Não que Michael não tente.
No dia seguinte ele estava me esperando na porta da Escola. Ele me perguntou se podia levar meus livros e me lembrei do episódio da tarde anterior. Então disse educadamente que podia levar meu material e seguimos para sala.
Na hora do intervalo, eu, Brian, Dee Dee e Suzie fomos "agraciados" com a presença de Michael. Não é que eu o odeie, o problema é que não gosto de ninguém no meu pé. Tudo bem, eu salvei a vida do cara, mas não era para tanto. Ele já tinha me agradecido.
Depois, na hora da aula, Dee Dee me passou um pergaminho que dizia:
"Gina, você tem que se livrar do Michael."
E eu respondi:
"Não posso."
Ao que ela respondeu:
"Não pode? Como Não pode? Você não teve problemas em dispensar Brian."
"É uma longa história."- eu escrevi.
"Só espero que não seja por causa da irmã dele. E também por causa do acidente de carro."- ela respondeu
"Claro que não."- eu escrevi de volta.
Depois da aula, resolvemos ir até a praia. Eu sei que isso não é certo, mas fazer o que se estávamos exaustos? E depois, Suze está de férias e nós temos que fazer com que ela se divirta.
Mais uma vez, Dunga e Soneca vieram nos buscar e fomos até a praia. Ela era um pouco afastada da cidade (já que era a continuação da praia dos trouxas); só que se algum deles se aproximasse do local, não veria uma praia e sim um terreno baldio.
Chegamos lá e eu, Suzie e Dee Dee sentamos na areia e ficamos observando o mar. Quero dizer, só eu e Dee Dee, pois Suzie estava sendo "vampirizada" por Dunga e Soneca, como sempre.
Vimos Michael chegar na praia e Dee Dee falou:
"Gina, esse cara está te seguindo."
"Não, é impressão."
"Claro que não. Você pode perceber pela cor da pele que ele não é muito de vir na praia; e agora ele está aqui."
"Mas você tem que concordar que ele até que é bonitinho. De um modo nerd, mas bonito."
"Ah, talvez... eu soube que ele trabalha como carregador no Beco Diagonal durante cinco horas diárias. Deve ser por isso que ele tem aqueles músculos."
"Só cinco? Acho que mais".
Ficamos falando sobre o corpo de Michael até eu ver uma mão puxar a cabeça dele para dentro da água. Eu levantei. Era um dos Angels. Fiquei olhando mais atentamente, para comprovar se o que eu vi era verdade.
Depois de alguns segundos vi outras mãos puxando a cabeça de Michael e outras puxando os pés. Corri, sem me preocupar com os gritos de Dee Dee.
Dei um soco em um dos Angels que puxava a cabeça de Michael e senti que alguém puxava minha perna. Reconheci como sendo Felicia, a mais nova dos Angels. Dei um chute nela e a safaranha (nem queira saber qual combinação de nomes é) me soltou. Dei outro soco no outro "Angel" que puxava a cabeça de Michael e ele saiu de perto. Tentei puxar o rapaz para fora do mar e senti alguém afundar a minha cabeça. Sacudi meus braços, juntei toda a força que me restava e dei um soco no nariz da outra "Angel", a tal Carry.
Puxei Michael para fora e percebi que ele estava bem, mas eu não podia dizer o mesmo de mim. Caí na areia e depois tudo ficou escuro.
Quando acordei a primeira pessoa que vi foi um rapaz moreno e forte, vestido com uma camiseta regata vermelha e uma sunga preta. Sim, eu tinha morrido e estava no paraíso.
Certo, isso não é verdade. O problema é que eu estava olhando para o salva-vidas.
"A senhorita está bem?"
"Sim, estou."- eu disse me levantando, mas logo desisti quando uma dor de cabeça tomou conta de mim.
Olhei para a aglomeração de pessoas em volta de mim. Vi Suzie, Dee Dee, Soneca, Dunga, algumas pessoas desconhecidas e Michael.
Tentei me levantar de novo e consegui, mas o salva-vidas me impediu de andar.
