Muito orgulho me deste com a tua decisão, um orgulho que pensei que não iria ter. Mas o chamado de sangue é forte e um Malfoy é sempre um Malfoy. Não te iludas com tolos pensamentos...com tolas ilusões. Não achaste de facto que me tinhas conseguido ocultar o teu pequeno...como havemos de colocar... o teu pequeno desvio. Sempre o soube, mas deixei-te veres por ti mesmo. Um Malfoy é mais do que um nome, é uma mascara que usamos para o mundo. Eles querem um espectáculo e alguém tem que desempenhar o papel. E Draco...se vais desempenhar um papel então falo o melhor que poças, dá lhes o espectáculo que eles jamais vão esquecer.

O loiro deixou o seu olhar preso naquela carta. Não precisava ler o resto, já o sabia bem de mais...ele iria falar de manter a aparência, do puro sangue, do Potter...mas aquele trecho da carta...naquele parágrafo ele dissera tanto. Sim, então o que ele sentia agora também ele sentira.

Com um gesto disciplente, lançou a carta no fogo da lareira, fixando as labaredas e vendo-a arder. Os olhos focados mas os pensamentos distantes. As chamas lambiam o ar, ondulantes como o corpo de uma amante, quentes e perigosas e no entanto sedutoras como se pedissem para ser tocadas.

Flashback:

'Vem Draco, anda dançar.

Ela baloiçava-se, as ancas ondulantes, chamando-o e como doce era o seu nome na boca dela, quase tão doce como o sabor que ele sabia o dela.

'Pequena, está a chover, não acha que vai ficar molhada.

A sobrancelha ergueu-se quase em simultâneo com o aparecimento do sorriso sarcástico nos seus lábios. Velhos hábitos não se esqueciam, e aquele fora bebido no seio materno.

"Linda. Ela é linda e minha."

Com um gesto lento lançou o cigarro ao chão, apagando-o com a bota.

'Eu odeio quando você fuma.

'Eu sei.

'E mesmo assim você não para.

O sorriso antes resplandecente mudara para um charmoso beicinho que ela sabia que apenas o fazia a querer beijar.

'E porque o faria? Afinal, vou beijar você e você vai pedir mais. Eu vou beijar de novo, e novo, e novamente e no final, você já nem vai saber o sabor que era antes.

E entrou na chuva, sabendo que pelo menos nessa noite ninguém ia notar o par que dançava abraçado no jardim do castelo.

Fim do Flashback:

Uma gargalhada amarga atravessou o quarto, uma gargalhada sem um ponta de humor ou um humor demasiado mórbido para fazer sentido. Se ele tivesse sabido antes nem teria tentado. Para quê criar esperança, para que sonhar, se o destino já lhe havera traçado um rumo? Os papeis já haviam sido distribuídos...ele era um Malfoy e maldito fosse o seu sangue mas ele iria levar aquela peça até ao fim...até ao fim...

Os meses passaram e o coração de Draco Malfoy foi ficando mais e mais amargurado, até que ele não mais sorria. Vivia como um fantasma, preso num momento, numa lembrança. A sua mente não parava de gritar vingança, enquanto que o seu coração murchava, chorando lagrimas negras, tão negras como a noite que passará a habitar a sua alma. Todas as mudanças que ela havia produzido, toda a luz e calor que ela lhe trouxera, a muito que haviam partido, e apenas o ódio, o rancor, a dor e a vingança a recordavam. Ele era agora a tenebrosa sombra do que fora, mais negro do que alguém sonhara, mais negro do que qualquer um desejaria. Se no passado ele a seguira para a luz, como uma borboleta atraída pela chama, agora ele se afastava de tudo o que ela representava. Os alunos notaram a sua mudança, de tal maneira que se afastavam dele, temendo-o como se teme uma doença mortal. Ele era a peste e ódio, ele trazia a vingança no seu sangue e a morte era o ar que ele respirava. Mais do que nunca ele fazia jus há fama dos Malfoys.

