Capitulo Final.
Gina acordou de manhã bem tarde com um cheiro de café pela casa. Saiu do quarto ainda de camisola e desceu as escadas. Como era bom estar em casa novamente... Adentrou a cozinha bocejando.
-Bom dia. – disse para sua mãe que estava cozinhando.
-Bom dia, filha. – ela disse. – Fiz café só para você... Você sabe, os seus irmãos preferem chá.
-'brigada. – agradeceu ela se sentando para tomar café.
-E as suas malas? Quando vai trazê-las? – perguntou sua mãe.
-Ah... Eu vou trazê-las quando for entregar a chave do apê pro dono... – respondeu Gina.
-Tem pão de queijo... – disse a mãe quando viu que Gina estava procurando algo em cima da mesa.
-'brigada mãe, não precisava... – agradeceu ela novamente.
-Precisava sim, filhinha. – disse sorrindo para a filha.
Estar em casa era algo engraçado. As gracinhas dos irmãos, sua mãe te super-protegendo, os papos cabeças com seu pai (apesar de Gina ainda não ter tido nenhum com seu pai)... Enfim, era bom é claro, mas era engraçado.
-'dia – disse o Sr. Weasley adentrando a sala.
Ele estava com um buquê de flores em mãos e com uma expressão solene.
-Aonde vai, papai? – perguntou Gina.
-Vou visitar o túmulo da filha de um amigo que morreu há muito. Me lembraram que hoje ela estaria fazendo vinte e cinco anos... Morreu muito jovem... – ele respondeu.
-Pai, por acaso essa filha de um amigo se chama Hope Paltrow? – perguntou Gina arqueando a sobrancelha.
-Sim, sim... Como você sabe?
-É uma longa história... Posso ir? Te conto no caminho...
-Ok eu estarei esperando...
Gina bebeu um último gole de café e enfiou um pão de queijo "goela a baixo". Subiu apressadamente e trocou de roupa. Desceu chamou seu pai e os dois foram. Aparataram em um beco no centro de Londres, perto do cemitério. Passaram por aquele pub em que Gina e Mike haviam conversado e finalmente chegaram ao cemitério. E no caminho Gina fora contando tudo ao pai, só omitiu a parte em que namorara Malfoy, mas disse que ele tentou se aproximar dela, como amigo.
-Então você ficou com a herança... E deu ao Malfoy. – disse o pai depois que ela contara tudo. – Eu concordo com a sua atitude, mas se acho que havia alguém que merecia esse dinheiro era o Sr. Blott.
-Agora já era. – disse Gina. – Não estou nem um pouco a fim de ver as fuças de Malfoy...
Mas quando chegaram ao túmulo de Hope, Gina disse para si mesma, baixinho:
-É falar do diabo...
Malfoy estava ali agachado, com um objeto de ouro em mãos.
-O que faz aqui, Malfoy? – perguntou o Sr. Weasley.
-Estou visitando o tumulo da minha prima, não posso? – respondeu ele.
-Pode...
-E você?
-O mesmo que você faz, Malfoy. – respondeu Gina bruscamente.
-Só que vocês não tem nenhum parentesco com ela...
-Mas eu a trataria melhor do que seu pai. – disse o Sr. Weasley. – Não queremos briga, voltaremos depois.
-Já estava de saída. – disse Malfoy.
-Não se incomode. – disse Gina virando os calcanhares.
-Espere Gi... Weasley... Eu preciso falar com você.
-O que você quer? – perguntou o Sr. Weasley.
-Pai, pode ir... Não se preocupe. – disse Gina.
O Sr. Weasley se afastou, hesitante, deixando os dois a sós.
-Diga logo Malfoy.
-Eu ainda não entendo por que me deu essa chave...
-E eu não entendo o porquê de você não ter dado essa chave ao seu pai, até agora. – disse Gina.
-Você não está morando mais lá... – ele disse.
-Ora, você me procurou? Pra que Malfoy? Pra esfregar na minha cara o tanto que você me fez de boba? Não precisa, eu já sei. – disse Gina. Escorregou pelo seu rosto uma lágrima. Lágrima essa não vinda de tristeza, mas sim de raiva.
Malfoy estendeu sua mão até o rosto dela.
-Um dia eu achei que você era aquele que enxugaria as minhas lágrimas. – disse, segurando seu braço. – Hoje é você que as faz cair.
Ele ficou imóvel. Ela deu meia volta e foi embora. Draco se agachou em frente ao tumulo da prima.
-O que eu faço? Não consigo parar de pensar nela... Parece um feitiço, a poção do amor... – ele disse, como se estivesse consultando sua falecida prima.
Não houve resposta, como o esperado. Ele se levantou e saiu de lá. Gina e seu pai se aproximaram do túmulo e alguns minutos depois deixaram o cemitério.
Ela tentou retomar uma vida normal na Toca. Ajudava na limpeza, estudava, ia pro curso a noite e cuidava dos sobrinhos. Parecia uma vida mais pros outros do que pra si mesma, algo que Hermione, que agora namorava Rony, comentou uma noite:
-Gina, você não acha que está vivendo muito pra sua família e pouco para você?
Gina suspirou.
-Melhor viver assim do que ficar sofrendo por um calhorda qualquer... – ela respondeu, rindo amargamente.
Hermione abaixou a cabeça, mas a levantou novamente, com um novo argumento:
-A vida é feita de riscos...
