Capítulo 6 – Onde Está Athena?
Mestre, mestre! Ah, aí esta o senhor!
Asura! Pelo jeito me traz boas notícias.
Sim mestre, tudo saiu como o combinado!
Ótimo! Assim eles saberão que não tem chances. Eles podem até lutar, mas já sabem que estão fadados ao insucesso!
Seus Yaksas foram esplêndidos, mestre. Além de assustarem os fracos e estúpidos cavaleiros de Athena, além da própria, descobriram o tal ser da profecia.
Fantástico, isso é fantástico, Asura! Quem era o imprestável!
Era uma imprestável, Mestre.
Uma mulher?
Sim, Mestre.
Hahaha! Uma mulher? Hahaha! Tragam-na aqui, agora! Quero vê-la!
Err.. traze-la aqui, Mestre?
Sim, tragam-na aqui agora! Quero vê-la.
Mas, mas...
Chega! Se não a trouxerem aqui agora você será punido e pagará esta insolência com a vida!
Mestre, é que os Yaksas... eles a mataram.
Imbecis! Será que eu tenho que pensar em tudo? Deviam tê-la deixado viva! A vitória seria muito mais apreciada! Eu poderia ter utilizado o ser da profecia como Avatar de minha esposa... mas vocês são patéticos, não conseguem pensar em nada! E quem trouxeram para Avatar?
Err... ninguém, Mestre.
O quê?
Perdoe-nos, Mestre!
Saia daqui! Diga aos incompetentes dos Yaksas que se me desobedecerem de novo, morrerão! E agora, quem será o Avatar? Quem?
Mestre...e se...
Diga logo antes que lhe mate!
E se raptássemos a irmã de Athena? Ela seria um ótimo Avatar. E lhe daria uma certa vantagem psicológica sobre Athena e seus cavaleiros, Mestre.
O homem que Asura chamava de Mestre parou. Parecia pensar na idéia, tentava moldar suas estratégias com este novo plano. Asura esperava a resolução de seu mestre com ansiedade e medo.
A irmã de Athena? É... é isso mesmo, Asura! Diga aos Yaksas que a tragam para mim. E viva!
Sim, Mestre. Mandarei que voltem para a China agora mesmo e...
Imbecil! Acha mesmo que eles estarão lá? A esta altura voltaram para a Grécia. Eles acham que Athena estará protegida lá, Athena e sua irmã, hahahaha! Agora vá! Diga-lhes que ataquem amanhã a noite, já que hoje não será mais possível. E diga-lhes que se falharem novamente sofrerão a minha ira, e isto também vale para você, Asura!
Claro, Mestre, não falharemos.
Saia! Preciso pensar.
Sim, Mestre. Com licença...
Asura foi avisar aos Yaksas das novas ordens do mestre. E enquanto isso, o tal Mestre pensava:
-Será ainda mais prazeroso. Usar a irmã de Athena para Avatar de Parvati. Dominarei o mundo ao lado da irmã de sua maior denfesora, hahaha! Nada pode sair errado, esperei muitos séculos para poder agir. Nem mesmo o ser da profecia pôde me impedir, já que aqueles imbecis a mataram. Os cavaleiros de Athena podem ter derrotado muitos deuses mas eu sou mais forte, tenho mais poder e logo eu os eliminarei. Me transformarei no único Deus adorado neste planeta, o senhor de tudo, hahaha!
O Sol estava se pondo, todos olhavam para a cruz que trazia o nome de Shunrei. O funeral já tinha sido realizado. Todos ficaram ao lado de Shiryu e fizeram orações pela alma de Shunrei, desejando que ela estivesse bem onde quer que estivesse. Shiryu estava abatido, triste, ajoelhado em frente a cruz. Depois de um longo período de silêncio, Saori colocou as suas mãos nos ombros de Shiryu e lhe disse:
Shiryu ... sabemos que o momento é triste, mas temos que voltar para o Santuário.
É amigo, precisamos descobrir tudo o que podemos sobre os tais guerreiros e no Santuário, Athena estará mais segura. Nós sentimos muito, também gostávamos muito de Shunrei, meu amigo.
Obrigado, Seiya. Vá, leve Athena. Eu estarei lá em dois dias. Só preciso ficar aqui um pouco mais e colocar as idéias em ordem.
É claro, Shiryu. Nós estaremos lhe esperando.
Shiryu permaneceu imóvel. Todos passaram a se retirar, estavam muito tristes, desolados, especialmente Luminessa. Não conseguia tirar a imagem do momento em que Shunrei foi atingida pelo golpe de Viveka. Sentia-se culpada, chorava. Quis ir embora mas sentiu que alguém lhe segurou a mão.
Espere...
Ela olhou, era Shiryu. Abaixou-se para ouvir o que ele tinha a falar:
Fique aqui, comigo. Não quero ficar sozinho, por favor.
Claro, Shiryu. Vou pedir para que eles me esperem um pouco, depois partiremos e...