My mouth was a crib and it was growing lies

Minha boca era uma manjedoura e cresciam mentiras

I didn't know what love was on that day

Eu não sabia o que era o amor naquele dia

my heart's a tiny blood clot

Meu coração um minúsculo coágulo sangrento

I picked at it

Eu escolhi isso

It never heals it never goes away

Nunca cura nunca vai embora

'Draco!

O chamamento tirou-a dos pensamentos em que se fechara e foram olhos vazios que encararam o mestre de poções

'Sim, Professor?

A voz era gelada, os olhos vazios...a cara sem expressão. Severus Snape sentiu um arrepio subir pela sua espinha, enquanto que uma sensação de vomito tomava lugar na sua boca. O que acontecera aquela criança, o que se passara para lhe tirar toda a humanidade. Se meses atras ele vira dor nos seus olhos, agora ele não via nada.

'Draco já sabe o que pretende fazer da sua vida? O ano acaba em uma semana, e mesmo não sendo oficial, posso lhe dizer que tem O's suficientes pra seguir o que quiser.

'...

'Draco, fiz-lhe uma pergunta. Não tolero mal educação nem mesmo da minha casa.

'O meu destino está já decidido, não me compete a mim escolher nada. O meu pai decidirá o que é melhor para mim.

O mestre de poções controlou-se para não deixar o seu espanto transparecer. Aquilo que estava á sua frente não era humano, não era o Draco Malfoy que conhecera. Era algo sem vida, a sua voz fria em momento algum deixou transparecer algo, parecia que matará todo os sentimentos dentro de si. O uso da Legismência foi imediato. Havia muita coisa em jogo para que ele podesse exitar. Pelo bem de todos, precisava saber o que passava pela mente do jovem á sua frente. Deixou-se pairar na mente do seu aluno, não querendo mergulhar nela numa tentativa de proteger a privacidade do loiro, mas não via nada. Dentro da mente de Draco Malfoy tudo eram trevas, trevas que o puxavam e o engoliam, trevas que o atraiam e que o chamavam. Merlin o que era aquilo! E com um puxão mais forte, saio da mente do jovem Malfoy, ficando a contorcer-se no chão como que atingido pela mais dolorosa das maldições, sentindo a marca negra no seu antebraço latejar.

'Professor, o meu destino está traçado, a minha vida foi dada á causa. Não interfira.

Draco Malfoy deixou a sala de poções, sentindo que deixara o Mestre de Poções com mais perguntas que antes, mas não fazia tenções de as responder.

I burned all the good things in The Eden Eye

Eu queimei todas as coisas boas no Jardim do Éden

we were too dumb to run too dead to die

Nos fomos muito idiotas para fugir, muito mortos para morrer

I burned all the good things in The Eden Eye

Eu queimei todas as coisas boas no Jardim do Éden

we were too dumb to run too dead to die

Nos fomos muito idiotas para fugir, muito mortos para morrer

Draco saiu das masmorras, decidido a respirar um pouco de ar puro, deixar o seus pensamentos voarem em paz, numa tentativa de por um momento ter descanso para a sua alma agonizante. Sem perceber viu-se de frente da mesma sala que teimava em evitar desde há meses, a sala que fora testemunha do inicio da sua perdição. Mesmo querendo sair dali, evitar as memórias não tão recentes, Draco forçou-se a entrar, obrigou-se a sentir a dor.

A porta fechou-se atras de si com um estrondo. Os seus olhos vaguearam pela sala, demorando-se na pulseira largada a um canto. Não a pegou, temia que o queimasse como fogo. Uma fina camada de pó acumulava-se no moveis, deixando claro que ninguém entrava ali fazia tempo...ela não voltara. Aquele pensamento doeu-lhe, queria que ela sentisse saudades, que fosse aquela sala todos os dias e chorasse o que fora e já não era...que morresse como ele morrera.

