AVISO:
CONTÉM MUITO PALAVRÃO E MÚSICA IMPRÓPRIA (MAMONAS ASSASSINAS). NÃO DIGAM QUE NÃO AVISAMOS!
Agradecimentos:
(Goddess) Opa, demorou mais chegooooooooooou! XP Prometemos atualizar todos os dias dessa semana!
(Sayuri) nn' Agora que finalmente decidimos se o capitulo sofreria ou não mudanças, podemos postar o resto. E são muitos! Preparem-se!
(Goddess) \ nn / FESTAAAAAAAAAAAAA!
Agradecemos a paciência de todo mundo... XP Vocês merecem um prêmio!
Darksoul: Gomen, gomen! Seremos mais rápidas! Ou pelo menos vamos tentar! Já temos muitas idéias para chegar ao final do fic, mas nenhuma especificamente para o final!
Anna-Malfoy: Nhaaaaaaaa! Seu pedido foi parcialmente atendido! XP Ainda falta o Duo e o Heero, mas muita calma, tá? Vamos resolver isso!
Youko Julia Yagami: Nhami Nhami, o desfile não está bem do jeito que você espera! nnb... Desculpa a demora.
Dark Angel: -risos- Nós também rimos ao escrever aquele capítulo! AH! Esse 22 também tá pra rir! nnb MaiMai: Pois é! Os G-boys sofrem demais, infelizmente eles vão sofrer mais até o final! Principalmente quando eles forem assistir o jogo de futebol! XP É esperar pra ver!
Serennity Le Fay: Opaaaaaaaaaaaaaa! Ainda bem que você riu! Essa era a intenção! XP Nós acordamos a vizinhança toda, eu acho... oo ... Como eu disse pra Youko o desfile não está bem do jeito que vocês esperam! Anna Yuy Maxwell: Pois é, ninguém segue os avisos... mas nós avisamos! Pra depois não reclamarem! Nosso sonho era passar um dia com eles, mas no final, acabamos ficando duas semanas, incrível, né? Mas se tudo correr bem, muitas de vocês (leitoras e leitores) também terão essa oportunidade no Anime Friends que eles vão! É só colocar o nome na lista de visitas! AAAAAAH! Fotos e autógrafos também são permitidos, só precisa agendar horário!GENTE, VALEUZ AS REVIEWS E MUITO OBRIGADA PELA PACIÊNCIA! NÓS PROMETEMOS TENTAR SER MAIS RÁPIDAS! Não temos muitas dúvidas do que vai acontecer a partir de agora! nnv
Capítulo XXII
As meninas chegaram ao circo em dez minutos. Ashley estava pronta para entrar em cena novamente quando topou com uma cena pra lá de estranha:
Todas as garotas estavam reunidas no centro do picadeiro e, ao que parecia, o dono do circo estava dando uma beeeela bronca!
- COMO VOCÊS PUDERAM AGIR COMO VADIAS DENTRO DO MEU CIRCO? - Gritou ele, irritado. - AQUI NÃO É NENHUMA CASA NOTURNA E MUITO MENOS UM BORDEL! - Continuou ele. As garotas estavam de cabeça baixa, pareciam arrependidas de algo. - MUITO BEM, AGORA NOSSA ESTRELA PRINCIPAL SE DEMITIU E EU QUERO VER QUEM VAI SUBSTITUI-LO.
- Eh...- Ashley engoliu em seco. - ... com licença?
Ainda irritado o homem virou-se para ela, perguntando o que ela desejava.
- Eu vim atrás de Trowa Barton, sabe onde ele está?
- Você é conhecida dele? - Indagou ele, amansando a voz.
- Sou Ashley Barton, irmã de Trowa Barton! - Mentiu, sorrindo.
- Oh! Ele está no camarim, arrumando as coisas... Por favor, faça ele permanecer no circo, preciso dele!
- ... Eh... eu... não faço idéia do que você está falando! Eu vim aqui para buscar o meu irmão para irmos juntos pra casa...
O dono do circo respirou fundo.
- Ele está lá atrás. - Disse apontando para as cortinas vermelhas ao fundo.
- Muuuuuito obrigada... eu vou falar com ele! - Ela sorriu e olhou de forma significativa para Lyria e depois para Quatre.
- Vai lá, manda bala! - Lyria comentou, colocando um dos braços em torno do ombro do loirinho. - Vem cá, Quatre-chan, vamos conversar.
-x-x- Atrás das Cortinas Vermelhas -x-x-
- Trowaaaaaaaaa...- Chamou, batendo na porta. Como era de se esperar, não houve resposta. Então ela decidiu considerar aquilo como um 'Seja Bem-Vinda'. - Ae, moleque, tudo de boa? Pediu demissão?
O olhar que recebeu de Trowa a fez recuar alguns passos.
- Vá embora. - Falou com uma voz cortante, digna do Soldadinho de Chumbo.
- Nhai? Eu vim aqui para te salvar, lembra? Você me chamou, eu vim...
- Não preciso. Vai embora.
- Ãhn?
- Eu já resolvi.
- Você tá estranho e eu tô com medo! - Disse ela, encolhendo-se contra a porta fechada. Só o que recebeu foi um olhar ainda mais cortante.
- Uiiiiii! Assim você me congeeeela! - Ela brincou, voltando a aproximar-se dele. - Que é isso, garoto impertinente, você sabe que não pode comigo! Agora vamos, eu adoro confissões e quero ouvir a sua! Se quiser eu posso me posicionar ali atrás daquele treco... - Tinha uma divisória onde os artistas podiam trocar de roupa. - ... e daí você finge que eu sou um padre e confessa todos os seus crimes e pecados, o que acha?
Bufando, Trowa virou-se para frente, terminando de tirar a maquiagem.
- Estou irritado. Apenas isso.
- Trowa Barton, irritado? Geeeeente! Não consigo me decidir qual é o fato mais chocante do dia!
- Cala a boca. - Ele falou, baixinho.
- Ops... não tá mais aqui quem falou. - Ela disse, sentando-se ao lado dele e fazendo-o se virar para que ela mesma pudesse retirar a maquiagem do belo rosto do moreno.
- Eu deveria ter ido embora naquela noite... - Ele começou, sem alterar sua expressão facial. - Acontece que...
- O Quatre pediu para você ficar e você acabou dormindo com ele, eu vi.
