabei de dizer que eu gosto de você, e você só... Você tá me olhando com uma cara.
—Não, desculpa, Kai, eu só... Eu... Você me deixou surpresa, eu nem tinha... Percebido que você... Que você gostava de mim... – ela olhou para o chão.
—Pois eu gosto. Bastante. Muito. Por isso, Mary... Me responde alguma coisa, qualquer coisa mesmo. Nem que seja só pra me dizer que acha que a gente devia só ser amigos, não importa, só me diz alguma coisa, por favor. Eu... Eu reuni toda a coragem que eu não tinha pra conseguir te dizer o que eu... O que eu disse, então eu acho que o mínimo que eu mereço é uma resposta sua.
—Você tem razão... Kai. Eu... Hum... Eu não acho que os sentimentos que eu tenho por você sejam tão fortes quanto os seus são por mim, mas... Se você aceitar isso, então eu acho que posso aceitar ser sua namorada em retorno – e sorriu, o olhando nos olhos finalmente. O garoto sorriu alegre, e a abraçou, sem conseguir parar de rir.
—Eu te adoro tanto, Mary!
—Eu também gosto muito de você, Kai – ela disse quase que sussurrando em seu ouvido.
Na verdade, seus sentimentos por Kai não eram tão fortes assim, e ela sabia muito bem disso. Mas não tinha coração de destruir as esperanças e rejeitar os sentimentos de Kai. Ele sempre fora um jovem bondoso e gentil com ela. Mary não queria magoa – lo, apesar de saber que talvez fosse chegar a faze – lo no futuro. Desejou com todas as forças que nunca sequer tivesse ouvido falar de Joe Wayne. Era tudo culpa dele, apesar de realmente não ser...
—Mary.
—Joe.
—Você me chamou – não era uma pergunta. O garoto encostou na parede com as mãos nos bolsos da calça – Algo de importante?
—Não... Exatamente.
—Ah, sim. Parabéns. Ouvi dizer que começou a namorar com aquele... Kasumi.
—Kai Kasumi.
—Sim, claro. Kasumi – o olhar de Joe era desinteressado e distante.
—Joe.
—Mary, você podia ir logo ao assunto? Tenho que ir almoçar com a Yuki – chan. Ela está me esperando.
—Não, sim, claro, eu... Eu só.
—Hn?
Sem conseguir colocar em palavras todos os sentimentos que tinha dentro de si, Mary postou – se na frente de Joe, a olhando ainda desinteressado, juntou suas forças, e o beijou nos lábios. O garoto simplesmente piscou quando ela afastou – se.
—Huh.
—Desculpa – ela logo disse, sem nem pensar.
—Pra que é que você fez isso?
—Eu não... Não.
—Foi a primeira vez que eu beijei alguém – Joe disse vagamente, e tocando os lábios – Não achei que fosse tão... Vazio.
—O que?
—Eu não senti nada. Será que é porque foi tão de leve?
—O QUE!
—Deixa eu ver – com agilidade e movimentos graciosos, Joe pegou os pulsos de Mary e a encostou na parede, colando seus lábios aos dela. A garota não resistiu, e o garoto vagarosamente começou a explorar o toque, tentando aprender por si mesmo como era "beijar". Depois de alguns minutos, finalmente achando que já tinha aprendido o suficiente com aquele seu primeiro beijo de verdade, Joe separou – se de Mary, cujo rosto estava incrivelmente vermelho.
—Por... Por que?
—Porque eu queria um beijo de verdade – Joe respondeu, como se falasse sobre algo completamente adverso da situação, como o tempo – E já que você parecia que queria me beijar, então eu me aproveitei um pouco – e sorriu travesso.
—Joe.
—Você não deveria estar almoçando com o seu namorado novo, Mary? Ele deve estar sentindo a sua falta. Ele gosta bastante de você, não gosta? Dá pra perceber de longe.
—O que?
—Bem, eu tenho que ir encontrar a Yuki – chan. Ela deve estar agitada porque eu estou demorando. Até outra hora. Mas, Mary?
—Hã?
—Você não deveria ter sentimentos por outra pessoa quando você já tem alguém para amar – ele disse, mais sério e frio – Por isso – e sorriu – nunca mais chegue perto de mim enquanto sentir qualquer coisa por mim, tá bom? – e foi – se.
Aos onze anos, parecendo anos mais velho, sendo lindo, já invejado e desejado, Joe Wayne andava parecendo não ter uma única preocupação no mundo. E realmente não tinha. Nem sua família, nem escola, nem aquela bela garota de treze anos que deixara para trás completamente em caos com si mesma. E, especialmente, não se importava muito com o fato de que acabara de beijar alguém pela primeira vez. Sentia – se vazio. Mas, apesar disso, achou que iria gostar de experimentar outras garotas...
UHU! Finalmente! Este chap ficou incrivelmente comprido! Por isso mesmo já vou me desculpando pelo fato de o fim ter começado a ficar MUITO forçado, mas, pelo menos o terminei, estou feliz!Foram uns bons três meses (mais ou menos) sem postar, mas, finalmente, cá está!
Sobre o chap em si, então.
A Mary não é exatamente do tipo de personagem que me agradou - bem, ela é uma mina, e minas geralmente me irritam como um todo, mas de qualquer forma. Como primeira garota a beijar o Joe, ela foi boa. Não ideal, talvez, mas boa de qualquer forma. E deu pra ficar na alegria no fim e ver o Joe sendo um filho da puta ainda que, ao mesmo tempo, uma pessoa de princípios - afinal, ele disse pra Mary ficar longe dele se já estava com outra pessoa... Isso mostra que o Joe, apesar de tudo, tem princípios como qualquer pessoa normal, ou quase. Bem, de qualquer forma, sobre a Mary, não tenho certeza sobre ela ficar aparecendo no futuro, em OEPDH. Primeiro porque não gosto dela, segundo porque o Joe nem se apaixonou por ela nem nada, terceiro porque o amor do Joe ainda nem apareceu, então não dá pra nem ficar pensando em rivais por enquanto. Mas é muito provável que a Mary não apareça em OEPDH, talvez, TALVEZ, aqui em AP, mas só porque eu tenho a tendência de fazer os personagens aparecerem de novo no futuro e tal. O que vocês acharam do Ren, aliás? Eu gostei dele. Devo usá - lo no futuro quando o John e outro carinha do passado da Ellen aparecerem em OEPDH.
O próximo chap deve muito provavelmente ser da Jenny ou Ellen. Mais pra Jenny que pra Ellen porque a Ellen foi o chap passado, mas é que a Ellen tem mais chaps que a Jenny, agora. A Jenny anda parada... A Faith ainda tá pra começar, a Yuki não tenho certeza se vou em frente com uma idéia que eu tive, o Hee-chan é um saco só de pensar, idem com a Mai, e a família Wayne, ai, ai, dor de cabeça...
Aliás, eu não tô querendo muito feed sobre sobre a Mary. Eu não gosto mesmo dela. Mas, se alguém gostar dela, ou não desgostar, aí avisem.