Fique aqui comigo esses dois dias, depois vamos para o Santuário. Por favor.
Luminessa olhou para sua irmã e os amigos que iam em direção a casa. Olhou novamente para Shiryu que segurou sua mão:
Por favor, Luminessa. Eu prometo que cuidarei de você, afinal a culpa foi toda minha.
Não diga isso... eu já volto.
Ela chamou a irmã, foi em direção ao grupo e disse:
Vou ficar, ele me pediu, Saori. Além do mais, quero ajuda-lo.
Mas você está ferida, precisa de um médico!
Eu sei, mas estou bem melhor agora. Meu Dragão Branco já começou a me curar. E eu não posso deixa-lo aqui sozinho! Ele cuidará de mim, não se preocupe.
Tem certeza?
Tenho, irmã.
Então fique, ajude-o a superar a tristeza. Você sabe que precisamos dele. É horrível dizer algo assim em um momento como esse mas é verdade.
Cuide do nosso amigo pra gente, e nós cuidaremos de sua irmã, Luminessa.
É um ótimo acordo, Seiya. Está feito. Boa viagem, amigos!
Nos vemos em dois dias. Cuidem-se!
Luminessa se despediu e voltou para perto de Shiryu. Sentou-se ao seu lado.
Eles já foram?
Já. E me deixaram responsável por cuidar de você.
Ainda bem, acho que sozinho eu não conseguirei, a tristeza será pior. Além do mais, quero cuidar de você.
Eu é que estou aqui para te ajudar, está bem?
Ela sorriu para ele, queria poder tirar a dor que ele sentia com as mãos, para que ele parasse de sofrer. Levantou-se, pegou-lhe as mãos e levou-o para a casa do Mestre Ancião. Foram o caminho todo em silêncio e de mãos dadas. Ao chegar lá:
Pronto, chegamos.
Luminessa, eu queria conversar com você, quero me desculpar e...
Que tal deixarmos esta conversa para amanhã? Eu estou tão cansada, e você também. Vamos tentar descansar um pouco, está bem? Prometo que conversaremos assim que acordarmos.
Você tem razão, seu coração parou hoje. Amanhã conversaremos. Tenha um bom descanso, Imperatriz.
Ele virou-se para a janela. Luminessa olhava-o, queria poder fazer alguma coisa, mas sabia que não podia.
Prometa-me que se você precisar vai me chamar, por favor.
Eu prometo, Luminessa.
Está bem.
Fique em meu quarto. Eu estarei no quarto de meu velho mestre. Se você precisar, me chame.
Shiryu respondeu as perguntas de Luminessa sem se mover. Luminessa seguiu para o quarto. Não havia mais nada a fazer.
No dia seguinte, já no Santuário, Seiya, Hyoga e Shun conversam sobre os acontecimentos do dia anterior na ante-sala dos aposentos de Athena:
Ahankara, Viveka e... como são os nomes que você disse, Hyoga?
Niraya e Avidya. Foram eles que nos atacaram enquanto Saori, Luminessa e Shunrei estavam sendo atacadas pelos outros dois.
Eles eram muito rápidos, pareciam ser fortes. Mas não foram até lá para batalhar. Pareciam querer investigar, descobrir quem éramos. Foi tudo muito estranho. – diz Shun.
Talvez quisessem nos dar um susto. E aproveitaram para nos investigar, como você disse. – comenta Hyoga.
Quem são eles? Por que agiram desta forma? Droga, se eu estivesse com minha armadura de Pégaso, se vocês estivessem com suas armaduras, isso não teria acontecido, Shunrei não teria morrido!
Acalmem-se meus cavaleiros! Nós temos um trunfo, uma carta escondida na manga. - Era Saori que acabava de sair de seu quarto.
Está falando sério, Athena?
Sim, Hyoga! Antes de irem embora, os tais guerreiros acharam que tinham matado o ser da profecia, ou seja, minha irmã.
Mas isso é uma vantagem imensa! Quer dizer que eles acham que mataram Luminessa ao invés de Shunrei? – pergunta Shun.
Eles nem mesmo sabem o nome dela! Sabem que sou irmã dela, mas acreditam que eu sou irmã de Athena. Entenderam?
Isso nos deixa muito mais tranqüilos! E nos dá mais tempo para descobrir quem são!
Eu sei, Seiya. Mas e se eles voltarem a Rozan? Se quiserem atacar Athena?
Que é isso, Hyoga, eles sabem que traríamos Athena pra cá e...
Seiya parou. Percebeu o erro que tinham cometido. Os guerreiros podiam voltar a Rozan ou vir para o Santuário. Se caso optassem pela primeira possibilidade, encontrariam Shiryu e Luminessa sozinhos, ambos debilitados.
Hyoga, Shun! Nós temos que voltar para pegar Shiryu e Luminessa. Se os guerreiros voltarem para Rozan, eles não serão páreos para os tais guerreiros, estão muito debilitados!
Mas e Saori? – pergunta Hyoga.