- É. Eu me senti... tão bem nos braços dele. Foi como... se eu tivesse encontrado... um... lugar pra ficar... Ah, sei lá. - Falou, retirando as mãos da menina de perto de si. - Eu nem sei o que estou dizendo!
- Você gosta dele. - Ela falou, sorridente. - Só está com medo de não conseguir corresponder do jeito que você acha que deve. - Ele levantou os olhos para encará-la. - Escuta, você realmente não precisa se preocupar... Não tem uma maneira certa de amar ou uma maneira errada... você tem consciência que ama o Qat-san e é isso que importa! - Ela bateu palmas, satisfeita com os olhos verdes arregalados diante a verdade. - O Quatre me confidenciou... que nunca beijou ninguém antes e que ficou com medo que você o beijasse durante aquela noite... - Ela riu. - ... ficou com medo de fazer errado. Acredita nisso?
Trowa também riu, limpando as lágrimas que teimavam em se formar no canto de seus olhos.
- Ele te disse isso?
- Disse! E eu cai sentada. - Ambos riram. - Ele me pediu para ensiná-loa beijar, mas creio que eu não sou a professora mais indicada para isso. Acho que o melhor é você pegá-lo de jeito essa noite e ensinar tudo que se deve! - Ele riu, vermelho e ela piscou. "Depois me conte os detalhes, preciso escrever cenas picantes 3x4!
- Hahahahaha, eu vou tentar! - Ele disse, abraçando-a. - Obrigado pela ajuda.
- Que é isso... É para isso que servem as amigas/escritoras/fãs/amantes/loucas/retardadas/yaoistas e etc etc e talz...
-x-x-
Lyria levou Quatre para um canto mais afastado. A garota puxou um banco meio velho que tinha no local e pediu que o loirinho se sentasse nela.
- Certo, Quatre, quer me contar o que houve? - Perguntou, ajoelhando-se em frente a ele.
O árabe abaixou o rosto, parecia envergonhado de alguma coisa.
- É que... lá na loja...
- O que aconteceu na loja? - Lyria perguntou num tom calmo, incentivando-o a continuar.
- Um pouco antes... da Ashley chegar... Uma mulher... me puxou... e... - Quatre disse, entre soluços.
- O que ela fez? - A garota já estava ficando indignada com a tal mulher.
- Me... me... beijou. - O loiro escondeu o rosto entre as mãos, desejando que abrisse um buraco na terra naquele exato momento e o engolisse.
Os olhos de Lyria arregalaram-se, espantados.
- Como! - Ela levantou-se, socando a própria mão. Ashley já havia contado sobre a confissão de Quatre para Lyria, então ela sabia de toda a história. - Quatre... Você se lembra de como ela era?
- Eh... Ela já tinha uma certa idade, eu acho... E ela tinha me perguntado... algo sobre... calcinhas.
- Me diga como ela era! Se eu a encontro na rua, eu a mato!
- Não faça isso! - Exclamou o loirinho.
- Por que não? Não posso deixar que ela faça isso com você e saia ilesa! Tá, não precisamos chegar até a morte... basta eu manda-la para a UTI que eu fico satisfeita...
Ashley chegou chegando enquanto abria um beeeelo de um sorriso descarado e muuuuito safado.
- Sinto muito, Senhor Dono do Circo, mas o Trowa-san disse que não quer trabalhar com pessoas atiradas. E que seu circo precisa melhorar muito ainda. - Ela deu de ombros. - Sabe como é, né? Tá acostumado com Circos Internacionais... tsc tsc tsc... Ah, com licença, tenho um assunto urgente para tratar agora. - Falou quando o moreno apareceu atrás dela, segurando-a pela cintura e praticamente arrastando-a para longe dos olhares do ex-chefe. - Ly-saaaaaaan, código T4Q3!
- Entendi. - Lyria respondeu, virando-se para Quatre. - Você está melhor agora?
- Um pouco... Obrigado por me aturar.
- Que é isso, loiro, não é nenhum sacrifício! - Abraçou o árabe e andou pra bem longe dali.
Ash sentiu um leve tremor vindo do corpo atrás de si quando Lyria deixou Quatre sozinho.
- Hey, não vai fazer feio agora, né? - Ela sussurrou discretamente no ouvido dele. - Não se preocupe, tudo ficará bem. Confie nas duas loucas, okie?
Ashley recebeu um beijo em sua bochecha como agradecimento pelo apoio e logo os braços em torno de sua cintura deixara de existir. Trowa estava indo falar com Quatreeeee! Sua mente cantarolou enquanto se aproximava da amiga.
- Hey, vocês dois. - Chamou a atenção de Quatre e Trowa. - Estamos indo na frente, não demorem muito! - O moreno confirmou com a cabeça e Quatre não precisou dizer nada. Voltando-se para Lyria, Ash comentou: - Você percebeu que Heero e Duo não estão à vista? -
- Ahaaaaam. E eu estou indo investigar o caso neste exato momento! - Respondeu a outra. - Nhai... Vamos ver... Onde eles podem estar? - Vasculhou todo o ambiente com os olhos.
- Devem estar metidos entre os carros... - Ash falou, ajoelhando-se e procurando por pernas.
- Provavelmente. - Disse Lyria, fazendo o mesmo que a amiga. - Esses dois não têm jeito, cara. Não esperam nem chegar em casa.
- Ora, vamos... eles sempre foram assim! É só lembrar daquele Arco que a Yoru no Yami está escrevendo: Ensaio 1x2... Até dentro do ônibus, cheio de gente!.
- Foi por isso que eu disse, eles não têm jeito. - Procurou do outro lado do estacionamento. - Mas que bosta, esse lugar não tem iluminação não, hein?
- Eu não sei! - Ashley forçou os ouvidos. - Lyria, não se mexe! E prenda a respiração! - Pediu, já realizando ela mesma ambas as ações.
A outra ficou imóvel conforme o dito. Alguns sons abafados chegaram até seus ouvidos 'tuberculosos'.
- Ouço os gemidos no fim do túnel!
- Hai, eu também! - Ash falou, satisfeita.
Tentando localizar de onde vinha o som, Lyria andou até o meio do estacionamento na ponta dos pés pra tentar encontrar alguma cabeça se locomovendo.
- 'Cê achou algum pé? - Perguntou para a amiga, que continuava abaixada.
- Não. Mas os sons vem dali. - Ash apontou para oeste de onde estavam.