"Não, senhorita. A equipe do St.Mungus já está a caminho."
"Eu não vou para o hospital. Estou bem."
Tirando a dor de cabeça, beleza.
Saí de lá sob os protestos do homem que dizia que ele não era o responsável por futuros sintomas que eu viesse a sentir. Eu nem me incomodei em responder.
Fui até Soneca e disse que não ia voltar com ele para casa:
"E com quem você vai, Gina?"
"Com o Michael."
Mas ele ainda não sabia.
Eu saí e fui atrás dele e o encontrei perto do carro da mãe dele.
"Ei, Mike, você pode me levar para casa?"
"Ah, claro, Gina."
Entramos no carro e comecei a entrar no assunto que eu queria.
"Bem, Mike, eu acho que nós devemos conversar."
"Conversar? S-sobre o q-quê?"
"Sobre o que aconteceu a você semana passada. E nessa semana também."
"Como assim?"
"Eu sei sobre o acidente, Michael."
"Bem, você me acha culpado?"
"Culpado?"
"Quatro pessoas morreram no acidente e eu fui o único sobrevivente."
"Bem, eu vi no Profeta Diário que você não estava sob efeito de álcool ou de drogas na hora do acidente."
"Então? O que isso quer dizer?"
"Talvez que você não mistura álcool com direção." - eu disse.
"Você quer saber como tudo aconteceu?"
"Sim, se for melhor para você."
"Bem, eu acho que você não entenderia..."
"Claro que iria entender."
"Por que você sempre está perto de mim quando algo me acontece?"
"Ah, sim...isso...bem, Michael..."
"Esquece, Gina...não precisa me dizer, eu já sei porque."
Então ele pôs a mão dele em cima da minha.
Certo. Michael pensava que eu estava gostando dele.
E tudo o que eu tenho a dizer é: eca!
Ele é bonitinho, mas não faz meu tipo, entende?
Então eu tentei tirar, sutilmente, minha mão de baixo da dele.
"Olha, foi aqui que o acidente aconteceu."- ele disse apontando.
"E como tudo aconteceu?"
"Eu estava voltando da casa da minha tia, quando perdi o controle do carro e acabei batendo."
"Só isso?"
"Sim."
"E sobre os acontecimentos dessa semana? Você já se perguntou como ocorreram?"
"Na livraria e aqui foi tudo um acidente."
"Você não acha que alguém provocou esses acidentes?"
"Não, eu não tenho inimigos. Quem poderia fazer isso? E você viu que aqui na praia só estava eu, não tinha mais ninguém."
"Se por acaso fossem pessoas que existem, mas só algumas podem ver?"
"Como assim?"
"Fantasmas."
"Gina, você acredita nisso?"
"Sim, eu não só acredito, como vejo. Quando você estava se afogando, tinha alguém querendo te matar."
"Não seja ridícula. Fantasmas não existem, a não ser aqueles que querem voltar, tipo o Nick-Quase-Sem-Cabeça, em Hogwarts."
"Existem outros tipos. Eu posso vê-los e até mesmo falar com eles. Os HSWW Angels estão te culpando pelo que houve e querem vingança."
"Pelo que? Eu não sou o culpado."
"Sim, sei disso, mas eles não, por isso, tome cuidado."
"Certo."
O resto do trajeto passamos calados e quando chegamos na minha casa eu me despedi com um breve "Tchau" e saí quase correndo do veículo, vai que ele queria uma despedida mais caliente (como diria Draco) e me dava um beijo? Eca!
Assim que entrei em casa, todos já estavam sentados à mesa, mas não estavam comendo, por isso mesmo eu digo que cheguei a tempo.
Quando entrei na cozinha, minha mãe foi logo querendo saber.
"Gina, onde você esteve?"
"Ah, eu estava com Michael Meducci."
"Meducci? Esse nome não é estranho."
"Ele foi o único sobrevivente no acidente com os garotos de Hogwarts."
"Michael Meducci? Você está tirando uma da minha cara!"- disse Dunga rindo.
