N.A.: Gente, desculpa pelo atraso, mas é que por causa de um probleminha no meu email, eu demorei pra mandar a fic pra minha beta... Mês, enfim, aqui está! Espero que vocês gostem!
Disclaimer: Eu não tenho nada! Só meu pczinho, meus livros e meu poodle retardado...

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Capítulo III

O casamento foi simplesmente maravilhoso. Aconteceu nos jardins da Toca, que não contavam com um gnomo sequer. Embora eu não seja muito fã da Fleur, tenho que admitir que o momento que ela surgiu no corredor entre as cadeiras, se dirigindo ao altar, foi de prender a respiração. Ela estava belíssima e o Bill não poderia estar mais contente. Os dois eram a própria imagem da felicidade.

De todo, foi uma cerimônia simples, mas conhecendo Molly, eu sabia que a festa a seguir seria gigantesca. E não estava errada. Nunca vira tanta comida junta na minha vida!

Eu, Ginny, Harry e Ron estávamos dividindo uma mesa com Tonks e Lupin. Os dois também pareciam extremamente felizes. Harry, apesar de ter decidido terminar o relacionamento com Ginny, não estava fazendo um bom trabalho e, eu tinha certeza, mais umas duas doses de Firewhiskey e eles voltariam às boas. Eu não tinha certeza sobre o que achar desse relacionamento, quer dizer, eu sabia que os dois eram feitos um para o outro, mas eu realmente estava insegura sobre a possibilidade do Voldemort descobrir sobre eles dois. O Harry já havia se conformado que eu e Ron já éramos alvos potenciais de qualquer jeito, mas a Ginny ainda podia ser poupada. Era realmente uma situação muito complicada.

"Mione! Você não disse que ia jantar com os seus pais?" Ron cortou meus pensamentos.

"Eu vou, mas eles só costumam servir o jantar às sete, então eu ainda tenho algum tempo." Respondi.

"Você vai até a casa dos seus pais?" Perguntou Tonks.

"Vou, eles me mandaram uma carta me convidando. Disseram pra eu convidar alguns amigos também, mas eu imaginei que ninguém iria por causa do casamento." Eu não tinha partilhado as minhas dúvidas em relação à carta com ninguém e não seria agora que eu o faria.

"Tem certeza que é seguro, Mione?" Parecia que Ginny lera meus pensamentos.

"Tenho, Ginny. É só um jantar com meus pais."

"Você quer que algum de nós vá com você?" Perguntou Lupin, sempre atencioso.

"Não precisa. Eu só vou jantar e depois volto pra cá."

"Se você tem certeza."

"Tenho sim, mas de qualquer forma, obrigada, Remus."

"Ao seu dispor, Mione."

"Ginny, será que você se importa de ir comigo no seu quarto? Eu deixei o presente dos meus pais lá."

"Claro, Mi. Vamos."

Na verdade eu só pedi para a Ginny ir comigo, pois alguma coisa estava me dizendo que eu deveria contar, pelo menos para alguém sobre as minhas suspeitas. E assim o fiz, quando chegamos no quarto.

Quando terminei a minha história, a Ginny não queria me deixar ir de jeito nenhum.

"Mi, você perdeu a noção do perigo? Essa carta pode muito bem ter sido escrita por um Comensal, só pra te atrair até lá."

"Eu já pensei nessa possibilidade, mas não acho que um Comensal iria querer que eu chamasse o Harry e todos os amigos que eu quisesse convidar. Nem o Pettigrew é idiota a esse ponto. Eles sabem muito bem que, mesmo todos eles juntos, não superam a Ordem."

"E se Você-Sabe-Quem também estiver lá?" Eu sabia que ela tinha um ponto, mas eu não ia ceder.

"Não me parece muito o estilo dele. Voldemort só planejaria uma coisa dessas se ele tivesse certeza que o Harry ia estar lá."

"Mas, Mi..."

