"Eu sei quem você é Weasley. E para quê veio".
E eu também sei quem ela é. Uma imbecil que se matou por causa de um cara. Ridículo, eu diria.
"Então, já que você sabe me poupa palavras, não é mesmo?"
"Weasley, eu não quero ir embora. Eu tenho que fazer muitas coisas por aqui."
"Como o quê? Provocar pequenos tremores? Derrubar vigas em cima da cabeça do seu ex?"
"Sim, basicamente isso, mas o que eu quero mesmo é matá-lo, assim ele vai ficar ao meu lado para a vida toda."
"Patético. Quem garante que ele vai ficar com você depois de morto?"
"O que você quer dizer?"
"Que nem sempre quando as pessoas morrem, elas vão para o mesmo lugar que os outros."
Eu não tinha muita certeza se isso era verdade. Mas eu estava tentando convencê-la de não matá-lo, sabe como é; agora estávamos conversando, mas se não resolvesse eu teria que partir para o plano B (ou seja, partir para a porrada mesmo).
"Weasley, isso é mentira."
"Claro que não é! Por exemplo, você está aqui porque quer matá-lo, mas se por acaso você conseguir não haverá mais razão para você continuar aqui."
Ela me pareceu meio confusa. E eu também estava. Comecei a achar que tinha errado de tática. O negócio era partir logo para a porrada.
"Você tem que entender que o Ryan não é mais seu namorado. É por isso mesmo que você está morta, porque ele terminou com você."
"Cala a boca, vaca."
"Você estourou sua cabeça por causa dele. Você meteu uma bala na cabeça porque era e ainda é fraca demais, burra demais pra entender que mesmo ele, Ryan Smith não merecia sua vida. Hoje ele continua vivo, agora disponível... e você? Está morta! Não pode ser a mais bonita, a mais famosa, a mais rica. Porque você agora é só um corpo em decomposição que em pouco tempo virará pó."
Eu acho que depois disso ela ficou realmente furiosa. Tudo começou a tremer de novo, só que de maneira mais intensa, por isso eu resolvi correr; afinal não queria que um pedaço de madeira partisse minha cabeça em duas. Uma estátua de um bruxo de um olho só começou a tremer mais ainda e eu vi a cabeça da estátua descolar do corpo e vir na minha direção.
Saí correndo e Heather me seguiu; os tremores aumentavam e ela gritava palavrões. Cheguei a pensar que alguém ia ouvi-la, mas nada. Era só eu e ela. Por isso mesmo me escondi na sala do Prof. Carter, mas não demorou muito para ela me achar. A cabeça do bruxo de um olho batia na porta com muita intensidade, começando a fazer um buraco no lugar. Sentia que em pouco tempo eu seria atingida pela cabeça da estátua, quando vi Draco na sala.
Meu Merlim! Esse cara está me seguindo. Eu juro que se ele fosse vivo eu denunciava ele, sei lá, por perseguição ou alguma coisa assim.
Mas eu não estava em condições de brigar com ele; por isso procurei jeitos de fugir e a minha única solução foi uma janela (a qual estava muito bem fechada).
Vi Draco pegar uma cadeira e quebrar o vidro da janela para eu passar. Ah tá bom, agora vou ter que agradecer a ele por isso.
"Eu não posso ir. E a Heather?"- eu disse.
"Vou cuidar dela. Agora vai logo, antes que a porta não agüente mais."
Eu passei pela janela e saí correndo, só parando na entrada do castelo. Sentei-me num dos bancos e fiquei tentando ouvir algo; queria saber se a Heather já tinha matado o Draco. Claro que isso é uma coisa meio idiota de se pensar, sendo que ele estava morto e não podia morrer de novo. O negócio é que eu estava mesmo preocupada com ele, tanto que nem senti a presença de mais uma pessoa ali. Só fui notar que tinha alguém quando ouvi uma voz.
"Eu acho que mandei você ir embora."
Gelei. Era o Draco. Graças a Merlim que ele estava bem, quero dizer, ela não tinha... sei lá, descontado a raiva dela nele.
"E a Heather?"
"Já se acalmou um pouco, mas eu acho melhor você ter cuidado. Ela está com muita raiva e aparentemente é mais poderosa do que você imagina."
"Eu percebi. Mesmo assim, eu não tenho medo."
"Ginevra, você é muito teimosa. Não era para você ter vindo enfrentá-la."
"Ah, por favor! Eu sei me cuidar muito bem. Já enfrentei fantasmas mais fortes; ela é apenas uma patricinha revoltada."