"Não, por que?"
"Michael Meducci matou Mark, John, Carry e Felicia."
"Ele não matou ninguém. Foi um acidente."
"Brad, eu tenho certeza que o pobre rapaz não matou ninguém."- disse Alan.
"Desculpe, mas Mark Pulsford era o melhor apanhador desde Harry Potter. E ele ia jogar no Puddlemere United assim que terminasse os estudos."- disse Brad todo empolgado.
"Mesmo? E o que ele fazia perto de você?"- disse Soneca tentando ser engraçado.
"Cala a boca. Nós jogávamos juntos na Sonserina."
"Certo, isso foi antes de você repetir e o Prof. Snape tirar você do time, né?"- disse Soneca
"E na semana retrasada nós fomos a uma festa."- Brad disse ignorando Soneca.
"O acidente não foi culpa do Michael."- eu disse, mudando de assunto.
"Claro que não, muitos acidentes ocorrem por causa do mau tempo. Foi o caso de Michael e os HSWW Angels".- Alan falou
"Gina, eu não quero que você ande com esse rapaz. Tudo bem, eu sei que ele não foi o culpado, mas tenho medo que algo de ruim aconteça a você, querida. Os Meduccis estão passando por uma fase muito difícil, além do acidente com o filho, a filha deles está em coma no St. Mungus e os curandeiros já disseram à família que é quase impossível ela sobreviver. Por isso, não quero que ande com ele, tenho medo que algo aconteça a você também, filha."- minha mãe falou, toda preocupada.
"Tudo bem, mamãe."
"Gina, por favor, me obedeça! Eu sinto que se você continuar andando com ele, algo muito mau vai acontecer a você."
Eu olhei para minha mãe e ela não parecia nada preocupada, mas parecia saber de alguma coisa que eu não sei.
Apenas respondi que "sim" e saí.
Fui para meu quarto e pouco tempo depois Suzie entrou:
"Então, como você vai terminar com ele?"
"Eu não tenho nada para terminar com ele. Nós somos só amigos. E a contrário do que você acha, ele é bonito, de um modo estranho, mas é."
"De um modo nerd, você quer dizer."
"Pode ser."
"Você não acha que ele está interessado demais? Ontem à noite ele veio aqui sem avisar e hoje, por onde você ia, ele seguia".
Eu não disse nada e ela continuou:
"Weasley, você não gosta dele. Então, por que continua saindo com ele?"
"Por que eu talvez goste dele."
"Por favor! Você e o Nerd? Não. Agora me diga. O que há entre vocês?
"Sei lá... Talvez seja por causa do acidente. Minha mãe sabe de algo, você também sabe?"
"Talvez."
"Bem, então... essa tarde..."
"Você estava exercendo sua função de mediadora?"
"Talvez..."
"E ontem a noite também? Quando vi você falando com o ar?"
"Sim..."
"E o que você quer que eu faça?"
"Fazer? Você? Nada."
"Vamos. Eu conheço você. Você não teve que terminar um milhão de deveres ano passado e nem caiu da escada outras milhões de vezes. Eu sei que você estava fazendo algo relacionado ao seu dom de mediação. Então, pode me dizer o que quer. Por acaso quer que eu te 'cubra' ?"
"Bem... sim...você faz isso por mim?"
"Claro que faço, Weasley. Você é minha melhor amiga!"
"Você só precisa se deitar aqui na minha cama e fingir que é eu. Se alguém perguntar por mim, você diz que estou no banho, ok?"
"Yes, Sir."- disse ela, batendo continência (N.A: Não sei se diz assim...)
"Ah, você é a melhor, Suzie. Eu vou te agradecer pelo resto da vida."
Então eu peguei o telefone e disquei o número da Escola:
"Alô."- eu disse
"Alô?"- disse uma voz que não era a do Prof. D.
"Por favor, o Prof. Dominic?"
"Um momento."
Em alguns instantes eu ouvi a voz dele:
"Alô?"
"Alô, Prof.Dom?"
"Sim, Ginevra? Merlim, houve algo?"
