PERIGO!
Se você não gosta de ver os G-boys em situações EXTREMAMENTE constrangedoras... não prossiga! Isso pode acarretar em sérios problemas mentais e risadas sem fim!
Mas, se você adora vê-los nesse tipo de situação... XD Fique a vontade!

Agradecimentos:
AAAAAAAAAHH! Galeraz... Valeuz mesmo! T.T Estamos emocionadas!
Eu poderia citar o nome de todo mundo, mas como não estou com o site de e-mails aberto... n.nU fica só o agradecimento e o aviso: DEPOIS DE MUITAS NOITES SEM DORMIR, BOLANDO O TAL DESFILE... TERMINAAAMOS! Ele deverá entrar no ar em breve! É esperar pra ver!
Beijossssssssssssss


Capítulo XXI

Loja da Hering – aproximadamente 13 horas. ---

Oh céus! É ele! – Gritou uma das atendentes, eufórica, enquanto Treize passava pela entrada da loja.

Sim sim sim! Oh Deus! Ele é tão lindo! – comentou outra, suspirando.

Lindo é pouco, mas deve ser gay! – Falou uma terceira, colocando gelo.

Eu preciso de um gay desse lá na minha cama... – disse a primeira, sorrindo de modo bobo, enquanto olhava-o se aproximar.

Olá, meninas! – Cumprimentou-as, educadamente.

Oooooiiiiiii... Treizeeee...! – Falaram em coro, com voz melosa.

Como tem passado? Se comportaram na minha ausência? – Ele perguntou, encostando-se no balcão.

Estamos bem! – Falou a primeira.

Nos comportamos de forma exemplar. – Disse a terceira, segurando seu braço. – Eu deixei seu uniforme separado. Venha, vou te mostrar onde está. – Comentou, puxando-o enquanto piscava para as amigas e mostrava-lhes a língua.

A atendente lhe entregou o uniforme e ele foi se trocar. Era óbvio que elas tentaram espiar, mas a porta estava devidamente trancada e não haviam 'furinhos'. Saiu, lembrando-se de deixar suas coisas, trancadas, em seu armário. Seria um dia longo... e duro!

McDonald's – aproximadamente 13 horas ---

E então, garoto, entendeu tudo? – Indagou-lhe o gerente, meio indeciso sobre a contratação tão rápida de uma criança.

Sim, eu entendi tudo. – Retrucou o chinês, impaciente. Aquele cara o tratava como uma criança! E ele já era maior de idade... apesar da sua baixa estatura!

Acha que pode atender no caixa? É uma tarefa mais simples.

Prefiro trabalhar na cozinha, se não se importa. – Falou Wufei, mostrando-se ligeiramente indignado.

Então tudo bem. Apenas preste atenção.

Ok.

Assim que o Gerente saiu, algumas atendentes vieram puxar assunto com ele.

Olá! – Cumprimentou uma de cabelos vermelhos.

Hn. – Respondeu ele, mostrando-se concentrado em observar as outras pessoas na cozinha.

Esse uniforme ficou ótimo em você, sabia? – Comentou uma menina loira, com as maçãs do rosto cobertas de sardas.

Mesmo? – Indagou ele, sem dar a mínima atenção ao que elas estavam dizendo. E, bem, aquele uniforme era horrível! E aquele maldito boné, então? Suspirando, ele voltou-se ao que tinha que fazer: Fritar as batatas!

Circo, localizado ao lado do Shopping – aproximadamente 14 horas ---

Sem recomendação? – Comentou um acrobata exaltado. – Como você contrata uma CRIANÇA sem recomendação nenhuma?

Você vai entender, assim que o vir no trapézio. – Falou o dono do circo, apontando para Trowa, que preparava-se para dar um mortal.

Esse garoto não é humano. – Voltou a falar o acrobata, não acreditando nos saltos e piruetas que Trowa realizava facilmente. – Nem a Daiane dos Santos pula tão alto.

Ele vai ser uma das estrelas principais! – Disse o dono do circo, com um sorriso. – Trowa Barton irá participar do espetáculo desta tarde!

Ao terminar seu 'aquecimento' (ele havia sido obrigado a fazer), alguns acrobatas e algumas bailarinas vieram conversar com ele.

Nossa, cara! Você é muito bom! Treina há muito tempo? – perguntou um jovem rapaz de cabelos verde-abacate.

