N.A.: Desculpem pela demora, mas eu tenho andado meio enrolada... Vou tentar não demorar tanto assim...
Disclaimer: É tudo da Jô. Menos a música, que é do Evanescence.

Capítulo IV

Tonks acordou no dia seguinte com uma coruja batendo na janela. Ela se levantou e deixou a coruja entrar. Era um bilhete de Sirius.

Só para ter certeza de que você não iria dormir demais.

Afetuosamente, Sirius.

- Aff! Só podia ser ele mesmo. Espere um pouco – disse ela para a coruja.

Tonks foi até a escrivaninha e rabiscou outro bilhete.

Muito obrigada pela atenção. Te vejo no café.

Beijos, Tonks.

Assim que despachou a coruja, Tonks se dirigiu ao banheiro. Checando as horas, viu que não era hoje que iria experimentar a banheira. Tinha quarenta minutos para se aprontar e isso não era nem de longe suficiente.

Depois de um bom banho, sentou-se na cama, enrolada na toalha e acenando a varinha começou a tirar as roupas da mala e coloca-las no armário. No meio da operação encontrou uma roupa que serviria perfeitamente para seu primeiro dia. Era uma saia lilás transpassada que ia um pouco abaixo do joelho e uma blusa branca com detalhes lilás.

A roupa já estando escolhida, agora vinha, como sempre, a parte mais difícil: o cabelo. Depois de tentar várias cores e penteados, acabou se decidindo por um cabelo preto, meio ondulado que ia até a cintura. Agora era só transformar os olhos, que hoje ficaram num tom entre o lilás e o azul.

Quando terminou de se aprontar e olhou no relógio, viu que tinha apenas 5 minutos para chegar ao Grande Salão. Saiu correndo, mas tropeçou numa das malas que tinha deixado no caminho.

- Putz, isso dói! – reclamou, mas se levantou e continuou correndo.

Quando chegou na escadaria de mármore, decidiu que era melhor parar de correr. Muito pior do que chegar atrasada, seria descer as escadas rolando.

Para sua felicidade ainda não tinha quase ninguém no Salão. Tonks imaginou que os alunos preferissem tomar café o mais tarde que pudessem depois da cansativa viagem no Expresso.

Dirigiu-se então à mesa dos professores e sentou-se no mesmo lugar da noite anterior, entre Ginny e Snape. Ao sentar-se cumprimentou ambos e, como o máximo que ouviu de Snape foi um bom dia muito mau-humorado, o que foi bom, pois ela não havia esquecido a grosseria da noite anterior. Virou-se então para Ginny e Fleur, que estava ao lado de Ginny, e as três começaram a conversar animadamente.

Algum tempo depois, Tonks se levantou e percebeu que não sabia para onde ir. Foi então até onde Moody estava sentado e perguntou se ele sabia onde seria a aula deles. Moody disse que sim e levantou-se dizendo que ia junto com Tonks.

Assim que entraram numa sala no final do corredor da ala leste do segundo andar, o sinal anunciando o fim do café da manhã tocou. Era a sala de aula que menos parecia com uma sala de aula que Tonks já havia visto. Não havia carteiras, apenas dois bancos compridos em cada uma das paredes perpendiculares à porta. O chão parecia sólido, mas quando Tonks tropeçou nos próprios pés e caiu, não pode deixar de notar que o lugar onde caíra, parecia ter se tornado acolchoado. Contudo, quando ela se levantou, o chão voltou a ser sólido.

Respondendo ao seu olhar intrigado, Moody disse:

- É encantado para diminuir os acidentes.

Assim que Moody terminou de falar, os alunos começaram a entrar.

Tonks percebeu as caras espantadas à sua frente. Não era para menos, lembrou, afinal essa era a primeira aula que aquele grupo iria ter em Hogwarts.

Assim que o último aluno entrou, a porta se fechou e Moody começou a falar.

- Bom dia. Eu sou o professor Moody e esta é a professora Tonks. Nós fomos designados para ensinar a vocês alguma prática em DCAT, o que é muito importante, visto que estamos enfrentando tempos difíceis. Nunca se sabe quando nem de quem você precisará se defender.

Tonks que estava calada até então, resolveu se manifestar ao ver os rostos aterrorizados a sua frente.

- Ah, vamos Moody. Não assuste assim as crianças. – Moody deu um muxoxo de impaciência e Tonks continuou – Não estou querendo diminuir a seriedade da coisa. É realmente muito importante que vocês saibam se defender. Agora, vamos por a mão na massa! – Tonks deu um sorriso animado para a classe, que foi retribuído por quase todos.