-... e fracassos – completou Gina. – Olha Mione, se eu pudesse eu construiria uma vida para mim, foi o que eu tentei fazer. Mas não dá. Não consigo... – ela fez uma pausa, como se algo estivesse entalado na garganta. – Eu... Parece que eu não consigo viver sem ele! Eu não consigo aceitá-lo de volta, mas eu também não consigo viver sem ele! E de que adianta se eu aceitar? Ele não quer!
-Você já tentou ver se ele quer? – perguntou Hermione.
-Você está sugerindo que eu vá atrás dele? No way! – ela respondeu.
-E se ele quiser?
-Se ele quiser... Talvez eu queira...
-Por que talvez? – perguntou Hermione.
-Depende do jeito que ele quiser voltar...
Hermione suspirou.
-Eu acho... Eu acho que você deveria procurá-lo.
-Eu não vou procurá-lo! Você não faz idéia de quem é ele! – respondeu Gina.
-Quem é ele? – perguntou Hermione.
-Ele é... Ah Mione... ele é... Draco Malfoy!
Hermione ficou paralisada por um instante.
-O que você disse?
-Malfoy, Mione, Malfoy! – ela respondeu.
Gina estava disposta a continuar a conversa, que estava boa, mas Gui, Sr. e o Sra. Weasley adentraram a sala.
-Boa noite! – eles disseram.
-Boa noite... – responderam Hermione e Gina, um pouco desanimadas.
-Que baixo astral, garotas. – comentou a Sra. Weasley.
-Só impressão sua, mamãe. – disse Gina, se levantando da mesa e indo mexer em um caldeirão que estava em cima do fogão. – A janta ta pronta.
-Hmmm... Ta com um cheiro muito bom, maninha. – disse Gui.
-'brigada.
Depois da costumeira e animada janta em família, todos se despediram de Hermione que ia voltar para casa e Gina foi para seu quarto, pensar no que ela lhe dissera. Hermione sempre fora uma pessoa muito sábia com os sentimentos, mas ela não sabia nada sobre como era a situação de Gina. Ninguém sabia. Ninguém poderia ajudá-la. Só ela mesma, que não sabia o que fazer.
Ela remexeu a noite inteira na cama, inquieta e pensativa, e mal conseguiu dormir. Pensar, pensar, pensar... Ás vezes os seres humanos eram demasiado racionais. Ás vezes eles procuravam respostas na cabeça que só eram possíveis de se encontrar no coração.
Ela acordou bem tarde, e ninguém estava em casa. Desceu as escadas, bocejando. Foi tomar o seu café, tranqüilamente quando alguém bateu à porta. Ela se levantou lentamente e atendeu a porta de camisola.
Ele estava lá na soleira da porta, esperando-a nervoso. Quando ela abriu a porta ele tentou conter o nervosismo.
-Hm... Olá... – ele disse, nervoso.
Gina bufou, cansada.
-O que é dessa vez?
-Eu... Eu... – ele tentou arranjar alguma resposta apropriada, mas não encontrou. – Incomodo?
-Não, imagina... – ela respondeu com sarcasmo. – Mas então... Diga, pra que veio?
Ele bateu o pé esquerdo no chão, um ato de nervosismo. Abriu a boca várias vezes, como se fosse começar a falar.
- Eu vim buscar algo meu. – disse finalmente.
-O que é? Notou a falta de algumas moedinhas no cofre em Gringotes? – Gina perguntou, irritada.
-Algo que você roubou... E eu quero que você devolva... – ele disse.
-Ah Malfoy, larga de ser pão-duro! – exclamou Gina impaciente.
-Eu não estou falando de dinheiro! – interrompeu ele nervoso. – Você... Você roubou o meu coração! Eu não consigo parar de pensar em você nem por um segundo. Só de pensar que eu posso ter te perdido para sempre eu fico sufocado. Quando eu penso em tudo o que eu fiz com você a minha consciência pesa, e quando eu fiz isso com outras garotas, nunca havia acontecido isso. Eu quero fazer isso parar!
Os dois ficaram em silêncio.
-O que espera que eu diga? – perguntou Gina. – Eu nem sei o que foi isso...
-Isso o que?
-O que você acabou de dizer... Não sei se foi uma declaração ou uma reclamação...
-Você acha que eu sei? – ele perguntou, nervoso.
O silêncio irrompeu novamente. Nem ela, tampouco ele sabiam o que dizer.
-... Juntos... – começou Gina. – Juntos nós poderemos descobrir...
Ela se aproximou dele lentamente. Ele se curvou para frente e os dois se beijaram por um tempo. Parecia que o tempo havia parado. Mas não. Ainda haviam muitas coisas guardadas para eles. Eles ainda vivenciariam muitos anos juntos pela frente.
Fim.
Agradecimentos:
Td mundo q leu a fic e a acompanhou ;) .. e qm elogiou! Hehe...
Miaka: Vlw pelo coment! Vc foi a única q comentou no capítulo oito ;( buá... Chegou ao fim mas pretendo continuar a escrever DeG's.. Em pensar q eu qria desistir da fic... E agora ela ta aki... no fim. Gostou?
Gostaram?
Por favor mandem reviews! Msm dpois de acabada uma review me estimularia mto a escrever outra DeG e se vcs gostaram vcs vão qrer, ñ é msm?
Eh isso entaum... o/