- Certo! Vamos colocar nosso talento de espiãs em prática! - Disse, escondendo-se atrás de um carro grande, enquanto imaginava a música-tema de Missão Impossível tocando.
Ashley ia seguir Lyria quando sentiu um puxão em seu braço e caiu para trás, em cima do inconveniente, que tapava sua boca com a mão.
Lyria não percebeu que a amiga não a seguia, e continuou movendo-se lenta e silenciosamente por entre os carros, chegando mais perto de onde vinham os sons. Olhou em volta e, vendo que ninguém se aproximava, subiu em cima de uma Pickup sem fazer barulho e permaneceu na escuta.
- Duo... pára... A gente tem que voltar agora. - Ouviu a voz de Heero.
- Aaaaahh nãããooo... - A voz melosa do americano seguiu a dele.
A morena se esticou para tentar ver o que acontecia.
- As garotas vão vir atrás da gente, Maxwell... Tire a mão daí!
Ficando na ponta dos dedos dos pés, Lyria se esticou o máximo possível para ver a cena, mas o carro em que Duo e Heero se escondiam ao lado era muito alto. 'Vou ter que escalar naquele carro, cara!', pensou, enquanto descia da Pickup.
- Tem certeza de que quer que eu pare? - Duo perguntou, maliciosamente.
'Drogaaaa, tô perdendo toda a ação!', Lyria gritou mentalmente. Colocou um pé em cima do pneu do carro, mas perdeu o equilíbrio e caiu pra trás, batendo no carro, que disparou o alarme. 'PQP!', pensou, levantando-se depressa. Andou até o outro lado, nem notando a posição comprometedora em que Duo e Heero se encontravam, e os puxou pelas camisas.
- SIMBORA, MUVUCA! - Gritou, arrastando os dois para bem longe.
-x-x-
Ashley se esperneava e tentava acertar seu agressor.
- Dá para parar de cena? - Era uma voz conhecida.
Respirou fundo, inalando um perfume também conhecido. Colocou a mão nos braços da pessoa que a carregava com facilidade, tentando puxá-los para longe de sua boca, para que pudesse falar.
- Não. Nada de palavras. Você fala demais!
- Tumfrumfeumfiumfzumfeumf! Mumfalumfdiumftoumf!
- Ahhhh... então você me reconhece?
- Hu-rum... - Disse, ainda sendo carregada, com a mão do cara em sua boca.
- Você deve estar se perguntando por que eu estou fazendo isso, certo? - Ela balançou a cabeça numa afirmativa, tentando levantar a cabeça para vê-lo. - Tem algo que você deveria ver. Agora eu vou soltar você, não grite e não faça ruídos. Trowa pode escutar.
A menção da palavra TROWA a deixou com os oito sentidos em alerta.
Treize a colocou no chão, ao lado de Wufei, que também estava espiando.
- Ali, está vendo? - Treize lhe mostrou onde eles estavam.
- Sim sim sim, eu estou vendo! - Os olhos dela brilharam, para logo em seguida assumirem a forma de dois corações.
- Pelo que eu vi, Yuy e Maxwell estavam se agarrando ao lado de uma Pickup vermelha... - Comentou Wufei, piscando o olho para Ash, que já tinha informações para Lyria.
-x-x-
Os três corriam desesperadamente pelo estacionamento, que agora parecia ainda maior.
- Por que a gente tá correndo, hein? - Indagou Duo.
- Segurança, querido, segurança! - Lyria respondeu.
- A culpa é toda sua! - Ele disse, apontando para a garota. - Ninguém mandou ativar a bosta do alarme.
- Isso mesmo, culpe a pobre Lyria! Tudo é culpa minha! Se vocês não tivessem sumido, isso não teria acontecido, tá?
Continuaram correndo até encontrarem os outros, que estavam abaixados por algum motivo.
- SOCOOOORRO, ELES QUEREM ME PRENDEEEER! - Lyria berrou, se jogando no meio deles.
Ash, Wufei e Treize arregalaram os olhos e, assim que Lyria se jogou entre eles, todos se abaixaram.
- PQP...! - Falou o Chinês, arrastando-se por detrás de outros carros, querendo sumir dali antes que Trowa chegasse para ver quem eram os integrantes do bode expiatório. Treize o seguiu, despedindo-se de Lyria. Ashley pulou dentro da capota de uma caminhonete.
- Se fosse você, correria. - Murmurou para Lyria, se camuflando.
- ERA O QUE EU ESTAVA FAZENDO AINDA HÁ POUCOOOO! - Gritou, tentando se esconder atrás de Heero e Duo.
- Heero, Duo... Lyria. - A voz de Trowa se fez ouvir. - Por que estão nos espiando?
- Hã? Do que está falando? Você é louco? - Lyria indagou, confusa. - Eu só tava correndo dos seguranças... ELES ME FIZERAM TOCAR O ALARME DO CAAAAAAAARRO! - Apontou para os outros dois.
- Dessa vez eu irei acreditar em suas palavras, mas apenas por que Heero está aqui.
- Isso mesmo, me chame de mentirosa! - Mostrou a língua pra ele. - Quem precisa de você? - Deu de ombros, virando-se para o outro lado. - Ashley, saia de seu esconderijo. Temos um desfile pra fazer.
- A Ashley não está por aqui... - Começou uma voz firme, que parecia ter engolido um ovo. - ... tente em um outro esconderijo, esse já está ocupado.
Lyria deu um tapa em sua própria testa, balançando a cabeça negativamente. Heero revirou os olhos e Trowa olhou para o local de onde veio a voz 'que não era da Ashley'.
- Ora, ora ora... quem diria... – Ele subiu na caminhonete e não encontrou... nada?
- Nhai... – Ly disse, mordendo o lábio inferior. – Que coisa. Entraê, criança, vasculha o lugar. Deve tá camuflada... tsc tsc tsc.
Assim que Lyria colocou os pés dentro da caminhonete, Ashley pulou sobre ela, disparando o alarme do carro.
Arregalou os olhos.
- Ops... – Disse Ash, olhando de Lyria para Trowa e depois para Quatre, que se aproximara, vindo atrás de Trowa.
- Nããããoooo, alarme de novo nãããão! – Lyria bateu com a cabeça na lataria da caminhonete.
- Que mania de ficar batendo a cabeça! – disse o americano, puxando-a para fora do veículo. – Vamos dar no pé, cara!
