Short – fic


Sinopse: Há imensos tipo de presentes. Presentes inéditos, presentes inesperados, e presentes desejados. Todos eles são diferentes, e todos eles são especiais. O que eles significaram na vida de Draco e Ginny?


1º Capitulo

Presente inédito

Virgínia Weasley tinha terminada Hogwarts há menos de um mês, e encontrava-se a trabalhar num pequeno orfanato que ela própria tinha aberto, na tentativa de tomar conta das crianças que perderam os pais na guerra.

Sentou-se na cadeira olhando as crianças que brincavam despreocupadas á sua frente. Sorriu, imaginando que felizmente eles estavam a conseguir sobreviver, mesmo perante a guerra que existia fora daquelas paredes.

Viu uma coruja pousar delicadamente á sua frente, a coruja de seu irmão Ron. Abriu a carta que ela trazia, vendo que mais uma vez as notícias não eram agradáveis. Mais ataques a bruxos e mais vítimas.

Ginny levantou-se e caminhou até Luna e pediu á amiga para tomar conta das crianças, enquanto ela ia a St. Mungus, ver se alguém necessitava dela.

……

Entrou num dos inúmeros quartos sabendo que um Auror se encontrava lá. Temia que fosse alguém da sua família, mas assim que abriu as cortinas brancas rolou os olhos, definitivamente não era um membro da sua família.

Draco Malfoy encontrava-se deitado na cama, com os cabelos loiros sobre a face. A face pálida dele estava mais perfeita do que alguma vez Ginny tinha reparado.

Aproximou-se da cama, certificando-se que ele dormia.

Draco Malfoy. O melhor auror do ministério, ele e Harry têm sido muito importantes nesta guerra. Quem diria, um Malfoy?

Sorriu, elevando a mão involuntariamente de modo a afastar as madeixas loiras dele da face, mas assim que o fez viu o olhar cinza azulado dele sobre si,

"Weasley." – Murmurou apenas vendo a ruiva ficar vermelha.

"Hã…pois….bem, hã…Olá Malfoy, eu acho."

Ele ficou a olhar para a ruiva que se afastava da cama e em seguida tentou em vão sentar-se na cama, de modo a observar melhor a mulher.

"Pára, vais abrir as feridas." – Disse ela caminhando até ele, ajudando-o a sentar-se na cama.

"Posso saber o que fazias aqui Weasley?"

"Sobe do ataque."

"E vieste ver se eu estava bem?" – perguntou com o sorrindo sarcasticamente.

"Não. Vim ver se havia alguma criança que tivesse perdido os pais na guerra."

"Porquê? Deste em adopta-los?"

A ruiva suspirou fundo, sentando-se na cadeira que existia ao lado da cama dele, sobe o olhar espantado do loiro.

"Não, abri um orfanato com a minha amiga Luna." – Explicou ela.

Draco não disse nada, ficou em silêncio observando a pequena ruiva sentada ao pé de si.

"Certo….não dizes nada Malfoy?"

"Porque estavas a mexer no meu cabelo Weasley?"

"Não sei."

"Grande reposta Weasley."

"Ora eu não sei, apeteceu-me afastar as madeixas loiras da sua face."

"Certo Weasley."

"É Ginny."

"O quê?" – perguntou ele olhando incrédulo para a ruiva.

"Meu nome é Ginny. Quer dizer, Virgínia mas todos me chamam de Ginny. Eu gostava que me deixasses de chamar Weasley."

"Tudo bem….Virgínia."

"Ginny!"

"Teu nome é Virgínia, se não queres que te chame de Weasley vou-te chamar de Virgínia."

"Ah, tudo bem Malfoy." – Resmungou ela levantando-se.

"É Draco." – Disse ele para a ruiva, antes de a ver sorrir e em seguida a ver desaparatar.

…..

Dois dias se tinham passado desde o encontro surreal de Ginny com Draco Malfoy, e para seu total espanto ela não conseguia deixar de pensar como tinha sido agradável estar lá com ele.

É claro que não tinham conversado nada de especial, e que tivera lá menos de 10 minutos, mas foi uma das poucas vezes que ela se sentiu bem, protegida, como se ele exercesse algum poder sobre ela.

"Ginny! Ginny….Alô terra chamando Ginny!"

"O que foi Luna?" – perguntou vendo a mão da amiga mover-se freneticamente em frente dos seus olhos.

"Estou aqui a chamar-te há minutos e tu não me ouvias. Tens uma visita!"

"Visita? No orfanato? A esta hora? Quem?"

"Óh, acho que é melhor seres tu própria a veres quem é. Está lá no hall de entrada." – Respondeu e aloira dando de ombros e sentando-se na cadeira.