"Não, é que eu acho que nós deveríamos ir até a praia."
"Praia? Ginevra, é de noite!"
"Dã, Prof.D. Eu sei! Mas é lá na praia que os HSWW estão e nós podemos ir lá tentar convencê-los a seguir o caminho da luz."
"Sim... é uma boa idéia, Ginevra."
"Caso eles não aceitem eu me encarrego da porrada."
"Ginevra!"
"Brincadeirinha, Prof.Dom! Eu já estou indo para aí."
Desliguei o telefone e me despedi de Suzie. Na saída, quando fui roubar a bicicleta de Mestre, encontrei com Draco.
"Para onde você vai?"
"Encontrar o Prof.Dom."
"Ginevra...você vai encontrar os tais Angels?"
"Sim, mas depois, com o Prof. Dom . Se estiver duvidando, vá lá ver."
Então eu saí e depois de um bom tempo, cheguei na Escola.
E não foi surpresa encontrar Draco conversando com o Prof. D. Eles já tinham superado a "primeira conversa" deles, agora até que se davam bem. E era tão incrível como Draco confiava em mim, não é?
Saímos no carro do Prof.Dom e a cada dia que passa eu me impressiono mais com ele. Qualquer dia desses eu vou até descubrir que ele já é avô de umas duzentas crianças... tsc tsc...
Prof.Dom estacionou o carro um pouco longe, queríamos primeiro observar os Angels e depois conversar com eles.
Sentamos na areia e ficamos observando os garotos. Eles estavam sentados em volta de uma fogueira (será que fantasma sentia frio?) e cantavam uma música bizarra. Eu pude ver que eles estavam bebendo, pois havia várias garrafas de whisky-de-fogo perto deles.
"Aquilo prova que eles estavam bêbados na hora do acidente."
"Não, Ginevra. O acidente não foi provocado por isso."- disse Draco todo misterioso
"Pelo que então?"
"Talvez alguém queria que eles sumissem."
"Quem?"- eu sabia muito bem de quem ele falava.
"Seu namorado. O Meducci."
"Primeiro, ele não é meu namorado e depois, por que você acha isso?"
"Esses garotos eram tudo o que ele não era: famosos, bonitos e ricos."
"Isso não tem nada a ver. O Michael é inteligente e ele não é feio."
"Draco, eu tenho que concordar com Ginevra. Ele é bem- sucedido de outras maneiras, é o melhor aluno da Escola e também tirou o primeiro lugar no campeonato de Xadrez Bruxo."
Mas eu nem estava mais prestando atenção ao que eles falavam, por que eu senti algo perto de mim. E eu sabia. Era uma cobra. Eu morro de medo de cobra. Então, sabe como é, eu não sou fresca, mas morro de medo, por isso gritei:
"Ahhh, uma cobra!"- e saí correndo
Prof. Dom me puxou e apontou os Angels, eles não tinham ouvido nada, caramba! Eu tinha que salvar minha pele das cobras.
"Cobra? Sei."- Draco disse numa voz que tentava segurar uma gargalhada- "Elas não aparecem a noite."
"Não?"- eu disse cheia de medo.
"Não, elas gostam do calor e do sol e agora não tem sol, como você está vendo e está frio."
Bem, então, já que ele estava dizendo...
Eu me sentei de novo e fiquei olhando os Angels. Eles continuavam cantando e alguém precisava parar aquilo. Era demais para os meus ouvidos.
Talvez por isso, eu tenha dito:
"Draco, você cuida dos rapazes e eu das garotas. E Prof.Dom, o senhor fica vendo se algum deles tenta me levar para água, eu não quero voltar para lá, depois de quase terem me afogado lá, hoje."
"Ginevra..."- ele disse numa voz que parecia mais um choro.
"Prof.Dom, eles tentaram me matar hoje, por isso mesmo que estão precisando de umas boas porradas."
"Ginevra, quantas vezes tenho que dizer que somos mediadores e que temos que encaminhar essas pobres almas perturbadas?"
