Amor e ódio?
Por Kamui
III
Ao chegar na escola quase sem fôlego, foi àquela confusão, muitos querendo saber o que havia acontecido, se estava melhor. Mas foi Carol que me chamou a atenção para uma garota que timidamente se reservava em um canto do pátio da escola
Nossos olhares se cruzaram, ela rapidamente olhos para seus sapatos, desviando o nosso olhar, tal olhar teve um efeito rápido acelerando o meu batimento cardíaco, era a garota do hospital.
-Ei garoto se agita, vai conversar com a mina! - Carol me empurra em direção da garota, e rapidamente desaparece me deixando em uma situação de total constragimento.
Solto um ¨OI¨ totalmente sem graça.
-Oi...- foi a resposta dela que no momento também se encontrava constrangida mas mantendo seu olhar para seus pés que agora pareciam mais agitados- Você está melhor?
-Sim bem melhor, talvez até melhor que antes, por acaso você é a garota que vi no hospital?
-Sou sim - mais ruborizada pela confissão, a agitação dos pés subiram para as mãos, mas como num estalo ela me olha e pergunta- Você não se lembra de mim?
-Sim do hospital...
-Antes disso não? - me pergunta olhando em meus olhos
-Não...- mas nem termino de dizer sinto um abraço apertado me envolvendo, o perfume levemente doce me invade, sinto o calor de seu corpo me invadindo o meu, sinto leves tremores de seu corpo e percebo que ela está chorando.
-Obrigada! - sussura ela entre as lágrimas
-O que fiz?- percebo que meus braços já a envolvem e a aperto para mim, como se ela fosse sempre minha.
-No dia em que aqueles garotos lhe bateram, lembra da garota...
-Era você! - a interrompi soltando do seu corpo e olhando direto para seus olhos, tal confissão me espantado.
-Sim...- e disparou pelo pátio.
Sem me dar tempo de lhe responder que foi a primeira vez que fiquei agradecido por ter protegido alguém. E que esse alguém fosse ela.
Vejo a partir em disparada pelo pátio, tento ir atrás dela mas uma sensação de ter alguém me vigiando agora me incomoda, sinto a presença forte de alguém ou algo que me dá arrepios, olhos em volta do pátio e nada vejo, saio dali em caminho da sala.
Mal sabia que a presença se tornaria constante, ao sair do pátio, logo atrás de um pilar lá se encontrava ele com um sorriso frio e um olhar de ódio, sai um rapaz magro muito pálido acentuando mais seu dourado cabelos.