"Certo." – Murmurou a ruiva levantando-se e saindo da salinha onde as crianças brincavam.

Caminhou pelo estreito corredor e foi obrigada a piscar os olhos na tentativa de conferir se o que via era real.

"Olá Virgínia."

"Malfoy, o que fazes aqui?"

"Primeiro, se eu te chamei de Virgínia era suposto teres-me chamado de Draco."

"Certo…Draco o que fazes aqui?"

"Bem, vim ver teu orfanato. Achei que seria educado da minha parte vir visitar-te, visto teres-me ido visitar no hospital."

"Eu deixei bem claro que não te fui visitar. Eu nem sabia que tu lá estavas, fui ver apenas quem era o auror ferido, pensava que fosse meu irmão."

"Que seja. Eu estou aqui, assim como tu estiveste lá. E depois Virgínia se não me queria ir visitar, porque não foste logo embora quando viste que eu não era teu irmão?"

A ruiva não respondeu, apenas sentiu sua face corar, e viu o loiro sorrir de uma maneira claramente irritante.

"E também vim ver se necessitavas de ajuda com as crianças." - Disse ele aproximando-se dela.

"Não me parece que tenhas grande jeito com…." – Viu o loiro passar por ela e dirigir-se á sala, onde as crianças estavam sentando-se entre elas e pegar num livro de historia. - ……crianças." – Completou meio abobalhada.

Entrou na sala observando os pequenos sentados em roda do loiro, enquanto ele lia a historia.

Ginny sentou-se ao lado de Luna que se encontrava visivelmente chocada, e observou a maneira hilariante de Draco contar historias. Ele fazia caras estranhas, na tentativa de tornar tudo mais real.

Assim que Draco fechou o livro e se levantou a ruiva caminhou até ele e perguntou:

"Mais alguma surpresa?"

"Surpresa?"

"Primeiro um auror, depois vens ao meu orfanato, e em seguida descubro que tens jeito para crianças."

"O que poderei fazer, sou um homem com vários talentos."

"Sei! Mais nenhuma surpresa então? Nem nenhum segredo obscuro que seja capaz de mudar minha vida?"

"Adoro ruivas." – Disse desaparecendo em seguida, deixando Ginny especada no mesmo local durante vários e longos segundos.

…..

E lá estava ele mais uma vez. Já se tinha tornado habito Draco Malfoy aparecer no orfanato duas ou três vezes por semana. As crianças já não viviam sem ele, e de uma maneira estranha Ginny também não.

"O que me dizes de vires jantar comigo?" – Perguntou ele vendo a ruiva vestir no casaco e pegar na mala.

"Suponho que não tens nenhuma companhia agradável para esta noite."

"Porque dizes isso Virgínia?"

"Dizes sempre que tens que te ir encontrar com uma mulher qualquer. Hoje não tens?"

"Tenho. Tu. Então vens ao não?"

"Tudo bem Draco, mas nada de abusos senhor Draco Malfoy."

"Seria incapaz, senhorita Virgínia Weasley." – Disse ele fazendo a ruiva rir, enquanto saia do orfanato.

…..

Batia á porta da mansão pela terceira vez, e finalmente a porta era aberta.

"Devias de ter aparatado."

"Para a próxima faço-o, visto tu teres demorado minutos a abrir a porta."

Draco e Virgínia era aquilo a que se podia chamar de bons amigos. Há quase dois anos que eles se falavam todos os dias, e era algo normal ela ir á mansão dele, depois de sair do orfanato, duas vezes por semana, e de vez em quando ele aparecia no apartamento dela, ou ia ao orfanato.

Sentou-se no sofá da sala dele e viu o loiro sentar-se ao seu lado.

Draco reparou como ela se encontrava visivelmente incomodada com algo.

"O que foi Virgínia?"

"Nada."

"Ora, eu conheço-te, sei que foi algo. Diz lá o que se passou?"

"É que….houve mais um ataque."

"Eu sei. Sou auror, lembras?"

"Lembro, o que não ajuda."

"Mas não ajuda no quê?" – perguntou olhando a ruiva que se encontrava com a cabeça baixa.

Levou uma das mãos ao queixo dela de modo a que a ruiva fixasse seus olhos castanhos nos dele.

"Eu tenho medo. Medo do que pode acontecer. Parece que vivemos num inferno. O orfanato cada vez tem mais crianças, pois os pais morrem nesta guerra monstruosa. E depois meu pai, meus irmãos, meus amigos todos eles estão neste guerra, eu tenho medo que lhe aconteça algo."

"Não lhes vai acontecer nada."

"E tenho medo que te aconteça algo." – Murmurou ela encostando a cabeça no peito dele.