Tonks e Moody começaram a ensinar o feitiço para desarmar. Foi um completo fiasco. No final da aula, apenas meia dúzia tinha conseguido desarmar com sucesso seus oponentes.

Assim que o último aluno saiu, Tonks olhou exasperada para Moody.

- É, - disse ele – se continuarmos assim, Voldemort não vai ter trabalho algum.

- Ah, Moody. Relaxa! Foi só a primeira aula deles. Ao longo do curso eles vão melhorar.

- Tomara que você esteja certa, Tonks.

E os dois foram almoçar.

Ao chegar no patamar da escada, Tonks encontrou Ginny, Mione e Fleur paradas conversando. Ao se aproximar, Ginny perguntou:

- E aí, Tonks? Como foi a primeira aula?

- Bem, resumindo: pra ter sido um desastre tinha que melhorar muito.

- Primeiro ano? – Perguntou Mione.

- Foi.

- Eles vão ser a minha primeira turma também. – disse Mione - Esse tempo da manhã foi livre. A McGonnagall disse que, pelo menos esse ano, eu só vou pegar do primeiro ao quinto ano. As turmas dos NOMs parecem ser mais complicadas didaticamente.

- Putz, eu tenho elas no sábado. E você, Fleur? – perguntou Tonks.

- Ah, foi trranqüilo. Peguei o terrceirro ano. Son bem esperrtos. A Ginny que parrece non terr tido um dia ton bom assim.

- Que houve, Ginny? – indagou Mione.

- Uma briga entre um quintanista da Grifinória e um sextanista da Sonserina. Parece que andaram discutindo. No momento, a lula gigante tem um aspecto muito melhor do que eles. Papoula ainda está lá tentando descobrir o que eles fizeram, já que nenhum dos dois parece disposto a falar. Mas acho melhor a gente fofocar e andar ao mesmo tempo, senão vamos acabar nos atrasando.

As outras três concordaram e começaram a se dirigir ao Salão. Ao chegarem lá, sentaram-se nos lugares de costume, uma ao lado da outra, Mione e Tonks em cada ponta. Tonks notou que Severus ainda não tinha chegado.

"Provavelmente fazendo algum aluno cumprir uma detenção horrorosa" pensou.

Tonks levou um susto quando Dumbledore a chamou.

- Tonks, por favor, sente-se aqui. Creio que Severus não se incomodará. – disse Dumbledore, indicando o assento que Severus geralmente ocupava ao seu lado. – Como foi o primeiro dia de aula?

- Imagino que pudesse ter sido pior. Alguns realmente se esforçaram, mas a maioria parece estar encontrando dificuldades em assimilar o conteúdo.

- Não imaginei que seria diferente. A grande maioria dos professores tende a encontrar bastante dificuldade com o primeiro ano. Suponho que a dificuldade tenha sido maior ainda, sendo uma aula majoritariamente prática.

- É mais ou menos por aí mesmo. Agora deixa eu voltar pro meu lugar, antes que o professor Snape chegue aqui e me expulse.

Ao voltar pro seu lugar, Tonks não pode deixar de notar que uma sombra de preocupação pareceu passar pelo rosto do diretor. Ela também não pode deixar de notar que Severus não aparecera durante toda a refeição.

Quando quase todos já tinham acabado de comer, Minerva veio falar com Tonks.

- Nymphadora – Tonks fechou a cara ao ouvir seu primeiro nome – Hogwarts precisa de um favor seu.

- Qualquer coisa, Minerva. – Tonks respondeu.

- Bem, o professor Snape encontra-se um pouco indisposto. Será que você poderia assumir suas aulas da parte da tarde?

Tonks parecia chocada.

- Mas eu não sei quase nada de poções. Como eu posso dar uma aula sobre algo que eu não sei?

- Não se preocupe. Severus deixou tudo planejado. É só seguir o programa.

- Tudo bem, Minerva. Eu vou, mas que o Snape não me culpe se alguma coisa sair errado.

- Muito obrigada, minha querida.

Dizendo isso, Minerva saiu.

Tonks estava perplexa. Como ela poderia dar aula de poções? Mas, estranhamente, o que mais a estava preocupando era Severus. Não parecia muito do feitio dele deixar de dar aulas. Aliás, Tonks até podia lembrar de uma vez em seu quarto ano no qual o professor tinha ido dar aulas com bolhas por todo o corpo. Definitivamente havia algo de errado naquilo tudo. E ela ia descobrir.