Eu fico com você, Saori! Seiya e Hyoga voltam para Rozan e trazem os dois. Eu duvido muito que os guerreiros venham ao Santuário. E se vierem, serão derrotados.
Ótimo. Vamos, Seiya?
Tomem cuidado! E olhem Shiryu e Luminessa por mim!
Sim, Saori. E, Shun... Cuide de Saori por mim e pelo Hyoga.
Certo, amigos!
Seiya e Hyoga partiram imediatamente. Temiam ter cometido um erro crasso, corriam como nunca para o helicóptero que tinha como destino, mais uma vez, Rozan. Saori e Shun observavam a partida dos dois:
Vão chegar a Rozan no fim da noite. Espero que nada aconteça, que voltem bem e em segurança!
Fique tranqüila, Saori! Tudo vai dar certo! Tem que dar...
Luminessa acordou. Espreguiçou-se, levantou da cama. Só ao olhar pela janela, percebeu que já estava quase terminando a tarde.
Pelo grande Deus Dragão! Dormi quase um dia inteiro! Ao menos estou me sentindo melhor... mas por onde anda Shiryu, precisamos voltar para junto de nossos amigos! Será que ele está bem?
Foi atrás de Shiryu. Procurou-o em todos os lugares possíveis e não o encontrou. Começou a ficar preocupada. Já fazia algum tempo que procurava Shiryu e ele não estava em lugar algum. Até que teve uma idéia: a pedra do Mestre Ancião. E lá estava ele. Olhava para a queda d'água da cachoeira. Estava distante, pensativo. Aproximou-se:
Shiryu?
Luminessa... enfim acordou. Como se sente?
Melhor, as dores estão quase cessando. Por que não me acordou antes? Acabou ficando sozinho o dia todo.
Não se preocupe com isso, você precisava descansar, seu coração parou. Além do mais não havia necessidade, está tudo andando como se nada tivesse acontecido... por favor, sente-se. Acha que agora podemos conversar?
Luminessa sentou-se ao lado de Shiryu. Sabia que a conversa que teriam seria longa e dolorosa:
Acha mesmo que é necessário falarmos já sobre o que aconteceu ontem?
Acho. Assim partiremos para o Santuário sem dúvidas, sem arestas a serem aparadas.
Entendo. Se você deseja assim... por favor, prossiga.
Eu quero lhe dizer que... eu sinto muito por tê-la golpeado. Fui imprudente, agi sem pensar. Devia ter me controlado, mas quando senti que aquele guerreiro iria ataca-la, perdi a cabeça. Eu podia ter matado você, me perdoe, por favor me diga que me perdoa.
Eu já tinha lhe dito antes, a culpa não foi sua. O que você não sabe é que ele pulou para se desviar do golpe, chegou a se apoiar em mim para faze-lo. Eles são muito rápidos, nos pegaram de surpresa. Foi uma fatalidade, tivemos o azar do golpe pegar em meu coração. E além do mais estou viva e bem, não há porque ficar se martirizando por isso. Mas se o meu perdão é tão importante para você: eu te perdôo, Shiryu.
Não esperava que eles nos achassem aqui em Rozan. Como puderam?
Também não sei. Mas a culpa foi minha. Se tivéssemos ido para o Santuário...
... Shunrei se foi, teria ido de qualquer forma, aqui ou no Santuário. Não foi culpa sua, era a profecia. Ela a salvou para que você nos ajude a salvar Athena e o mundo. Foi ela quem me lembrou que eu deveria golpear a pata direita do seu Dragão Branco, exatamente como Seiya fez comigo na Guerra Galáctica. Foi por causa dela que consegui salvar seu coração, salvar você. Por causa dela, agora seu coração bate. Ela cumpriu sua missão.
É, acho que você tem razão, Shiryu. Ela cumpriu a missão para qual foi destinada, e eu a agradeço do fundo de minha alma.
Que inimigo terrível. Não importa o quanto treinemos, o inimigo sempre nos surpreende, sempre é mais poderoso que o anterior.
Eles são fortes, são rápidos... e além disso conseguiam se ocultar... estivemos cara a cara e mesmo assim não pude vê-los. Que poder é esse, quem é o inimigo?
Não sei, Luminessa, tudo foi muito rápido e estranho. E é por isso que eu gostaria de pedir que você não lutasse, mas sem você ao nosso lado não resistiremos. Pensei bem e acredito que depois de todas essas lutas, não vai ser agora que perderemos. Vamos lutar com toda a esperança e força de sempre.
É claro que sim. Essa é a nossa vida, nascemos para defender esse mundo, protegê-lo. Nossa missão é auxiliar Athena na busca da paz do planeta. Esse é nosso destino.
Espero que ela esteja a salvo.
Eu também, Shiryu, eu também. Precisamos ir para o Santuário, ajudar nossos amigos. Partimos amanhã, certo?
Sim, logo cedo partiremos.
Luminessa ia se levantar quando:
Já vai? Mas nossa conversa ainda não acabou.