Draco sentiu seu coração falhar uma batida no momento em que as mãos dela se enrolaram no seu pescoço, e a face dela se encostou no seu peito.

Sem dar conta passou com ambos os braços pelos ombros dela, aproximando-a mais de si, sentindo o pequeno corpo dela junto ao seu, e ouvindo os pequenos soluços que ela dava.

"Calma Vi, eu estou aqui. Eu sempre vou estar aqui." – Murmurou passando com as mãos no cabelo ruivo dela.

…..

Acordou sentindo suas costas encostadas a algo diferente. Assim que abriu os olhos viu que se encontrava deitada no sofá de Draco, e que ele dormia abraçado a si, tendo os braços enrolados na cintura da ruiva.

"Draco." – Murmurou na tentativa de o acordar.

Passou com a mão livre no cabelo dele, afastando-o dos olhos do loiro e em seguida voltou a chamá-lo, vendo que daquela vez ele abriu os olhos.

"Bom dia."

"Bom dia, e obrigada."

"Obrigada porquê Vi?"

"Por me teres consolado ontem."

"Ora os amigos servem para isso não é?"

Ela sorriu, murmurando um "sim", e em seguida perguntou divertida:

"Vi?"

"Ora, saiu-me e gostei. Vi de Virgínia."

"Também gostei. Mas agora tenho que ir."

"Eu também tenho, tenho trabalho no ministério hoje, uma reunião de ultima hora, ultra-urgente, ou lá o que era. Logo passo pelo orfanato."

"Certo. Até logo Draco."

"Até Virgínia."

….

Andava de um lado para o outro do hall esperando o loiro. Pela enésima vez ela olhou para o relógio constatando ser tarde. Ele já devia de ter chegada há muito tempo.

"Ginny! Ginny!" – gritou Luna correndo até a amiga.

"O que foi?"

"Acabou Ginny. Acabou." – Respondeu ela abraçando a ruiva.

"O que é que acabou Luna?"

"A guerra. O quem nós sabemos foi derrotado. Acabou tudo, acabou tudo. A última batalha foi há minutos atrás. Acabou."

….

Sorriu lembrando-se que fora assim que o conhecera, numa cama do hospital. E lá estava ele novamente, a dormir calmamente.

Sentou-se na beira da cama dele e passou com a mão na face de Draco, sorrindo.

"Oi Vi." – Murmurou de olhos fechados.

Ele não ouviu nenhuma resposta dela, apenas sentiu a ruiva deitar a cabeça em cima do seu peito.

"O que foi Virgínia?"

"Ainda bem que estás bem."

"É claro que estou."

Ela elevou a cabeça de modo a encara-lo.

"Tive medo. Quando me disseram que tinha havido vários feridos, nomeadamente Harry, Remus, Moody, e tu….céus tive medo que estivesses muito ferido. Nunca mais Draco Malfoy, voltes a fazer isto. Ao menos podias ter avisado."

"Eu não sabia. Eu pensava que ia apenas para uma reunião ultra – secreta, mas afinal fomos para a guerra."

"O que importa é que está tudo bem."

Ele sorriu sentindo os lábios dela na sua face, beijando-o rapidamente.

…..

Encontrava-se nervosa. Iria ser pela primeira em dois anos que ela iria ficar um mês sem ele.

Quem diria que um dia ela iria gostar tanto da companhia dele? Ela iria achar Draco Malfoy o melhor amigo que alguma vez tivera?

"Olá Vi." – Murmurou ele.

A ruiva olhou para ele sorrindo e em seguida sentiu a mão do loiro acariciar sua face, e ouviu a voz ligeiramente preocupada perguntar:

"O que se passa?"

"Nada, apenas vou ter saudades."

"É só um mês, passará depressa, e prometo que quando voltar vou-te logo visitar, seja que horas forem."

"Acho bem Draco Malfoy."

Ele sorriu, abraçando-a, e ouviu a ruiva dizer:

"Eu esqueci que era teu aniversário hoje, com tudo isto da tua viagem."

Ele riu, afastando a ruiva dele de modo a olhá-la.

"Tu já me deste o melhor presente, um presente inédito."

"E o que foi?"

"Tua amizade." – Respondeu sorrindo antes de afastar-se dela de modo a apanhar o avião.

Ginny ficou a ver Draco partir, sabendo que aquele mês iria ser longo sem ele por perto, mas sabendo também que quando voltasse ela estaria ali para o receber. Sempre estaria.

Final do 1º capitulo

N/A: esta short terá mais dois capítulos…é uma short fofinha….e dedico-a à Kika….pois como lhe disse ás vezes é bom ler algo fofinho….é pa ti miga…..

Bem espero que gostem….

REVIEWS!

JINHOS!