Anime: Saint Seiya

Casal: Mu e Shaka

Classificação: Yaoi, Angst, Romance, Lemon

Status: Andamento

Iniciada: Maio 2005.

Disclamer Saint Seiya pertence a Kurumada e cia. Este fic é sem fins lucrativos.

Nota1: Na última vez em que vi o Shaka, ele estava soltando fumaça pelo nariz reclamando porque uma mocréia resolveu se apossar do que é seu por direito. Bem, se Shaka não mata-la primeiro, acho que vocês vão gostar da coitada da Mireia


Cap II

Não consigo te esquecer...


"Eu odeio, sim eu odeio todas as suas mentiras

Eu estou tão assustado

E eu temo o que vi em seus olhos

Mas eu tenho esperanças, e eu sonho, e eu desejo, e eu rezo...

Que tenha sobrado algum amor por mim".


A casa de virgem estava mergulhada em uma escuridão e em um silêncio assustador. Parecia que ali ninguém mais habitava, mas isto era só aparência.

Shaka se encontrava trancado em sua casa desde o triste dia que reencontrou Mu de Áries. Se antes se encontrava na solidão, atualmente o quadro não era diferente, apenas mais profundo. A exatos três dias não comia, não bebia, não havia saído do mesmo lugar. Estava encolhido em um canto de seu templo, não tinha retirado a armadura, suas juntas não eram sentidas e nem mais lágrimas eram despejadas. A visão era por demais triste.

oOo

"Mu, o que está acontecendo com você? Sinto uma vibração tão triste. Você está assim a três dias". Comentava Mireia ao olhar para as feições do ariano, feições estas que não escondiam a tristeza.

"Prefiro não comentar Mireia. Acho que não seria correto nem com você e muito menos com o nosso... filho". As palavras saiam arrastadas, tristes e em um tom baixo. "Filho... quem diria que eu teria um filho. Na verdade eu já sabia que isto aconteceria algum dia, mas queria que fosse diferente, com alguém que eu amasse". Os pensamentos de Mu estavam tão distantes que nem sequer sentir a lágrima solitária escorrendo pelo seu belo rosto e muito menos sentiu o toque delicado dos dedos de Mireia a limpa-la.

"Sabe Mu...". Começou a falar baixo para chamar a atenção. "Eu sei que entre nós só existe a obrigação e o dever para com os nossos. Sei que você não me ama, sei que estás sentido". Olhou para Mu com um ar sereno. Passando os delicados dedos em seus cabelos negros, Mireia continuou... "Eu não sou desligada a ponto de não notar o seu sofrimento. Quando você chegou na aldeia, eu podia sentir algo diferente em você. E depois... na noite de concepção de Amal, eu soube que sua mente estava em outro lugar. Você esteve comigo desejando estar com outra pessoa e acredito que só assim é que o ato pode ser concluído". Disse sem hesitar.

Os olhos do ariano buscaram os de Mireia com um pequeno assombro. Será que tinha sido tão transparente assim em seus desejos? Realmente... durante aquela noite, pelo menos no início estava se recusando a seguir em frente, mas em seu coração, o diferencial em seu coração foi que ao tocar a pele de Mireia... seu íntimo desejou estar tocando a pele sedosa de Shaka, e com isto em mente, Mu, acabou fazendo amor. Em sua mente ele estava amando o corpo de Shaka. Podia sentir a textura dele, o cheiro dele e até mesmo o sussurrar daquela voz que lhe parecia melodiosa. Mas ao despertar, notara que nada daquilo havia sido real, apenas uma fuga.

"Desculpe-me Mireia, você se calou por muito tempo". Disse vencido. "Acho que ela deve pelo menos saber o que se passa comigo, afinal ela é a mãe de meu filho, devo isto a ela". Pensou enquanto fitava os olhos rubros.

"Calei-me por que você não estava assim como tem estado nesses dias. A sua volta a Grécia e ao santuário... este local tem haver com o seu sofrimento... sofrimento de amor, e sinto que eu estou lhe causando em parte este pesar". Dizia olhando firme para o ariano enquanto uma de suas mãos acariciava a enorme barriga de dez meses.