Achei que já tivéssemos a encerrado, me desculpe. O que mais quer saber?
Você podia aproveitar e me responder as perguntas que lhe fiz no último dia do nosso treinamento. Como partiremos só amanhã de manhã, temos muito tempo ainda. Duvido que você esteja com sono, assim como eu.
Eu pensei que você já tivesse entendido que eu não quero falar sobre isso.
Sim, claro que entendi. Mas eu ainda continuo querendo saber, Luminessa. O que a impede de me contar? Não acha que eu tenho o direito de saber?
Eu não quero falar sobre isso, Shiryu. Além do mais, como eu disse antes, se eu continuar viva depois desta luta eu vou embora, portanto a conversa torna-se inútil.
Luminessa levantou-se, estava irritada com aquele assunto. Olhava Shiryu e pensava: "Falar disso agora? Não tenho cabeça! Preciso de um tempo, temos de nos concentrar para a grande luta que virá!". Já Shiryu não demonstrava qualquer reação à irritação de Luminessa. Continuava em frente à cachoeira de Rozan com sua serenidade de sempre:
Mas ainda com esta história de ir embora? Você pode tentar fugir desta conversa, Luminessa, mas no fundo você sabe que temos de terminá-la. Sua impaciência de nada adianta, eu não vou desistir.
Fugir? Não estou fugindo, estou tentando lhe mostrar que esta conversa de nada adiantará, portanto não há necessidade de falarmos sobre isso!
Está bem, já que você não quer começar falando, começo eu, quem sabe assim você se anima. – diz Shiryu ignorando as últimas palavras de Luminessa, que por sua vez, decidiu apenas ouvir.
Faça o que você quiser, porque eu pretendo ficar calada.
Tudo bem, eu não me importo, desde que você me ouça... eu achei que depois de todo esse tempo eu tivesse esquecido você. Mas desde que a conheci pessoalmente percebi que a única coisa que fiz foi ocultar o amor que sinto por você, em respeito a Shunrei. Eu nunca deixei de te amar, Luminessa. Eu te amo desde a primeira vez que te vi em meus sonhos. Decidi ficar com Shunrei porque depois da morte do Mestre Ancião ela ficaria aqui, sozinha. Além do mais eu sabia que ela me amava. Eu tinha muito a agradecer Shunrei e também a amava muito, mas eu sabia que a melhor forma de fazê-lo era me casando com ela. Eu nunca deixei de acreditar que um dia nos conheceríamos, eu sempre soube que você era real. Eu sei lhe disse que tinha medo de que eu estivesse apaixonado por um sonho, mas só disse isso para que, se você ficasse magoada com alguém, que fosse comigo e não com Shunrei. Ela não teve culpa da minha decisão.
Luminessa virou o rosto. Fez um esforço descomunal para não chorar com as palavras de Shiryu, o que não adiantou muito, as lágrimas rolavam pelo seu rosto. Mas continuou firme em sua decisão. Respirou fundo, virou-se para ele novamente e disse:
Agora isso não importa mais. Eu tenho de partir e eu o farei.
Eu vou achá-la. Se estivermos vivos após esta batalha e você for para seu império, como você disse, eu vou achá-la. Nem que leve minha vida toda.
Mas... por quê? Por que insiste tanto?
Porque é assim que tem de ser. Você sabe que eu a amo e eu sei que você me ama. Shunrei também sabia disso e pediu para que eu ficasse com você. E é exatamente o que eu vou fazer, por ela e por mim. Você pode tentar negar, mentir, fugir... eu sei que você só está se esquivando de mim por estar se sentindo culpada pela morte de Shunrei. É claro que ambos precisamos de tempo, mas nós sabemos que nosso destino é ficarmos juntos.
Luminessa estava paralisada. Não conseguia conceber a calma com que Shiryu falava tais palavras. Seu coração pulava de alegria mas para ela ainda era difícil, ela não tinha certeza de que conseguiria cumprir o que prometera à Shunrei, Shiryu tinha acertado, ela se sentia culpada. Para ela era quase como se tivesse premeditado a morte de Shunrei. Não sabia se conseguiria conviver com isso ou se superaria algum dia. De qualquer forma, queria que aquela conversa terminasse ali de uma vez por todas.
Você fala como se eu não tivesse vontade própria, Shiryu!
Não minta para si mesma, nós dois sabemos qual é a sua vontade, Vossa Alteza...
Shiryu aproximou-se dela, segurou suas mãos. Shiryu encostou sua testa na de Luminessa, que sentiu seu coração disparar e fechou seus olhos. Passaram-se apenas segundos, mas para os dois pareciam dias ou até semanas, até que:
... mas eu e você sabemos que Shunrei merece respeito e, como eu disse antes, ambos precisamos de tempo para superar nossas tristezas. Depois da batalha será a sua vez de me contar tudo. Nem pense em morrer, mesmo porque não vou deixar isso acontecer. Você tem uma promessa a cumprir, assim como eu. Ou você já se esqueceu do que prometeu à ela?