Andou até há janela, sentado-se na bancada, sentindo o quão fácil seria se lançar para o nada e finalmente descansar daquela dor insuportável. Sentiu o vento na cara, a doce brisa que o chamava... Porque não se lançar de lá do alto? De que valia estar ali, vivendo uma semi-vida, não a tendo, não a querendo, mas ainda assim amando-a!

This was never my world

Este nunca foi o meu mundo

you took the angel away

Você tirou o anjo de mim

I'd kill myself to make everybody pay

Eu me mataria para fazer todos pagarem

This was never my world

Este nunca foi o meu mundo

you took the angel away

Você tirou o anjo de mim

I'd kill myself to make everybody pay

Eu me mataria para fazer todos pagarem

Draco já saia da janela quando uma mancha ruiva prendeu o seu olhar. Lá perto do lago estavam o maldito trio grifinório ...e ela. Viu-a correr sendo perseguida pelo menino-de-ouro. Viu-a rir e desejou que aquele riso fosse dele. Viu-a dançar á volta do seu rival, não se deixando apanhar, provocando-o e sentiu o ciúme picar no seu peito. E quando ela caiu com ele por cima desejou poder desviar o olhar e não ver o beijo que se adivinhava, porque ver os lábios que ele amara serem tocados por outro era mais do que podia aguentar. Saiu da janela, não chegando a ver o beijo que a menina rejeitava. Não chegando a ver como os olhos dela se fixavam na janela onde ele antes estivera...não chegando a vê-la fugir dos braços do moreno.

Bateu a porta com força, como se assim podesse expulsar as memórias que lhe invadiam a mente, o espirito e o coração. Aquele amor que antes sentira transformara-se numa obsessão. Odiava e amava na mesma quantidade. E se por uma lado a queria por outro nunca a aceitaria de volta. E lamentou o que podia ter sido de se ela não o tivesse deixado, lamentou pelo destino que não aconteceria e odiou-a ainda mais, pelas lagrimas que o fizera derramar, pelos sorrisos que lhe roubara. Porque são aqueles que mais amamos que mais nos podem magoar. E um coração magoado é o mais terrível inimigo, pois a única maneira de ser acalmado é através do sangue.

I would have told her then

Eu lhe teria dito então

she was the only thing

Ela foi a única coisa

that I could love in this dying world

Que eu poderia amar neste mundo moribundo

But the simple word "love" itself

Mas a simples palavra "amor" em si própria

Already died and went away

Já morreu e foi embora

A semana passou correndo, demasiado rápida para uns, demasiado lenta para outros. As alunas falavam dos vestidos que iam levar ao baile, os rapazes suspiravam a olhar para elas, tomando coragem para as convidar. Uma classe se formaria e naqueles tempos era algo tão raro que tinha que ser comemorado com força total. Quem saberia por quanto tempo Hogwarts seria um sitio seguro! Mais do que isso, Harry Potter ieia se formar. O salvador do mundo bruxo, o menino-que-sobreviveu era agora um homem adulto, plenamente treinado e poderia finalmente fazer frente ao Lord Negro em pé de igualdade. Coisas boas se adivinhavam no horizonte.

'Draco você vai comigo ao baile, neh?

'Não.

'Como não? Você vai com quem? Me diz, quem Draki. Eu vou, eu..eu...

'Você nada. Cala a boca.

