Meninas.. eu ainda não tinha agradecido pelas reviews.. tks a todas vcs.. e um aviso.. de novo, capitulo com cenas mais, digamos que.. picantes... bjs

Chorei por um longo tempo evitando fazer muito barulho, eu não queria que de forma alguma ele me visse assim. Essa infantilidade passou dos limites. Temos que sentar e decidir o que faremos. Se nos trataremos como estranhos ou se tornamos a ser o que éramos.

Porque era tão difícil pra ele engolir o orgulho hein?

Fui a cozinha e preparei um chá para me acalmar. Me sentei na mesa da cozinha com o meu chá e fiquei pensando nos acontecimentos dos últimos dias. Julie não era boba, a qualquer momento ela iria deduzir tudo aquilo e ela iria acabar se machucando com essa historia.

Fui ao banheiro da sala e lavei o meu rosto na pia. Desliguei a televisão e subi as escadas indo ao quarto de Julie vendo se ela estava dormindo. Sentei no seu quarto, esperei um pouco o tempo passar e vi que ficar assim, me lamentando não daria o nada, o jeito seria eu tomar alguma decisão e começar com aquela conversinha.

Enquanto atravessa aquele corredor, senti uma sensação estranha. Um sensação de que aquele abrir de portar poderia decidir a minha vida. Eu não queria mais viver assim, não mesmo. Não com brigas todos os dias, esses climas pesados pra Julie. Isso não é ambiente pra uma criança se viver. Ela estava toda empolgada com a aniversário, daqui a um mês, e nós lá, só brigando.

Abri a porta de novo e bati os olhos naquela cena ridícula. Aquele filme passando e ele lendo a revista que eu tinha comprado na loja. Assim que ele sentiu a minha presença, tentou disfarçar e a olhar mais pro filme, mas aquele olhar nunca me enganou. Ele não era desse tipo de homem, não mesmo.

- Tá bom o filme aí?- eu perguntei. Vamos ver até onde ele iria com isso.

- Maravilhoso...- ele disse, com a visão fixa naquela... Bem, na verdade nem sei o que era aquilo. Eu evitei olhar, não fazia meu tipo de gosto. Tudo o que eu podia escutar era alguns gemidos que pareciam vir de uma mulher morena- quer ver?- ele ofereceu, com deitando na cama numa posição mais " a vontade".

- Não, tenho mais o que fazer. Aliás, nós temos...- eu fui a TV, e sem mais pensar, taquei a a mão no botão e desliguei- agora, chega disso. Não agüento mais isso, Carter- não, não, não. Eu não vou começar a chorar. Não ainda.

- O que foi que eu fiz?- ele diz todo doído. Irônico. Sarcástico! Tinha um ódio quando ele fazia isso!

- Pára com isso!- eu tentava não gritar. Mais um vez, todo cuidado era pouco para não acordar Julie.

- Sai dessa, Abby - ele foi pra minha frente tentar ligar a T.V de volta- além da gente só dormir há quase 3 semanas, não posso ver um filminho pra relaxar?- "tira esse risinho da boca!" Isso era só o que eu pensava.

- Só esta assim porque quer viu! - eu fui andando pelo quarto. Talvez não encara-lo me ajudaria a ajustar meus argumentos.

- Agora vem jogar a culpa em cima de mim? - ele me encara colocando "mudo" na tv - já sei o que você tem.. é muita falta mesmo né?

- Quer saber? - eu já não deixo disfarçada mais nenhuma emoção e vem tudo a tona - eu venho aqui.. com a maior boa vontade do mundo, proposta a conversar e você tem que estragar tudo não e? - nisso eu ja estou na porta do banheiro pronta pra tranca-la - Então, já que você insiste fique ai vendo seu filminho e quando acabar, por favor, me avise

Tiro e queda. Só foi ouvir um pouco de verdade que ele voou da cama e saiu correndo pra cima de mim impedindo que eu me trancasse no banheiro.