A aula transcorreu normalmente. As instruções que Severus havia deixado foram mais que suficientes. Ele escrevera passo a passo a aula inteira, não deixando a mínima margem para erro. Até mesmo Tonks, com todas as suas trapalhadas, não conseguiria estraga-la.

Quando a aula terminou, já estava na hora do jantar. Tonks tinha resolvido que primeiro ia espiar o Salão Principal, se Severus não estivesse lá, o que ela achava muito provável, iria até as masmorras saber o que havia acontecido. Tonks estava com um pressentimento estranho sobre esse assunto. Ela sabia que Severus não a deixaria nem entrar, mas pelo menos se ele atendesse a porta, seria suficiente para saber, pelo menos, se a causa de sua ausência fora algum problema físico.

Como ela já previa, Severus não estava no Salão Principal. Dirigiu-se então em direção às masmorras.

"Tonks, você deve estar mesmo maluca." Pensou "Por que diabos você está fazendo isso?"

As razões dela deviam ser mesmo boas, pois continuou a caminhada. Quando chegou à porta dos aposentos de Severus, bateu três vezes.

Ninguém respondeu.

Quando ia bater de novo, a porta se abriu magicamente e a voz de Severus mandou-a entrar.

Os aposentos dele eram praticamente iguais aos dela, só a decoração que era totalmente diferente. Todos os móveis eram de madeira escura. Estantes com milhares de livros cobriam quase todas as paredes.

"Não deixa de ter sua beleza" pensou.

- Estou aqui no quarto. – disse a voz de Severus.

Tonks foi andando na direção da voz. Ao entrar no quarto, Tonks olhou para a cama onde Severus estava deitado. Sem conseguir se aproximar, abaixou a cabeça e disse:

- Desculpe, professor Snape, mas fiquei preocupada pelo senhor não ter ido dar aula hoje. Não sei se Dumbledore o informou, mas fui eu quem o substituiu. A aula correu normalmente, sem nenhum incidente. – Tonks não conseguia mais parar de falar. Tinha medo do que viria a seguir, do que ele ia falar. Então continuou. – Também, com as instruções tão detalhadas que o senhor deixou, não tinha nem como sair alguma coisa errada. Até os alunos pareciam querer cooperar. Na verdade, por incrível que pareça, substituir o senhor foi muito mais fácil do que dar a minha própria aula hoje de manhã. Não que...

- Tonks! – o berro de Snape interrompeu seu falatório – Lamento lhe informar, mas geralmente, quando você não respira, acaba morrendo. Será que a senhorita poderia acabar com essa falação e dizer logo o que a trouxe aqui?

"Até que não foi tão ruim assim" pensou Tonks.

- Ah, me perdoe a intromissão professor, mas eu sei que quase nada poderia desvia-lo de seu trabalho, então fiquei preocupada e resolvi vir checar. Me desculpe mais uma vez. Eu sei que sou irremediavelmente intrometida.

- Um fato marcante na família Black. – Severus levantou da cama e foi em direção a ela.

- Professor! O senhor está mancando. – Mancando era um eufemismo, Severus mal se agüentava em pé.

- Não é nada, Tonks. Não se preocupe.

Mas ela já tinha chegado até ele e estava ajudando-o a sentar de volta na cama. Não pode deixar de notar que era a primeira vez que ele usava um tom de voz mais suave com ela. Definitivamente não havia sarcasmo algum naquela voz. Sentando-se ao lado dele, perguntou:

- Foi Você-sabe-quem? Foi ele quem fez isso com você?

Severus não estava olhando para ela. Fixava um ponto à sua frente. Depois de algum tempo, olhou para ela e disse:

- Foi, Tonks. Foi ele sim.

Tonks levou as mãos à boca.

- Não acredito! Mas por que? Você não era um servo fiel? Um dos mais chegados?

- Era sim, mas recentemente eu tenho desapontado muito o Lorde das Trevas. Ele quer algo feito, e minha inabilidade de faze-lo tem irritado-o muito.

- E o que ele quer que você faça?

- Nada. – sua voz havia voltado ao tom normal, ela sabia que ele devia estar se amaldiçoando por dentro por ter se permitido aquele momento de fraqueza - Essa conversa já chegou longe demais. Agora que a senhorita já satisfez a sua curiosidade e sabe que não estou à beira da morte, pode voltar às suas atividades normais.