Trowa olhou para a cara do 'sujeito', pensando em responder ou não. Seria melhor criar um vínculo social para se 'encaixar' no meio daquele lugar, para depois analisar e decidir o que faria.

Sim. – Respondeu em seu tom habitual.

Ah! Você me ensina? – Indagou uma menina, mais ou menos da sua idade, praticamente se jogando em cima dele com aquele 'Você me ensina?'.

Você não tem preparo físico o suficiente. – Ele respondeu como se aquilo fosse óbvio. – Aumente sua massa muscular e depois eu penso no assunto.

A garota não perdeu o rebolado diante a resposta negativa, e como ele não havia falado que não iria lhe ensinar, mas que iria pensar, ela agradeceu-lhe com um beijo no rosto.

Loja da Renner – Aproximadamente 14 horas ---

Quatre andava de um lado para o outro, tentando atender a todas as clientes e assistentes que insistiam em pedir-lhe conselhos.

Quatre, oh... posso te chamar de Quatre, não é? – Perguntou uma das colegas de trabalho.

Claro que sim! Somos colegas de trabalho! – Respondeu, sorrindo. As 'colegas de trabalho' derreteram.

Então, Quatre, o que acha desse baby doll? – Ela perguntou, mostrando-lhe um baby doll de seda vermelha, praticamente transparente.

A mente de Quatre gritava para ele sair correndo dali! E quase torceu o nariz diante a questão, mostrando que não aprovava, mas o que deixou seus lábios foi:

Oh, ficará muito bem em você! – Sorriu, forçado. Allá! Traga Lyria ou Ashley aqui para me salvar! Onde elas estão quando eu preciso? Pensou, quase chorando de vergonha quando uma velha senhora chegou para perguntar-lhe se uma calcinha fio dental preta ficaria bem nela.

Após meia hora de correria, Quatre queria ir, desesperadamente, embora! Todas aquelas mulheres o estavam deixando louco! Bem que as amigas o tinham avisado. Pareciam urubus em cima de carniça! Mas o pior veio quando um dos atendentes tentou passar-lhe a mão!

Queria sentir-se bem com todo aquele assédio e bem, até que ele deveria! Isso só lhe mostrava que era bonito, interessante e que muitas pessoas o desejavam... mas nenhuma delas era... Balançou a cabeça tentando esconder aquele nome o mais fundo possível!

Filial da Microsoft – aproximadamente 15 horas ---

Você é muito rápido! – Comentou uma garota, que sentava-se ao lado de Heero.

... – Heero não teceu nenhum comentário, e nem se deu ao trabalho de encará-la. Tinha que terminar o seu trabalho.

Você é mudo? – perguntou outra, sentando-se no lugar que mais cedo fora ocupado por Lyria.

De novo sem resposta.

Sr. Yuy, telefone para o Senhor. É a Srta Barton. – Falou a Senhora que sentava-se na mesa ao lado do telefone, a recepcionista.

Heero se levantou e caminhou calmamente até o aparelho.

Heero Yuy falando.

- Heeeeeeroo! Sou eu, Relena! – Lyria comentou, divertida.

O que você quer? Pensei que Ashley havia me chamado.

- E havia, mas eu tomei o telefone da mão dela! - Falou como se fosse algo normal. – A gente tá saindo daqui agora. – Começou. – Você já deve estar na terceira hora extra, então que tal dar o fora e encontrar com a gente no shopping onde Duo e os outros trabalham?

Estarei lá em meia hora.

- Entendido, Senhor Comandante Yuy! – Ela falou, mandou-lhe um beijo e desligou.

Loja Rihappy – aproximadamente 15 horas ---

O americano encontrava-se sentado em uma das pequenas mesinhas, ao lado de pequenas crianças, desenhando... bem, elas desenhavam, ele apenas ficava ali, olhando.

Olha só, tio Duo, eu desenhei você! – uma das criancinhas disse, puxando a manga da camisa amarela do uniforme.

Que lindo! – Duo disse, sorrindo amarelo ao ver uma imitação muito barata de si mesmo, com um cabeção e um corpinho minúsculo.

Uma garotinha com cara inocente aproximou-se dele.

Moço, você é tão bonito! Quando eu crescer, quero casar com você! – disse, sorridente.

Aham... Quem sabe um dia? – retrucou, ignorando totalmente a frase.