Vi Draco se aproximar mais e depois se abaixar em frente a mim. Ele levantou o meu queixo e ficou olhando para mim. Por alguma razão desconhecida eu pensei que ele ia me beijar, então fechei os olhos, deixei a boca relaxada e esperei. Mas qual não foi a minha surpresa quando eu ouvi:
"Ginvera, você está sangrando."
"O quê?"
"Você está sangrando."
"Ahn?"
Então eu vi uns pingos de sangue pelo chão e na minha roupa. Peguei em todo meu corpo até ver que tinha sido o pulso. Ah, eu me feri quando fui escapar pela janela. Nada de grave. Só cortei o meu pulso, não era um ferimento que eu ia precisar de uma transfusão de sangue, mesmo assim ele pegou um pano de dentro do bolso e amarrou no local do ferimento.
"Está doendo?"
"Não. Nem foi nada."
Mas por algum motivo (outro desconhecido) eu tive uma vontade danada de chorar. Não é muito normal as pessoas fazerem coisas legais para mim. Tipo, minha mãe faz. E a Susie, minha melhor amiga de Hogwarts também. E eu não esperava que ele fizesse isso porque eu o tratei mal desde o dia que o vi no meu quarto (mais precisamente anteontem) e agora, ele fica assim me ajudando e cuidando de mim.
Ele me levou até a maldita bicicleta do Mestre, poxa, eu preciso de uma vassoura! Se eu tivesse uma tinha chegado mais rápido em casa. O negócio é que demorou mais a volta do que a ida, já que as ladeiras que eu tinha descido quando vim tinha que subir agora.
Cheguei em casa e subi para meu quarto. Draco não estava lá. Acho que ele não queria incomodar. Troquei de roupa (no banheiro) e depois fui fazer um curativo no ferimento. Peguei o pano que estava no meu pulso e depois percebi que era um lenço; aliás, um lenço muito feminino, com as iniciais P.P. Lavei-o e deixei secando; depois entregaria a ele.
Deitei e dormi como uma pedra, afinal estava muito cansada de tentar fugir da fúria de um fantasma.
Minha intenção, no dia seguinte, era mandar uma coruja para o Prof. Dominic avisando sobre a Heather, mas como eu sou imprestável mesmo eu só acordei com minha mãe me sacudindo. Já tinha passado da hora. E o pior, o carro do Ministério não pôde me esperar. Então eu tinha que ir com o Soneca, que também já estava indo, mas o negócio é que ele não achava as chaves da lata velha dele e se atrasou até eu me vestir, tomar café e descer as escadas dizendo:
"Olha, achei!"- disse balançando as chaves.
O Soneca me olhou com uma cara estranha e nós fomos para o carro. Assim que nos afastamos da Mansão, ele disse:
"Ginevra, na próxima vez que você pegar as chaves do carro, coloque no lugar, por favor."
"Eu não peguei as chaves. Eu as achei."- eu disse fingindo inocência.
"Veja, não tenho nada contra você sair com o carro. Se quer se encontrar com sua gangue, beleza. Só quero que coloque as chaves onde achou."
Caraca. Ele acha que eu tenho uma gangue desde o dia em que me pegou fumando no casamento da minha mãe com o pai dele. Afinal, qual o problema? Nem era cigarro de erva proibida e eu estava muito estressada com aquele casamento. E também era a primeira vez que fumava.
Tentei ignorar o que ele disse e apenas disse:
"Está bem."
Cheguei na Escola e fui logo à procura do Prof. Dominic. Queria avisá-lo que Ryan corria perigo. Mas fui impedida de fazer isso quando a Prof.ª Ernestine me barrou.
"Aonde vai?" - ela disse com aquele ar de "eu-sou-o-Snape-de-saias"
"Vou falar com o Prof. Dominic."
"Você não pode. Ele está muito ocupado hoje; está com alguns funcionários do Ministério, que vieram aqui para saber sobre a ação de vândalos ontem à noite. Eles deixaram a galeria quase toda destruída, a sala do Prof. Carter com a porta estraçalhada e uma janela quebrada; além da cabeça da estátua do bruxo de um olho só, que foi arrancada."
"Ah...então..valeu, Prof.ª"
"A senhorita não saberia de nada a respeito disso?"
"Eu? Claro que não. Agora se a senhora me der licença, eu vou para a minha aula."
E saí rapidinho de lá. Fui para minha aula de Poções e fiquei pensando em como falar com o Prof. Dominic. Eu tinha certeza que a Heather tentaria algo de novo e estava com muito medo de ela obter êxito dessa vez.