- ENTÃO VOCÊS ESTÃO AÍ, SEU BANDO DE DELINQÜENTES! – Gritou o segurança do estacionamento VIP.
- SALVE-SE QUEM PUDEEEEEEEEEEER! – berrou Lyria, correndo para fora do estacionamento sem olhar para trás. – SEBO NAS CANELAS, POVO! – ela esbarrou em Wufei, os dois caíram no chão, com a garota por cima dele. – Boa noite, Wufei! CADÊ A SAÍDA?
- Era exatamente o que eu ia te perguntar...
Heero deu um impulso para cima, utilizando um dos carros, com isso pôde ver para que lado era a saída.
- É pra lá. – Ele apontou para frente.
Ashley saiu em disparada, arrastando Quatre e Lyria com ela. Os outros correram atrás, e logo todos haviam finalmente saído do maldito estacionamento.
- Acho que nunca mais quero entrar em um estacionamento novamente, cara. Fiquei com trauma. – comentou Lyria, apoiando-se em Heero para retomar o fôlego.
- Agora vamos correr que temos um desfile pela frente, garota! Já são 19:25, temos que estar lá às 20 horas.
- Correr de novo? – a outra suspirou, desanimada. – Tem certeza? É mesmo necessário? Nhai... é nessas horas que eu queria ter um Móbile Suit, cara... Alguém se habilita a buscar um pra minha pobre pessoa?
Todos já estavam no ponto de ônibus quando Ash gritou, para que Lyria os alcançasse.
- Ninguém me escuta... Ninguém me ama, ninguém me quer... – choramingou, andando desanimadamente até o ponto. – Imprestáveis! – disse, ao alcançá-los.
O ônibus chegou em poucos minutos... Oh, céus!
- Vamos de táxi? – Arriscou Treize, quase que implorando para pegarem um táxi.
- Ahaaaaam... 'Cê paga, né? – Lyria disse, escorando-se no ombro dele. – Tá achando que somos banco, é? Pode parar com essa mordomia.
O veículo maldito parou no ponto. Oito pares de olhos incrédulos olharam para o interior do ônibus.
- Ãhn... Vamos de táxi? – Lyria sorriu amarelo, ao ver a quantidade de pessoas dentro do cubículo. – Aquilo tá parecendo um formigueiro humano, cara! Treizeeee, já que você deu a maravilhosa idéia, você paga! Nhai, sei lá... seduz o motorista?
Ashley já se encontrava dentro do dito cujo, tentando chegar até a catraca. De dentro sorriu e mexeu os lábios para que eles traduzissem: 'Fiquem parados aí e não voltem pra casa' Ela disse, apontando para um grupinho de garotos vestidos estranhamente que se aproximavam.
- Mamãe! – Lyria subiu correndo no ônibus. Virou-se para a cobradora. – Oi tia! Tudo bem? Como vai a família? Dá desconto?
- A mocinha ali já pagou. – falou, apontando para Ash, que tentava segurar-se em uma das barras, mas era alto demais pra ela!
- Nhai... Então tá, tia, foi um prazer bater um papo com a Senhora. Mande lembranças à família! – Lyria acenou para ela e penetrou no bolo de gente.
Todos conseguiram passar e estavam se virando como podiam, já que só iriam descer na penúltima parada.
Trowa estava segurando com uma das mãos num dos canos do teto, enquanto sua outra mão obrigava Quatre a permanecer junto à ele para 'evitar acidentes', Ashley se deu ao luxo de segurar na cintura do moreno.
Treize também mantinha uma das mãos segurando no cano do teto e a outra segurando o chinês.
Heero segurava em uma das barras mais baixas, enquanto Duo ficava entre o japonês e a barra. Lyria segurava no braço de cada um deles, enquanto cantava:
- MOOOOOOOONEY, QUE É GOOD NÓIS NUM HAAAAVE. SE NÓIS HAVASSE NÓIS NUM TAVA AQUI PLAYAAAAAAANDO, MAS NÓIS PRECISA DE WORKÁ! –1-
Todos olharam para a louca sem entender o que diabos era aquilo. Até que Ash também se deu ao trabalho de cantar também!
- Eu queria um apartamento no Guarujá mas o melhor que consegui foi um barraco em Itaquá. Você não sabe como parte um coraçãooooo...
Os pilotos trocavam olhares de extrema confusão, enquanto Lyria continuou a música.
- Ver seu filhinho chorando querendo ter um avião. Você não sabe como é frustrante, ver sua filhinha chorando por um colar de diamantes. Você não sabe como eu fico chateado, ver meu cachorro babando por um carro importado!
Foi quando mais da metade dos passageiros gritou, empurrando uns aos outros:
- MOOOOOOOONEY, QUE É GOOD NÓIS NUM HAAAAVE. SE NÓIS HAVASSE NÓIS NUM TAVA AQUI PLAYAAAAAAANDO, MAS NÓIS PRECISA DE WORKÁ!
- Allá... – Sussurrou Quatre, ao sentir o braço de Trowa segurando-o mais forte. O moreno estava fazendo uma força enorme para manter Quatre em seus braços e ainda tentar segurar a louca que teimava em pular agarrada ao seu braço!
- Que espécie de música é essa, caaaara? – exclamou Duo Maxwell, tentando aprender a letra pra cantar também.
- É bem fácil, more, só se liga na letra. Nhai... VAMO CANTÁ OUTRA, POVO! Nhai, Ash, lembrei da melhor de todas! Ó, Quatre-sama, acho melhor 'cê tapar os ouvidos, tá? Duo, se liga na letra, é bem fácil. – Lyria pigarreou. – SABÃÃÃÃÃÃÃO CRÁ-CRÁ, SABÃÃÃÃÃÃOOO CRÁ-CRÁ. NÃO DEIXE OS CABELOS DO SACO ENROLAR!
Ashley ficou vermelha, mas TODOS estavam olhando para a cara dela, com aqueles típicos letreiros: CANTA CANTA CANTA e ela não teve saída:
- Sabão cré-cré, sabão crê-cré... Não deixe os cabelos do... saco... de pé!
Os pilotos olhavam para elas, horrorizados, enquanto Duo quase se mijava de rir, tentando acompanhá-las.