"Nada de mais, Ginny. Além do mais, se for mesmo uma armação, é mais um motivo para eu ir até lá. Imagina o que eles poderiam fazer com os meus pais?" Um arrepio percorreu a minha espinha. Rezando para que não fosse um mau presságio, continuei, "Mas não tem com o que se preocupar. Se alguém tivesse invadido a casa, eu teria sentido, por causa dos feitiços de proteção que eu conjurei nela."

"Ainda não estou satisfeita, Mi. Eu vou com você."

"Não! Alguém tem que ficar aqui, se por acaso alguma coisa der errado."

"Aha! Então você também acha que alguma coisa pode dar errado?"

"Não, Ginny. É só por questão de precaução."

"Não adianta, Mi. Está decidido, eu vou com você."

Eu não sabia porque, mas não queria que a Ginny fosse. Mesmo assim, lá fomos nós. Como ela ainda não podia aparatar, eu a levei junto comigo.

Em alguns segundos, nós estávamos na frente da casa dos meus pais, já que os meus feitiços não permitiriam que aparatássemos dentro. Subimos os degraus na frente da porta de entrada e toquei a campainha.

Nada.

Toquei mais uma vez.

Nada.

A Ginny já estava começando a me olhar preocupada. Eu mesma não conseguia esconder a minha própria preocupação.

Toquei a campainha mais uma vez.

Um alívio imenso tomou posse de mim quando ouvi barulho dentro da casa. Meu pai, enfim, perguntou, do outro lado da porta, "Quem é?"

"Sou eu, pai. Hermione."

"Prove. Quando você era pequena, quem fingia ser nos X-men quando brincava com as suas amiguinhas?" Disse ele. Não pude deixar de me sentir orgulhosa dos meus pais. Eles estavam levando as medidas de segurança a sério.

"A Kitty Pryde. Não acredito que você se lembra disso, pai. Mas tudo bem, aqui vai a minha. O que eu te dei de presente no último Natal?"

"Um DVD do Paul McCartney." Disse ele, destrancando a porta, enquanto eu suspirava, aliviada. Contudo, no momento em que meu pai abriu a porta, eu soube que alguma coisa estava errada. Ele estava de pijama. Ginny pareceu notar isso também, pois empurrou, rapidamente nós três para dentro de casa, lançando olhares furtivos para a rua.

"Mas que..." meu pai exclamou.

Quando estávamos dentro de casa e com a porta devidamente trancada, eu comecei a reforçar os feitiços de proteção.

"Onde está a mamãe, pai?"

"Na casa da sua avó. Até achei que fosse ela na porta, ela disse que voltaria hoje de noite ou amanhã de manhã. O que está acontecendo, minha querida? Quem é essa menina que veio com você? Ela não me é estranha."

"Ah, essa é a Ginny Weasley, uma amiga e filha do senhor Weasley. Ginny, esse é Robert Granger, meu pai."

"Encantado." Disse meu pai, apertando a mão da Ginny. "Gosto muito do deu pai. Arthur é um homem muito espirituoso."

"Obrigada, senhor Granger. Tenho certeza que ele diria o mesmo do senhor." Respondeu Ginny, timidamente.

"Não precisa de tanta formalidade. Pode me chamar de Robert ou de você."

Ginny abrira a boca para agradecer, mas eu a cortei.

"Desculpe, pai, mas tem assuntos mais importantes. Por um acaso você não me mandou uma carta convidando para jantar hoje aqui não, né?"

Meu pai parecia bem confuso, mas respondeu, "Não, filha. Por quê?"

Troquei olhares nervosos com a Ginny antes de responder.

"Alguém me mandou uma carta, como se fosse você me pedindo para vir jantar aqui hoje e para que eu convidasse alguns amigos."

A sala ficou extremamente quieta por um momento.

"Tudo bem. O que a gente faz, Mi?" Ginny perguntou.

"A gente precisa tirar o meu pai daqui e chamar o resto da Ordem."

