Título: Descending of Dark
Ficwriter: Kaline Bogard
Classificação: yaoi
Pares: YohjixKen, AyaxOmi
Resumo: Mais uma vez os gatinhos se deparam com o perigo. Será o sobrenatural ou coisa pior?
Descending of Dark
Kaline Bogard
Capítulo IV
Perigo!
Num instante o clima entre os três ficou estranho. O yakuza não gostou da insolência de Yohji, e demonstrou não apenas com a expressão contrafeita, mas com a declaração que fez a seguir.
(Takezo) Você fede a tira...
(Yohji) O que?!
O loiro ficou surpreso pela ótima percepção do japonês. Ele não era policial, mas o chute raspara na trave...
(Leigh surpresa) Takezo... eu...
(Takezo) Leigh, você é nova por aqui, mas devia conhecer as regras.
(Leigh) Qual é, cara? Ele é de confiança.
(Takezo) Vamos ver. Vou adorar aplicar o teste nesse loiro.
(Yohji) He. E eu vou adorar passar nele.
(Leigh)...
Olhou de lado para o playboy. Com certeza ele era muito atrevido. Não poderia ser nunca um policial.
Takezo torceu os lábios e fez um sinal com a cabeça.
(Takezo) Venha comigo. Veremos do que é feito.
(Leigh preocupada) Boa sorte, Yohji.
O ex-detetive lançou-lhe uma piscadinha marota e deu de ombros.
(Yohji) Obrigado. Mas saiba que 'sorte' é meu sobrenome.
Sem perder mais tempo o Weiss seguiu Takezo em direção a uma outra portinha que ficava escondida atrás de umas caixas de papelão.
Saíram em uma sala menor, com iluminação precária, sem janelas ou saídas de ar.
Ali dentro estavam mais duas pessoas: uma garota japonesa e um rapaz de descendência duvidosa. Parecia ser americano, mas o playboy não podia afirmar com certeza.
(Takezo) Vocês três são os recrutas dessa noite. Querem ser iniciados em nossa doutrina, mas estarão preparados?
Observou os três em silêncio. Logo a porta se abriu e um outro japonês entrou na salinha. Trazia nas mãos três mantos negros de seda.
(Takezo) Muito bem.
Pegou os mantos da mão do outro e estendeu um para cada recruta.
Yohji aceitou o seu franzindo as sobrancelhas. Teria que vestir aquilo?
(Takezo) Coloquem por cima das roupas mesmo. Eu vou realizar a cerimônia de batismo, porque nosso líder está impossibilitado de executá-la.
(Yohji)...
O Weiss deduziu que o tal líder deveria ter ido recepcionar Aya.
(Takezo) O que estão esperando? Vistam logo!!
O loiro e os outros não perderam mais tempo. Colocaram os mantos negros, muito semelhantes aos usados pelos antigos druidas, inclusive com gorros na parte das costas.
O yakuza balançou a cabeça em assentimento e depois se dirigiu para a porta que levava de volta ao grande galpão.
Ao voltar para lá, os recrutas perceberam meio surpreendidos que fora improvisado uma espécie de palco, no meio do salão, e sobre o palco colocaram uma mesa cumprida onde um rapaz parecia dormir.
Yohji e os outros dois foram posicionados a esquerda do 'altar' enquanto Takezo ficava atrás.
(Takezo) Boa noite, jovens darkers.
Todos os presentes responderam ao cumprimento em alto e bom som.
(Takezo) Hoje é a noite do batismo de fogo. Estamos abrindo os braços para receber três novos irmãos, e temos preparado para isso nosso darker mais prestativo.
Apontou para o jovem que dormia sobre a mesa.
(Takezo) Esse corajoso darker se ofereceu para servir de guia aos novos companheiros.
Uma salva de palmas e vários 'vivas' encheram o local. Yohji estava muito atento ao que acontecia.
O yakuza respirou fundo e fechou os olhos, iniciando uma espécie de oração decorada anteriormente.
(Takezo) Grant me courage to pray for ten gods of fire and darkness, for pain and tears, for blue afraid and FREEDOM!!
Takezo ergueu os braços ao fim da prece fervorosa e como um passe de mágica um longo punhal surgiu em suas mãos.
Yohji franziu as sobrancelhas não gostando nada do rumo que aquilo tomava. Mais surpreso ficou quando Takezo fixou os olhos no jovem adormecido e sorriu de lado.
(Takezo) I grant you the peace in the black kiss for a new begin!! (1)
A pronúncia de Takezo era um tanto carregada com o sotaque japonês, mas ainda assim perfeitamente inteligível.