Wufei tentava fechar os ouvidos com as mãos. Ele não as conhecia, eram duas loucas que tinham escapado do sanatório e por um acaso estavam andando no mesmo ônibus. Treize ria feito um maníaco também... não só da vergonha de Dragão em escutar aquele tipo de aberração, mas pelas faces coradas de Ash e a maneira como Heero tentava segurar Duo entre ele e o cano.
Um outro indivíduo assumiu o vocal e cantou a terceira parte:
- Sabããão cri-cri, sabããão cri-cri. Não deixe os cabelos do saco caiiir.
Para o espanto de geral e maior vergonha de Wufei, Treize se habilitou a cantar a quarta parte.
- Sabããããão cró-cró, sabããããão cró-cró. Não deixe os cabelos do saco dar nó!
Lyria gargalhou como uma maníaca da cara do moreno, e olhou pra ver quem se voluntariava para cantar A última.
Ashley já havia soltado do braço de Trowa e agora estava agarrada a perna do rapaz, sentada no chão, se borrando de rir e esperando pela última parte!
Qual não foi a surpresa de todos quando Duo Maxwell em pessoa ergueu a mão.
- Sabããããão cru-cru, sabãããão cru-cru... – olhou para Lyria, indagante. Ela sussurrou o resto em seu ouvido. Ele abriu o sorriso mais sacana do mundo. – Não deixe os cabelos do sacuuuuuuuuuuuuu... – gritou no ouvido do japonês, que o apertou mais contra o ferro.
Toda a mundiça encheu os pulmões e soltaram:
- ... ENROLAR COM OS DO ! -2-
Ashley constatou que até mesmo Quatre gritara, escondendo o rosto entre as mãos logo depois e Trowa encaixou o rosto no pescoço do árabe, também constrangido por ter gritado.
Lyria até esqueceu-se de rir ao ouvir o Soldado Perfeito gritando junto com o resto. Heero retomou sua expressão séria e pigarreou, como se nada tivesse acontecido. A garota deu um cutucão em seu ombro, sorrindo de orelha a orelha.
- Não precisa se envergonhar!
Treize chamou a atenção do grupo central dizendo que já estava na hora de descerem. Todo o pessoal do coletivo se despediu e alguns até reclamaram por terem perdido a parada e estarem beeeeeeem longe de onde deveriam.
Desceram.
- Uuhuhuhuhuhuhuhuhuhu... – Ashley riu, agarrada a Trowa. – Fazia tempo que eu não pegava um buzão lotado com uma galera animada assim!
- Com certeza! – Lyria concordou, com os braços em torno de Duo e Heero. – Foi muito bom cantar Mamonas Assassinas de novo, cara! Que saudades deles...
- Ma... o quê? – perguntou o americano.
- MAMONAS ASSASSINAS! – exclamou Ly. – Mais respeito com os reis da música brasileira, tá?
- Eles são... os reis da música brasileira? – Wufei perguntou, duvidando da sanidade daquelas duas.
Lyria revirou os olhos.
- É uma espécie de reinado não dito, querido. Eu os chamo de reis porque eles são os fodas, cara, revolucionaram o mercado musical!
- Se você for levar em consideração o nome REI – começou Treize, já que tinha estudado um pouco sobre a dimensão das garotas. – você estaria falando de... Roberto Carlos, não é isso?
- Nãããão, RC é o rei das velhas! Fala sério. Minha avó que gostava de escutar as músicas dele. Ô velharia, hein. -3-
- Também não o considero Rei não. – Ash falou, dando de ombros. – Mas sei lá, tem gente que curte... – Olhou desconfiada para Kushrenada, que sorriu amarelo, demonstrando claramente que ele estava pendendo para o lado do GOSTO.
Lyria saiu de perto de Duo e Heero e ficou lado a lado com Treize.
- Criança, você está com um sério distúrbio mental, que está afetando parte do seu gosto musical. Precisamos fazer algo a respeito, Doutora Ashley, ainda dá tempo de salvá-lo. Treize, você precisa passar por uma intensa terapia, com direito a sessão de Mamonas Assassinas e tudo.
Ashley só fez movimento afirmativo com a cabeça.
- Aquele... grupo... eh... Backstreet Boys... eu gostei... das músicas. – Comentou Quatre, meio envergonhado.
- E você os conheeeece? – Ash agarrou-se a Quatre com os olhos brilhando, como se ele fosse a salvação.
- Eh... eu... vi o CD deles no quarto de vocês duas e... escutei um pouco. – respondeu o loirinho.
- Bom, pelo menos escolheu um CD decente... – Lyria comentou, sorrindo.
Chegaram em frente ao hotel, estavam suados, molhados, fedendo... estavam podres!
- Ainda bem que aí tem banheiro... e roupas extras... – Ash disse, sorrindo amarelo. Entraram e ela pediu ao gerente que chamasse o Sr. Matsuyama, aquilo era uma emergência!
- Que situação... Mas também, dentro do ônibus com aquele monte de sovaco pra cima, o que você queria? – Lyria suspirou resignada.
O Sr. Matsuyama chegou e arregalou os olhos ao deparar-se com suas duas estrelas principais.
- O que aconteceu? – Perguntou olhando-as de cima a baixo.
- Muita coisa! – Ash respondeu impaciente. – Por favor, Sr. Matsuyama, será que poderíamos usar um quarto de hotel e roupas limpas?
- Providenciarei isso em um instante, Srtas. – respondeu, sorrindo.
- Muito obrigada! – Elas responderam juntas.
- Ah, providenciarei algo para seus convidados também. – Ele lembrou-se e ainda sorrindo foi até a recepção para pegar uma chave.
- Ele não é fofo? – perguntou Lyria aos outros, que apenas a olharam com cara de bunda. – O que foi?
- Ele é lindo... – Ash falou, sonhadora. Eles desviaram os olhos de Lyria para Ashley.
- Não gostei dele. – Duo falou, ressentido.
- Por que não? – Lyria voltou a perguntar. – Ele é tão meigo...! Vai ser um prazer trabalhar com ele, não vai, Ash-sama?
- Você não faz idéia... – Ela falou, praticamente babando ao vê-lo voltar, ainda sorrindo, com as chaves do quarto nas mãos.
Os pilotos e Treize pareceram inconformados e fecharam a cara.
- Você é um anjo, Sr. Matsuyama. – Lyria comentou com ele, sorridente, enquanto ela e os outros o seguiam até o quarto.
