N.A.: Gente! Obrigada pelas reviews! To tão feliz! Espero que vocês gostem de mais esse capítulo! Ah! E mais uma coisa, eu escrevi uma one-shot HGSS, depois dêem uma olhada, tah?

Disclaimer: Embora eu goste muito da idéia de ter o Sev só pra mim, nem ele nem nenhum desses personagens são meus. Eles pertencem à Jo. (Oh! Me belisquem!)

Capítulo II – Surpresas desagradáveis

- Você é impossível! Como foi que se atrasou tanto? - Tonks e Sirius caminhavam pelo Largo Grimmauld em direção ao metrô. - Como se já não fosse ruim o bastante termos que andar nessas coisas de trouxas, você ainda se atrasa. Nunca chegaremos a tempo. Dumbledore e Arthur vão nos matar!

- Sirius! Será que poderia parar de reclamar? Já estamos atrasados e não há nada que você possa fazer sobre isso. Mas confesso que se você calasse a boca já seria um bom começo.

Tonks fitou Sirius como se não desejasse nada além de socar o primo. Mas conseguiu se conter. Os dois passaram o resto da viagem sem se falar. Até que, depois de desembarcarem, quando já estavam caminhando para o local da reunião, Sirius quebrou o silêncio.

- Em que você está pensando?

- Em você e na desordem da minha vida, que são mais ou menos a mesma coisa...

Sirius não conseguiu reprimir um sorriso que cismara em aparecer em seus lábios. Afinal, ela também pensava nele. Mesmo que por um motivo insignificante, ele sabia que ocupara um cantinho nos pensamentos daquela moça. Contudo, não era somente isso que ele almejava, mas por enquanto era suficiente.

Quando finalmente chegaram ao lugar da reunião, Dumbledore e Arthur já estavam esperando. Tonks foi logo se desculpando:

- Desculpe Diretor, desculpe Ministro. Creio que eu tenha dormido demais e o incompetente do meu primo nem pra me acordar.

- Lógico que não. Eu sei muito bem como é que você fica quando é acordada. Uma verdadeira leoa.

- Aiiiii garoto! Você...

- Peço perdão por me intrometer na briga de família - interrompeu Dumbledore com um ligeiro sorriso nos lábios - mas peço que voltemos nossas atenções para o mais urgente: nossa reunião.

- Perdão Dumbledore. Nos excedemos. - disse Tonks, abaixando a cabeça.

Sirius não disse nada, apenas concordou com um aceno.

- Certo. Irei direto ao ponto. - disse Dumbledore – Eu estive conversando com Arthur e nós achamos conveniente que alguns Aurores fossem instalados em Hogwarts, como uma medida extra de segurança.

Tonks e Sirius apenas escutavam calados.

- Devido à situação atual, a presença da maioria dos Aurores é necessária no Ministério – continuou Dumbledore – então você e Kingsley deverão cuidar da proteção dos estudantes. É de extrema importância que eles sejam mantidos seguros.

- Ai, ai... Já vi que vou virar babá. – suspirou Tonks

- É, se deu mal minha querida.

- Não vá ficando tão contente assim Sirius. Você, Lupin, Minerva e Snape, como professores de Hogwarts e membros da Ordem da Fênix, deverão ajuda-los. - interrompeu Arthur.

Sirius deu um muxoxo, mas não tentou argumentar. Sabia que Dumbledore tinha seus motivos.

- Agora acho que a nossa reunião está encerrada. Nós, infelizmente não temos tempo para passar todos os detalhes, mas Lupin o fará hoje à noite. Vocês devem chegar a Hogwarts em 15 de agosto. Para quem quiser, o Expresso de Hogwarts sairá da plataforma às 11 da manhã. E é isso. Tenham um bom dia. – e desaparatou.

- Bom, meninos, eu preciso voltar pro Ministério. Bom dia pra vocês. E boa sorte com o novo trabalho.

- Ah, nós vamos precisar mesmo Arthur. – afirmou um Sirius bem carrancudo – Bom dia pra você também.

- Bom dia, Arthur. – disse Tonks.

Assim que Arthur desaparatou, Tonks olhou pra Sirius e disse:

- É priminho, parece que teremos um longo ano pela frente.

Sirius concordou, embora lá no fundo ele soubesse de que não haveria de ser um ano tão ruim assim, já que Tonks ficaria mais perto do que ele jamais sonhara, pelo menos durante um ano letivo. Diante desta nova perspectiva, Sirius saiu radiante pelas ruas junto com sua prima favorita.

- Nossa, Tonks, que legal! Quer dizer que vamos ficar mais tempo juntas?