Depois de horas de sofrimento o intervalo para o almoço chegou e eu fui ver o Prof. Dom. Quando cheguei na sala dele o vi conversando com Ryan e deduzi que ele já sabia de tudo. Fiquei esperando do lado de fora uns bons minutos quando escuto um estrondo.
Mandei a educação para o alto quando invadi a sala do Prof. Dom e vi o que aconteceu. Um grande e pesado quadro de Merlim, que estava na parede, tinha caído em cima do professor. E Ryan estava do outro lado, desacordado.
Não sabia o quê tinha acontecido, mas imaginava. Heather tentou jogar o quadro na cabeça de Ryan, mas quando Prof. Dom foi salvá-lo recebeu todo o impacto.
Comecei a dar gritos de socorro e num instante a sala estava cheia de gente. Até a equipe do St. Mungus chegar e expulsar todo mundo. Para minha felicidade nenhum dos dois morreu; Ryan "apenas" quebrou os braços e o Prof. Dom quebrou uma perna e um braço. E sinceramente, eu não consigo dizer quem se deu pior; acho que foi o professor, visto que ele é velhinho, já tem uns cem anos, poxa.
Ah, mas aquele projeto de cruz-credo ia ver. O Prof. Dom não tinha nada a ver com a raiva dela. Se ela queria se vingar, jogasse aquele quadro na minha cabeça, mas não na do Prof. Dom que já é velho e indefeso. Ah não! Eu vou dar um jeito nessa piranha...
E não fiquei nada surpresa quando a vi no mesmo lugar de sempre. Rindo como uma hiena.
"Você é simplesmente lastimável."- eu disse para ela.
Mas eu não havia notado que a Prof.ª Ernestine estava perto. Ela se virou para mim, parecendo uma fera e disse:
"Weasley, o que você falou?"
"Ahn? Eu? Ah, eu disse que a senhora é simplesmente adorável!"
"WEASLEY, JÁ PARA A SALA!"
Caramba, que revolta! Eu tive que obedecer e ainda pude ver Heather rindo e a única coisa que pude fazer foi lançar um olhar mortal para ela.
Cansei da Heather. Ela tinha afetado pessoas inocentes; estava na hora de pará-la. Lembrei de um jeito, mas para isso teria que usar os aparelhos de informática que nós usamos na aula de Estudo dos Trouxas.
Consegui fugir da aula de Historia da Magia e fui, discretamente, para a sala onde estavam os computadores. Inventei uma desculpa qualquer para o professor e comecei a pesquisar.
Depois de satisfeita voltei à aula e fiquei esperando a hora de sair. Meu Merlim, eu vejo que serei uma ótima auror, em dois dias de aula eu mal consegui entender como fazer um Veritaserum. Mesmo assim eu continuei com meu plano; se eu não o fizer a Heather não vai parar.
Quando acabou a aula eu peguei o carro do Ministério e disse para o motorista que iríamos para o St. Mungus. Ele obedeceu e em pouco tempo estávamos em frente a um prédio enorme. Entrei, perguntei onde estavam Ryan e Prof. Dom e a recepcionista me disse os quartos. Em primeiro lugar veria o professor, afinal ele deveria ser o mais debilitado.
Assim que cheguei no quarto o vi conversando com o "manda-chuva" da Escola. Ele é tipo diretor geral, entende? O Prof. Dom estava levando um pau. Quero dizer, o outro estava acabando com o coitado. Entrei sem ao menos bater e o outro decidiu ir embora.
Dou graças a Merlin. Assim poderia falar ao Prof. Dom tudo que houve; e assim eu fiz. Depois de estar a par de tudo ele ainda acha que eu devo conversar com a Heather e convencê-la. Meu Merlim, ele é muito bonzinho. Eu disse a ele que sim, mas eu já sabia muito bem o que farei.
Saí do quarto do prof. D. e fui ver Ryan. Quando cheguei na porta já avistei um monte de gente dentro do quarto. Para ser exata, um monte de mulher. Aff...eu disse que o Ryan é o cara mais famoso da Escola?
Pois ele é! Tipo um Harry Potter, sabe? As garotas me olharam estranho e eu as ignorei. Elas que viessem se meter comigo! Pedi a ele para falar em particular e ele mandou todas saírem.
Fiquei falando de coisas frívolas, como quadribol, a dor que ele sente nos braços e como ele tem que tomar poção de 1h em 1h para passar; até que eu perguntei como se não quisesse nada:
"Hum... Ryan... você tem uma foto da Heather?"