- Ora, que nada. É que eu já passei por isso... – Ele riu, e elas também. – Ah, uma outra garota deve chegar para usar o quarto também, espero que não se importem...
- Desde que não seja a cor-de-rosa... Er, digo, a Srta. Pereira. – comentou Ly, com desgosto.
Ele riu.
- Ouvi dizer que vocês não se dão bem, por isso ela terá outro quarto, um só para elas, mas consideravelmente menor. Ninguém aceitou dividir o quarto com ela.
- Por que será? – perguntou a garota, fingindo preocupação.
- Por que ela é chata, metida e arrogante? – Ele respondeu, abrindo a porta do quarto. – Pedirei que o alfaiate do hotel mande roupas para todos vocês.
- Eu já disse que o Senhor é um anjo? Já, né? Nhai... eu digo de novo: O Senhor é um anjo!
- Ora, por favor... assim me deixa sem graça. – Ele falou, sorrindo, nem um pouco constrangido. – Mas vamos trocar o tratamento. Podem me chamar de Buchi, esse negócio de Sr. Matsuyama pra cá e Sr. Matsuyama pra lá está me deixando velho!
- Imagine, Sr... Buchi. Imagine se você é velho. Que é isso? – Lyria balançou a cabeça. – Qual é a desses caras e a modéstia, hein? – perguntou, olhando para ele e para Treize, que se fez de desentendido.
- Bem, agora é melhor se arrumarem, e por favor, não demorem. – Ele pediu gentilmente para logo depois fechar a porta.
- Ly-san, tome seu banho, depois eu vou e depois vão... isso se nossa 'amiga misteriosa' não chegar antes.
- Pois é... Bom, eu tô indo, daqui a pouco eu voltooo! – disse, acenando, e entrou no banheiro.
Treize arrastou Wufei para o quarto anexado, enquanto mantinha um sorriso malicioso nos lábios. Ash arregalou os olhos.
- Ora, o que eu posso fazer? Toda aquela agarração no ônibus me deixou excitado! – O Comandante falou sem papas na língua.
- Olha, Sr. Kushrenada, eu não falei nada. Vai lá desfrutar do seu jantar que depois a gente conversa! – Ela disse, apontando para o papel e a caneta em cima da mesinha do telefone. Ele riu, confirmando com a cabeça e fechou a porta do quarto, trancando-a logo em seguida.
Duo balançou a cabeça, negativamente.
- Isso aqui por acaso virou motel de beira de estrada? – perguntou a Ashley.
- Que eu saiba não... massssssss...
Ashley viu Heero puxar o americano, com certa violência, para a cozinha e depois olha-la como se pudesse ver através dela.
- Eu não vou olhar. Nem sei onde estão indo.
- Heero, 'cê tá me machucando! – reclamou Duo, com o braço sendo puxado pelo Soldado Perfeito. – Isso vai marcar a minha pele! Eu vou ficar com ci... – foi interrompido pela boca de Heero, que colou-se à sua.
Ashley assobiou enquanto Duo era carregado para a cozinha.
Tanto Trowa como Quatre e ela mesma ficaram ali, com cara de tacho, pensando no que fazer.
- Eu vou assistir ao noticiário. – Trowa falou, indo em direção ao outro cômodo, deixando Ash e Qat sozinhos.
- Enfim sós, Mestre Quatre. – Disse ela, olhando-o de modo predatório.
- Não me olhe... assim... me deixa... sem graça...
- Conte-me tudo não esconda-me nada! – Com um suspiro resignado, Quatre não viu outra saída.
- Quando você e a Lyria deixaram a gente sozinhos...
"- Será que podemos conversar, Quatre? – Trowa me perguntou.
- Claro... Trowa, por que não?
Trowa me guiou para fora do Circo e fez com que eu me sentasse em uma mureta.
- E então, o que você quer falar comigo? – Perguntei, vendo que ele não fazia menção de falar nada.
- É sobre a gente. – Trowa falou, sem olhar pra mim. – Eu não sei... se consigo corresponder aos seus sentimentos. – Meu peito doeu e eu senti lágrimas se formarem em meus olhos.
- Eu... não pedi isso à você, Trowa. – Foi tudo que consegui dizer naquela hora. Eu queria ir embora, sair correndo dali! Não queria ouvi-lo dizer que gostava de mim como um irmão mais novo!
- Naquela noite... eu realmente pretendia ir embora, fugir! Ter você por perto estava me enlouquecendo e ainda está!
- Eu... eu incomodo você? – Voltei a perguntar. Não queria ser um estorvo.
Suspirando ele me respondeu:
- Incomoda, e muito... mas não é do jeito que você está pensando. É um incômodo diferente... não é desagradável... para dizer a verdade, é extremamente... prazeroso.
- Não... não entendo.
- Quando nós chegamos aqui há alguns dias, eu... quase esganei aquelas duas, principalmente a Ashley, porque ela ficava dizendo que nós éramos perfeitos um para o outro... e eu ficava sem graça! Não queria que você ficasse pensando coisas, EU não queria pensar nisso! Mas por incrível que pareça, aquelas loucas conseguiram fazer com que... minhas esperanças de... ter você... crescessem de tal maneira que... eu não posso mais ignorar! Não dá, dói... dói quando eu vejo você triste, dói quando uma delas toca em você e surge um sorriso, quando elas o consolam por minha causa! Eu o fiz chorar tantas vezes... e eu chorei todas as vezes que fazia isso... Eu me sinto bem quando estou perto de você, quando estou em seus braços, quando vejo seu sorriso... não é só agora, que estamos nesse mundo sossegado... lá na nossa dimensão, eu também me sentia assim! Desde o... começo... desde aquele dia... nos Gundams... eu acho que... gosto de você, Quatre... acho que gosto muito de você.
- Ah, Trowa... Eu... eu me sinto da mesma maneira! Eu também... gosto muito de você. – Não achei que seria bom eu dizer que o amava..."
- ... eu achei que talvez isso fosse... pressioná-lo e eu acho que isso que estamos construindo é bom, não é?
- Bom, bom? Você está louco? Só de saber que vocês falaram o que você diz que falaram eu já fico excitada! Pensando onde pode rolar... Ops, desculpe, sim, é maravilindo! – Ash sorriu, deixando o loiro mais à vontade.
- Tem mais uma coisa... – Ash arregalou os olhos, esperando pelo resto. – Nós... íamos... nos beijar... só que... a Lyria gritou e...