Suspirando Mu se ajeitou ao lado de Mireia, colocando uma de suas mãos em cima do ventre da jovem, que em breve daria a luz a uma parte sua.

"Mireia... eu vou te contar tudo o que se passa comigo. Eu te devo isto pelo menos e gostaria que me entendesse um pouco". Falava baixo como se alguém além dos dois pudesse ouvir. Na verdade mais uma pessoa poderia ouvir com certeza.

O clima de tensão por parte de Mu era bem visível. Ao contrário de Mireia que mais parecia um mar em calmaria.

"Quando voltei para Jamiel antes de ir para Liang-chau, eu estava colocando minha mente em ordem. Meus sentimentos estavam confusos, eu estava confuso. Amar é um dom maravilhoso, uma dádiva, mas sempre gera uma confusão mental quando somos pegos de surpresa". Parou um pouco fitando o pôr-do-sol que já se anunciava pela janela da simples casa. "E eu me vi amando, Mireia. Esta pessoa foi aos poucos se tornando tão especial em minha vida que já não me via mais sem ele". Parou brusco ao pronunciar 'ele', vendo se a jovem esboçaria alguma reação.

"Ele?". Foi a única pergunta feita. O rosto de Mireia, não mostrava repudia. Ela queria saber quem era 'ele', quem era o homem que havia ganhado o amor de um dos homens mais carinhosos que já havia conhecido. Mireia sempre ouvia coisas sobre Mu, o discípulo de Shion – mestre do Santuário de Athena-, mas nunca havia conhecido ele até aquele encontro na aldeia.

"Sim, ele... Shaka". Disse segurando a vontade de chorar. "O único que amo, o único que me fez sentir amor. Não o amor para com os meus irmãos e sim um amor maior". Baixou a cabeça deixando seus belos cabelos caírem para frente encobrindo seu rosto. "Eu morreria por ele Mireia, viveria casto se ele me pedisse... só por ama-lo, só para tê-lo ao meu lado".

A jovem acabou envolvendo os ombros de Mu em um abraço carinhoso, aconchegando-o próximo de sua barriga como se o jovem fosse o seu filho e não o pai do mesmo.

"Mu, você já conversou com ele?". Falava preocupada. Não desejava mal algum a ele, queria vê-lo feliz e se possível sorridente, pois nunca havia tido esta oportunidade.

Entre soluços o jovem desabafa. "Tentei há três dias atrás. Ele foi ao meu templo e... começou a perguntar os motivos de minha ausência, do porque ter voltado em segredo... mas acho que eu não soube me expressar direito e em desespero acabei contando de uma vez que eu não havia retornado sozinho... eu contei de forma brusca Mireia... sobre você e o meu filho... nosso filho". Desabafou uma parte, de uma única vez deixando o choro sair em abundancia.

A jovem não falou nada, apenas ficou abraçada a Mu afagando lhe os cabelos tentando passar calma e tranqüilidade.

oOo

Um tempestivo Milo adentrou a Casa de Virgem, sem se importar em pedir permissão. Sabia muito bem que não a teria, mas isto não lhe impediria de fazer o que estava para fazer.

Soube da situação de Shaka através de Afrodite. E mesmo não sendo tão próximo ao loiro, não desejava vê-lo arrasado como estava. Claro, que se fosse a algum tempo atrás quando Shaka ainda se achava dono de um ego do tamanho da Ásia, era uma coisa, mas depois que vira o loiro mais acessível... realmente não queria vê-lo assim. Ninguém merecia sofrer por amor... ninguém.

"Pois bem senhor Shaka pode sair deste canto, pode ir se levantando e vamos arejar esta casa porque o cheiro ta ficando insuportável". Falava já perto do local em que Shaka se escondia encolhido. "Humm... to vendo que serei obrigado a ser mais abusado pelo visto né?". Disse balançando a cabeça, realmente se achando ridículo.

Milo foi andando em passos largos, começando a abrir cada uma das entradas de luz daquele templo. As janelas que estavam com grossas cortinas douradas que iam até o chão, foram movidas para os lados deixando o pouco sol do fim de tarde adentrar pelo local. Terminado a tarefa, Milo ao se voltar deu-se de cara com a figura de Shaka encolhido e de olhos abertos, mas neles parecia que não havia vida. Milo correu até Shaka, se ajoelhando próximo ao loiro.