"Como?"

"Chave de Portal." Agradecendo aos céus o trabalho rápido da minha mente, continuei. "Você leva o meu pai para Toca e reúne os membros da Ordem. Eu não vou arriscar em remover as proteções para permitir que eles aparatem aqui, então você deve avisá-los que eles devem aparatar na frente da casa."

"E você?" Meu pai e Ginny perguntaram em uníssono.

"Eu tenho que ficar aqui se por acaso a mamãe chegar."

"Mas Mi..."

"Não tem mais, Ginny. Está resolvido!" Fui até a mesinha de centro e peguei um anjo de cristal que ficava nela. "Portus." Disse, apontando a minha varinha para ele.

"Mi eu acho..." Ginny começou, mas foi interrompida por um barulho do lado de fora da casa. "O que foi isso?"

"Não sei." Meu pai respondeu.

"É melhor ir na porta checar." Disse Ginny.

"Não. Já tem alguém do outro lado dela." Eu podia sentir alguém tentando desfazer as minhas proteções. Ginny e meu pai ficaram brancos. "Rápido, peguem a Chave." Eles sabiam que não adiantaria argumentar.

Uma vez que os dois estavam segurando o anjo, Ginny disse, "Eu não vou te decepcionar, Mi. Por favor, eu vou voltar pra te ajudar." Eu podia ver lágrimas se formando no rosto da minha amiga, meu pai apenas me olhava. Ao mesmo tempo, quem quer que estivesse lá fora, conseguira passar pela primeira barreira.

"Eu sei que vai." Respondi e comecei a contar. "Três, dois..."

"Eu te amo, filha e tenho muito orgulho de você" Foi tudo que meu pai disse, antes que eu contasse 'um' e ele e Ginny desaparecessem no meio da sala. Enquanto eu me concentrava neles, mais uma barreira havia sido transpassada.

"Vocês não vão conseguir." Contudo, eu não conseguia deixar de pensar que, em todas as outras vezes que eu me vira em perigo, os meninos estavam lá para me ajudar. Será que eu conseguiria sem eles? 'É claro que você consegue, Mione.' Então concentrei todos os meus esforços em não deixá-los quebrar as minhas barreiras restantes. E estava funcionando. Isto é, até o momento em que ouvi mais um barulho do lado de fora que, desta vez eu reconheci como sendo o barulho de alguém aparatando e, logo depois, pessoas discutindo.

Pronto! Eu estava salva! A Ordem havia chegado! Rapidamente eu abri a porta para ajudar na luta.

Meu maior erro.

O que eu vi, fez meu coração perder o compasso. Por volta de uns seis Comensais estavam parados na minha porta e sem nenhum sinal de alguém da Ordem. 'Como eu pude ser tão estúpida? Por que eu tinha que abrir a porta?'

Por um momento, ninguém falou. Imagino que eles tenham se surpreendido por eu mesma ter aberto a porta. Então, o Comensal que estava à frente falou.

"Ora, ora, não é que a amiguinha do Potter não é tão esperta assim? Muito obrigada por facilitar as coisas para nós, querida." Eu reconheci a voz. Era a Bellatrix Lestrange. 'Pronto. Eu estou morta!'

Devido às máscaras, eu não podia identificar mais nenhum deles, embora estivesse rezando, pra quaisquer Deuses que estivessem me ouvindo, que um deles fosse o Snape.

"Expeliarmus!" Bellatrix gritou. E minha varinha voou direto para a sua mão. Eu não conseguira reagir, estava apavorada demais. O Harry tinha razão, eu podia ser a garota mais inteligente da minha idade, mas eu sempre entrava em pânico na hora de agir, principalmente sozinha.