Agora que você já terminou eu posso sair daqui. Com licença!
Esqueceu, Luminessa?
Não, eu não esqueci, Shiryu!
E saiu furiosa, mas só por fora. Por dentro estava feliz afinal, o homem que ela ama e esperou sua vida toda, também a ama e fará qualquer coisa para a ter junto dele. Sua preocupação neste momento era com a batalha. Para que pudesse ter tranqüilidade para pensar sobre ela e Shiryu, precisariam sair vitoriosos da batalha que sucederá, e vivos.
Shiryu? Luminessa? Cadê vocês?
Amigos? Ah! Estão aí! Estão aqui, Seiya!
Mas o que vocês fazem aqui, Hyoga?
Olá, Luminessa! Olá Shiryu! Estão bem? Nada de anormal aconteceu por aqui?
Não, Hyoga, eu e Shiryu estamos bem. Aliás estávamos dizendo que iríamos para o Santuário amanhã bem cedo.
O que houve? Por que voltaram, Seiya?
Calma, Shiryu. Me ocorreu uma péssima idéia e eu e o Hyoga viemos aqui buscar vocês. Nada aconteceu, felizmente.
Do que está falando, Seiya?
Ontem, na confusão, eles acharam que tinham matado o ser da profecia, certo Luminessa?
É, é isso mesmo, Seiya.
Além disso te chamaram de Athena, não é?
Sim, Hyoga, mas o que tem isso a ver com o fato de vocês estarem aqui?
Bom, o Seiya pensou que se eles estiverem atrás de Athena voltariam para cá e vocês dois estão debilitados.
E deixaram Saori lá?
Calma, Luminessa, Saori está dentro do Santuário e existem muitos cavaleiros e guardas lá, além do mais Shun está com ela.
E o nosso maior trunfo é que eles pensam que Saori é irmã de Athena. O que eles iriam querem com a irmã de Athena? E como Hyoga disse, deixamos Shun com ela. Não se preocupem.
Por isso vieram para cá, para nos proteger. Talvez vocês tenham razão, apesar de Luminessa estar bem, o coração dela parou ontem e eu sozinho não conseguiria combater os quatro, se é que não viriam ainda mais guerreiros. Então é melhor irmos para dentro. Vamos?
Todos seguiram para a casa de Shiryu e Luminessa não conseguia entender o porquê estava tão receosa. Apesar de o que Hyoga e Seiya haviam lhes dito ser uma verdade com grandes possibilidades de acerto, algo lhe dizia que tinha alguma coisa fora do lugar. Sua preocupação, de fato, não era em vão.
No santuário Saori estava deitada em seu quarto enquanto Shun estava na ante-sala. Ambos desejavam que Seiya e Hyoga tivessem chegado a tempo de proteger Luminessa e Shiryu, ou melhor, que não precisassem fazer nada ao chegar lá. Mas o que ninguém imaginava é que quem estava em perigo era Saori. Quatro vultos invadiram o Santuário tranqüilamente. Enquanto o faziam, ouvia-se de fundo uma espécie de oração, onde quem a ouvia caia em um sono profundo. Assim, todos os sentinelas, uma a um foram vencidos sem nenhum esforço. Os quatro vultos, os mesmos que estiveram em Rozan e provocaram a morte de Shunrei, avançavam sem qualquer tipo de esforço. Seu destino: o topo do Santuário, o quarto de Athena. Passaram pelas doze casas do zodíaco tranqüilamente, os cavaleiros de ouro não estavam mais lá. Passaram por todas e quando avistaram a sala do Grande Mestre:
É ali. Só pode ser ali. Vejam, a estátua de Athena, como Asura nos disse, Viveka.
Lá o mantra que nosso mestre evoca não funcionará. Temos de atrair os vigias para as escadarias. E aí sim poderemos pegar a tal irmã. O que não entendo é porque não pegar Athena. Eu a faria em pedaços!
Ela luta muito bem, Viveka. Acho que não seria assim tão fácil. Por isso devemos levar a irmã dela e eu mesmo o farei ou não me chamo Avidya.
Vocês falam demais. Chega de perder tempo! Vamos!
Enquanto os quatro avançavam, o tal mantra continuava a ressoar pelo Santuário. Como previsto, eles atraíram os guardas da sala do Mestre para as escadarias e eles caíram no sono, sem ao menos saberem quem eram os invasores e em quantos estavam. Cercaram o alvo principal e pegaram Shun de surpresa. Atacaram-no pelas costas e ele não pôde reagir. Caiu quase desmaiado com o golpe de Avidya. Enquanto isso, Ahankara entrou no quarto de Athena e constatou que ela dormia. Sussurrou:
É a irmã de Athena. Vamos pegá-la, Niraya.
Espero que esta tal irmã de Athena seja o Avatar adequado.