"Shaka? Por Zeus... Shaka? Anda fala comigo, fala alguma coisa cara". Realmente se vira pego por um desespero enorme. Nunca imaginaria que Shaka estivesse assim.

Acabou por optar em levantar o loiro, segurando-o em seu colo indo em direção aos aposentos da casa. Shaka estava fraco demais, sua respiração eram lenta, seus olhos azuis estavam opacos, distantes, quase sem vida. Depositando-o na cama simples em vez de usar a esteira, Milo se colocou a pensar rapidamente no que deveria fazer.

Antes de qualquer coisa deveria retirar a armadura de Shaka e esta foi sua primeira tarefa. Claro que se Shaka estivesse em sua plena forma, já teria sido expulso dali ou até mesmo já estaria em outra dimensão. Mas na atual realidade de cavaleiro, este não faria mal nem a uma mosca.

Deixando Shaka na cama já sem a armadura, iria agora se ater a duas coisas, a primeira era preparar um banho morno para o loiro, a segunda seria chamar alguém a quem pudesse recorrer para preparar uma refeição a Shaka – já que ele não sabia cozinhar -, mas a quem ele pediria? Camus não estava no santuário, Shura estava treinando com Máscara da Morte... bom, teria que pedir ao 'informante' do santuário... Afrodite. Que dava o braço a torcer pois este sabia cozinhar muito bem e para qualquer necessidade. Deixou a água da banheira amornando e foi correndo pela passagem lateral até a casa de Afrodite. Em poucos minutos já estavam de volta.

"Pela a Deusa, Milo... ele está acabado". Dizia o cavaleiro de peixes com um olhar espantado sobre o corpo de Shaka. "Eu vou preparar um prato simples. Se ele não tem comido nada, pode acabar colocando tudo para fora...". Disse imaginando o que poderia fazer.

"Dite, ele está muito quente, deve estar com uma febre enorme". Comentou ao tocar levemente a testa do loiro que nada esboçava. Era difícil de se acreditar. Ver o cavaleiro mais próximo de Deus daquela forma era algo assustador.

"Se ele está febril, então farei uma receita que Aldebaran me lembrou noutro dia. Coisas de nossas mães sabe... canja". Disse decidido.

"Dite... o Shaka não ingere carne, mesmo sendo branca". Pelo pouco que conhecia de Shaka, nunca havia visto o loiro comer carne. Nem bovina, suína e muito menos de aves.

"Milo querido... Eu não estou nem ai para o que ele pode ou não ingerir. Eu não vou mudar um cardápio que pode ajudar-lo só por algumas limitações. Ele vai comer canja e ponto final". Comentou sério. Teria muito que fazer e não iria se preocupar com a dieta de Shaka, isto ele faria depois que o loiro se recuperasse.

As coisas estavam seguindo naquele final de tarde. E ao cair da noite, Shaka já se encontrava de banho tomado, cabelo preso por Milo em uma trança para não atrapalhar os movimentos, mas faltava uma coisa... Faze-lo comer.

Foi uma tarefa complicada para os dois cavaleiros. Milo apoiava o corpo de Shaka, enquanto Afrodite lhe dava – ou tentava – a canja. Esta preparada com legumes e verdura e claro, alguns ingredientes que Afrodite colocara para que Shaka se recuperasse mais rápido.

Ambos estavam cansados. Não que não fariam isto novamente se fosse necessário, mas o cansaço além de físico era mental também. Ver um companheiro naquele estado e não imaginar isto pra si próprio era impossível.

Já se passavam das duas horas da manhã quando Shaka se movimentou na cama. Seu corpo doía demais, sua mente latejava, e seus olhos ardiam. A impressão era que tivesse sido atropelado por um bando de elefantes descontrolados em funga. Seus olhos mesmo doendo vagaram pelo quarto encontrando assim dois cavaleiros ali encostados; pela pouca claridade da lua que adentrava o recinto, soube que eram Milo e Afrodite, ambos largados no minúsculo sofá perto da parede.