- Nossa! Você realmente pode mudar da água pro vinho com uma rapidez fascinante. Mas sinto lhe informar que não tenho nada mais a fazer. Você já jantou?

Um Snape meio surpreso, meio contrariado respondeu:

- Não, estava planejando pedir alguma coisa da cozinha um pouco antes da senhorita chegar.

- Então é isso. – Tonks se levantou, foi até a escrivaninha, rabiscou alguma coisa num pergaminho, depois foi à lareira do quarto, jogou um pouco de pó de Flu e mandou o pedaço de pergaminho para a cozinha.

- O que você acabou de pedir? – perguntou Severus, meio desconfiado.

- Medalhões a Piamontese e uma garrafa de Miolo tinto. Gosta?

Snape teve que usar todas as suas habilidades para conseguir esconder o quão surpreso estava. Era simplesmente o prato e o vinho preferidos dele.

- É, não é tão mal quanto eu poderia ter imaginado.

E o pedido chegara. Um carrinho com a comida surgiu em frente à lareira e Tonks levantou-se para busca-lo. Conjurou uma mesa e duas cadeiras ao lado da cama, para que Severus não tivesse que andar até a sala e ajudou-o a sentar numa das cadeiras. Então, Tonks voltou à escrivaninha, onde tinha visto um rádio e resolveu liga-lo. Para sua surpresa, Severus não protestou enquanto a música encheu todo o aposento.

I've been watching you from a distance
The distance sees through your disguise
All I want from you is your hurting
I want to heal you
I want to save you from the dark

Eu tenho te olhado à distância

A distância vê através do seu disfarce

Tudo que eu quero são as suas feridas

Eu quero te curar

EU quero te salvar da escuridão

- Não sabia que você gostava de música trouxa. – Tonks voltara à mesa e se sentara defronte ao professor.

- Não se surpreenda por tão pouco, minha cara. – respondeu ele, servindo vinho aos dois. – Eu sou muito mais humano do que pareço.

- Eu sei que é. – e Tonks sorriu.

Então eles começaram a comer em silêncio.

Give unto me your troubles
I'll endure your suffering
Place onto me your burden
I'll drink your deadly poison

Passe para mim seus problemas

Eu vou agüentar seu sofrimento

Coloque sobre mim o seu fardo

Eu beberei seu veneno mortal

Tonks não podia deixar de reparar que de vez em quando, Severus se encolhia, apertando as costelas.

- Professor, o você já foi ver Madame Pomfrey?

- Não. Não é necessário.

- Então termine logo o seu jantar que depois eu vou dar uma olhada nessas costelas que você, vira e mexe, fica apertando.

Severus levantou uma das sobrancelhas e olhou surpreso para ela. Não fosse a insuportável dor que ele estava sentindo, jamais consentiria com aquilo.

- Tudo bem, senhorita. Eu sei mesmo que se eu não deixar, vou ter que te aturar reclamando pro resto dos meus dias.

Tonks sorriu.

Why should I care if they hurt you?
Somehow it matters more to me
Than if I were hurting myself
Save you (save you)
I'll save you

Por que eu deveria me importar se eles te machucam?

De alguma forma isso me importa muito mais

Do que se eles estivessem machucando a mim

Salvar-te (salvar-te)

Eu vou te salvar

Quando terminaram de jantar, Tonks pediu que Severus se deitasse, para que ela pudesse examina-lo.

- Se me permite perguntar – começou Snape – posso crer que a senhorita é menos estabanada quando se trata de curar uma pessoa?

- Se o senhor quer saber, eu fui a melhor aluna nas aulas de primeiros socorros durante meu treinamento de Auror. – disse ela com um tom muito parecido com o da Mione – Então, se o senhor me permite. – com um movimento da varinha, a camisa de Severus jazia no chão.

Ela começou a trabalhar. Contudo, não pode deixar de notar o quão belo era aquele corpo.

"Definitivamente, se o senhor desse aula sem camisa, o rendimento da turma, pelo menos da parte feminina, seria incomensuravelmente maior." Pensou.

Fear not the flame of my love's candle
Let it be the sun in your world of darkness
Give unto me all that frightens you
I'll have your nightmares for you
If you sleep soundly

Não tema a chama da vela do meu amor

Deixe-a ser o sol no seu mundo de escuridão

Passe para mim tudo o que te amedronta

Eu terei seus pesadelos por você

Se você dormir profundamente

Quando terminou de examinar e consertar as costelas fissuradas, Tonks não agüentou.

