N.A.: Aí está! Depois de muito pensar, resolvi continuar essa fic! O Capítulo anterior vai ficar sendo um prólogo, já que eu resolvi que seria mais interessante escrever a história em primeira pessoa, no pdv da Mione. É a primeira fic que eu escrevo em primeira pessoa, então esse capítulo vai ser uma espécie de teste (é por isso que o capítulo tá tão curtinho). Se vocês não gostarem, eu edito ele e volto a narrativa normal, tá? Então, plix, qdo forem deixar as suas reviews, digam como vcs preferem que eu escreva. Btw, eu preciso de uma BETA! Alguém se candidata? olhinhos de cachorro molhado na chuva
Quanto às atualizações, elas devem demorar um pouco porque, além dessa aqui não ter nenhum planejamento, ainda tem as outras fics... Mas prometo tentar atualizar pelo menos uma vez por semana... De qualquer modo, tenham paciência comigo, tá?
Então é isso, espero que gostem!
Disclaimer: Vocês sabem que é a JK? Ela se parece comigo?
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"Aff! Confusa, confusa, confusa! Nunca me senti tão confusa na minha vida! Porque será que tudo tinha que acontecer comigo? Não. Tudo bem. Tudo geralmente acontece com o Harry. Mas, mesmo assim, porque uma coisa como essas tinha que acontecer justo comigo?"
Enquanto eu corria em direção à Torre da Grifinória, milhões de pensamentos como esses passavam pela minha cabeça. Como eu ia contar pros garotos o que eu acabara de descobrir? Eu podia simplesmente chegar perto deles e falar, "E aí, Harry? Beleza, Ron? Vocês já leram a última edição d'O Pasquim? Parece que tinha uma notícia sobre alguém ter avistado uns Narggles. Por falar em notícias, sabem o que eu descobri? Que o Snape matou o Dumbledore por ordem dele mesmo. Não é legal?"
Qual é? Eu tenho amor a minha vida! Nesses últimos dias, a simples menção do nome do Snape já era suficiente pra fazer o Harry parecer ter engolido pus de Bulbotúberas! Se eu chegasse falando que o homem matou o Dumbledore de acordo com a vontade do mesmo, ele provavelmente ia me dar de almoço pra lula gigante! O Harry estava extremamente abatido desde a morte de Dumbledore. Parecia que o vácuo em seu coração que seu tutor deixara, havia sido suprimido pelo ódio a Snape. Não pra menos, afinal, o Harry, mesmo que nunca tenha falado isso pra nenhum de nós, tinha em Dumbledore, o seu porto seguro. Eu sabia que o ódio que ele estava sentindo era tamanho que conseguia superar todos os seus outros sentimentos. E isso não ia tornar a minha tarefa nem um pouco mais fácil.
Muito mais cedo que esperava, eu cheguei no salão comunal da Grifinória. Eles estavam no nosso canto preferido, perto da lareira, jogando xadrez.
'Ai, Merlin! Como eu vou falar isso?'
Eles só perceberam a minha presença quando eu já havia sentado numa das poltronas perto deles.
"Oi, Mione!" disse Ron, olhando pra mim. "Que cara é essa?"
Harry agora também estava olhando pra mim, com um olhar curioso. 'Ai, meu Deus! Isso vai ser difícil.'
"Não é nada, Ron..." respondi, meio incerta. Os dois estavam me olhando com o típico olhar de incredulidade que eles reservavam especialmente para quando sabiam que eu estava escondendo alguma coisa. 'Não adianta enrolar, Hermione! O quanto antes você falar, melhor!'
Com uma súbita inspiração de coragem Grifinória, eu disse:
"Tudo bem. Eu vou contar." Os dois continuaram olhando pra mim. "Mas só quando a gente estiver fora daqui." Afinal de contas, o Chapéu quase me mandou pra Corvinal...
Sem dar a oportunidade para que eles me contrariassem, fui correndo pro meu dormitório.
Agradecendo aos deuses por nenhuma das meninas estar por lá, eu me atirei na cama, sem ao menos tirar os sapatos.