Deixou um suspiro longo e pesaroso sair de seus pulmões. Sua mente havia sofrido um colapso pelo visto, pois a última coisa que se lembrava era de estar ajoelhado na entrada de sua casa, de resto não lembrava de nada.

Não lembrar de nada seria uma benção que Budha poderia lhe dar no momento, mas isto infelizmente não seria ouvido. Deixou-se murmurar... "Mentiras... ele mentiu, me enganou... me fez acreditar nele, no amor que poderia ter e sentir com ele. Ele nunca me amou... mas eu... ainda o amo". Não notou que Afrodite havia acordado e que este estava prestando atenção ao que dizia.

Afrodite sentiu seu peito doer com aquilo. Não sabia o quanto Shaka estava envolvido até aqueles acontecimentos. Quando deu por si, estava ao lado da cama segurando a mão do loiro.

"Shaka...". Disse baixo. "Olha, eu... não quero parecer intrometido mais do que já sou, mas vocês tem que conversar". Sentiu o outro se retesar perante as estas poucas palavras. "Sabe, se você não conversar com ele, temo pelos dois. Você sofre desta forma por amar demais e pensar que fora traído. Ele sofre por estar separado de você em um momento que não era para ocorrer". Tentava de forma sutil colocar um pouco de sensatez na mente de seu companheiro.

"Afrodite, se for para ficar falando dele e da situação toda, serei obrigado a pedir que me deixe aqui sozinho. Entenda, eu não quero mais falar dele. Acabou sem mesmo antes ter começado". A garganta doía, mas tinha que falar tinha que impor aquilo em sua mente. O amava sim, mas teria que esquece-lo como fora esquecido. Teria que seguir em frente com sua vida como 'ele' havia feito.

O cavaleiro de peixes deixou um suspiro conformado sair pelos seus lábios. Não forçaria nada a Shaka, naquele momento ele precisava de tempo para se acalmar.

"Tudo bem Shaka, não irei falar mais sobre o assunto, mas quero que você melhore. E quando Milo acordar eu irei conversar com ele para não lhe importunar com isto, ok?". Teria que se conformar com a decisão do loiro a sua frente.

"Obrigado Afrodite". Agradeceu cansado já fechando os olhos novamente e deixando-se tragar pelo sono. A Afrodite restou apenas se recostar novamente no sofá e tentar descansar.

oOo

Os dias foram se passando de forma mecânica.

Milo tentava a todo custo fazer Shaka repensar no assunto enquanto treinavam. Ah, sim... Milo conseguiu fazer com que Shaka treinasse com ele por vários dias. Na verdade era um plano traçado entre ele e Afrodite com participação de Shura em alguns dias. Treinos diários para que a mente de Shaka não ficasse vazia.

A Decisão do loiro estava tomada. Nada de voltar a cogitar algo com o cavaleiro de Áries, nada de falar com ele, somente ignora-lo era o melhor a ser feito. Mas nem sempre tudo o que queremos é o que realmente seguimos.

Em uma ida a vila para comprar algumas ervas para chá e outras utilidades, algo que não deveria lhe chamar a atenção acabou por se tornar o seu pesadelo. Seus olhos caíram sobre um casal. Um casal que ele não queria cogitar em encontrar, mas... destino? Bem, isto para Shaka estava sendo a pior dar coisas.

Em uma pequena venda a sua frente estava Mu trajando uma calça jeans simples e uma blusa preta, seus cabelos presos no usual rabo de cavalo baixo; e ao seu lado estava uma jovem... de vestido azul, longos cabelos negros em um tamanho abaixo a cintura, feições suaves e de olhos na cor rubi. As pintas características dos lêmures estavam bem a mostra, assim como a barriga enorme. Os olhos de Shaka ao fitar aquilo... o casal, a jovem e principalmente a barriga que carregava um ser que chegou a desejar que fosse filho dele e de Mu, brilharam... mas uma vezes estava sendo tomado por sentimentos mundanos e mesquinhos. Quando se deu conta já estava na frente do casal olhando atentamente para a jovem.

"Hum... tenho a honra de conhecer a jovem sortuda que tomou o coração do cavaleiro de Áries pra si". Falou sarcástico, ferido, não fitando os olhos arregalados de Mu. "Prazer Shaka de Virgem, o cavaleiro mais próximo de Deus... ou pelo menos eu era". Disse por fim olhando de soslaio para Mu.