Jura! ÊÊÊÊ! MAMÃÃÃEEE, O MOÇO BONITO DISSE QUE VAI CASAR COMIGO QUANDO EU CRESCER! – a garotinha saiu correndo em direção à sua mãe.

Duo sorriu amarelo, novamente. As crianças eram tão inocentes... Voltou seu olhar para as outras crianças, que corriam alegremente pela loja, carregando pilhas de brinquedos para lá e para cá, até que uma das mães aproximou-se.

Olá. – disse, tentando agir de forma sedutora, mas falhando miseravelmente.

Olá! – Duo respondeu, sorridente como sempre.

A mulher sentou-se ao seu lado, cruzando as pernas, descaradamente.

Eu estava notando que você tem muito jeito com crianças...

Pois é, né? Eu gosto delas.

Aquele é o meu filhote! – apontou para um menino rechonchudo e com as bochechas rosadas. – Não é a criança mais linda?

Oh, com certeza! – Duo respondeu, tentando não rir. – Muito fofo.

Pois é. Eu tenho que cria-lo sozinha... O irresponsável do pai desapareceu sem assumir a paternidade do pequeno Otávio...

É mesmo? Isso é horrível. – o americano comentou, lembrando-se de sua própria infância.

Desde então eu tenho procurado desesperadamente um pai para ele.

Juuuura? – Duo respirou fundo, tentando ignorar a extrema indireta da frase.

Siiiiiim. E acho que acabei de encontra-lo! – sussurrou maliciosamente, aproximando-se do ouvido do americano.

Eeeehhh... Eu... preciso fazer uma ligação! Já volto! – levantou-se rapidamente, saindo varado dali.

Entrada do Shopping – quase 16 horas ---

Ui, vibrou! – Ashley fez cara maliciosa ao sentir o celular vibrar no seu bolso traseiro. – Mensagem... nhai nhai... De quem será...? – Ela perguntou, conferindo a tal mensagem. – Treize... – Riu.

Leia, leia, leeeeiaaaa! Eu quero saber o que ele diz! – exclamou Lyria; Treize raramente mandava torpedos para elas, o que será que ele queria?

Tá escrito assim: Por favor, venham me salvar! Treize. – Ash leu, fazendo caras e bocas, enquanto controlava-se para não desabar no chão, rindo.

Lyria gargalhou em alto e bom som, fazendo todos olharem para a cara dela.

Se deu maaaaaaal! – gritou, entre risos. – HAHAHAHAHAHA!

Ui, vibrou de novo! Ops, e de novoooo! Geeeeente! Tô famosa e não sei! – Ela constatou que ambas as mensagens era enviadas via internet e abriu-as eufórica, leu-as em voz alta: - Por Allá, tirem-me daqui! Quatre. – Ash, riu ainda mais e depois leu a segunda: - Vocês poderiam fazer o favor de tirar esse bando de urubus de cima de mim? Trowa.

Colocando a mão na boca para não fazer ainda mais escândalo, Lyria estava quase chorando de tanto rir da cara deles. Seu celular também vibrou.

Êêê, minha veeeez! – disse, abrindo a mensagem. – Socorro! Wufei. Ihihihihi, Wuffy-san se ferrou também! – o celular voltou a vibrar. – Opaaa, mais um desesperado por nossa salvação! – a garota exclamou, sentindo-se A super-heroína. – Cadê vocêêês? Mãe solteira à vista, help meeee! Ô mulher depravadaaa! Duo –desesperado-. – Lyria teve que se escorar na parede para não cair no chão de tanto dar risadas, até que teve que cessar a crise de gargalhadas para atender a chamada de seu celular. – Siiiiiim?

Vou me atrasar. – soou a voz de Heero do outro lado da linha. – Aqui só trabalha mulher! – exclamou, indignado.

Ó, é o seguinte... Já temos muita gente pra resgatar aqui no shopping, entoneee vire-se! Aguarde a sua vez, pequeno rapaz. Se quiser, pegue uma senha e sente-se no banquinho de espera! Bye bye! – Lyria desligou o celular, sorrindo vitoriosamente. – Super-heroínas ao resgateeeeee!

Quando ia dar o primeiro passo rumo à salvação do planeta, o celular vibra mais uma vez, mostrando novamente o número do serviço.

Que é, Heero? – perguntou.

Ajudem-me, por favor. – o japonês parecia desesperado.

Caracaaa, o Soldado Perfeito nos pediu 'por favor'! – Lyria comentou com a outra, que ria que nem uma maníaca. – Ok, Hee, coloca aê no viva-voz.