- Por que você faz isso?

Severus encarou-a por um longo tempo.

- Porque eu não sirvo pra mais nada além disso, Tonks. Esse foi o único modo que eu encontrei para tentar redimir meus erros do passado. - ele não tinha muita certeza sobre por que estava repartindo com ela essas informações, mas continuou – Todo o sofrimento que eu passar, não será nem de longe, suficiente para compensar as vidas que eu destruí.

Tonks estava olhando fixamente para suas mãos. Ele imaginou que toda a confissão tivesse deixado-a chocada. Enfim, ela virou-se para encara-lo.

- Obrigada. Severus. – "Não acredito que eu chamei ele de Severus! Ele vai me matar!" pensou.

- Não há motivo algum para agradecimentos, Tonks. Eu só faço o que eu acho que é certo.

Os dois estavam muito próximos.

- Mas você arrisca a sua vida pra nos manter sãos. E se você acabar morrendo? – Tonks fitava os olhos de Severus.

- Ninguém sentiria falta.

- Eu sentiria.

Severus ergueu uma sobrancelha de uma maneira, ainda que inconscientemente, muito sexy em resposta e, embora um pouco constrangida,Tonks continuou fitando-o.

"Tá legal, Tonks" pensou "Você não vai olhar pra boca dele... Ai, merda!" Ela olhou para seus lábios muito instigantes e rapidamente, de volta para seus olhos.

Antes que ela pudesse fazer alguma coisa, os lábios de Severus já haviam encontrado os dela. Levou um tempo até que Tonks assimilasse o que estava acontecendo, mas assim que conseguiu, se afastou. Severus continuou olhando fixamente para ela, como se tentasse observar muito mais que seus olhos lhe proporcionavam ver. Tonks, incomodada com toda aquela situação, levantou-se e foi andando em direção à porta.

- Boa noite, professor Snape.

E saiu sem ao menos olhar para trás.

Assim que fechou a porta, Tonks começou a correr. Correu durante muito tempo, sem saber ao menos para onde estava correndo. Na verdade, muito mais do que fugir de Severus, ela queria fugir de algum possível sentimento que aquela noite pudesse ter implantado em seu coração.

Ao passar por um corredor, ouviu as vozes de Sirius e Lupin dentro de uma sala. Sem querer falar com ninguém, ia passando direto, mas parou à menção de seu nome.

- Você tem que contar pra Tonks então! – disse a voz de Lupin.

- Tá maluco, Lupin? Ela não precisa de mais uma preocupação. Isso não é nada, daqui a pouco passa.

- Sirius, a quem você quer enganar? De uns tempos pra cá, sempre que você a vê fica com cara de criança ganhando presente do Papai Noel. Quando tá transformado é capaz até de balançar o rabinho.

- Remus, definitivamente essa não é a hora pra piadas.

- Desculpe, Padfoot, não pude me controlar. Mas eu ainda acho que você devia contar pra ela.

Os dois continuaram conversando, mas Tonks não estava mais escutando. Muito mais estranho do que ter beijado Snape, era seu próprio primo estar gostando dela. Era coisa demais pra uma pessoa só. Sentindo-se extremamente cansada, decidiu que pensaria em tudo aquilo no dia seguinte.

Chegando em seu quarto, a única coisa que ela conseguiu fazer foi tomar um frasco de Sono sem Sonho antes de cair, exausta, na cama.

N.A.: Respondendo reviews:

Nicolle Snape: Que bom que você gostou! Eu tentei te mandar o capítulo faz quase uma semana, mas acho que não deve ter chegado. Aconteceu isso com emails que eu mandei pra mais 3 pessoas. Vou tentar te mandar o próximo, se chegar, me manda um email avisando, tá?

xLuna-Lovegoodx: Hihihihi... tem uma cena num capítulo que vem por aí que eu me diverti horrores escrevendo!

Telly Black: Hehehehe... sem comentários…

Sheyla Snape: Eh isso aí! Hehehehe... fico feliz que tenha gostado da fic!

Cris Snape: Eu também num sou muito fã da Tonks com o Lupin não... prefiro ela com o Sirius ou com o Sev... E pode deixar que eu não vou desistir da fic não... já tá quase toda pronta...

Milla McGonagall: Cumpriu, viu? Hehehehe...

Mary-Snape-Lupin: Concordo plenamente! Qualquer fic com o Sev é boa! Tem uns poucos slashs bem escritos que eu gosto... Mas eu prefiro ele com a Mione...