Mireia encarava aquele belo rapaz. Como já sabia de toda a história a cerca de Mu e Shaka, não estava surpresa com o ar ferido do jovem loiro, mas não imaginava que este se dispusesse a vir lhe falar.

"Prazer em conhece-lo Shaka de Virgem, me chamo Mireia". Disse olhando-o bem nos olhos. "Mas quanto ao fato de ter roubado ou tomado o coração de Mu, creio que estejas terrivelmente enganado... uma vez que tanto o coração dele quanto os pensamentos, pertencem exclusivamente a você". Disse séria. Não era porque fora 'obrigada' a seguir os costumes de seu povo que deixaria de ser ela mesma. Sabia que aquele jeito do loiro significava uma coisa. Ciúmes.

Mu estava preocupado com o rumo daquela conversa. Tinha noção que Mireia possuía um gênio forte e depois de ter presenciado o descontrole de Shaka em seu templo... não tinha certeza se aquela situação toda seria uma boa idéia.

Shaka estreitou os olhos ao ouvir aquilo. "Língua ferina". Pensou ao ver o semblante da jovem que não havia se alterado. Não se daria por vencido, mesmo fazendo o papel de ridículo em plena rua.

"Se isto fosse verdade ele não seria o pai desta criança que carregas". Em sua têmpora uma leve ondulação era sinal de irritação contida. "Ele teria ficado comigo em vez de se deitar com você". Pronto deixou o fel no ar, mas não pode aprecia-lo, pois sentiu o peso de um tapa em seu rosto.

"Como ousa falar comigo desta maneira? Tenha mais respeito com uma dama, mesmo que esta esteja carregando um filho do homem que você ama, seu ingrato. Antes de falar besteira, procure saber o motivo de tudo isto". Mireia falava em um tom seco, sério, como se fosse uma mãe protegendo a sua cria, mas neste caso ela estava é tomando partido de Mu, que se encontrava atônito com as palavras de Shaka e principalmente com o tapa que Mireia havia desferido no rosto do cavaleiro.

Shaka não estava acreditando que fora agredido por aquela mulher. Isto o fez sentir-se tolo, fraco, ridículo até.

"Shaka de Virgem, se você pensa que pode falar qualquer coisa sobre o Mu, acho que está redondamente enganado. Agora se deseja ter uma conversa civilizada, minha casa encontra-se de portas abertas". Mireia terminou de falar olhando o rosto a sua frente onde estava estampada a marca de seus dedos.

Shaka apenas cerrou os olhos procurando regularizar não só a sua respiração, mas também a vontade enorme de voar em cima daquela mulher que ousou a lhe tocar. Sem respostas voltou seu rosto para o ariano e virou-se saindo dali tomando a direção do Santuário.

"Mireia, por Athena, como você ousou fazer isto?" Comentou o jovem chocado ao fitar o rosto contorcido da mulher.

"Fiz e faria de novo. Não admito que ele mesmo ferido fale mal de você na minha frente. Se ele é homem, tem que honrar as calças que veste. E além do mais, ele precisava de alguém para bater de frente". Olhou para Mu que estava com o olhar triste. "Ele esta com ciúmes Mu, é uma reação normal de quem ama e sente a dor da perda. Só que mesmo ele sendo um dos cavaleiros mais próximos de Deus... tenho que confessar que o achei um pouco burro". Falava já se preparando para seguir caminho.

"Mireia... o amor nos deixa, cego, surdo e burro em muitas das vezes"¹. Falou já se colocando ao lado da mulher segurando o seu braço levando-a embora, mas seus pensamentos estavam indo com um certo loiro enfurecido para o santuário.

Continua...


Olá a todos.

Agradeço aos comentários e aviso que as respostas estarão no meu blog de reviews, o link é: reviewsfanfics(ponto)weblogger(ponto)terra(ponto)com(ponto)br

Agradeço as pessoas que me incentivaram a escrever. Desculpe pela demora na postagem deste cap, e devo demorar a escrever o próximo

Bom, sem mais me demorar...

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