Antes de começar este capítulo gostaria de agradecer a duas pessoas: 1º Á Hikari pela sua brilhante ideia, que irão ver mais á frente neste capítulo.
2º Á Debby- chan pela ajuda que me deu no desenvolvimento deste capitulo.
Podem pensar que isto vai de mal a pior mas, eu achei que ficava muito bem e agradeço do fundo do meu coração o apoio e ajuda que me têm dado.
OBRIGADO!
No capitulo anterior: Os Bladebreakers encontram pistas no espelho. Ao observarem bem a mensagem nele contida, começam a temer pela vida do Kai que se encontrava ameaçada pelo feitiço embutido no espelho. Os amigos do rapaz resolvem ir a uma morada que se encontrava inscrita no espelho e descobrem que quem está por detrás de tudo o que se estava a passar era Voltaire, o avô de Kai. Os jovens confrontam o homem com a realidade, mas, este limita-se a gozar com eles e expulsa-los de sua casa. Desconfiando da resposta de Voltaire os seis adolescentes resolvem voltar á mansão do avô de Kai para encontrarem pistas, mas Voltaire tinha algo em mente para eles...
Cap.8: Ordem para Matar
No dia seguinte, logo de manhãzinha, Cloe dirige-se á cadeia para falar com Kai, que se encontrava sobre prisão preventiva.
Cloe: Gostaria de falar com um rapaz que chegou ontem. O seu nome é Kai.
Guarda: Kai? Ontem deram entrada várias pessoas, e muitas delas recusaram-se a falar.
Cloe: Um rapaz de cabelo bicolor, azul, que deu entrada por roubo á mão armada no banco.
Guarda: Ahh! Esse? Ele é um complicado. Não disse nada, não comeu, não utilizou casa de banho nem invocou o direito a uma chamada telefónica!
Cloe: Poderia falar com ele?
Guarda: Claro! Entre ali e eles dão-lhe um cartão de visitas, e depois tem vinte minutos para falar com ele.
Cloe: Obrigado pela ajuda!
Guarda: De nada!" Como é que alguém como ele pode ter como namorada uma rapariga tão simpática? Vai se lá entender as mulheres!"- pensou o guarda sorrindo para Cloe, que entrou pela porta e falou com outro guarda que lhe entregou um cartão.
Cloe percorreu então um corredor escuro, dirigida por um grande guarda. Os prisioneiros daqueles corredores assobiavam e mandavam piropos á passagem da rapariga. Cloe sentiu-se deslocada. Ela era uma rapariga que se esforçava para ser alguém e se destacar na sociedade, e nesse momento encontrava-se entre assassinos, violadores, ladrões, pedófilos e todos os outros criminosos, a escumalha da sociedade, exactamente o oposto daquilo que ela era e queria ser. A única coisa que lhe dava força para permanecer naquele lugar era Kai . O guarda virou para a direita e com uma chave que estava presa ao porta-chaves que se encontrava no seu cinto, abriu uma porta amarela clara. O guarda apontou para uma cadeira e disse para Cloe entrar e esperar naquela sala. Por dentro a sala era branca e tinha um enorme espelho, daqueles que dá para ver o interior da sala. No seu centro estava uma mesa de metal e duas cadeiras, igualmente metalizadas. No lado direito da mesa uma pequena janela deixava entrar a luz do sol. Cloe sentou-se na cadeira que se encontrava no lado esquerdo da mesa, mesmo em frente ao grande espelho, e, esperou por Kai.
Na cela, Kai, esperava ansiosamente noticias dos seus amigos. De qualquer maneira, ele não iria contar nada aos guardas, muito menos se tinha familiares. Não queria Voltaire metido no assunto. Tinha a certeza que seu avô iria arranjar maneira de o manipular através do caso, talvez por via da fiança ou por via de Cloe. A última coisa que ele queria era que os seus amigos se encontrassem de novo em perigo devido ao seu avô.
Kai estava deitado na cama de aço a olhar para o tecto, que continha inscrições como " Bullseye esteve aqui". Ouviu a porta a abrir-se mas não se levantou. Devia ser o guarda a dizer que o iam levar a julgamento ou assim, mas apanhou uma grande surpresa quando o guarda disse:
Levanta-te! Tens uma visita!