Saori abriu os olhos, viu os inimigos e tentou gritar, mas era tarde. Um deles a pegou nos braços e tampou sua boca. Por mais que ela se debatesse não conseguia se livrar. Com o objetivo alcançado, todos tomaram o caminho de volta:
Logo ela dormirá, assim que chegarmos as escadarias o mantra fará efeito sobre ela.
Você tem razão, Niraya. Mas onde encontra-se Athena? Podíamos pega-la também e...
Chega, Viveka! Nossa missão é levar a irmã de Athena e só!
Ora, cala-se Ahankara!
Chega, eu já disse! Eu ainda sou o chefe de vocês e digo para irmos embora agora!
Tomaram o caminho de volta, e antes que Saori caísse no sono, conseguiu se esquivar das mãos de Niraya e gritou na esperança de que alguém a escutasse:
Socorro!
Idiota! Todos estão dormindo, agora duma você também.
E Saori caiu no sono.
Luminessa estava calada tomando seu chá enquanto os três amigos conversavam. Planejavam voltar pela manhã para o Santuário, nem mesmo desconfiavam do que estava acontecendo com Saori e Shun. Luminessa parecia incomodada, levantou-se, olhava pela janela, dava alguns passos, e quando fez a volta para sentar-se, derrubou sua xícara de chá:
Shun!
O que foi, Luminessa? – disse Shiryu indo em direção a ela.
Vocês não ouviram?
Do que está falando?
Shun! Shun caiu, foi atingido! Tenho certeza disso, Hyoga!
Shun? Do que vocês está falando, Luminessa, eles estão no Santuário, estão protegidos por muitos sentinelas e cavaleiros. Você está cansada, é só isso.
Não, Seiya, eu tenho certeza do que ouvi!
Todos se olhavam. Os três cavaleiros achavam impossível mas Luminessa estava tão transtornada que não poderia ser um delírio de sua parte:
Nós temos de ir, temos de ir agora!
Calma, Luminessa! Shun está bem e...
Hyoga não conseguiu completar a frase. Desta vez todos ouviram e não era Shun. Era Saori pedindo por socorro. Logo depois do grito, sua cosmoenergia havia sumido.
Mas era a voz de Saori!
E pedia socorro, Seiya! – disse Hyoga preocupado.
Mas o que está acontecendo? Será possível que entraram no Santuário?
Minha irmã...
Temos de partir agora! Saori corre perigo. Não consigo nem ao menos sentir o cosmo dela!Vamos pegar nossas armaduras, Luminessa, Hyoga e Shiryu, acordem os pilotos, temos de ir agora para o Santuário!
Era muito cedo, o Sol ainda estava nascendo quando Seiya, Shiryu, Hyoga e Luminessa chegaram ao Santuário. Correram em direção aos aposentos de Athena assim que o helicóptero pousou. Subiram as imensas escadarias apressadamente e quando abriram a porta encontraram Shun deitado, ferido, exatamente como Luminessa havia dito. Aproximaram-se de Shun, não quiseram acorda-lo. Olhavam em volta, tudo parecia normal. Hyoga tinha ido até o quarto de Saori, voltou com a notícia:
Athena realmente sumiu. Você estava certa, Luminessa.
Mas o que aconteceu aqui, amigos?
Não sabemos, Seiya. Ninguém sabe explicar, o único que talvez possa é Shun.
Tem razão, Shiryu. Talvez devêssemos acorda-lo. Quanto mais esperarmos, mais Saori corre risco de morte.
Neste momento as portas da sala se abriram. Todos olharam em direção a ela, mas a luz do Sol impedia-os de distinguir quem era:
Finalmente chegaram.
Mas é o ...
Ikki!
Sim, Hyoga, Seiya, Shiryu. Como estão?
Ikki fechou a porta e foi possível enxergar seu rosto. Parecia estranho ele estar ali naquele momento, mas Ikki era assim, surgia e sumia nos piores momentos.
Luminessa... como está? Como deve se lembrar sou Ikki de Fênix.
É claro que me lembro. Como vai, Ikki?
Então finalmente a Imperatriz dos Dragões está entre nós. Pensei que você fosse só uma lenda.
Mas Ikki, como é que você sabe? Já sei, Shun deve ter lhe contado.
Não, Seiya. Infelizmente quando cheguei aqui Shun já estava desacordado. Sei de Luminessa porque Saori mandou me informar na Ilha Cânon, queria que eu soubesse de toda a história como vocês.
Vamos para o quarto de minha irmã. Vamos deixar Shun descansar enquanto conversamos.
Finalmente chegaram. Trouxeram o que o Mestre lhes pediu?
Sim, Asura. Aqui está ela. Estava nos aposentos de Athena, como você havia nos dito.
Ótimo Ahankara, ótimo! Agora deixe-me vê-la.
Ahankara deixou Saori no chão. Asura olhou para seu rosto e pelas suas feições, tudo estava dando certo.
Perfeito! O Mestre vai ficar contentíssimo!
Assim espero.
E Athena, onde estava?