Certo. – Heero fez conforme o ordenado. – Missão cumprida.

Ô GENTEEE, DÁ PRA VOCÊS DAREM UM TEMPO? ELE NÃO É NENHUMA CARNIÇA PR'UM BANDO DE URUBU FICAR EM CIMA, TÁ? TIREM O OLHO QUE ELE JÁ TEM DONO! AGORA DEIXEM-NO EM PAAAAAZ! – Lyria gritou, afoita, ignorando totalmente os olhares dirigidos em sua direção. – Prontinhoooo! – disse, sorrindo docemente.

Ninguém da firma percebeu a palavra 'dono' usada no masculino.

Obrigado. – Heero disse, num tom baixo, mas Lyria conseguiu escutar.

De nadaaaaaaaaa! Agora venha para cá imediatamente! Tchauzinho! – encerrou a ligação, guardando-o no bolso novamente.

Certo, menos um. – Ash falou, tentando parar de rir. – Agora nós temos que nos dividir e tentar salvar os outros! – Ela continuou falando. – Façamos o seguinte: Salve Wufei e Duo enquanto eu cuido de Treize e Quatre, nos encontramos nessa entrada em meia hora para salvar o Trowa, okie dokie?

Okie dokie! – Lyria disse, batendo continência. – Qualquer comunicação emergencial deverá ser feita através de torpedos, escritos em código ultra-secreto. Até mais! – a garota saiu correndo em direção ao McDonald´s enquanto Ash corria em direção à Hering.

Heroína: Lyria. Missão: Wufei. ---

Lyria aproximou-se cuidadosamente do território inimigo, avistando de imediato as inimigas e a pobre vítima.

Wuffy-saaaaan, meu querido, eu estava te procurando desesperadamente! – exclamou, debruçando-se no balcão de atendimento e chamando a atenção dos atendentes. – Está se divertindo bastante no primeiro dia?

Você não imagina o quanto. – respondeu, com cara de desgosto.

Quanto tempo falta pra acabar seu expediente, amor? – enfatizou a última palavra, olhando e sorrindo cinicamente para as mulheres ao seu redor.

Wufei ignorou o apelido carinhoso, e o gerente apareceu, dizendo que o expediente do chinês já havia se encerrado há alguns minutos.

Que maravilha! – Lyria bateu palmas. – Então vamos nessa, Wuffy-love, temos uma loooonga noite pela frente. – piscou para ele, que saiu para trocar de roupa.

A garota aproveitou a ausência do mesmo para tirar uma onda com a cara daquelas taradas.

Meniiiiiinas, 'cês não tem noção do que é aquele homem debaixo dos lençóis! – disse, sorrindo inocentemente. – Ô louco!

As mulheres ficaram vermelhas e voltaram a trabalhar, tentando ignorar o comentário.

Em menos de cinco minutos, Wufei voltou, estranhando o fato de as garotas nem lançarem um único olhar em sua direção.

O que você disse a elas? – perguntou, enquanto andava ao lado de Lyria para 'salvar' Maxwell.

Eeeeeeu? Nada de mais. – sorriu de orelha a orelha.

Imagino.

Que bom! Agora vamos, temos outra vítima para salvar!

Treize?

Naaah... A Ash-sama já foi cuidar dele. Vamos salvar Duo Maxwell das garras da femme fatalle.

Heroína: Ashley. Missão: Treize. ---

Ashley corria feito louca para chegar à Hering a tempo de salvar a vítima, e esperava encontra-la com vida...

Parou em frente à porta, bufando. Levantou os olhos e o que viu a deixou extremamente irritada: ERAM SEIS CONTRA UM!

TREIZEEEEE! – Entrou, fazendo festa. – Eu não pensei que ia encontrá-lo por aqui a essa hora! – Comentou, sorrindo e aproximando-se dele, dando um nada proposital empurrão nas demais meninas. – Será que você poderia me ajudar?

Claro, Srta Barton. – Treize não se fez de rogado. Sabia que a garota estava ali para salvá-lo e obedeceria cegamente às indiretas dela. – Em que posso servi-la?