Kai levantou-se e olhou para o guarda.
Guarda: A tua namorada está aqui para te ver!
Kai pensou que deveria ser engano. Ele não tinha namorada. O guarda provavelmente estava a gozar com ele e mal ele se levanta-se, o enorme homem vestido de azul iria fechar a porta da cela e rir-se que nem um maníaco.
Guarda: Estás a espera do quê? Mexe-te!
Kai levantou-se e caminhou para fora da cela. O guarda algemou-o e levou-o pelo mesmo corredor que Cloe tinha percorrido. Os prisioneiros assobiavam e comentavam a sorte de Kai em ter uma "dama toda boa".
Kai não sabia o porque de tanta coisa. Provavelmente era Tyson, Ray, Max, Kenny e até Hilary, mas não podia ser a Cloe. Ela não gostava de ir a locais como aquele, disso tinha ele a certeza. O guarda virou de novo á direita e rodou a maçaneta da porta, que se abriu revelando Cloe lá dentro. Kai ficou espantado. Ela deveria ter feito um grande esforço para lá ter ido. Kai entrou na sala, e Cloe deu um grande pulo da cadeira quando o viu. O guarda fechou de novo a porta, e a rapariga abraçou Kai fortemente, afastando-se apenas quando notou que Kai estava ferido na barriga.
Cloe: O que aconteceu?
Kai: Nada!
Cloe: Se não me disseres eu não te vou poder ajudar!
Kai: Já disse que não foi nada!- Kai gritou, sentando-se no lado direito da mesa.
Cloe: Não precisas de ficar bravo! Só estava a tentar ajudar!- a loirinha lembrou-se do beijo que tinha dado no rapaz e nessa altura desejou nunca tê-lo dado e até nunca o ter conhecido. Desde que se tinha apaixonado por Kai que ela se sentia tratada abaixo de cão( antes de gostar dele, ela não dava muita importância á indiferença de Kai por ela).
Cloe olhou para o rapaz e abriu a boca para falar mas resolveu ficar calada.
Kai: Tens alguma novidade?
Cloe: Hã?
Kai: Vieste aqui por alguma razão! O que sabes do reflexo?
Cloe: Bem...- as palavras faltaram-lhe. Ela não lhe poderia dizer que ele ia morrer se não conseguissem devolver o reflexo ao espelho, por isso ela resolveu omitir-lhe essa parte – Descobrimos no espelho uma morada e quando fomos l�, qual foi o nosso espanto quando o teu avô aparece.
Kai: O meu avô?
Cloe: Sim! Ele garantiu-nos que não tinha nada a ver com isto mas o Tyson não acreditou nele.
Kai: Fez o Tyson muito bem!
Cloe: Vamos voltar lá hoje para ver se descobrimos mais alguma coisa!
Kai olhou para Cloe. Ele não queria que ela fosse, mas não lho podia dizer. Como iria explicar a sua razão." Eu não quero que vás porque...TE AMO!" Essa já estava velha e além disso Kai não era daqueles que demonstram os seus sentimentos. Voltou-se a fazer silêncio. Cloe esfregava as mãos uma na outra pensando naquilo que havia de dizer. A rapariga olhou de novo para Kai, e, esticou a sua mão até esta ficar por cima da de Kai, e, lentamente pousou-a sobre a dele. Kai ficou espantado com a reacção repentina da loira, que sorriu para ele e disse amavelmente:
Vai correr tudo bem!
Kai não percebeu o que Cloe queria dizer com aquilo. Não deveria ser difícil tirarem-no dali e devolver o reflexo ao espelho. Cloe segurou a mão de Kai e levantou-a até a sua face, tocando –a com os seus lábios suaves. Kai corou levemente, e pensou no que teria levado aloirinha a fazer o que fez. Cloe pensou na possível morte de Kai e uma pequenina lágrima cristalina, desceu-lhe pelo rosto e aterrou suavemente na mão de Kai. O silêncio ocupou a sala de novo ,e, quando finalmente lhe ocorreu algo a porta da sala abriu-se e o guarda entrou dando a entender que o seu tempo tinha acabado. Cloe levantou-se e dirigiu-se para a porta. Parou mesmo por debaixo da calha e disse a Kai:
Volto depois com noticias!