Estavam todos reunidos na cozinha de Grimmauld Place. Ginny estava radiante com as novidades. Ela e Tonks estavam sentadas na ponta da mesa, conversando.

- Como assim, Ginny? Você já acabou a escola! – disse Tonks, um pouco confusa, começando a suspeitar que sua memória estivesse tão boa quanto sua habilidade de não derrubar nada que ficasse tempo suficiente na sua frente.

- É, eu já acabei a escola, mas como eu decidi ser uma medibruxa, Madam Pomfrey me convidou para ajuda-la na enfermaria da escola, já que o St. Mungus não está contratando ninguém sem experiência.

- Nossa, então meu ano não vai ser tão ruim assim.

- Não, não vai mesmo. Eu ouvi o professor Dumbledore conversando com a McGonnagal que a nova professora de Aritimancia é a Fleur!

- Caraca mané! Isso é muito bom! Só vai dar nós esse ano!

- E o que isso supostamente significa? – Ginny olhava para Tonks meio intrigada.

- São umas gírias trouxas que eu aprendi com umas primas. – riu-se Tonks - Caraca mané é algo do tipo "puxa vida". E só vai dar nós esse ano quer dizer que a gente vai se divertir loucamente.

- Ahhh! Agora ta explicado... Só você mesmo, Tonks.

- Mas, voltando ao assunto, por onde anda a Fleur?

- Ah, parece que ela e o Bill foram tirar umas férias lá na França. Ele foi conhecer os pais dela. Daria tudo pra ser uma mosquinha, só pra ver a cara dele.

- Somos duas então!

- Pois é amiga, parece que todos estão se acertando. A gente vai acabar ficando pra titias.

- Ué! – Tonks baixou a voz para que ninguém a escutasse - E o Harry? Você não gostava dele?

- Ah, eu gostava, mas ele nunca reparou em mim. Acho que pra ele eu sempre vou ser apenas a irmã do melhor amigo. – Ginny abaixou a cabeça tristemente - Nada mais que isso. Além do mais, ele vai entrar pro treinamento de Aurores e vai ficar um ano incomunicável na Groelândia.

- Groelândia? Isso não é justo! O meu foi muito pior! Foi no Quirquistão. Mas tudo bem, um ano passa rapidinho. E além do mais, um dia ele vai reparar em você. Sabe, os homens são meio lentinhos, às vezes eles demoram séculos pra reparar a coisa mais óbvia. Mas, no fim, eles sempre reparam, ainda que precisem de um empurrãozinho, eles acabam reparando. Pelo menos ele não se interessou por uma amiga sua ou qualquer coisa parecida.

- Isso é verdade. Mas e você?

- Ah, Ginny, desde a morte do Dawlish eu não tenho mais sido a mesma. Eu sei que nós não estávamos tão envolvidos assim, mas eu tenho medo de que aconteça a mesma coisa a algum de vocês.

- Amiga, não adianta ficar assim. Como sempre diz o Hagrid: Tudo que tiver que ser será e nós teremos que enfrentar.

- Você tem razão amiga, agora vamos ajudar a sua mãe com o jantar. Eu estou morrendo de fome!

- Claro! Quem sabe ela não nos ensina a fazer aquelas almôndegas maravilhosas?

Então as duas se levantaram e foram ajudar a Sra. Weasley.

Depois de algum tempo e alguns pratos derrubados, todos começaram a jantar. Tonks e Ginny sentaram, mais uma vez, na ponta da mesa e voltaram a conversar.

- Mas então, Tonks, o que exatamente vocês vão ter que fazer em Hogwarts?

- Ah, nem sei. – afirmou num tom displicente - O Dumbledore só falou que nós teríamos que proteger a escola. Como eu não acredito que Você-sabe-quem seja estúpido suficiente para tentar invadir o castelo, imagino que vamos ter muito pouco trabalho. A não ser que o diretor queira que nós ensinemos algum tipo de defesa pessoal pra aqueles pirralhos. Quanto a isso, eu prefiro tentar domesticar um centauro.

As duas caíram na gargalhada, sendo logo interrompidas por Sirius, que sentou-se ao lado de Tonks.

- Pois então pode começar a procurar o centauro ideal, porque é exatamente isso que Dumbledore quer que a gente faça.

- Tá bom Sirius. Conta outra...

- É serio, Lupin me contou ainda pouco. Parece que...

- O Lupin está aqui? – interrompeu Tonks.

- Não mais. Só veio pra pegar aquela poção que o Snape sempre faz pra ele. – disse Sirius.

- O Snape está aqui? – dessa vez foi Ginny quem perguntou, com seu rosto revelando profundo desgosto.