Estou com desejo! – Disse, fazendo biquinho. – Preciso de um pirulito grande. – Falou novamente, com olhinhos inocentes. – E eu sei que você pode me ajudar com isso. – Continuou dizendo, não se importando com as garotas, que ficaram extremamente envergonhadas. – Hey, o que foi? Eu não posso pedir um pirulito à ele? Vão trabalhar! – Ralhou. – Sumam ou eu chamarei o gerente, hpmf. – Sem esperar pelo 'ataque de histerismo' da possível esposa de Treize (tosse) todas voltaram para seus devidos lugares. Ashley piscou para o Jovem Kushrenada que sorriu.

Vou me trocar e pegar minhas coisas, não demoro. – Ele sussurrou, em seu ouvido.

Táááá! – Ela sorriu e mandou-lhe um beijinho. Ô bando de mulher assanhada! Pensou, olhando feio para todas elas. Queria que a Katana de Wufei estivesse em minhas mãos agora! Não ia sobrar uma viva alma feminina nesse local!... Eh... talvez só a minha.

Treize não demorou e logo estavam saindo da loja, indo em direção à Renner.

Quatre?

Está em apuros, assim como todos os outros... – Ela falou, puxando-o pela mão. – Quero só ouvir um 'Não exagerem suas loucas' agora!

O rapaz riu e continuou seguindo-a. Eles realmente não poderiam mais falar nada a esse respeito...

Heroína: Lyria. Missão: Duo. ---

Os dois aproximaram-se da entrada da loja infantil.

Wuffy, espere aqui fora, sim? – Lyria aconselhou-o.

Por quê?

Porque sim! Eu te salvei, você me deve a sua vida! Tá? Então simplesmente me obedeça e veja como uma verdadeira atriz trabalha! Fique só olhando.

A morena entrou no território e avistou a femme fatalle sentada à mesinha, dando descaradamente em cima de seeeeu ídolo máximo.

Duuuuuo, meu amooor, finalmente seu horário acabou, né? – Lyria exclamou, sentando-se em seu colo e enlaçando seu pescoço.

Pois é. – o americano voltou-se para a mãe solteira tarada. – Que pena, nossa conversa terá que ficar para outro dia.

Tudo bem. Qualquer coisa, é só me ligar. – a mulher entregou o cartão a ele.

Lyria pegou o cartão e o rasgou em oito pedacinhos.

Não se dê a esse trabalho, eu posso satisfazê-lo. – sorriu inocentemente. – Não é, meu amor?

Eh... – sentiu um beliscão em seu ombro. - Aham! Ô, como pode!

Ly sorriu novamente.

Então, foi um prazer conhece-la, Senhora. Mas nós temos muito o que fazer hoje à noite... Sabe como é, adolescentes são insaciáveis. Né? Você entende como é a juventude, afinal, já passou por essa fase. – piscou para a mulher, sorrindo cinicamente. – Vamos nessa, namorado. – deu um beijo em seu rosto e levantou-se, puxando-o consigo.

Tchau! – Duo acenou para a mulher, respirando aliviado.

Pronto, salvei os dois. Agora vamos voltar para a entrada do shopping, precisamos encontrar a Ashley e os outros para irmos salvar Trowa-san!

Heroína: Ashley. Missão: Quatre. ---

Ashley respirou fundo. Isso ia ser mais difícil do que imaginara.

A loja estava abarrotada de gente! E lia-se em letras garrafais na entrada da loja: TUDO COM NO MÍNIMO 50 DE DESCONTO.

Tô ferrada! – Exclamou. Pobre Quatre, ele já deveria estar morto, pequeno do jeito que era... se não tivesse sido pisoteado, esmagado, torturado, violentado, forçado a fazer coisas terrivelmente inimagináveis... – Você espera aqui! – Ordenou a Treize, que já se acomodava em um banquinho.

Eu nunca disse que ia entrar. – Falou o Jovem Kushrenada, cruzando as pernas e apoiando o queixo nas mãos. – Desejo-te uma grande sorte, você vai precisar... literalmente.

Snift snift snift… obrigada pelo consolo. – Ash falou, respirando fundo e estufando o peito. – Eu voltarei viva! E se Quatre estiver morto, eu trarei seu corpo para que possamos sepultá-lo descentemente.

Dramática. – Sussurrou Treize, vendo-a entrar.

Assim que colocou os pés dentro da loja teve que se esquivar de uma baleia que insistia em permanecer fora de seu habitat natural.

Mas por que esses malditos animais insistem em vir para a cidade grande? – Murmurou para si mesma, passando por debaixo das peças de roupa.

Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Mulher. Céus! Seus olhos só focalizavam fêmeas! Onde estava o macho da manada desenfreada?

QUATREEEEE? – Berrou, o que pareceu um sussurro em meio à gritaria. – QUAAAAAATREEEEEEEEEEEEE! – continuou berrando.

Ashley tinha uma imensa dificuldade em se locomover. Aquilo não era uma loja! Era um zoológico! Baleias, ursos polares, urubus, cobra, mosquitos, aranhas, baratas... eca!

QUAAAAAAAATREEEEEEEEEEEEEE! – Não. Definitivamente aquilo não iria dar certo. Tinha que achar um meio mais fácil... talvez se pegasse o microfone... NÃO! Isso só iria dar a localização exata de onde o loiro estaria indo.

Continuou andando, bem, isso se aquilo podia ser chamado de andar, né? Estava mais é se arrastando!

Sentiu uma passada de mão em sua bunda e virou-se para ver quem era o atrevido. Nhai... como iria descobrir? Tentou esquecer o fato e continuou procurando por uma cabeça loira... bem, haviam muitas e logo ela teve que mudar de tática...

Foi quando, por um milagre divino, uma benção do Senhor das Trevas e dos Homens em Apuro, viu um aglomerado de mulheres em frente ao provador feminino.

Acheiiiiiii! – gritou, dando pulinhos eufóricos. – Agora como eu vou tirá-lo dali? Hum...

Correu até o microfone, que ficava perto do provador, e subiu sobre o balcão, chamando a atenção da clientela. Limpou a garganta e começou:

Calma garotas, muita calma nessa hora! Eu trabalho em uma loja de sorteios que abriu agora, à umas duas quadras daqui. E estamos inaugurando hoje! Então eu resolvi vir fazer propaganda, não é chique? – Ela sorriu. E viu o árabe respirar mais aliviado. – Nós estamos dando para as 10 primeiras pessoas que chegarem ao local, ingressos para o Show de Felipe Dylon que acontece na sexta-feira!

Os olhos da clientela se arregalaram e a debandada começou.

Assim que a poeira abaixou um pouco, ela correu até Quatre e puxou-o para fora da loja.

A maioria das atendentes tinha ido atrás dos tais ingressos. Por isso não levaria bronca por ter mandado os clientes embora.

Aff... esse foi um resgate difícil! Nhai como eu sofro!

O loiro ainda parecia estar em estado de choque. Seus olhos estavam rasos d'água e seu corpo tremia consideravelmente.

Treizeeee? – Chamou ao constatar que Kushrenada não se encontrava em frente à loja.

Estou aqui. – Ele disse, saindo de trás de umas árvores que eram plantadas dentro do shopping.

Se escondendo, né? Que bonito!

Lutar contra Móbile Dolls é menos perigoso do que estar em frente a uma manada de animais desenfreados!

Covardeeeeeeee! – Brincou ela e ele nem deu bola. Nos finalmentes ela sabia que ele tinha total razão. – Ahn... Quatre, você está bem? – Indagou, contanto que o loirinho parecia infeliz. – Você não precisa mais ter medo, os monstros já foram embora!

Não é isso... – Ele falou, baixinho. - ... Depois eu... te conto...

Okieeee! Agora vamos atrás da Lyria que ainda temos que salvar o Trowa! – Falou, sem perceber que a menção do nome do moreno deixou alguém ainda mais triste.

Heroína: Lyria. Missão: Correr. ---

Lyria, Wufei e Duo encontraram Heero esperando na entrada do shopping.

Conseguiu chegar aqui inteiro, Hee-chan! – a garota comentou, sorrindo.

Hn.

Um barulho de passos de elefantes ressoou por todo o shopping. Lyria olhou para trás e arregalou os olhos.

DEBANDADAAAAAA! – gritou para os garotos, que entraram em pânico.

Lyria empurrou Heero pro chão, ao lado da porta de entrada. O japonês caiu em cima de Wufei, enquanto Lyria estava em cima de si. Duo se viu sem saída e abaixou-se, jogando-se por cima da garota e colocando as mãos na cabeça.

EU NÃO QUERO MORREEEEER!

MAMÃÃÃE, SOCOOOOOORRO! – Lyria berrou, desesperada, enquanto os passos de elefantes continuavam soando pelos corredores.

Todo o shopping havia parado para observar a debandada, espantados, enquanto os seguranças chamavam uma ambulância, pois jaziam 'mortos' e feridos no chão.