This was never my world

Este nunca foi o meu mundo

you took the angel away

Você tirou o anjo de mim

I'd kill myself to make everybody pay

Eu me mataria para fazer todos pagarem

This was never my world

Este nunca foi o meu mundo

you took the angel away

Você tirou o anjo de mim

I'd kill myself to make everybody pay

Eu me mataria para fazer todos pagarem

Era a noite do baile e a escola parecia mais do que nunca uma miragem para jovens estudantes, para os jovens adultos. Era o fim de mais um ano e uns partiam, outros voltariam. McGonagall olhava para os seus alunos, sabendo que acabava ali um ciclo. Iriam partir daquele castelo e entrar num mundo em guerra, um mundo onde o bem e o mal estavam ao virar de cada esquina e que para muitos não havia escolhas a fazer. O seu olhar parou em Harry Potter que conversava animado com os seus colegas. Ele não teria escolha, nunca a teve. Lutaria, daria o seu sangue pela causa sem saber se no final iria sobreviver. Lutaria para garantir que todos teriam um amanha e, infelizmente, lutaria para ver muitos dos seus amigos não verem esse amanha. Deixou os seus olhos bailarem naquelas caras, rezando para que podessem lutar, para que vivessem. Ronald Weasley, Hermione Granger, e tantos outros… O seu olhar parou novamente, fixando outros rostos, outros nomes, Pansy Parkison, Gregory Goyle, Vincente Crabble, alunos que cresceram antes do tempo e para quem não havia também escolha...

Recolheu as suas coisas numa única mala, não iria levar muito, apenas o essencial. Algumas cartas, alguns apontamentos, roupa, dinheiro...não queria mais, não iria precisar do resto. Podia comprar tudo de novo, coisas novas e melhores, essas pertenciam a outra pessoa. Foi ao escolher que livros queria que uma fotografia caiu no chão. Os seus dedos seguraram-na, acariciando o rosto feminino. Nela uma jovem sorria, um sorriso brilhante, enquanto acariciava as pétalas de uma rosa vermelha. E foi quando num pulo se atirou nos braços do jovem loiro, que a foto fora tirada, imortalizando para sempre aquela cena. Eram tão tolos, tão apaixonados.

O momento perdeu-se, e guardando a foto no mesmo livro, permitiu-se guardar ambos, num testemunho de algo belo que mais tarde iria sofrer ao recordar. Mala feita, vestiu a capa e segurando a vassoura, deu um ultimo olhar ao dormitório, para de seguida fechar a porta atras de si.

Deixou rapidamente o castelo para trás, percorrendo o jardim em passos rápidos. Queria se afastar o mais rápido possível antes que notassem a sua ausência na festa e partir de vassoura no meio do jardim principal não era propriamente chamado de discrição.

'Draco!

O seu corpo enrijeceu ao ouvir aquela vos.

'Espera, por favor me oiça.

'Não há nada para falar. Eu e você não somos nada, não há nada que eu queira ouvir da

sua boca e nada pode mudar isso.

'...Me perdoa.

O loiro engoliu em seco, sentindo como ainda agora ela podia mudar o seu mundo. Sentindo que ela era parte dele, que tinha o poder de o fazer rir e de o destruir. Mas as feridas eram demasiado profundas, demasiado antigas. O tempo passara e fizera-as arder, queimando-o, fizera com que fosse impossível esquecer.

'Eu tinha medo Draco, tive medo do que sentia.

Virando-se com rapidez, mostrando reflexos dignos de um felino, deixou que ela visse os seus olhos, que visse a raiva dele e a dor, as lagrimas que nunca apareceriam nem cairiam, que visse as trevas que escureciam o cinza dos olhos, tornando-os quase pretos.

'E eu não! Alguma vês passou por essa cabeçinha de merda que eu também podia ter medo? Passou! Me responda, porra. Você quer falar? Tão fala, vamos ter a conversinha dos casais separados, até fica mais barato sem ter que ir no psicanalista.

'Draco não fala assim. Você não é assim. Você não é o que mostr...

'Uma porra que eu não sou. Eu sou exactamente assim, um filho da puta cruel, um papão. Devia ter cuidado ou o lobo mau vai papar o capuchinho vermelho.

Uma lagrima escorregou na face pálida da jovem.

'Draco por favor me escuta, só hoje, me escuta.

'É suposto eu ter pena de você? Te dar um lencinho e te abraçar? Não me confunda com o Potter, se bem que eu também banquei o babaca nessa historia. O que você tem de tão importante para falar? Você já falou tudo o que eu tinha para ouvir. Não lembra meu bem? Foi algo como: eu amo outro. Ou seria: acabou? Hum, memória ruim. A verdade doi linda? É duro quando nos atiram a verdade para os olhos.