Um murmúrio preencheu o salão. Todos os darkers pareciam orar a algum tipo de deus para o sacrifício que estava prestes a acontecer.
As vozes iam se elevando, elevando, causando arrepios no Weiss, até chegar a um ápice, quando os integrantes da seita estavam quase aos gritos.
Takezo estreitou os olhos e moveu o punhal até a garganta do rapaz adormecido onde fez um corte profundo e mortal, abrindo a artéria carótida.
(Yohji) !!
O loiro torceu os lábios, sem poder reagir aquilo. Se tentasse impedir, estragaria seu disfarce, e não podia se dar a esse luxo, pois então sua própria vida não valeria um iene furado...
As vozes começaram a diminuir, diminuir até que quase restasse apenas o silêncio.
Takezo respirou fundo por um segundo. Depois usou o punhal ensangüentado para abrir um corte no lado esquerdo do peito do rapaz que agonizava.
E diante do assombro dos três recrutas retirou-lhe o coração, pulsante e quente, banhado em sangue.
(Takezo) A hora do batismo de fogo.
Virou-se para Yohji e os outros dois.
A jovem japonesa voltou os olhos para o playboy. Yohji pode ver que estavam arregalados de medo e súbito desespero. O próprio Weiss sentia o coração bater mais rápido, só de tentar imaginar o que aquele sádico do Takezo poderia querer fazer com o órgão retirado do jovem darker.
Takezo avançou alguns passos e parou em frente a japonesa que suava frio. Esticou o coração em direção a ela e pronunciou com a voz grave.
(Takezo) Coma.
A garota revirou os olhos e caiu desmaiada aos pés do darker.
Takezo analisou-a por um segundo. Suspirando voltou-se para Yohji. Esticou o braço na direção dele e repetiu a mesma palavra indiferente, porém grave.
(Takezo) Coma.
Yohji piscou e empalideceu. Observou bem o coração pulsante na mão de Takezo.
O órgão estava tão próximo ao seu rosto que o ex-detetive podia sentir o cheiro agridoce do sangue lhe intoxicando as narinas.
Fez uma tentativa suprema de manter o disfarce a todo custo. Entreabriu os lábios, mas imediatamente os fechou, segurando uma onda de náusea que o assolou. Seu estomago revirou revoltado ao simples pensamento de levar aquele pedaço de ser humano a boca.
Yohji cobriu os lábios com as mãos e deu um passo para trás. O disfarce que se danasse, ele que não ia comer o coração de um garoto que fora assassinado diante dos seus olhos.
Takezo manteve os olhos fixos sobre o playboy por alguns instantes. Notou que o loiro não faria mesmo a prova, assim como a garota japonesa.
Então o Yakuza voltou-se para o terceiro recruta e estendeu-lhe o coração.
(Takezo) Coma.
O rapaz sorriu de maneira maléfica. Pegou o órgão e primeiro deu-lhe uma longa lambida.
Yohji arregalou os olhos de jade ao ver a cena inusitada.
Quando o cara mordeu o órgão, o ex-detetive apertou as mãos sobre os lábios, já sentindo um gosto amargo que lhe subiu pela garganta. Voltou as costas para aquilo e apertou os olhos. Aquele moleque tinha mesmo muita coragem.
(Takezo) Está feito. Encerro o batismo de fogo a que nossos recrutas foram expostos. Vocês já sabem o resultado, não é?
Todos do salão responderam com um grito unânime.
O Weiss virou-se lentamente, tirando as mãos do rosto e analisando sua situação. Se fosse ágil o bastante poderia tomar o punhal das mãos de Takezo e usá-lo como arma. Havia ainda a japonesa desmaiada. Bem que o playboy gostaria de socorrê-la.
Takezo abriu os braços e obedecendo um sinal três darkers usando máscaras negras subiram no improvisado altar munidos de canivetes.
(Takezo sorrindo) Quem não recebe o batismo deve pagar o preço pelo fracasso. E o valor cobrado é alto: a própria vida.
(Yohji) !!
Naquele instante o Weiss teve que se segurar para não soltar um palavrão, pois Aya ligou os transmissores, causando um susto com o zumbido agudo que lhe ecoou no ouvido.
Foi a custo que manteve-se impassível.
Definitivamente as coisas haviam se complicado. Antes que fizesse algo percebeu que os devotos se inclinavam numa reverência absolutamente respeitosa, e logo murmúrios se fizeram ouvir por todo o galpão.
O playboy olhou para trás e não soube se ria ou se chorava. Um japonês muito alto, de cabelos negríssimos subia ao 'altar' e era seguido de perto pelo Weiss ruivo.