- Esse tá sim, pra infelicidade de todos. – respondeu Sirius.

- Por que ele não veio jantar com a gente? – perguntou Tonks.

- Por quê? Sei lá porque, Tonks! Mas, certamente, foi um bem que ele fez a todos nós. Já vamos ver bastante o velho Snivellus durante as próximas semanas. – Ao ver a cara intrigada de Tonks, Sirius explicou – É que o Dumbledore quer que ele nos ajude a planejar nossas aulinhas. Ah, como eu odeio o Dumbledore! – terminou Sirius.

- Por que você mesmo não dá essas aulas, Sirius? Você não é professor de DCAT? – perguntou Ginny.

- Porque Dumbledore acha que as aulas não são suficientes para ensinar todo o conteúdo programático e ainda ensinar feitiços extras.

- E – completou sabiamente Tonks – imagino que seja também uma desculpa para ele ter pelo menos alguns Aurores em Hogwarts sem causar pânico nos alunos. Sabe como eles são, né? Imagino que a presença de Aurores na escola seria suficiente para começarem a espalhar boatos de que Você-sabe-quem está planejando tomar a escola.

- Ah... entendo... – disse Ginny.

O silêncio perdurou por um longo tempo enquanto Tonks e Ginny tentavam assimilar tudo que Sirius tinha acabado de falar. Foi Tonks quem encontrou a fala primeiro.

- A gente não tem escolha, né? Tipo, ir bater um papinho com Você-sabe-quem e aconselhar ele a fazer terapia, ou então perguntar porque ele não tem uma cicatriz tão legal quanto a do Harry. Sabe, alguma coisa menos ruim do que ter que passar as próximas semanas com o Snape.

- Creio que não, priminha. Mas eu te garanto que se eu tivesse escolha eu iria contigo. Ainda pedia pra ele adotar o Harry.

- É gente. Ainda bem que a minha parte é só com a Papoula. – riu-se Ginny.

- É! Ri mesmo da desgraça dos outros! Ah, gente! Eu vou deitar. Não agüento mais isso não. Boa noite pra vocês.

Depois de se despedir de todos, Tonks foi caminhando lentamente até a escada. Não sabia se o que a preocupava mais era ter que falar com Hermione ou ter que passar as próximas semanas com o Snape atormentando-na. Ela já estava cheia das ironias dele. Mas ele não perdia por esperar. Ela não ia deixar barato. Perdida nesses pensamentos, ela, pra variar, colidiu com alguma coisa bem no meio do hall. Estava escuro, não dava pra enxergar direito que era.

- Putz! Quem foi que colocou essa coisa no meio da sala?

- Essa coisa no meio da sala – Tonks levou um susto quando a coisa começou a falar com ela, com uma voz tão grave, que lhe deu até um arrepio na espinha – à qual a senhorita se referia está apenas esperando o diretor lhe dizer onde ele deve dormir.

Um choque de realização atingiu Tonks. A coisa no meio da sala era o Snape.

- Professor! Me desculpa, mas é que eu já sou meio destrambelhada, nesse escuro então eu nem tinha visto o senhor. – "Que era isso?" – pensou, agora ela estava pedindo desculpas pra ele?

- Tudo bem senhorita Tonks. Mas se vamos conviver por um tempo considerável, acho melhor que não faça disso um hábito.

Não, ela não ia deixar ele se aproveitar da situação pra tirar uma com a cara dela.

- Pode deixar professor, a última coisa que eu ia querer no mundo era ficar tão próximo assim do senhor.

- Então pelo menos nisso nós dois concordamos.

- Certamente. Agora, se o senhor não se importa, vou me recolher aos meus aposentos. – disse Tonks, fazendo uma reverência, numa perfeita imitação de um elfo doméstico.

- Boa noite então, senhorita Tonks.

- Boa noite, senhor professor Severus Snape.

Assim, Tonks finalmente conseguiu chegar ao seu quarto. Ao entrar, abriu o seu guarda-roupa e lá do fundo tirou uma grande garrafa de vodka.

Algumas horas depois, ela encontrava-se deitada no chão, dormindo abraçada com a garrafa vazia de vodka e um cobertor precariamente jogado por cima dela. Foi então que alguma coisa começou a falar ao seu lado.

- Senhorita Tonks!

- Huummm... dormindo – resmungou ela

Com um feitiço, a pessoa que falava tirou as cobertas de cima dela.

- Me deixa dormiiiiiiir! - gritou

- Infelizmente não posso.

Tonks finalmente olhou para a pessoa que estava tentando acorda-la. Pela segunda vez em poucas horas, deparou-se com a pessoa que menos esperava: Severus Snape.