- Me deixa em paz John! - Eu forçava de um lado e do outro ele tentava abrir, eu sabia que aquilo não iria durar muito e ele iria acabar me arrancando dali. Ele empurrou a porta com mais força e quase que eu não caio no chão com tudo.

Logo ele entra segurando o trinco da porta e eu viro de costas sentindo-o se aproximar ainda mais de mim.

- Abby.. - ele toca no meu ombro descendo as mãos ate o meu braço - eu te machuquei!

- Não!- eu digo, mesmo vendo um leve arranhão no meu braço. Eu só queria parar de chorar, mas isso parecia tarefa mais dura nesse momento.

- Desculpa - ele disse com aquela carinha. Num primeiro momento, eu até derreteria e ia de volto pros braços dele, mas já tava cheia de escutar aquela famosa e repetitivas "desculpas".

- Até quando via ser isso, Carter?- eu fui indo pro quarto novamente. Passei pela T.V e a desliguei de novo. Seria o cúmulo ter de brigar vendo alguém transar na minha frente. Deitei na cama, de costas para porta do banheiro.

- Desculpa. Exagerei..- ele sentou na cama, respeitando a minha posição- é que você me deixa louco da vida- eu o encarei e ele entendeu meu recado. Não poderia sempre jogar a culpa em mim.

- Não é do mu perdão que você precisa, Carter. Cresce!- eu virei totalmente pra dormir. Ele me abraçou por trás, beijando meu pescoço.

- A nossa vida sexual, quer dizer a nossa não vida sexual, está afetando nosso casamento, Abby...

- O problema não é esse, te garanto, John..- eu disse, sem fazer questão de olhar pra ele.

- Então qual é? - ele pergunta com uma voz de choro. Bom.. pelo menos vejo que sentimentos ele ainda tem - me diz pra eu poder nos ajudar.. - ele tornou a encostar o seu rosto na minha nuca e ficou parado lá e logo eu senti as lagrimas molhar meu pescoço.

- Você tem certeza que não sabe isso! - eu continuei imóvel naquela posição.

Ele ficou mudo, em silencio, talvez esperando que o choro passasse. Levantei minha mão e comecei a passar de leve nos seus cabelos, tudo bem que estivéssemos brigando, mas quer queira, quer não eu ainda não sei como seria a minha vida sem ele.

- Prometo não ser mais tão cabeça dura... - ele diz respirando fundo e tocando de leve as minhas costas. - vou aprender a ouvir.. a falar na hora certa.. a...

Ele ia continuar a falar mas não conseguiu. Tornou a chorar, dessas vez mais forte, me abraçando forte.

- Me desculpa Abby... eu não queria te fazer infeliz.. eu prometi que iria te fazer a mulher mais feliz do mundo e eu sei que estou falhando nisso.. eu sou uma merda, pode falar.. eu não posso te perder, eu morreria sem Você... por favor Abby.. me perdoa, prometo melhorar, ser outro Carter...

- Eu não quero que você seja um outro Carter - eu o interrompi - eu só quero que você - agora era eu quem não agüentava, e comecei a chorar- que você seja o Carter de antes, o Carter de sempre.

Ele levantou a cabeça e sorriu pra mim. Agora que eu tinha parado de chorar e uma sensação de alívio me invadia, tudo o que eu queria era me aprontar e dormir. Tirei a mão dele do meu corpo e fui caminhando para o banheiro novamente. Logo que abaixei para pegar a escova de dente na gaveta, pensei sentir a presença dele atrás de mim. Quando levantei, tive a confirmação vendo o reflexo dele no espelho. Eu sorri e ele respondeu, dando um passo a frente. Aquele olhar... Eu conhecia aquele olhar. Podia até ter me esquecido, de tanto tempo que eu não o via. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa com a escola, eu vi ele colocar uma mão pra trás, apagando a luz do banheiro. O ambiente estava uma penumbra, apenas com a luz do abajur do quarto aceso.