Não a encontramos. No quarto só estava esta aí.
Bem, isso não importa. Agora volte para junto dos Yaksas e diga a eles que fiquem preparados para os Cavaleiros e para Athena, não se sabe quando eles aparecerão e...
Espere, Asura.
Sim?
Não precisamos nos preparar para eles. Estes cavaleiros de Athena não nos trazem qualquer preocupação. Os idiotas não ofereceram resistência alguma ao mantra de nosso Mestre e o garoto que deixaram tomando conta de irmã de Athena nem sequer percebeu nossa presença. Duvido que eles descubram quem somos!
Não os subestime, Ahankara! Eles derrotaram muitos antes de nós, subestima-los é um erro gravíssimo!
Mas os outros são uns idiotas! Nunca poderão ser comparados ao nosso mestre! Esses cavaleiros são inofensivos, ainda mais agora sem a tal, a da profecia!
Tem alguma coisa errada nisso... o tal ser da profecia nasceu exclusivamente para nos combater, como pôde morrer tão facilmente?
Do que está falando, Asura? Está duvidando de minha palavra?
Não interrompa meus pensamentos!
Ora, seu...
O Mestre me chama! Vá agora, faça o que eu lhe disse! É uma ordem do Mestre! Encontre os outros Yaksas e fiquem alertas, agora!
Ahankara saiu resmungando e Asura continuou pensativo. Olhou para Saori, pegou-a no colo com dificuldade e foi em direção a porte que levava à seu Mestre. No caminho, pensava:
Espero que eu esteja errado, que a tal mulher da profecia esteja morta mesmo. Do contrário, vamos nos arrepender e pagar com nossas vidas. Estou velho, mas não quero morrer nas mãos dela. Os Dragões são terríveis contra seus inimigos.
No quarto de Athena, Ikki e os outros discutiam a respeito do que havia acontecido. Luminessa observava a tudo em um silêncio profundo:
Então o que aconteceu, Ikki? – perguntou Seiya.
Eu vim procura-los e quando pus os pés no Santuário uma espécie de oração fez com que todos dormissem, eu e todos os outros que estavam no Santuário. Quando acordei, subi para cá direto e vi Shun caído, desmaiado e Saori havia sumido.
E depois?
Depois vasculhamos o Santuário atrás de Saori e não a encontramos em lugar algum.
Mas é só isso? Precisamos de mais informações!
Eu sinto muito Seiya, mas isso é tudo o que sei.
Mas como vamos salva-la se não sabemos quem a pegou, para onde ela foi? Me digam!
Calma, Seiya!
Não, Hyoga! Se não tivéssemos ido para Rozan isso não teria acontecido!
É claro que teria! Shun foi atingido pelas costas, você e Hyoga também seria.
E o que é que você sabe sobre nós? Nada! Chegou agora e acha que pode nos dizer o que fazer? Sua irmã some e você fica aí, quieta e ainda nos impede de tentar salvá-la!
Seiya estava furioso, olhava Luminessa com tamanha raiva que chegou a assustar os amigos. Luminessa, querendo por um fim a discussão, levantou-se e o encarou também:
Controle-se, Seiya! Acha que é me ofendendo que vai resolver alguma coisa? Esse seu descontrole só nos atrapalha! Além do mais nada é perfeito, alguém viu ou ouviu alguma coisa!
Você tem razão, Luminessa. Me desculpe, é que toda essa situação está me deixando maluco.
Luminessa tem razão, amigos!
Todos olharam em direção a porta, de onde vinha a voz. Era Shun, parecia bem apesar do aspecto cansado:
Shun, meu irmão!
Eu sem quem foi! E ouvi alguma coisa que eles falaram.
Sente-se aqui ao meu lado, irmão!
Shun sentou-se ao lado de Ikki e todos aguardavam ansiosos para ouvir o que ele tinha a dizer.
Não pude sentir suas energias. Eles me golpearam a nuca e eu caí, praticamente desmaiado. Vi que eram os mesmos quatro que estavam em Rozan, e só ouvi o que um deles disse: "Espero que esta tal irmã de Athena seja o Avatar adequado". Depois disso, desmaiei mesmo.
Eles realmente acham que Saori é irmã de Athena.
É Hyoga, então Luminessa, para eles é Athena. Você estava certa, Luminessa. Luminessa?
Ahn? Sim, Shiryu.
O que houve?
Luminessa estava muito longe dali, pensativa. Parecia tentar lembrar de alguma coisa:
O Mestre Mu me fez estudar todas as mitologias possíveis, assim eu saberia quem seria o inimigo que enfrentaríamos. Aprendi sobre todos os deuses, todas as línguas, os mitos, suas peculiaridades, tudo.
E a profecia, não diz nada a este respeito?
Não, Ikki. A profecia só fala de um inimigo poderoso, e que há muito tempo havia lutado uma única vez contra a deusa Athena e contra a Imperatriz dos Dragões. Esta seria a "sua vingança".