"Certo. Eu e Draco batemos neles, enquanto o senhor faz a parte da conversa."
"Ginevra..."
"Fiquem aqui, vocês dois. Eu vou lá."- disse Draco todo corajoso.
"Você acha que ele vai fazer algo, Ginevra?"
"Não. Ele vai conversar tipo, de fantasma para fantasma."
"Ah, sim...ótima idéia mandar Draco na frente."- disse Prof. Dom, mais calmo.
"É..."
"E como você conseguiu sair com sua amiga Suzie lá?"
"Ela me deu 'cobertura'."
"Então sua mãe não sabe que você está aqui?"
"Não."
"Ginevra!"
"Prof.Dom, eu não podia dizer a ela que vim encaminhar almas...entende? "
"Sim... mas você não teve problemas em dizer a sua amiga."- ele disse .
"Com ela é diferente. Minha mãe ia achar que estou doente."
"Você se sente confortável em falar sobre seu incrível dom com seus amigos, mas não com sua mãe".
"Prof.Dom, o senhor acredita em videntes? Cartomantes?"
"Por quê?"
"É que eu e Suzie fomos a uma e ela falou sobre eu ser mediadora."
"Então essa disse a verdade."
"Mas também falou sobre outra coisa..."
"Sobre o quê?"
Eu não sei a razão daquela conversa, talvez porque só o Prof.D podia ver o Draco, além de mim.
"Ela disse que eu vou ter um único amor para a vida inteira. Tipo, o primeiro homem que eu me apaixonar, vai ser para vida toda. Mas isso parece ridículo."
"Não, não é ridículo."
Então eu percebi que o Prof.Dom já conheceu o amor dele.
"O Senhor Já se apaixonou, Prof.D?"
"Por Merlim, Ginevra! Claro que sim, por uma mulher muito bonita. E foi só por ela."
Pela cara que ele fez, eu pude notar que era um amor tão impossível quanto o meu.
"Mas por que não deu certo? Ela não gostava do senhor?"
"Gostava sim. Só que...".
E ele fez uma cara de triste.
"Ela estava morta?"
"Sim. E, Ginevra, não pense que eu não sei quem é esse tal homem que você gosta, posso ver que minhas suspeitas se mostraram verdadeiras. Tente esquecê-lo, antes que sofra por isso. Ele está morto e o amor de vocês é impossível."
"Mas..."
"Venham, eles vão contar como tudo aconteceu." - disse uma voz atrás de mim.
Era Draco.
Ele tinha que atrapalhar o momento "de coração-para-coração" entre mim e o Prof.Dom.
Seguimos Draco e depois de alguns minutos estávamos à frente dos Angels.
"Você disse que eles nos ajudariam!"- disse Felicia- "Mas essa vaca me chutou hoje de tarde."
"Primeiro, queridinha, vaca é a sua mãe e depois, eu te chutei porque você estava tentando me matar."
"Vocês podem nos ver?"- falou John
"É claro. Nós somos mediadores e viemos até aqui para ajudá-los. Nós, Ginevra e eu entendemos que você estão ressentidos com Michael, mas..."- disse Prof.Dom, com a voz bondosa.
"Olha, nós não estamos ressentidos com ele. Se estamos mortos é culpa dele."
"John, por que você não diz a eles o que me disse?"
"Certo... Olha, no sábado à noite, nós fomos à uma festa. Depois, nós fomos até o 'Ponto', um local onde a gente fica olhando o mar. Já era tarde quando decidimos ir embora, e eu estava dirigindo normalmente, não tinha bebido e tudo estava bem. Percebi que o carro aumentava a velocidade, mas não funcionava o freio, então entrei em pânico. Tentei desviar, mas acabei batendo no carro do nerd. A pancada foi muito forte e o carro capotou, indo parar no mar. Eu estava consciente, saí do carro e tentei salvar meus amigos que estavam desacordados, mas o nerd me impediu, ele afundou minha cabeça na água até eu perder os sentidos. E quando acordei estava aqui. Morto."
Todos se calaram.