"Quase tão duro como foi para mim ouvir da sua boca que você amava o Potter."

'Draco, eu sei o que falei, mas por favor, me deixa explicar, me deixa falar. Eu sei que magoei você, sei que devia ter te falado antes, mas por favor, se algum dia você me amou, me ouve agora. Não precisa falar, só me oiça.

O loiro não falou nada, limitou-se a cruzar os braços e a arquear as sobrancelhas, num claro gesto de: Fala Logo, Porra.

'Eu amava você, muito. Esse amor era diferente do que o que seu sentia antes pelo Harry. Esse era doce e suave, como um amor de verão, um amor impossível, um amor de criança. Mas ai veio você e eu me perdi. Quando você me olhou eu deixei de pensar, só queria tar com você, só queria tar nos seus braços e ficar sempre ali, quente e protegida. Eu me sentia em casa quando você me abraçava. Oh, Draco, acredita nisso, eu amava você tanto que magoava. Magoava não poder falar para ninguém. Era bom no inicio, um segredo só nosso, mas depois eu queria falar para todos, tirar aquela Pansy da sua cola, gritar que você era meu...e eu não podia. Você dizia que tinha que ser assim, seu pai, a escola... eu pensei que entendia. Mas depois bateu o medo. E se você só me tivesse usando, se todo esse amor fosse falso? Me entende, eu tinha medo. Eu amava tanto você que tinha medo de que todo aquele amor fosse falso. Ai, o Harry sorria para mim, não tinha medo de ser visto ao pé de mim, e eu me baralhei. Eu...

'Você me traiu. Me traiu como o Potter sabendo perfeitamente que ele era o ultimo com quem você me podia trair.

'Nunca, nunca. Eu não te trai! Eu pensei que o amava, pensei que ele era o príncipe que vinha montando num cavalo branco. Eu não sou perfeita, você me pós num altar e nunca pensou que eu podia cair de lá.

'Agora a culpa é minha. Claro. Se é tudo, eu vou indo.

'Idiota!

A jovem se lançou contra o peito do loiro, golpeando-o com punhos serrados. Chorando enquanto o fazia, querendo-o abraçar, mas não podendo.

'Você não lutou por mim, não levantou um único dedo. Não me falou fica. Você me deixou ir. Eu queria que você tivesse gritado, me segurado...mas você não fez isso. E todos esses meses não ouve uma única vez que eu não pensasse em nos, que não sonhasse com os seus beijos. Eu fui uma tola Draco, uma medrosa. Eu não amo o Harry, nunca amei. Por isso eu não deixava ele chegar perto, ele só podia limpar as lagrimas que eu derramava por você. Eu te amo Draco. TE AMO. Agora e sempre, porque nem a morte pode mudar isso.

Os braços percorreram a cintura dela, puxando-a contra si, afundando o rosto nos cabelos macios dela, sentiu-a chorar de encontro ao seu peito. Ficaram ali no que parecia serem séculos, ate que ele afastou-a dele. Os cinzentos encararam os castanhos avermelhados das lagrimas. Os dedos acariciaram o rosto, como que memorizando cada traço dele. E numa vos bem baixa, cantou junto do ouvido dela:

'I didn't mean it when I said /I didn't love you so / I should have held on tight /I never should have let you go / I didn't know nothing / I was stupid, I was foolish / I was lying to myself / I couldn't have fathomed / I would ever be without your love.

'Draco, eu te amo.

'Chiuu, so ouve... When you left I lost a part of me / It's still so hard to believe.

E, afastando a boca do ouvido dela, olhou bem fundo nos olhos dela.

'Amo você.