Mu foi bastante sábio, fez com que você soubesse a respeito de todas as mitologias para que pudesse saber quem é o inimigo no menor deslize dele.
Exatamente, Hyoga. E se querem saber, ele estava correto.
Luminessa ficou em silêncio. Todos olhavam atônitos para ela, tentando entender, até que:
Diga logo, Luminessa! Assim nos matará de curiosidade!
Calma, Seiya! Ela já sabe... e se não sabe, tenho certeza de que é só uma questão de tempo para saber.
Agradeço a confiança, Shun. E, de fato, acho que já sei por onde começar. Pela mitologia Hindu.
Por um momento todos ficaram em silêncio olhando para Luminessa, que se dirigia a janela do quarto de Saori, que tinha uma visão privilegiada do Santuário. Mas os cavaleiros queriam saber mais:
Mitologia Hindu? Você tem certeza?
Tenho, Hyoga. "Avatar" é uma palavra em sânscrito, que significa algo como "novo corpo" ou "reencarnação". Nenhuma outra mitologia usa esta palavra para definir este termo.
Mitologia Hindu? Não sabemos nada a respeito dela!
Ou melhor, o que sabemos provém de Shaka, Seiya. – diz Shiryu.
Mas a única coisa da qual temos certeza é que Shaka era a reencarnação de Buda, não é Ikki? Será que tem a ver com Shaka ou Buda?
Não, Shun. Não tem nada a ver com eles. Se eles quisessem um Avatar para Buda não pegariam uma mulher. E mais do que isso, Buda não compactuaria com isso, pegar o corpo de alguém e dominar a Terra para proveito próprio.
Tanto é verdade o que Luminessa disse que Buda escolheu reencarnar e ser um Cavaleiro de Athena.
Exatamente, Shiryu. Buda sempre quis a paz, como bem sabemos.
Mas então quem é?
A aflição era perceptível nas feições de todos. Sabiam que quanto mais demorassem para chegar a conclusão certa, mais Saori corria perigo.
A mitologia hindu é regida pela Trimurti, a Trindade Divina: Brahma, o Criador; Vishnu, o Conservador; e finalmente... Ikki, você nos disse que ouviu uma espécie de oração e que logo depois caiu no sono, certo?
Sim, mas o que...
Shun? Eram os mesmos quatro guerreiros misteriosos que foram a Rozan, certo?
É, é isso mesmo, Luminessa!
Apus é uma constelação com quatro estrelas, como havíamos conversado anteriormente. Já prevíamos, no mínimo, quatro inimigos. Seu nome significa "Ave do Paraíso", ave esta que foi dada de presente a um Deus por seus seguidores. Mas é claro, agora tudo faz sentido!
Mas e daí, Luminessa, quem é o inimigo? A tal Trimurti?
Não, Seiya. Brahma e Vishnu não têm intenções de dominar o mundo, aliás, Buda foi um dos avatares de Vishnu. Eles são felizes por possuir os seguidores que têm. Claro querem mais, mas eles têm de vir por vontade própria. É assim que funciona o hinduísmo e todas as outras religiões, seitas e cultos que se prezam.
Então?
Então, Shiryu, o deus que vamos enfrentar só pode ser o mesmo deus que ganhou Apus de seus seguidores e depois a colocou junto às estrelas: é Shiva, o Destruidor. A tal oração que Ikki ouviu era um Mantra; só Shiva domina este tipo de Mantra. Os quatro guerreiros misteriosos servem à ele. Ele quer Saori, ou melhor, o corpo de Saori para trazer alguma deusa de volta à Terra. Nosso inimigo é Shiva, o Deus Hindu da Destruição.
Era incrível! Eram tantas as informações que os cavaleiros estavam confusos. Seiya andava de um lado para outro, Hyoga, de cabeça baixa, sentou-se e começou a repassar tudo. Shun e Ikki se olhavam, perdidos. Shiryu, que estava sentado de pernas e braços cruzados, fechou os olhos numa expressão de dúvida. Luminessa continuava de pé, olhando para todos. Se por um lado estava preocupada com Saori, por outro estava mais aliviada, ao menos já sabia quem era o inimigo.
O que faremos agora, amigos? – pergunta Shun.
Eu ainda preciso juntar muitas peças deste quebra-cabeças, e vou precisar da ajuda de todos. Mas tem uma coisa que já podemos fazer: Temos de ir ao encontro do inimigo para resgatar Athena e destruir Shiva e seus guerreiros.
Sim, mas onde vamos encontra-los?
Ora, não lhe parece óbvio, Seiya? Vamos para a Índia. – disse Hyoga.
Mas a Índia é um dos países mais populosos do mundo! Como vamos encontra-los?
Não se preocupe com isso, Shiryu. Eles nos encontrarão, disso eu tenho certeza. No caminho acabamos de montar o quebra-cabeças de informações com Luminessa. E então, o que acham?
É isso, Ikki! Vamos para a Índia, amigos! É hora do show! – disse Seiya.