Kai não se movimentou. Cloe saiu totalmente da sala e caminhou de novo pelo corredor. À saída estava Hilary.
Hilary: Como correu?
Cloe: Não tive coragem de lhe dizer que ele ia morrer se não devolvêssemos o reflexo ao espelho.
Hilary: O.k! Eu entendo! Fizeste o que estava certo! Vamos! O Tyson e os outros estão á nossa espera para irmos á mansão de Voltaire.
As duas raparigas reuniram-se com os rapazes e caminharam até a um parque perto da casa de Voltaire. O seu plano era esperar até ser de noite e que todos estivessem a dormir para entrarem na grande mansão e procurarem pistas, para poderem devolver o reflexo ao espelho. Os seis adolescentes não suspeitavam que estavam a ser observados de perto. O assassino tinha ordens para os matar, mas o seu telefone tocou. Do outro lado da linha Voltaire tinha cancelado a ordem para matar e tinha instruído o assassino a captura-los. Uma rapariga de cabelo castanho claro um pouco abaixo do peito, ondulado, olhos lilases, magra, vestindo um corsários de ganga e um top de alças preto, salta de uma árvore e posiciona-se de modo a mirar os amigos todos. A rapariga aponta uma arma de calibre 9.9 mm e dispara em direcção do banco onde eles estavam sentados. Sua intenção era acertar num animal, tal como um pombo para distrair os seis e atordoa-los com um tiro de anestesiante, mas falhou, pois no momento em que disparou algo de imprevisto aconteceu. Cloe levantou-se do banco e pôs-se em frente á mira alguns segundos depois da bala ter saído da arma, atingindo-a um pouco acima do coração. Apesar do erro, os Bladebreakers e Hilary distraíram-se, e a rapariga de cabelo castanho viu aí a sua oportunidade de os capturar.
Na prisão, Kai sentiu um aperto no peito. Ele sentia que algo tinha acontecido, mas não queria acreditar que tivesse sido com Cloe. Nunca tinha sentido nada assim. A única resposta era Cloe, por quem nutria um sentimento especial. Kai olhou então por entre as grades de uma pequena janela na sua cela para o por do sol. As nuvens estavam vermelhas o que significava que tinha sido derramado sangue. Kai sentiu-se angustiado por estar preso, sem qualquer noticia de Cloe ou dos seus amigos. Planeou então uma fuga, para se poder assegurar que estava tudo bem com eles.
Tyson acordou algemado a uma parede numa feia cave negra. Abriu um pouco mais os olhos para ver o que se passava e viu Cloe deitada numa mesa de cirurgião, com o mesmo a retirar-lhe a bala do peito, que se tinha alojado num músculo, mas sem o ter danificado.
Voltaire: Muito bem Hikary! Vais ser recompensada pelo teu bom trabalho!
Hikary: Obrigado padrinho!
Voltaire: Já acordas-te?
Tyson olhou para Voltaire e depois para Hikary. Ele não sabia o que se tinha passado.
Voltaire: O meu neto deve estar a chegar! Vocês significam muito para ele!
Tyson: A Cloe está bem ?
Voltaire: A rapariga? Peço desculpa mas o mais provável é ela morrer!- Voltaire dá uma gargalhada demoníaca.
Tyson: O Kai não vai gostar nada disso!
Voltaire: O que queres dizer?
Tyson: Nada!
Na cadeia, Kai finge estar com dores, e grita espavorido. O grande guarda que antes o tinha acompanhado a ele e a Cloe, abriu a porta para o levar para a enfermaria apenas para ser posto inconsciente pelo Dranzer, que foi lançado por Kai, atingindo a cabeça do oficial de justiça.
Kai corre pelo corredor e sai pela porta da esquadra, correndo em direcção a casa do Tyson.
O que acharam deste capitulo? Mandem reviews e se gostarem não se esqueçam de agradecer á Hikary-Hilary-Chan e á Debby-chan Kinomoto, a primeira por ser a personagem especial e a segunda por me ter ajudado a desenvolver este capitulo. Não percam o próximo capitulo: Verdade escondida.