O sorriso que nasceu nos lábios dela, foi esmagado pelos lábios dele. O beijo foi intenso, selvagem ate. Eram duas línguas que se procuravam com violência, num embate de língua e dentes. Dois amantes que se agarravam um ao outro como se a sua vida dependesse disso. Um amor negado que se libertava.

Draco, sem quebrar o beijo, retirou a varinha das suas costas, fazendo um encantamento de chuva, fazendo com que naquele pedaço do jardim chovesse. Sabia que ela ia entender, sempre entendia. E mergulhou nos lábios dela de novo, agora de maneira mais lenta, mais terna, uma despedida...

Afastou-se dela.

'Eu amo você e esse amor dói em mim. Mas o que foi não pode voltar a ser, você devia saber isso. Você me fez sofrer, me fez ter vergonha desse amor. Me deu a luz e me lançou nas trevas, e por isso eu te odeio. Amei tanto você, que esse amor se transformou em odeio. Eu sonhei demais, sonhei que podia ser feliz em você e a sua partida me fez recordar quem eu sou. O show tem que continuar pequena. Amo você, você é a minha vida, a minha alma. E nunca eu vou te esquecer. Em cada segundo que passar, você vai tar no meu coração. Te amo Ginevra. Adeus Ruivinha.

'Draco?

Ela encarava-o confusa, não entendendo o significado daquelas palavras. Lagrimas nascendo nos olhos novamente, não querendo acreditar que o ia perder de novo. A chuva não parava de cair, molhando-os a ambos.

'Avada Kedrava.

O corpo caio no chão, olhos abertos de alguém que encara a morte de frente. Draco, deixou-se cair aos pés dela, tocando os cabelos ruivos, beijando os lábios agora sem vida. E deixou-se ficar ali, no chão, abraçado a um amor sem vida. A chuva ainda caindo sobre ambos.

Quando horas mais tarde encontraram o corpo da jovem aluna, a chuva ainda caia sobre ela, e em cima dela, uma única rosa vermelha repousava.

I burned all the good things in The Eden Eye

Eu queimei todas as coisas boas no Jardim do Éden

we were too dumb to run too dead to die

Nos fomos muito idiotas para fugir, muito mortos para morrer

I burned all the good things in The Eden Eye

Eu queimei todas as coisas boas no Jardim do Éden

we were too dumb to run too dead to die

Nos fomos muito idiotas para fugir, muito mortos para morrer

N/A: Ok pessoal, eu demorei muitooo, eu sei mas a inspiração não vinha. Eu imaginei muito o final desta fic mas não o conseguia por no papel, hoje saio mas mesmo assim não tá como eu imaginei / Anyway, finalmente acabei a fic, espero que tenham gostado do final, para mim não podia ser de outra maneira. Respondendo ás perguntas: era claro que era a Gina, só podia ser ela. Ok, em relação ao Draco é complicado, eu queria um Draco muito parecido ao dos livros e acho que o consegui, ao menos eu amo este Draco. Ela ama a gina, que nãofica essa duvida, simplesmente o amor dele é o de uma criança mimada, é obcessivo e até violento. Se ela não se tivesse afastado eles teriam ficado juntos, ele ajudava a ordem e bla bla bla. Mas o amor que ele tinha por ela virou odio, odio por a amar, por ela o fazer sofrer. E...não vou falar mais, vocês lerem e interpretem como quiserem. Se quiserem comentar o final, o que eu adorava, é so comentarem ou mandarem um mail Fazem um autora feliz.

A musica principal é Coma Black de Marilyn Manson e a que ele canta é We Belong Together de Mariah Carey.

Capitulo dedicado a todos os que seguiram a fic e que me chatearam muito, lol, especialmente á Ré Viu netinha, capitulo para você. Ok, e agora quero agradecer: Mandy , Belle, Louise Black, Anna-Malfoy, Rute Riddle, Kika Felton-87, Gabi Malfoy, janegranger, Sarah Diggory Malfoy, mione03, Fefs Malfoy, Sesshoumaru,youkai e Snake.