"O que houve, sangue-ruim? Não vai lutar?" uma voz que eu sabia ser a do Pettigrew perguntou, enquanto os outros Comensais riam. "Muita pressão pra senhorita sabe-tudo? Mas não se preocupe." Ele continuou, num tom que dizia exatamente ao contrário. "Talvez a gente nem te machuque muito antes de te entregar pro Lorde das Trevas. Talvez você até goste. Garanto que vai ser muito melhor do que qualquer coisa que aqueles dois pirralhos, que você chama de amigos, possam te oferecer." Subitamente eu entendi do que ele estava falando e, mais do que nunca, desejei que Snape estivesse ali. Ele não deixaria.

"VOCÊS NÃO VAO ME TOCAR!" eu gritei, desesperadamente procurando uma maneira de sair dali. Naturalmente, percebendo as minhas intenções, Bellatrix me imobilizou com cordas invisíveis.

"Sabe, até que pra uma sangue-ruim você não é tão feia." Disse Pettigrew, enquanto sua mão deslizava pela minha coxa.

"Sai de perto de mim, seu pervertido!" eu gritei.

"Ou o que? Vai gritar? Pode continuar, te garanto que isso só me excita." Ele respondeu, enquanto agarrava, de modo animalesco, os meus seios.

'Snape, onde você está?'

"O que foi, sangue-ruim? Ainda tem esperanças que alguém venha te salvar?" E ele rasgou a minha blusa. Alguns Comensais gritaram algumas palavras em aprovação. Pettigrew estava me encarando. "Até que é bom, considerando que é uma sangue-ruim." E arrancou a minha saia.

'Por favor, por favor, Snape! Não deixa isso acontecer!'

Então, de repente, ouvi um barulho do lado de fora. Todos os Comensais empunharam suas varinhas, mirando na porta. Sem mais aviso, alguém explodiu a porta. Por um momento, eu tive certeza que seria o Snape, mas um segundo depois, a sala da casa dos meus pais estava cheia de membros da Ordem lutando contra os Comensais. Embora nenhum deles tenha conseguido chegar perto de mim para me desamarrar, eu sabia que seria uma luta rápida. Havia mais membros da Ordem do que Comensais.

Assim que Harry e Lupin terminaram com o deles, Harry correu para perto de mim e com um movimento da varinha me desamarrou. Ao mesmo tempo, o Comensal lutando contra Ron o petrificou e veio em nossa direção. Eu nunca me senti tão vulnerável. Não havia nada que eu pudesse fazer, não fazia idéia de onde estava a minha varinha.

A luta entre Harry e o Comensal continuava, mas, estranhamente ele não estava se dando ao trabalho de atacar o Harry, apenas se defendia. Quando ele bloqueou o milésimo feitiço lançado nele, ele disse, "Vejo que ainda não aprendeu a fechar a sua mente e calar a boca, não é?"

Eu não precisava do grito enraivecido do Harry para reconhecer aquela voz de barítono. Era o Snape.

"EU VOU TE MATAR, SEU BASTARDO!" Por um momento, toda a cena se congelou para olhar para ele. Contudo, um segundo depois, eles voltaram para as suas lutas.

'Uh-oh! Isso não é bom! Ele vai matar o Snape! Ai meu Deus, o que eu faço?'

Não havia tempo para explicar nada pro Harry e, de qualquer jeito, eu duvido que ele fosse me ouvir. Então eu fiz a única coisa que veio na minha cabeça.

"Harry! O Ron!" eu gritei. Aproveitando a sua distração momentânea, eu agarrei as frentes da veste do Snape, que, apesar do choque, tentou se livrar de mim, mas eu fui mais rápida e nos aparatei pra longe dali.

Nós estávamos no jardim da casa de verão dos meus pais. E Snape estava apontando a sua varinha para mim, com uma expressão bem estranha no seu rosto.

'Uh-oh!'

OoOoOoOoOoO

N.A.: Gostaram? Eu sou muito má? Hehehehe... Deixem reviews... Eu não vou responder as últimas nesse capítulo pq meu pc resolveu não colaborar hoje, mas no próximo eu respondo!