- Não, tudo bem! Mas ELE ia te beijar? ELE se aproximou de você?
Quatre balançou a cabeça numa negativa.
- Eu me aproximei dele.
- Foi o que eu pensei. Escute bem: Trowa nunca vai dar o primeiro passo.
- Então o que eu devo fazer? – Perguntou o loiro, sentindo-se frustrado.
- Ora, simples: Dê você o primeiro passo!
- EU?
- Não, você. Qat-sama, vamos! – Ela se colocou em frente à Quatre. – Deixa eu te ensinar.
Quatre respirou fundo. Ashley seria sua professora, aquela louca! Isso não ia ser bom...
- Estreite seus olhos. – Quatre a olhou confuso, mas fez o que lhe foi ordenado. – Agora imagine o Trowa-san ãhn... – Ash ficou pensando, até que uma cena lhe veio a mente. - ... Tá, Trowa acabou de sair do banho e está todo molhado com uma pequena toalha de rosto enrolada na cintura. – O árabe esforçou-se para imaginar, o que não foi nem um pouco difícil, logo seus olhos adquiriram uma cor mais escura. – Ótimo, Ótimo! Muito bem! Agora passe a língua sobre os lábios, como se admirasse um prato muito saboroso.
- Ele é saboroso. – O loiro falou sem pensar, ainda imaginando Trowa parado à sua frente só com uma minúscula toalha.
- Certo certo, ele realmente é. Continuando, passe a língua por sobre os lábios! – Quatre fez, Ashley gelou e suas faces ficaram ligeiramente coradas. – Sorria. Não um sorriso bobo ou infantil, sorria como se ele fosse uma presa que o caçador estava prestes a apanhar. – Ainda usando de sua imaginação, Quatre imaginou Trowa encostado na parede, apenas de toalha, com o corpo ainda molhado do banho e ele se aproximando lenta e perigosamente. Sorriu maliciosamente, deixando Ashley boba. – Isso está maravilindo!
- Posso ir praticar agora? – Quatre perguntou, ainda com o típico brilho de tesão nos olhos e o sorriso nos lábios.
- Opa, faça as honras! – Ela deu passagem ao árabe que foi atrás de Trowa.
A porta do banheiro abriu-se, e Lyria saiu de dentro do cômodo, enrolada na toalha.
- Nhai... Cadê geral? Cadê as roupas? CADÊ O MUNDO? Eu tô sozinha no mundo, me abandonaram... Buááá.
Ashley, que estava sentada no pequeno sofá que ficava de costas para o banheiro, levantou o braço sinalizando que ela estava ali.
- Eu não estou sozinhaaa! Existe outra sobrevivente de uma possível epidemia que assolou a população mundial! – saltitou até o sofá. – O que tá rolando? Eu quero saber!
Ashley colocou o dedo indicador para cima:
- Sexo no quarto, por parte de Treize e Wufei. Agarração desenfreada na cozinha, não queira presenciar, por parte de Heero e Duo. No cômodo ao lado Quatre está seduzindo Trowa.
Os olhos azuis se arregalaram.
- ELE TOMOU A INICIATIVA FINALMENTE! – Lyria começou a dançar. – O mundo não chegou ao fim, então! Na na na na na... Na... Será que rola alguma coisa dessa vez? Eles estão muito devagar, cara, se não tiver beijo hoje eu os jogo de uma ponte, com uma bigorna amarrada ao pescoço de cada um!
- Olha, sexo eu não garanto, mas beijo vai rolar nem que eu tenha que entrar lá e faze-los se beijar!
- Ótimo! Bom, o nosso chefe tesão ainda não voltou com as roupas? – Lyria perguntou, sentando-se no sofá, ainda enrolada na toalha.
- Nopssssss. Ainda não!
- Ele faz jus ao apelido que a gente deu a ele... Gato é preguiçoso pra caramba, viu? Vô te contar... – balançou a cabeça, negativamente.
Ashley entrou no banheiro e tomou o banho mais rápido da existência humana: cinco minutos. Também saiu enrolada numa toalha branca e foi bisbilhotar como as coisas estavam indo para o casalzinho tartaruga, já que Lyria não estava a vista ela imaginou que a amiga estivesse bisbilhotando o casalzinho 'é-só-curtição'.
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Lyria encontrava-se sentada numa das cadeiras da cozinha, enquanto os outros dois, também sentados, a encaravam.
- Eu estou me irritando. – disse, seriamente. – Vâmo parar com esse papo de a-gente-tá-só-curtindo, é-só-pra-aliviar-o-stress... E num-sei-o-quê...
- Queira ou não, essa é a verdade. – Heero disse, curto e grosso como sempre.
Duo suspirou, mas logo voltou a sorrir.
- Aham. É isso aí!
- Sei... Então por que vocês não pegam uma puta qualquer na rua? Ah, já sei! A Raíza vai adorar aliviar o stress dos dois... De uma vez só!
Heero deu de ombros.
- Questão de preferência sexual.
- Ooooh, então estamos progredindo, Senhor Perfect Soldier... – Lyria concluiu, com as mãos unidas. – Mas ainda assim... Existem vários homens dando sopa por aí, querido.
- Se te incomoda tanto, então a gente pára. – o japonês disse e levantou-se, abandonando o local de 'reunião'.
"Que garoto cabeçudo!", pensou Lyria, socando a mesa, "E ainda nem sabe blefar, cara!".
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Ashley entrou na sala discretamente e posicionou-se atrás da porta do armário. Estava olhando pelos furinhos da mesma.
Quatre estava sentado na mesa de centro, com um copo com pedras de gelo nas mãos.
O árabe pegou com os dedos, uma das pedras de gelo que havia no copo e colocou-a na boca, sem quebrar o contato visual com o moreno, que mantinha as mãos sobre a virilha. Ashley riu mentalmente.
Ao sentir que sua boca já estava bem gelada o loiro retirou a pedra de gelo de dentro da boca, enquanto se aproximava de Trowa, que parou de respirar.
Quatre começou a beijá-lo lentamente, sentindo a troca de temperatura rápida... era uma sensação deliciosa!
Ainda com o gelo em uma de suas mãos, Quatre colocou-o contra o pescoço do moreno, que teve como primeira reação, abria a boca para protestar ante o toque frio. Ao realizar essa pequena ação, o loiro aproveitou para segurar o lábio inferior de Trowa com os dentes enquanto sua mão livre brincava com os botões da camisa branca de sua presa.