"Tenho sim. Na carteira. Por quê?"
"Nada. Eu só queria vê-la. É que as meninas hoje falaram dela na aula e eu quis conhecê-la."
Ele acreditou. Claro. O cara estava chapadão de tanta poção que tomou. Eu aproveitei o estado dele (Merlin me perdoe por isso) e roubei a foto dela. Tipo, ele nem ia querer mais, não é?
Depois os pais dele chegaram e eu saí rapidinho de lá. Fui para casa e ainda consegui pegar o jantar sendo servido. Assim que terminei, subi para trocar de roupa. Como sempre tive que fazer isso no banheiro, não queria que o Draco me visse em roupas íntimas. Tipo, não que ele fosse fazer algo, ou sei lá, seria estranho.
Decidi fazer minhas tarefas. Tenho metros e metros de pergaminho atrasados. Não posso fazer nada se arranjaram minha vaga só porque a outra faleceu. Estava muito concentrada na história da guerra contra os trasgos, que parece bem ridícula ( embora não tenha sido), quando escutei um "Ginevra".
Cara, eu me assustei muito! Qualquer dia desses eu acabo tendo um ataque igual ao do meu pai; quero dizer, eu já devo estar propensa a isso, não é? E ainda ficam me dando susto...
"Draco! Dá para você avisar antes de se materializar na minha frente?"
"Como?"
"Sei lá, tipo, arrastar umas correntes... ou tocar um sino... cace.. quer dizer...caramba...isso assusta muito!"
"Desculpe, mas não tem como fazer de outro jeito. Então, como vai?"
"Vou bem. E... bem... obrigada por ontem ter me ajudado e me salvado."
"Ah, não foi nada..."- disse ele com ar de importância, mesmo tentando parecer que não tinha sido nada.
Devolvi o lenço a ele e depois ele me perguntou como andava a Heather. Eu disse tudo que tinha acontecido hoje e ele quis saber se eu vou enfrentá-la de novo. Claro que eu disse não, mas a verdade é que vou sim. Mas nem ele e nem o Prof. D. podem saber. É como uma conversa de mulher para mulher.
E eu o farei daqui três dias. É só conseguir o que está faltando...e aí veremos se ela vai ou não. Se não for por bem, será por mal.
Nota da Autora: Oie! Espero que tenham gostado! Eu ganhei uma ajudinha! Agora eu tenho uma beta- reader! É a NaHemWe! ÊÊêêê...
Agradecimentos:
Princesa Chi: SUA SUMIDA! ( Mal eu te vejo, quer dizer, não vejo mais! ( Continua lendo, fia! E comentando, obvius..hehehe...Beijos!
Ronnie Weezhy: Valeu por ler! Continua comentando e lendo! Beijos!
Thai: Oie! Eu te adicionei no msn? Vc tem? Rapaix, eu ando muito enxerida, mas não liga não...hahahahaha...Eu tb ia adorar ter o Draco no meu quarto...A Heather é chatonilda assim mesmo, toda fresca...liga p/ ela não...(Cara, eu to beba de sono por isso to falando mais besteira...) Continua lendo e mandando review! Bjos!
Kathy.Malfoy: Eu te adiconei no msn e mandei um email! Ficou com raiva não, neh? Fica não! Continua lendo e comentando...Beijão!
Ginny Meg Weasley: Eu mandei um email p/ vc dizendo onde vende e os preços D o livro é ótimo, eu garanto. Continua lendo e comentando! Beijos!
NaHemWe: Oie! Obrigada por betar a fic! ) Ah e continue comentando...obrigação de beta hein! Beijos
Fadinha: Oiiieee! Valeu por ler! Continua lendo, comentando! Beijos!
ChunLi Weasley Malfoy: Ahhhhhhhh, vc gostou mesmo? Obrigada! Lê sempre minhas fics! Eu fui lá na sua! Continua lendo! E comentando, obvius...beijos!
Pedidos, Propagandas e MARKENTIG! (Pq eu sou marketeira...)
Gente, leiam a fic da NaHemWe, é muito boa! O nome é A Maldição dos Mortos, vale a pena ler!
E também tem a fic da minha amiuguinha ChunLi Weasley Malfoy, o nome da fic dela é Objeção, é muuuuiiiitooo legal! É uma song! Vale a pena ler também!
E leiam a minha fic Além da Mágoa...heueheheueheue
E me deixem reviews, por favor...
E obrigada pelas reviews e p/ quem lê e não deixa review ( pessoas más)
Beijão!
Manu Black