Aya foi levado para um dos bairros mais barra-pesada de Tokyo, o distrito de Shinjuku.
O local era dominado pela máfia chinesa, porém mais recentemente conflitos entre máfias lançaram o bairro a mais completa confusão e violência. Disputas pelo poder ocorriam todos os dias e a conseqüência disso era um banho de sangue sem precedência.
De um lado estavam os japoneses. Do outro os ucranianos. E entre eles, lutando com todas as forças pela liderança permaneciam os chineses.
O espadachim se mantinha em silêncio, sentado entre Yuko e um dos guarda-costas.
O pobre yakuza tentara puxar conversa uma ou duas vezes mas desistira diante das secadas indiferentes que recebera do passageiro ruivo. Agora permanecia retorcendo as mãos de maneira nervosa, tentando ganhar algum tempo, mesmo sabendo que seria inútil.
(Yuko) Chegamos.
(Aya) Eu sei.
(Yuko)...
Desistiu de vez.
Entrementes, o ruivo percebeu que desciam em frente a redação de um jornal de circulação mediana. Então ali era a base de operações do misterioso líder dos darkers? Engenhoso.
Silenciosamente o Weiss foi conduzido para o interior do prédio. Depois apenas Yuko e ele tomaram o elevador e se dirigiram ao último andar.
(Yuko) Hamagata mora aqui.
(Aya) Contenção de despesas?
(Yuko)...
O yakuza empalideceu muito e desviou os olhos.
Aya ficou satisfeito por que finalmente descobrira a porcaria do nome do yakuza que controlava os darkers. Então o fulano se chamava Hamagata...
Sem nenhum outro comentário alcançaram a cobertura.
Yuko bateu na porta e entrou sem aguardar resposta de quem quer que estivesse do outro lado da porta.
Aya observou o local: a cobertura funcionava muito bem como escritório e residência. Logo a entrada havia uma espécie de sala de estar com poltronas azuis, e ao canto uma grande escrivaninha de madeira escura.
Atrás da escrivaninha estava sentado um japonês.
Era visivelmente alto e magro. Possuía cabelos curtos tão negros que pareciam azuis assim como os olhos frios e hostis.
Weiss e yakuza se mediram de alto abaixo, e ambos chegaram a mesma conclusão: estavam diante de um perigoso inimigo.
(Yuko) Senhor Hamagata... este é o senhor Koshiba... eu... eu...
(Hamagata) Saia.
(Yuko) !!
O homenzinho obedeceu sem pensar em retrucar. Finalmente Aya estava sozinho com o alvo de sua missão. Precisava apenas ter certeza do que se tratava tudo aquilo. Esperou que o outro tomasse o fio da conversa.
Primeiro o homem de cabelos negros fez um sinal para Aya, convidando-o a sentar-se na cadeira, frente-a-frente consigo mesmo.
(Hamagata) Koshiba... então você veio... malditos abutres.
(Aya) Hamagata, sabe porque estou aqui.
Começou jogando um verde com o pouco que descobrira e com o muito que deduzira. Queria, com isso, levar o inimigo a acabar se entregando.
Hamagata torceu os lábios e apoiou os cotovelos sobre a escrivaninha, entrelaçando os dedos a frente da face.
(Hamagata) Sim, sim, sim. Conheço sua fama. Sei o real objetivo de sua viagem até aqui, e sei também porque veio as pressas. Aliás, onde está a carta?
Aya tirou o envelope lacrado do bolso e o arremessou em direção a Hamagata.
O outro observou o envelope branco deslizar pela madeira brilhante e depois o afastou para o lado com a mão. Queria mostrar que não se importava com aquele mero 'detalhe', mas Aya podia ver a sombra de preocupação embaçando os olhos azuis.
(Aya) Não vai abrir?
O ruivo ainda sentia o impulso de provocar aquele cara parado ali, mesmo sabendo que não deveria se expor. Mas a verdade é que queria descobrir logo do que se tratava tudo aquilo.
(Hamagata) Não. Só o lacre me basta para saber que meu destino está selado.
(Aya) Hn. Quem brinca com fogo...
Parecia um jogo de gato e rato. O Weiss sentia que tinha Hamagata preso em suas garras, e apenas se divertia um pouco com a presa, antes de ter a misericórdia de aplicar o golpe final.
Também tinha a certeza de que a missão de Koshiba era muito mais que apenas auxiliar Hamagata. Havia algo escondido ali, e tinha a ver com o receio que brilhava nos olhos do yakuza. Mas o que ele podia ter feito de errado que lhe jogasse Koshiba nos calcanhares, farejando seus passos?