Eu sabia que os meninos iam surtar quando eu contasse pra eles. Só restava saber se eles iam acreditar em mim ou pular no meu pescoço por eu estar defendendo o Snape.
'Bem, talvez o Ron não. Ele pode ser lerdinho, mas ele não vai deixar que seu ódio o impeça de ver a verdade. Quanto ao Harry... aí já é outra história. Eu já vou ficar feliz se ele não me amaldiçoar até a morte assim que eu falar as palavras 'Snape' e 'inocente' na mesma frase...'
Realmente não ia ser nada fácil.
Foi então que alguém bateu na porta. Rezando para que não fosse nenhum dos dois, eu fui atender.
"Ginny!" Suspirei, aliviada.
"Oi, Mione. Os meninos disseram que você estava meio estranha e eu vim ver o que aconteceu."
"Não foi nada não. Só estou meio cansada. Desde que... desde que Dumbledore se foi" Ginny apenas me olhava. "eu tenho me sentido totalmente desamparada." Isso era uma meia verdade, afinal quando Dumbledore morrera, eu não havia perdido apenas ele, mas Severus também. As duas únicas pessoas que me inspiravam segurança.
"Eu sei, Mione. Todos nós estamos nos sentindo assim. Mas eu sei que tem mais alguma coisa te perturbando. O que é? Pode confiar em mim, Mione."
Ginny sempre fora uma menina muito perspicaz, conseguia perceber coisas que ninguém mais conseguia. Talvez eu devesse contar pra ela, afinal de contas, era ela que sempre me confortava nos momentos que eu mais precisava, muito mais do que Harry e Ron. Não me entenda mal, eles sempre faziam de tudo pra me animar quando eu estava triste, mas tem certas coisas que meninos não conseguem entender.
"Você promete que não vai surtar nem me amaldiçoar?"
"Lógico que eu prometo, Mione."
"Então tá. Pode sentar que é uma longa história."
Alguns minutos depois, Ginny estava me encarando de boca aberta. 'Até que ela não reagiu tão mal assim.'
"Mione" Disse ela, finalmente encontrando a sua voz. "você tem noção do que isso significa? O Snape é inocente!"
"Exatamente, Ginny. E é por isso que eu fiquei insegura em contar isso pros meninos."
"Bem pensado. Do jeito que o Harry anda, ele provavelmente arrancaria a sua cabeça antes que você terminasse a primeira frase. Mas, e agora? O que você vai fazer?"
"Eu prometi ao Dumbledore que eu ia ajuda-lo, não prometi? Então é exatamente isso que eu vou fazer. Só não faço a mínima idéia de como."
"É, vai ser bem difícil, amiga, mas pode contar comigo pra qualquer coisa que você precise, tá?"
"Ai, Ginny, muito obrigada!" disse, abraçando-a.
"Amigas são pra essas coisa, né?" ela sorriu. "Agora é melhor eu ir lá embaixo tranqüilizar os meninos. Te vejo mais tarde, Mione."
"Até mais, Ginny."
E ela saiu.
Eu estava extremamente feliz! Ginny aceitara tão bem a notícia, que, de alguma forma, me deixou até mais tranqüila. Mas agora eu não podia deixar de pensar nos meninos. No Harry, exatamente. Eu sabia que o Ron estava sofrendo pela morte de Dumbledore, mas com o Harry era diferente. Era como se, mais uma vez, ele tivesse perdido um membro da sua própria família. Primeiro os pais, depois o Sirius e agora o Dumbledore. Eu não podia culpá-lo pelo estado em que estava, qualquer um no seu lugar já teria se revoltado ou enlouquecido. Me sentia até culpada por estar tão triste, pois, com a morte de Dumbledore, nós dois perdemos nossos lugares seguros aos quais retornar, mas eu ainda podia recuperar o meu. Já ele, nunca mais teria o seu de volta.
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N.A. Enquete! Vocês acham que eu devo fazer o Dumbly voltar?
