Capitulo 8.

-Toma. – ela disse estendendo o braço.

-O que é isso? – ele perguntou.

-Pega. – ela disse jogando para ele.

Um objeto pequeno e feito de ouro voou até ele. Draco pegou.

-O que é isso? – Draco perguntou olhando o objeto sem entender. Entretanto, ele sabia muito bem o que era.

-É a chave do cofre da Hope. – Gina disse. – O cofre onde está o dinheiro que ela supostamente roubou de seu pai.

-Como assim supostamente? – perguntou ele sem entender.

-Supostamente, pois é a versão que te contaram.

Ele a encarou intensamente.

-Eu ainda não estou entendendo... Você está querendo dizer que a Hope não roubou o dinheiro de meu pai? E como você sabe de tudo isso?

-Eu tenho minhas fontes... – ela respondeu, indiferente. – E não, eu não estou negando que Hope roubou a grana do seu pai. Eu só estou dizendo que a versão que você sabe está totalmente errada.

-E qual seria a versão certa? – ele perguntou em tom de desafio.

-Olha, Malfoy, por mim eu te entregaria essa chave sem nem mais uma palavra, mas é em memória a Hope Paltrow que eu vou te explicar tudo. Então seja um bom garoto e ouça calado... – ela fez uma pausa – Hope tinha bons motivos para pegar o dinheiro. Ela não o roubou, ela só tomou de volta o que era seu.

-Como assim? – ele perguntou.

-Ai ai... O seu pai roubou a fortuna da família dela quando os pais dela morreram e ela só pegou o dinheiro dela de volta... – explicou Gina.

Draco parecia não ter acreditado.

-Por que você acha isso, Weasley?

-Porque eu tenho provas, Malfoy.

Ele ficou em silêncio, pensativo. Olhou de Gina para a chave inúmeras vezes.

-O que você quer que eu faça com isso? – ele perguntou, mostrando a chave.

-O que te der na telha... É sua.

-C-como assim é minha?

-Sua... Eu estou te dando.

-Por que você está me dando?

-Porque eu quero! – respondeu Gina impaciente. – Agora dá meia volta e sai fora!

Ele ficou parado.

-O que houve, Malfoy? – perguntou Gina.

-Eu não entendi o que você disse... Chamou meu pai de ladrão?

-Essa não é a pior acusação da qual seu pai já sofreu...

-Eu sei... Não estou defendendo ele, mas que provas você tem?

Gina riu pelo nariz.

-O sobrenome Blott te lembra algo? – respondeu ela.

O rosto de Malfoy se iluminou repentinamente.

-Blott? O que ele disse?

-O que eu acabei de te dizer...

-Onde você o encontrou?

-Não te interessa. Agora ouça, eu não iria fazer isso, não iria contar toda a verdade, mas em memória a sua prima eu estou dizendo. Seu pai roubou o dinheiro dela, ela pegou de volta e ele a matou. Sakou? – disse Gina cansada. – Agora Tchau!

Ele continuou imóvel, mas após uns segundos se mexeu.

-Então... É isso? – ele perguntou.

-É – respondeu Gina.

Ele deu alguns passos, hesitante, em direção a porta e saiu. Gina fechou-a e escorregou por ela até o chão e chorou. Por algum motivo compreensível: Ela se apaixonara por ele. Mas tudo iria voltar ao normal. Ela nunca mais o veria e o esqueceria... Havia uma vida inteira guardada só para ela... Mas ela não estava com vontade de vivê-la. Por alguma razão, não tinha mais motivos para continuar...

Ela se levantou e se deitou no sofá.

-Isso cansa... – disse com a voz fraca.

Ela ficou ali a manhã inteira, imóvel. Tinha certeza de que ninguém a tiraria dali, estava sozinha. Não tinha ninguém para apoiá-la, e quando achou que havia arranjado alguém, esse alguém chegou até ela com um punhal em mãos, para apunhalá-la e arruinar ainda mais a sua vida vazia. O período da manhã acabou e a tarde chegou, e ela ali, pensativa. Não tinha ninguém, não tinha nada. Perdera até a vontade de se levantar... Como ela fora chegar àquele ponto? Como tudo isso acontecera tão depressa – até a traição dele -?

Ela se levantou se sentindo sufocada, e saiu. Iria voltar. Estava indo de volta pra casa... Iria para a Toca.

