Disclaimer: Nenhum personagem ou local aqui relatados me pertencem, ok? Só para deixar claro que não pretendo roubar nada de ninguém.

CAPITULO I – A Aposta

Ora, não seja ridículo! Eu nunca me interessaria por aquele loiro aguado, metido e ridículo que pensa ter o rei na barriga só porque é muito gostoso! – gritava a ruiva.

Como é que é? Eu sou o ridículo da história? Ginevra Weasley, caia na real! Você se apaixonou por uma aposta! – retrucava o loiro amigo.

Meu Merlin... Eu me apaixonei por uma aposta... O que eu faço? – a garota estava desolada.

Todos os acontecimentos do último mês lhe voltaram à mente. Ela não se conformava com o quanto se deixara envolver em tão pouco tempo. Justo ela, a garota que detestava relacionamentos duradouros, a garota Weasley que tinha apenas um objetivo: detonar os caras que se apaixonassem por ela, igualzinho ao que aquele ridículo do Potter havia feito com ela e com seus sentimentos mais puros e ingênuos.

Há muito ela decidira se dedicar apenas aos estudos. Até aquele dia... Aquele maldito dia dos namorados. Todos tão felizes e patéticos de mãos dadas e sorrisos inocentes, alguns até bem maliciosos, mas todos patéticos. Se soubessem o quão previsíveis ela os considerava...

Precisava descansar, tudo aquilo lhe cansava muito. Começou a vagar pelos jardins, tentando isolar-se ao máximo do mundo e daquela aura de felicidade que pairava sobre o castelo. Mas é claro que não conseguiu seu intento, já que logo em seguida um irritante Colin Creevey a encontrou e, o pior, resolveu discutir sobre o quão errada Ginevra estava por simplesmente ignorar os caras que poderiam ser legais e fazê-la feliz. Mas não... Ela era muito cabeça-dura.

Até que ele teve uma brilhante idéia: virar o jogo. Dizer que ela não saía com ninguém porque não era capaz de fazer um cara se apaixonar por ela.

Hahaha! Mas era só o que me faltava! Eu consigo fazer qualquer um se apaixonar por mim! Acontece que EU não quero!

Pois eu duvido. – Pronto. Ele dissera a palavra mágica.

Duvida? Escolha qualquer um e eu provo! – Ela fisgou a isca. Agora sim.

Sem problemas... Mas preciso escolher muito bem, precisa ser um verdadeiro desafio... Que tal Gregory Goyle?

Quê? Tá maluco? Pode escolher outro! Não vou seduzir aquele trasgo! – disse a garota com cara de nojo.

Hahaha, não se preocupe! Eu estava apenas brincando.

Nesse exato momento, um certo loiro passava pelo outro lado do lago e, pelo que parecia, escorraçava Pansy Parkinson.

Já sei! Ginny, já tenho o seu desafio perfeito! Er... Quero dizer, seu par perfeito! – o garoto dizia com um olhar malvado.

Ginny virou seu olhar para a mira de Colin e não quis acreditar.

Vem cá, qual o seu problema? O Malfoy? Pirou? Esqueceu que sou uma Weasley?

Mas é claro que não esqueci! Por quê...? Acha que não consegue?

Lógico que consigo! Hunf! Mas um Malfoy... Por Merlin!

Pare de reclamar, pelo menos ele é gostoso.

Socorro!

Ótimo. Agora que o alvo já foi escolhido, precisamos decidir o tempo que você terá para conquistá-lo... Que tal duas semanas?

Só? – dizia a garota incrédula.

Ai, ai, ai... Tudo bem, que tal um mês?

Combinado. Em um mês, terei essa doninha nas minhas mãos... Ou melhor, aos meus pés. – e, dizendo isso, foi à luta.


Ora, ora... Se não é a pobretona! – Ginny, de tão desligada que estava, acabara de esbarrar em Malfoy enquanto corria para o quarto para se arrumar e preparar tudo para fisgar o loiro de voz arrastada e irritante.

Ora, ora... Se não é o garoto mais patético de toda Hogwarts! – disse com desprezo.

Quem diria que a Weasley fêmea sabe responder! A amantezinha de Potter! – ele também cuspia as palavras ao mesmo tempo em que se afastava pelo corredor.

Foi aí que a garota se lembrou da aposta e resolveu consertar a situação.

Olha, Malfoy... Desculpa, tá legal? – esse pedido estranho fez o garoto virar-se desconfiado.

O que você quer, pobretona? Dinheiro? Pode esquecer! Não faço caridade, nem muito menos converso com pedintes.

Não quero seu dinheiro! Não quero nada de você, deixe de ser imbecil porque não sou pedinte alguma!

Tem certeza? Bem que você está precisando... Olhe para essas suas vestes velhas! – comentou sarcástico.

Olhe aqui... Não me provoque! – disse já tirando a varinha das vestes.

Ou o quê? Vai me lançar uma maldição imperdoável?

Claro que não... Não sou seu pai. – Essas palavras provocaram uma careta naquele rosto sem expressão, a boca fina se fechou em uma linha fina de fúria e os olhos se apertaram como o de um animal que pretende atacar sua presa.

Eu a aconselharia a não me provocar, sua infeliz. – disse o garoto já voltando à face sem expressão habitual.

Não se preocupe, dragãozinho. – Merlin! Ela estava com nojo de si mesma.

Como é que é? Você anda bebendo, Weasley? Não sabia que é ilegal beber em período de aula? – o garoto demonstrava ter nojo do que ouvira, e já se afastava novamente.

Nem ela conseguia acreditar no que havia dito. Se algum idiota lhe dissesse algo parecido, ela riria tanto e seria tão sarcástica que deixaria o pobre infeliz extremamente envergonhado. Mas não Malfoy. Era como se ele acreditasse que ela possuía alguma doença contagiosa, mas ao mesmo tempo estivesse curioso em saber o porquê de ela ter dito tamanho despropósito.

Contudo, ela não estava a fim de se rebaixar mais naquele momento. Decidiu ir para seu quarto e pensar melhor na teia que traçaria em torno daquele loiro que, diga-se de passagem, era realmente tentador.


N/A: Bom, comecei a escrever essa fic no frio de uma tarde muito chata e monótona, hehe. Não tenho a pretensão de conseguir mil leitores... Mas enfim, quero saber o que acham, para então publicar o próximo capítulo.

Beijinhos!