Até Prof.D, falar:
"John, isso foi um acidente..."
"Acidente? Michael Meducci já sabia o que ia fazer com a gente. Ele tinha tudo planejado."
"E por que ele queria matar vocês?"
"Por que tinha inveja."
"Não acredito. Michael é um bom aluno."
"Pode até ser, mas não é bonito, não sai com garotas, não é famoso. Eu era monitor de Hogwarts, além de sair com uma menina diferente a cada final de semana. Mark, era o melhor apanhador desde Harry Potter e já tinha sido chamado para jogar no Puddlemere United, quando terminasse os estudos. Carry era a melhor aluna da Escola inteira e era monitora-chefe. Felicia além de ser linda, namorava Mark e era líder de torcida, a menina mais famosa da Escola. E Michael Meducci, o que ele é? Nada. E a irmã dele, então? Pior ainda, além de ser feia, vivia atrás de mim, querendo que eu desse um beijo nela."
Aquilo me doeu. Uma vez eu também tinha andado atrás de um rapaz e só depois fui me tocar o quão idiota ele era.
"Eu sei por que isso aconteceu. É por causa da irmã de Michael."
Todos me olharam como se eu fosse louca.
"Como?"- disse John
"Lilá Meducci, a garota que você dispensava. Ela está em coma no hospital, vocês sabiam?"
"Ah, eu sei..."
"Então, por acaso vocês sabem algo a respeito disso?"
"Não."- disse Mark todo desconfiado.
"Eu a conheci. Ela era uma menininha estúpida que vivia querendo se enturmar. Uma semana antes de nós morrermos, demos uma festa na piscina e ela bebeu demais. É nossa culpa se a vaca não sabia beber? Então, ela caiu e bateu a cabeça."- Felícia falou.
"E por acaso é certo dar bebida a uma garota de catorze anos?"- eu disse irônica.
"Todos bebiam e só ela se machucou."- disse Carry na defensiva.
"Então, se todos se machucassem aí sim, seria culpa de vocês?"- disse o Prof.Dom todo raivoso.
"Isso não importa. Nós só queremos vingança. Por favor, não se metam mais nisso e tudo ficará bem para vocês."- disse Mark.
"Ah não. Eu não vou deixar."- eu falei.
"Então, cuide-se. Esse crime não ficará impune."- disse Mark.
"Eu falarei com as autoridades e eles sim, farão justiça."- eu disse.
"Não. A justiça demora e não tem como eles saberem a verdade."
"Tem sim. "
"Como?"
"Por eles."- disse Draco apontando para mim e para o Prof.Dom.
"Eles?"
"Sim, eles são mediadores e a função deles é ajudar. E é isso o que eles farão."
Na volta para a Escola, eu fui dizendo:
"Amanhã eu ligo para o Ministério e digo que na noite do acidente eu estava lá e vi tudo. Não me identifico e problema resolvido."
"Nada disso, Gina. Você não vai ligar para o Ministério e muito menos falar com o Michael sozinha, está entendendo?"
"Tá bom..."
Voltei para casa e vi Suzie deitada na minha cama, fingindo que era eu. Não quis acorda-la, afinal ela tinha me feito um grande favor, então me deitei na cama dela; dormindo logo em seguida.
: A MEDIADORA :
No outro dia, quando estava chegando na Escola, ao passar pela porta do Prof.Dom, o vi conversando com Michael.
Tentei dizer a Suzie que fosse na frente enquanto eu falava com o diretor, mas na verdade eu estava interessada em ouvir a conversa. O problema é que fui impedida, pelo Prof.Carter, que disse:
"Srta. Weasley, por acaso a sua aula agora não é Estudo dos Trouxas?"
"Sim, mas eu preciso falar com o Prof.Dominic."
"Agora ele está ocupado. Volte depois."
Durante todo o dia não consegui falar com o Prof.D, por isso resolvi falar com Michael.
"Alô, Michael!"
"Oi, Gina! Tudo bem?"
"Sim e você?"
"Bem..."