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim, tão diferente

Vagou lentamente pelas ruas. Sabia que poderia voltar rapidamente para casa, mas ficou examinando Londres por um tempo. As ruas, as pessoas animadas andando por elas. Os casais abraçados, as mães passeando com filhos sorridentes, ou emburrados. Por que ela não podia ser uma daquelas pessoas felizes que passavam bem diante dela?

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre sem saber que pra sempre sempre acaba

Mas não... Tinha que sofrer tanto... Por que não poderia ser alguém normal? Com uma vida normal? E aquela chuva de perguntas invadira seu pensamento novamente... Ela deu uma ultima examinada na cidade e caminhou de cabeça baixa para um beco escuro. E aparatou, para casa...

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem.

Apareceu em frente a uma construção instável de madeira, que parecia estar prestes a desabar a qualquer momento. Do lado da construção havia um chiqueiro e no jardim duas crianças ruivas brincavam com os gnomos.

-Tia Gina! – gritou uma delas ao avistar Gina. – Você finalmente apareceu!

Gina riu abraçando o sobrinho. "É mesmo..." pensou.

-Olá Ruby, não vai falar comigo? – disse para a outra criança.

-Você não veio pro meu aniversário!

Com um baque repentino na cabeça ela lembrou: havia esquecido.

-Ah Ruby, eu não esqueci. – mentiu Gina. – Eu até comprei um presente...

Mentira... Aquele dia ela esquecera completamente. Estava com Draco. Estava com ele na sorveteria... O primeiro encontro deles...

-Sério? – perguntou Ruby sorrindo. – E cadê?

-Eu deixei lá em casa...

-Você esqueceu de mim de novo! – choramingou.

-Não esqueci não eu...

-Gina? – perguntou um rapaz ruivo e alto que apareceu na porta.

-Hm, oi Gui...

-Papai ela está mentindo pra mim! – choramingou Ruby para o pai.

-Não está não. A sua tia estava ocupada quando foi seu aniversário. Ela me entregou seu presente, quer ver? Vem aqui comigo... – disse Gui.

A garota seguiu o pai, contente. O menino olhou para Gina.

-Quer brincar comigo? – ele perguntou.

-De que? – ela respondeu.

-Estou desgnomizando o jardim...

-Ah... Agora não da, eu tenho uma coisa bem importante pra conversar com sua vó. – inventou Gina.

-Ok, tia. – aceitou o garoto. – Fica pra próxima.

Gina sorriu um pouco forçadamente pro sobrinho e adentrou a casa. Cumprimentou todos seus irmãos que estavam lá - Rony, Fred e Jorge – e seus pais.

-Resolveu aparecer? – brincou a mãe.

-Ahh... Eu estava pensando em me mudar de volta... – disse Gina.

-Que bom filha! – exclamou Molly sorrindo. – Mas por que teve essa decisão repentina?

-Ah é que... O aluguel está muito caro e... – ela fez uma pausa. – Eu estava com saudades.

-Ah filha...

-Ah filha! – brincaram Fred, Jorge e Rony em coro.

Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar, agora tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa.

N/a: O q acharam? Estamos chegando ao fim da fic... Axu q vai soh até o cap 10! Reviews plis! Como eu naum axei um jeito de "inserir" o Blaise na história e como axu q a Luna ñ vai dar + o ar d sua graça convidei eles para responder as reviews cap q vem (nessi eu to sem inspiração).

miaka: Ehh... Ela só quer paz... Mas msm longe dl ele não da paz nos pensamentos dla... Gostou do capitulo? Deixa uma review

estrelinha W. M: Vc naum entendeu a história da herança? Ihhh... Lê d novo... hehe.. A Hope escolheu a Gina pq o seu pai era amigo do pai dla e dizia q os Weasleys eram boa gente ai a Hope a escolheu a Gina q eh filha do Sr. Weasley... Ajudei? Tlvz tenha faltado alguma coisa no cap q esclarece as coisas...

Helemental: Hm... Eu nem sei o q houve mas o q eh problemático e naum me enviou seu review por e-mail, mas se eu tivesse recebido eu ia falar d vc... /

Gostou do capitulo? Precisa desenrolar mais alguma coisa?

Então é isso... Ateh!