Trowa estava entendendo, mas ainda assim não completamente! Quatre estava... diferente... estava quente, muuuuito quente, extremamente quente... céus, aquele não era o pequeno anjo loiro!
- Quatre... – O moreno gemeu o nome do outro ao sentir que a pedra de gelo não estava mais em seu pescoço, e sim sob sua camisa.
O árabe sorriu, satisfeito. E aproveitou para adentrar a boca do moreno com sua língua. Não tinha mais vergonha. Ashley havia lhe falado o que fazer para quebrar a barreira de Trowa e estava funcionando perfeitamente! As mãos do moreno estavam em sua cintura, o puxando para mais perto, fazendo-o sentar em seu colo... colando seus corpos...!
Quatre sentiu a ereção de Trowa sob si e mexeu-se sobre ele, enquanto tinha seu pescoço devidamente atacado pela ávida e exigente boca do outro.
- Pe... pensei que... nunca tivesse beijado antes... – Trowa falou, voltando a capturar os lábios do pequeno em seu colo.
Quatre esperou que Trowa terminasse de usar sua boca para poder falar:
- E não tinha... – Quatre sussurrou, mordiscando o lóbulo da orelha de Trowa. - ... Ashley me ensinou que você é controlado demais e como eu estava impaciente deveria dar o primeiro passo eu mesmo... se não, ficaríamos naquilo a vida inteira.
Trowa riu e concordou, colocando Quatre deitado sobre o sofá e ficando sobre o pequeno, apenas olhando-o.
- Treize deu um passo ousado naquele dia, lá na praia, quando chegamos... achei que... bem, se eu quisesse... esquentar as coisas... – Quatre ficou vermelho ao mencionar essa parte. - ... eu deveria deixar a vergonha de lado e... 'brincar' de Caça e Caçador.
- Isso é bom... – Trowa falou, deitando-se sobre o árabe e recebendo um cafuné gostoso. -... Acho que eu não teria tanta coragem de... arriscar algo com você...
- Por que não? – Perguntou o árabe, confuso.
- Ah... você sempre me pareceu tão puro e angelical que fiquei com medo de... ir depressa demais ou fazer algo que o desagradasse.
Quatre riu, e depois puxou o rosto de Trowa para que pudessem se olhar nos olhos.
- Quando estivermos nós dois, sozinhos, entre quatro paredes, vou te mostrar que de puro e angelical... só tenho a cara!
- YES BABY, YES! – Ashley gritou, saindo de trás da porta, ainda enrolada na toalha e jogando-se sobre os dois. – Agora que tudo já está devidamente no lugar, será que eu posso ficar aqui com vocês? – Fez cara de menor abandonado. – Só um tiquinho? Snift snift snift?
- Oh, que criança carente... acho que terei que te adotar! – O loiro comentou, rindo, enquanto o namorado sentava-se.
- Sim sim sim! Mas tem mais uma coisa...
- Mais uma coisa? – Os dois perguntaram em coro.
- Aham... – Os olhos dela brilharam. – Eu não ouvi Te amo, por favor! Me deixem presenciar essa cena tão maravilinda, eu sonhei minha vida toda com isso!
Quatre olhou para Trowa e depois sorriu:
- Eu te amo, Trowa Barton.
Trowa pegou o rosto do árabe entre suas mãos grandes e disse, quase tocando seus lábios:
- Eu também te amo, pequeno Quatre.
- LINDO! – Ashley jogou seus braços, enlaçando os dois e dando beijinhos na testa de ambos.
- Ash, sua toalha está caindo. – Avisou o loiro, sorrindo.
- Opa... AH! Mas quem se importa, estou tão feliz por vocês!
Os três riram e a campainha tocou.
Ashley saiu correndo para a sala, gritando "ROUPAS!".
Lyria correu da cozinha até a porta, verificando se sua toalha estava devidamente no seu lugar. Ao abrir a porta, deu de cara com Buchi e uma outra garota, possivelmente a garota sobre o qual ele falou.
- Finalmente, roupas! – gritou Lyria, alegre.
- Desculpe pela demora. Estava procurando por roupas do tamanho "P"... E acabei encontrando a Srta. Franchini no caminho. – Buchi respondeu, indicando a garota. – Srtas Campos e Barton, esta é Angel Franchini, sua companheira pela próxima meia-hora.
- Nhoieeeee! – Lyria a cumprimentou. – Eu sou a Lyria, tá? Entra aí! – abriu espaço para ela, enquanto pegava as roupas das mãos do Sr. Matsuyama.
- Muito prazer. Sou Ashley Barton Kirst. – Ash apresentou-se, curvando-se ligeiramente para frente. – Esses são... – Ashley olhou para a cara dos meninos presentes e ficou na dúvida de como apresentá-los.
Treize e Wufei deixaram o quarto, sorridentes, e ao depararem-se com a cena, muda e sem movimento, ficaram sérios, esperando pelo próximo passo.
"Zeus, como é que eu devo apresentá-los?" Ash indagou-se, desesperada.
Continua no próximo capítulo...
Notas:
-1-
Música dos Mamonas Assassinas, se você não
conhece, favor retroceder alguns anos na história do Brasil.
-2-
Depois de algo inesperado... –totalmente- ficou decidido
que... nós omitiríamos essa parte! XP Além do
que, os próprios Mamonas não falam!
-3- Sem
ofençaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Só que a gente não
curte, viu? nn
(Goddess) Esses dois são lerdos, mas finalmente conseguiram se acertar, e tudo graças à.. tcham tcham tachm... ASHLEY! –batendo palmas- Eu descrevi a cena a partir dos meus olhos, pois eu adoraria estar no lugar da minina naquela cena maravilinda! n.n
(Sayuri) Nhaham... Agora só falta aqueles dois cabeçudos, que insistem em dizer que não é nada além de "aliviação-de-stress"... Eu também estou me estressando com eles, cara, vou entrar no computador e meter porrada neles. Mas naum se preocupem, povu, eu vou resolver essa situação em breve... Assim espero.
(Goddess) Só mais uma pergunta: ;.; Como será que a Ash, a Ly e Cia vão resolver o problema dos nomes? É uma pergunta de prova, até o momento eu também não sei, há! Vou pensar em alguma coisa, vcs vão ver!
(Ambas) Até maisssssssss!