Devia ser algo grave, e que ia contra os planos da máfia japonesa, e essa desconfiança dava a Aya a segurança de jogar aquelas meias frases na cara do inimigo.
Hamagata suspirou fundo e levantou-se da cadeira.
(Hamagata) É fácil dizer isso quando se está do outro lado. Não pense que vou facilitar as coisas pra você. Koshiba, quero que venha comigo e veja tudo o que consegui firmar com o meu comando de ferro. Veja quantos ucranianos estão caindo em nossas armações e...
(Aya) Não jogue areia em meus olhos.
(Hamagata) !!
O tom frio das palavras do Weiss fizeram o outro estremecer.
(Aya) Não foi pra isso que vim.
(Hamagata baixinho) Eu sei.
Aya quase não ouviu o sussurro desanimado.
(Aya) Então porque desperdiça meu tempo?
(Hamagata) Lhe mostrarei os fichários mais tarde, está bem? Agora preciso ir ao culto.
(Aya) Hn.
O que diabos eram aqueles fichários? Aya não tinha idéia. Precisaria entrar em contato com Omi o mais rápido possível.
(Hamagata) Está bem. Vista isso.
Abriu um armário embutido na parede branca de onde tirou dois mantos vermelhos.
(Aya) Serei iniciado nessa seita?
O yakuza sorriu de lado.
(Hamagata) Não precisa. Vou apresentar você como meu braço direito, então estará no mesmo nível que eu. Aqueles otários não precisam saber que você é um cobrador da yakuza.
O ruivo não respondeu a provocação. Tirou a blusa que vestia e tratou de colocar o manto vermelho, sabendo-se observado por Hamagata, que se mostrou impressionado pela quantidade e variedade das tatuagens do Weiss. Mal sabia o infeliz que eram todas falsas! Apesar disso o inimigo engolira a isca.
O líder dos darkers analisou a katana do ruivo, sem mostrar nenhum tipo de espanto. Alguns yakuza realmente apreciavam esse tipo de arma.
Depois foi a vez de Hamagata se trocar. Aya viu as tatuagens do líder dos darkers, e sacou que eram em menor quantidade. Aquela era a prova definitiva que o homem de cabelos negros estava muitos níveis abaixo de si na hierarquia da máfia.
(Hamagata) Vamos. Temos recrutas para serem batizados essa noite, e eu recebi informações seguras de que um deles é um espião.
(Aya) !!
O ruivo teve que fazer um esforço sobrenatural para não revelar a surpresa que aquilo lhe causou. Como ele poderia ter tanta certeza de que havia espiões entre eles? E como poderiam ter descoberto sobre Yohji?!
Mantendo a voz perfeitamente controlada, mas endurecendo as feições, o ruivo ainda se permitiu indagar:
(Aya) Então a polícia conseguiu chegar tão longe em seus 'domínios'? Posso saber por que permitiu isso?
(Hamagata) Eu...
(Aya) Talvez seja parte do seu joguinho? Algumas pessoas não vão gostar nem um pouco disso.
(Hamagata) E você entre elas, desgraçado.
(Aya) Eu? Muito pelo contrário. Fico feliz que meta os pés pelas mãos. E você não sabe o quanto...
O ruivo estava sendo sincero naquela afirmação. Era evidente que a máscara de cortesia que Hamagata usava acabara de cair, demonstrando que ele não estava nenhum pouco satisfeito com a visita de Aya.
(Hamagata) Tsc. Ainda vou virar esse jogo.
Aya não respondeu. Fez um sinal com a cabeça, indicando a porta. Precisava manter o controle para que nada desse errado.
Sem esperar mais, o yakuza de cabelos negros abriu a porta e deu passagem para o líder da Weiss. No instante em que Hamagata lhe virou as costas com a intenção de trancar a porta do escritório, Aya moveu a mão em direção a orelha esquerda e ligou o minúsculo comunicador.
A partir de agora os Weiss estavam todos conectados. (2)
oOo
(Takezo) Mestre! Muito nos honra sua presença na cerimônia dessa noite! O que o trás aqui, afastando-o de suas tão importante obrigações?
(Hamagata) O espião.
Aya e Yohji trocaram um olhar, mas não deram mostras de se conhecer.
Todos os presentes observavam a cena em silêncio surpreendente, aguardando explicações para tantas coisas que aconteciam.
(Takezo) Tem a palavra, mestre Hamagata.
O referido deu um passo à frente e correu os olhos por todos os presentes.
(Hamagata) Boa noite, darkers!
