CAP 9 O reencontro

Dumbledore sugeriu a Severo que ele a levasse para a Enfermaria da escola mas ele não quis.

Vou leva-la comigo se não se importa, deixe que eu mesmo cuido dela. - Severo falou com seu modo frio de sempre.

Se é assim que deseja!. - Dumbledore deixou Severo sair com Giulieta no colo ele caminhou com ela nos braços até as masmorras entrou na sala de poções, em seguida foi até seu quarto onde deixou-a deitada na cama, afastou os lábios dela e pingou uma poção. Ele sentou-se na poltrona negra que ficava em frente à cama e ficou contemplando-a ali deitada, tinha vontade de beija-la de sentir o calor do seu abraço mas será que devia? ele resolveu então sair do quarto quando alguns minutos depois Giulieta murmurava sonolenta.

Adriana...driana! Filha! filha!. - Finalmente ela abriu os olhos e estranhou aquele lugar, olhou para o teto escuro para as paredes também escuras iluminadas por alguns archotes, viu um guarda roupa de madeira escura à frente e em frente à cama uma poltrona de couro negro.- Ela não estava entendendo nada, quando Severo entrou novamente para ver como ela estava.

Vejo que já acordou!. - Giulieta olhava para aquele homem, tentava ver nele traços do Severo adolescente que conheceu ela começou a chorar,quando ele sentou na cama e ela foi até ele e o abraçou num abraço sem fim.

Graças a Deus! Eu tinha essa esperança!Vivo!Você!. - Giulieta começou a dar vários beijos no rosto dele e lhe sorriu. - Severo de repente se afastou e falou.

Eu não mereço! Fui um calhorda com você, eu duvidei da sua honestidade. - Giulieta falou.

Você errou! Todo mundo erra! E a culpa não foi sua!. - Ela limpava as lágrimas do rosto.

Mas eu acreditei numa mentira e não te dei chance pra se defender!. - Giulieta se movimentou na cama devagar se sentou na ponta dela chegando assim perto de Severo que estava sentado na poltrona em frente. - Depois do breve silêncio ela perguntou.

Porque quando você soube da verdade, não foi me procurar? Severo olhou fixo nos olhos dela.

O que eu fiz foi muito grave, eu abandonei você e nossa filha a própria sorte por causa de uma armação suja do meu pai, e não tive coragem de te procurar porque no fundo você deve me odiar. Giulieta o interrompeu.

Eu confesso que quando você me abandonou eu fiquei com muito ódio mas depois que recebi aquela carta...E ela começou a chorar de novo e continuou. – A carta da sua morte!. -Severo a olhava nos olhos.

Eu fiz aquilo num momento insano da minha vida! E isso é um ato imperdoável! Ela abraçou-se de novo a Severo e falou.

Severo! Não fique se torturando por isso! Eu te amo!O meu amor por você é e foi maior que qualquer ódio que eu possa ter sentido um dia. - Os dois se sentaram na cama de novo.

Eu nunca esqueci você e nunca esqueci da injustiça que fiz! vai ser difícil Giulieta, aquilo que nós vivemos ficou pra trás e não tem como voltar. - Giulieta começou a acariciar o rosto dele.

Mas podemos fazer diferente, afinal já somos mais velhos, mais experientes saímos fortes depois de todas as coisas que aconteceram. -Giulieta falou com a voz embargada quando aproximou seu rosto do rosto de Severo, ele não resistiu então seus lábios se uniram novamente, num beijo que estava guardado por muito tempo, Severo voltou a sentir a doçura dos lábios de Giulieta e ela a sentir o calor dos lábios de Severo sentiram-se um só de novo. Enquanto se beijavam ambos deixaram rolar algumas lágrimas. - Terminado o beijo Giulieta perguntou. – Que matéria você ensina aqui?. Severo se levantou e foi para perto da escrivaninha.

Até então...há quinze anos dava aula de poções! Mas agora darei aulas de DCAT. - Severo respondeu prontamente e perguntou. – Nossa filha? Como ela é? Como ela está?. - Giulieta sorriu e começou a falar.

Ela lembra você fisicamente, é magra, alta, tem seus olhos!é mais clara do que eu mas não é branca que nem você é morena. - Giulieta soltou um riso leve ela é uma menina inteligente e ambiciosa, daquelas que vão até o fim por aquilo que querem isso me lembra alguém. - Severo sorriu e ela continuou.

Fora isso ela é daquelas típicas adolescentes, ouve rock alto, achava ex -namorado muito ciumento, enfim. - Severo enciumado perguntou.

Ela já namora?.

É... Giulieta o olhou meio encabulada e continuou... Pois é, sabe como é os jovens de hoje "ficam" assim ela me dizia antes de namorar o rapazinho ciumento. – Severo então perguntou mais uma vez.

Ela também sabe que estou vivo?.

Ela sabe...mas não reagiu bem. - Severo a olhou e falou.

Entendo!. - Ele se levantou e ficou andando de um lado para o outro e Giulieta continuou.

Afinal eu fui pai e mãe pra ela nesses anos todos! Giulieta ainda um pouco zonza se levantou e falou. – Preciso ir, Adriana está me esperando. Severo a segurou e a abraçou mais uma vez e falou perto dos ouvidos dela.

É melhor eu ir com você até Hogsmeade!.- Severo levou-a em seu colo novamente, os dois saíram do quarto e foram em direção ao Salão Principal. - Nos jardins da escola uma carruagem esperava por eles,os dois foram até Hogsmeade abraçados.

Tem certeza de que está em condições para aparatar? Severo perguntou preocupado.

Tenho, eu quero chegar logo a nossa filha está nos esperando!. - Ele a beijou se despedindo e perguntou.

Não diga que dou aulas em Hogwarts, se não ela não vai querer vir estudar. - Severo falou cauteloso.

É...é melhor ela não saber por enquanto, ela já andava querendo ir embora de casa. - Giulieta se despediu de Severo e falou uma última frase. – Vá me visitar! Severo falou.

Sim eu irei!. – Giulieta sorriu e desaparatou.

Quando ela chegou em casa, sua filha a esperava impaciente.

Nossa mãe! Que demora? já são quase cinco da tarde!.

Desculpa a demora filha, é que eu achei que ia ser rápido lá, mas eu fiquei conversando muito com Dumbledore e a professora McGonagall.

Bom, ainda sobrou almoço.- Giulieta agradeceu a filha e foi almoçar, mas mal tocou em seu prato ficou pensando o tempo todo em Severo. - Adriana na cozinha junto com a mãe notou a distração dela.

Mãe? Que foi? Você voltou esquisita de lá.

Estava pensando no seu pai. - E soltou um suspiro quando Adriana falou num tom frio como Severo fazia.

Eu não tenho pai, ele morreu há muito tempo!. - Adriana saiu da cozinha e foi para seu quarto ligou seu rádio e colocou um rock no último volume. - Giulieta entrou no quarto da filha abaixou o som falando raivosa.

Para com isso já!. - Giulieta sentou na cama da filha e a segurou bem forte nos braços e continuou. – Você tem pai, sim!.

Não tenhooooooo! Me deixa! Eu odeio você! Odeio ele! Aquele bosta!. - Adriana gritava e Giulieta largou os braços da filha.

Deixa estar Adriana, deixa estar você ainda vai me dar razão!. - Giulieta saiu do quarto da filha bem triste mas tinha esperança de que Adriana um dia perdoasse o pai.