- Você trancou a porta?- foi a única pergunta que ele me fez antes de prosseguir. Diante da minha resposta afirmativa, a primeira parte que eu sentia ele me tocar, foi o elástico da calça, quando eu ainda estava de costas pra ele.

Assim que ele me tocava, da forma que ele me tocava, eu ia sentindo um calor invadir o meu corpo. Conforme suas mãos me acariciavam, eu ia apoiando minhas mãos na pia e movendo o meu corpo, conforme o seu fazia. Como há pouco tempo, seu rosto colou na minha nuca, mas agora provando da minha pele, sentindo o gosto salgado das lagrimas que caíram nele. Seus lábios tocavam minha pele e eu sentia o meu corpo se arrepiar, conforme suas mãos buscavam confirmar que sempre estariam ali para o que der e viesse. Pouco a pouco, minha roupa ia deslizando entre nossos corpos, sentindo o atrito da minha pele na sua.

Seu toque e seus beijos se revezam fazendo com que meu corpo se virasse e eu perdesse o controle me apoiando na pia. Pouco a pouco sentia o seu corpo, suas mãos tornarem a se aproximar das minhas e sua boca procurar desesperadamente por um beijo meu.

Logo eu me sentia vestida apenas com a calcinha e o soutien. Não sabia se tinha frio ou arrepio mesmo. Vi que ele desceu o short. Já estava sem camiseta, então logo ficou tão nu quanto eu. Ele me ajeitou ali na sua frente e contato físico aumentou... Consideravelmente, eu diria.

Acho que nunca Carter tinha me beijado desse jeito. Bem, os nossos beijos mais "calientes" era sempre no sexo e ainda sim eram mornos. Quando o "fogo aumento" ele me pegou no colo. Quando achei que ele me levaria pro quarto, pra nossa cama, vi que ele me punha em cima da pia. Não, sério? Nesse puta frio!

A mãozinha rápida foi logo pras minhas costas e abriu a parte de cima. Ótimo. Eu lá sentada naquele mármore frio e ele só se dando bem. Ele tocou meus seios de ele e quando eu senti a boca dele se aproximar, o arrepio aumento. E dessa vez, garanto, não era frio.

Assim que eu vi que ele começava mais empolgado e assanhado eu pensei em ir pra cama. Mas, tadinho. Deixa ele fazer um pouco suas vontades. Mas uma coisa era certa. Eu não ia transar em cima da pia. Não mesmo.

Quando as mãos dele desceram pro meio das minhas pernas e ele pensou em tirar algo ali, eu decidi que era a hora de parar. Quer dizer, só por um minutinho. Não, não! Segundinho! Demorou tanto, não ia perder tempo algum.

Eu não sabia como falar aquilo, pedir pra sair dali. O seu toque ia aprofundando cada vez mais e eu ia perdendo a fala. Experimentar algo diferente de vez em quando talvez traga um maior animo a nossa relação. Me permiti deixar ser levada pelos seus desejos. O que tivesse de ser, seria.

Suas mãos haviam parado nas minhas coxas. Talvez o seu receio de experimentar e o frio o impediriam de fazer aquilo. Ele foi aprofundando um beijo e meu corpo foi caindo pra trás, sentindo a torneira gelada recostar em mim.

Ia falar algo, mas ele logo me puxou de volta, me abraçando pela cintura e eu aproveitei a deixa para envolver minhas pernas na sua. Fomos nos beijando e tateando o caminho para não cairmos e estragar tudo aquilo. O silencio nesses momentos era essencial.

Esbarramos em alguma coisa e ele parou para se apoiar. Rimos com a situação e logo, num tropeço, ele cai na cama por cima de mim.

- Desculpa.. – eu o vejo sorrir e tentar se levantar para ajeitar aquela situação.

Seus braços iam se apoiando para levantar, e eu agarrei o seu pescoço puxando-o para um beijo. Basta, segundinho já demorou demais!