Os iniciados responderam em uníssono.
(Hamagata) Todos sabem por que estão aqui. Vocês vieram a mim como crianças perdidas na noite, e eu estendi minhas mãos para guiá-los através da escuridão. Os caminhos negros são difíceis e nos testam a cada momento, no entanto nosso desafio maior são as pessoas que não entendem e não aceitam o que somos!!
Parou o discurso animado e observou a multidão analisando o efeito de suas palavras. Ficou satisfeito com a concordância que cintilava nos olhos daqueles jovens.
(Hamagata) Tolos incrédulos e pretensiosos tentam dia após dia nos destruir e impedir que prossigamos professando nossa fé. Mas essa noite eles passaram de qualquer limite tentando infiltrar um espião entre nós!!
(Aya)...
(Yohji)...
Os Weiss trocaram um novo olhar, mas logo Aya desviava os olhos para as costas de Hamagata.
(Aya baixinho) Pegou isso Bombay?
(Omi) Sim. Também ouvi o nome do líder dos darkers e estou pesquisando sobre ele na Internet. Principalmente nos arquivos da polícia. Qualquer descoberta e eu te informo... só que... como vocês vão sair dessa?!
A resposta saiu direta nos ouvidos de Aya e Yohji através dos comunicadores.
(Yohji baixinho) Estou ferrado...
(Ken) Balinese! Onde diabos vocês estão? Me diga e eu irei imediatamente até aí para ajudar!!
No entanto nenhum dos dois Weiss teve tempo para responder. Hamagata voltou-se para o ruivo e sorriu.
(Hamagata) Quer ver como trato policiais?
(Aya)...
O Weiss preferiu não responder. Estava em dúvida se ajudaria Yohji ou não. Antigamente nem se preocuparia em deixá-lo a própria sorte apenas para poder garantir seu disfarce. Mas agora... agora haviam malditos laços de amizade... tanta coisa acontecera desde que ingressara naquela equipe de assassinos.
(Hamagata) Veja, Koshiba. Esses eram os recrutas da noite: três garotos.
Apontou para Yohji, depois para a japonesa que começava a despertar e se erguia com a ajuda do playboy. Por último apontou para o estrangeiro que passara no teste e ainda mantinha os lábios sujos de sangue.
(Hamagata) Todos conhecemos o teste e sou muito rigoroso com ele. A prova é devorar o coração de um de nossos companheiros.
Enquanto falava Hamagata estendeu a mão na direção de Takezo, e o subordinado lhe entregou uma pequena arma. Tratava-se de uma bereta. Apontou na direção dos três supostos recrutas.
Yohji engoliu em seco, ao se ver na mira da arma pequena porém mortal. O que fazer? O que fazer?! Tinha a japonesa entre os braços, e ela seria alvejada primeiro, sem contar que limitava-lhe os movimentos!
Aya também pensava rápido, tentando achar uma saída que não estragasse seu disfarce mas que ajudasse o companheiro. O que deveria fazer? Porque Omi ou Ken não davam uma idéia adequada?!
Pelo menos enquanto aquele doido continuasse a falar teriam tempo de improvisar algo.
(Hamagata sorrindo) Um coração ainda quente e pulsante... a prova tão fácil e mesmo assim não foi superada, como eu esperava. Fazer o que, não é?
E sem qualquer aviso prévio Hamagata puxou o gatilho.
(Ken desesperado) Balinese!! Está tudo bem? O desgraçado atirou!!
A preocupação do chibi não foi menor.
(Omi) Abyssinian o que aconteceu?
(Aya)...
O ruivo escutou os companheiros preocupados, mas pela primeira vez em muito tempo estava sem palavras diante da cena que seus olhos violetas acompanhavam.
Antes de responder precisava aceitar tudo o que se passava.
Continua...
(1) Montei essas frases a partir de um AMV de Yami no Matsuei que tem uma prece maravilhosa em referência aos descendentes das trevas. Aliás, como já devem ter percebido, foi deste AMV que tirei a idéia para a trama.
(2) Desculpem! Não resisti a essa frase, depois de assistir S.E. Lain pela trilhonesima vez. XD
OBS: que final de capítulo mais estranho! ¬¬ Não soou quase AyaxYohji? Não entendi a preocupação do ruivo, foi só um tirinho de nada. O Hamagata tem mira muito ruim e não vai acertar em nenhum ponto vital do Yohji. Até parece que eu faria isso... u.ú Ainda não sou tão má quanto a Akemi Takatori ou a Suryia in Bad Mode...
Uma perna ou um braço ferido não vai afetar tanto assim o andamento da história.