"Michael, você pode me dar carona de novo? É que o So...digo, o Jake não vai poder me pegar hoje."
"Tudo bem. Gina, agora eu tenho que ir, depois da aula a gente se vê."
No final da aula fui até o carro de Michael e quando estávamos quase entrando, ouvi a voz de Soneca:
"Gina, desça já desse carro."
"Quê?"
"Saia. Mamãe disse que você não andasse com ele. Vamos."
Mamãe? Espera aí, a mãe é minha!
"Olha aqui, Jake..."
"Cara, ela vai comigo."- Michael falou, corajoso.
"Não. Ela é minha irmã e vem comigo."
Irmã? Ah, Merlim!
Para evitar o barraco, eu resolvi ir com Soneca. Não que estivesse com medo, mas era melhor não arriscar.
"Olha, Mike, deixa para a próxima."
Então saí. E fui para o carro com Brad, Gina, Soneca e Mestre, que naquele dia resolveu dar o ar da graça. Mentira. Na verdade, Alan obrigou Soneca a pegar o coitado do David também, o pobre sempre ficava esquecido em Hogwarts.
No trajeto eu percebi que algo de errado estava acontecendo. O carro ganhava velocidade, não diminuía.
"Seu imbecil, o que está fazendo?"- Brad falou para Soneca.
"Cara, o freio não responde."
Ah, Merlim. Eu ia morrer...
Estávamos nos distanciando de casa e nos aproximando da praia, do local do acidente dos Angels. Seriam eles os responsáveis?
Tentei abrir a porta para sair, mas se fizesse isso seria suicídio.
Vi Soneca gritando, Brad chorando (se não fosse uma tragédia, seria engaçado), Suzie fechou os olhos e Mestre me abraçou.
Um carro que estava na frente parou e eu percebi que o impacto seria inevitável. Fechei os olhos e pedi a Merlim que não doesse muito morrer.
Então, tudo parou. Os gritos e o choro de Brad também.
E eu devo ter batido a cabeça, porque depois disso, tudo ficou muito escuro.
Nota da Autora: Oie! ) Faltam poucos capítulos p/ o final, e vcs nem imaginam como fico feliz...hehehehehe...
Agradecimentos:
Princesa Chi: Como assim fazer paralisação? Ah, não! Nem pense, nem tente! Hehehe, ajuda se eu disser que um quase action vai rolar daqui a uns dois capítulos? E o action daqui a três?heueheueheueheue Beijos e continua comentando! E lendo:
Thai: Pois é, dessa vez vou postar de novo dois capítulos de uma vez, minha intenção era acabar a fic daqui p/ amanhã, mas não dá...heueheueheueheue...Oia... continua lendo e mandando coment q eu adorooo...Beijos!
aNiTa JOyCe BeLiCe: O ciúme que o Draco sentiu c/ o Meducci não vai se comparar ao que ele vai sentir nos próximos capítulos...heueheueheuheue...por isso leiaa...heueueeue (eu sempre digo isso)...hihihii...Beijos!
Pandora Riddle: Tudo que eu posso dizer, é que o final dessa fic é lindo e que, eles ficam juntos...hihihihi, agora, vc vai ter q ler p/ ver...heueheuheue...Beijos!
Bárbara: Talvez amanha eu poste outros capítulos (tomara que minha beta não escute isso), mas depois disso eu não sei, as aulas vão recomeçar e vai ser puxadao...mas vou tentar manter o ritmo de atualização! Continua lendo! Beijos!
Lana: Ele é ruivo, como a Gina, por isso o nome Red, por causa do cabelo. A action está próxima, hihihihi... continua lendo...Beijos!
NaHemWe: Eu vou continuar a Late Redemption, estou esperando forças divinas me mandarem inspiração...heueheueheueheue...E desculpa ae por te pentelhar, ficar mandando 2 capitulos de uma vez...heheeehe...Beijoss!
Gente, leiam OBJEÇÃO da ChunLi Weasley Malfoy e A Maldição dos Mortos, da NaHemWe!
Beijos!
Manu Black