Talvez ele tenha se surpreendido um pouco com a minha atitude, mas não significa que ele não tenha gostado. Sorriu e com aquele sorrisinho e abaixada de cabelo, eu senti a última peça de roupa minha rolar abaixo. Sorri àquela sensação que julgava meio estranha, confesso. Sempre fomos tão certinhos em relação sexo que qualquer coisa de diferente, parecia a Revolução Industrial.

Enquanto ele me beijava, eu fui colocando as mãos perto da cintura dele para finalmente "ser feliz". O frio na espinha me rondava e a proximidade aumentava a cada contato nosso. Quando senti nossas peles se tocarem, agora sem nenhuma barreira, eu poderia jurar que já entrava em outro mundo. O toque dele era um santo remédio. Um remédio de prazer e felicidade.

Ele tirou o meu cabelo da frente e beijou toda parte do meu rosto. Puxou também do pescoço e começou a fazer aquilo que me arrepiava. Ele sempre foi muito empolgado nisso e na maioria das vezes me deixava com uma marquinha. Agora, com a vida de casado e com a pequena Julie que era um poço de perguntas, maneirava um pouco. Mas hoje...bem, hoje creio que não será assim.

Meu corpo já implorava que ele avançasse. Seu corpo pedia calma ao meu. Sentia a excitação cada vez ficar mais forte, e uma necessidade de senti-lo em mim, de ouvir palavras de amor ao pé do ouvindo.

Meus braços envolviam o seu corpo, sentindo-o pesar sobre o meu. Às vezes ele se levantava um pouco, buscando sempre o meu olhar... me olhar, me fazer sentir única naquele momento. E nesses momentos eu sabia que eu possivelmente era a mulher mais feliz desse mundo.

Seu toque começou a aprofundar e nisso a minha boca já queria gritar. Ele logo percebia e me calava com beijos, e tornava a me tocar como se fosse a primeira vez. Aos poucos fui me deixando levar e dessa forma vamos nos moldando, nos posicionando até achar o momento certo para começar. O suor entre nossos corpos já dava sinal de continuidade. Fui sentindo-o se aproximar ainda mais de mim e logo tornar nossos corpos um só. A simples pressão do corpo dele contra o meu já me fazia sentir extremamente realizada. Aquele homem todo em cima de mim...

Os movimentos certeiros de quem já me conhecia há tempos não me deixavam mentir. Ele era o homem que me amava, o que me fazia feliz. Aquele que me conhecia melhor do que ninguém e sabia do que e como eu gostava. Tudo isso chegava a ser a assustador. Eu o amava como se tivesse vivido a minha vida toda com ele. Mas pensando bem, se minha vida começou quando eu comecei a ser feliz, então acho que somos colegas de maternidade.

Quando tornamos a nos olhar naquela movimentação toda, meu peito acelerou e as palavras que viviam encravadas na minha garganta queriam sair. Toquei de leve o seu rosto trazendo-o para mais perto dando-lhe um breve beijo.

- Obrigada.. – eu sussurro quando nossos corpos já estão exaustos e pedem por um instante de descanso. Ele olha pra mim assustado. Eu realmente acho que nunca agradeci a ele por ter conseguido me fazer feliz.

Ele acaricia meu rosto, torna a sorrir e me envolver num abraço. Tudo pelo que viemos brigando nesses últimos dias não passariam agora de motivos para rir. Sua boca, por mais uma vez provou da minha e suas mãos permaneceram na mesma posição, me envolvendo e procurando sentir o meu corpo por mais alguma vez naquela noite.

Sempre que buscávamos por mais energia para reiniciar tudo aquilo, ouvíamos passos no corredor ou algum barulho estranho. Dessa vez não foi diferente, mas eu já sabia que era pura impressão minha. Acho que depois de tanto tempo, eu não interrompi aquele silencio nosso que dizia tudo. Me permiti dormir envolvida no seu abraço, e apesar do frio, deixar que somente o calor do seu corpo me aquecesse.

Continua...