Ashley não sabia que aquela pequena placa que observara durante o trajeto até o shopping poderia ser tão útil! Ela nem sabia nada sobre a tal promoção, mas isso a tinha ajudado a resgatar Quatre com vida... só esperava que Lyria e os demais também estivessem vivos...

LYRIAAAAAA? – Gritou, chamando a atenção de muitas pessoas. – O que é? Vocês não viram o tamanho daquela manada? Eu perdi minha amiga, dá licença? Oh, bando de povinho que não tem o que fazer... dá licença! LYRIAAAAAAAAAAAA!

Lyria piscou os olhos.

Gente, ouço uma voz no fim do túnel! – disse, fazendo os outros levantarem-se. – Saia de cima de mim, Maxwell!

LYRIAAAAAAAAAAA! – gritou e logo a voz de Treize se fez ouvir:

WUFEI!

Hey! – ralhou Ash. – É Ly-san e não Dragão! LYYYYYYYYRIAAAAAAAAAAAAAAA!

WUFEIIIIIIIII!

O chinês levantou-se depressa ao ouvir a voz de seu amado em meio à multidão.

Treize! – procurou-o por todos os lados.

Dragão! – Chamou ao avistar o pequeno chinês. Mas antes que pudesse alcançá-lo e abraçá-lo, sentiu Ashley segurando-o pela camisa.

Nada de abraços em público, já temos entretenimento demais.

Lá estão eles! – Lyria apontou para Ash e companhia. – ASHLEEEEEEEEEEEEEEEEY! – correu até ela.

LYYYYYYRIAAAAA! – Ash se jogou nos braços da amiga. – Eu pensei que você estivesse machucada, ou até morta! Snift snift snift, eram tantas baleias!

E eu quase morri! Por pouco não fui pisoteada! Mas, qualquer coisa eu tinha Duo-love em cima de miiiim, servindo de escudo! – a ficha caiu e Lyria percebeu que Duo Maxwell estava em cima dela. – Ele realmente estava em cima de mim! Por culpa daquelas baleias fora d'água eu não pude aproveitar... – comentou, sussurrando.

Ashley, o que você fez para conseguir isso? – Treize comentou, abraçando discretamente o chinês, por trás.

A garota de olhos verdes tossiu.

Eu disse que estavam dando ingressos para o show do Felipe Dylon para as dez primeiras pessoas que chegassem lá, na loja...

Nhaaaai, que péssimo gosto! – Lyria fez cara de nojo. – Peraí... Foi você que começou a debandada! 'CÊ QUER ME MATAR? Tá ceeerto, depois vem com esse papo de que tava preocupada comigo... snif snif snif... Buááá, traída pela minha própria amiga!

Não foi minha intenção! JURO! Eu só queria tira-las de cima do Qat! – Tentou. – Entre numa loja que tem um pôster: TUDO POR NO MÍNIMO 50 DE DESCONTO e nós poderemos bater um papo... – Ela falou, tristinha, não queria que Lyria ficasse de mal.

Hmpf. Vou te perdoar dessa vez. Só porque foi pelo Quatre! Bem, estão todos inteiros?

SIM! – Ash gritou, abraçando-a. – Agora vamos salvar o Trowa-san e ir para o Atlantic se não sabe lá Zeus o que acontecerá conosco!

Continua no próximo capítulo...

Notas:

(Goddess) Bem, era pra ter colocado a salvação de todos eles aqui, mas ia ficar gigantesco e nós resolvemos separar...
(Sayuri) Pois é... Agora imaginem vocês, nós duas digitando esse capítulo no meio da madrugada... Rindo que nem maníacas das cenas de salvação. A gente tava com sono, cara, por isso que saiu essa desgraça. –risos- Não dá certo escrever de madrugada, sempre sai essas aberrações...
(Goddess) Aham... gente... até DEBANDADA teve… Putz, mas será que alguém aqui já passou por aquilo? Nhai, eu passei e é horrível! Loja em liquidação é o fim e daí chega gente da loja concorrente e faz oferta também e é aquela correria... ;.; Ah, sem esquecer que meus pais vieram brigar com a gente duas vezes na madru... ihihihihih... não deu pra evitar as risadas!
(Ambas)Vamos indo que temos o capítulo XXIII para digitar! Beijinhos, bye byeeeee –acenando-