AVISO! Gente! Eu sou a toupeira da toupeiras! Eu postei o capítulo errado! Era pra ter postado esse aqui, que tem o final diferente... Então, se vc já leu o outro, poder ler só o final desse daqui... lá pelos últimos parágrafos...
N.A.: Heheheheh... é, eu sou má! Mas tudo bem, eu prometo que da próxima vez que eu for fazer uma coisa dessas, eu coloco um aviso de cliffie antes do capítulo... Será? Muahahahahahaha!

Tudo bem, agora falando sério. O que vocês estão achando da história? Eu não costumo escrever nada sem ter tudo planejado antes, mas como essa daqui era só uma one shot, eu não tenho absolutamente nada planejado. A história está caminhando sozinha e eu não tenho a mínima idéia de onde ela vai parar... Então, se vocês tiverem alguma sugestão, podem mandar, viu?

Desculpa pelo capítulo curto e meio ruim, mas é que a minha TPM não está colaborando... No próximo melhora...

Disclaimer: Precisa lembrar que nada disso é meu?

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Capítulo IV Antes que eu pudesse me mover, Snape já havia me amarrado do mesmo jeito que Bellatrix me amarrara mais cedo. Ele levou um tempo analisando as redondezas cuidadosamente, depois, finalmente, olhou para mim.

"Muito bem, senhorita Granger. Que tipo de armadilha é essa?" perguntou, pressionando sua varinha contra o meu pescoço.

'E agora? Ele entendeu tudo errado!'

"Professor, eu sinto muito. Não é nenhuma armadilha, o que acon..."

"NÃO MINTA PRA MIM!" ele me interrompeu "A senhorita acha que eu sou burro? Com que outro objetivo teria me trazido aqui?"

Como eu ia explicar pra ele? Era melhor ganhar tempo.

"É uma longa história, professor, o que o senhor acha de entrar? Podemos tomar um chá enquanto eu conto o que aconteceu." Eu sugeri, apontando para a casa.

'Ah, se eu tivesse uma câmera!' A expressão no rosto dele era impagável. Quem diria? O velho e temido professor Snape estava tão confuso quanto a maioria dos alunos do primeiro ano, que se deparavam com toda aquela coisa de enfeitiçar a mente e confundir os sentidos.

Finalmente, parecendo recuperar o seus sentidos, Snape falou, "A senhorita realmente espera que eu caia nisso? Com certeza aquela casa está cheia de Aurores esperando para me prender." Eu não pude conter uma risada. "O que é tão engraçado, senhorita Granger?"

"É que não é todo dia que a gente vê o famoso Severus Snape, grande mestre de Poções, redondamente enganado."

Ele apenas ergueu uma sobrancelha questionadora.

'Pena. Ia ser tão engraçado ver aquela expressão de confusão no rosto dele mais uma vez.'

"Isso aqui não é uma armadilha, professor. Pode checar por qualquer sinal de magia. Só vai encontrar os nossos. Essa é a casa de verão dos meus pais. Agora, será que o senhor poderia me desamarrar pra que a gente possa entrar? Tá ficando bem frio aqui fora."

Para minha surpresa, ele me desamarrou. Eu achei que ele fosse me levitar até a casa, ou qualquer coisa parecida.

"Expelliarmus!" E a minha varinha foi voando até a mão dele. "Só por via das dúvidas."

Eu suspirei. Tudo bem, não dava pra esperar que ele confiasse em mim de uma hora pra outra. Ele era o Snape, não era?

Quando chegamos na porta, ele olhou para mim. Foi a minha vez de arquear uma sobrancelha.

"Eu não tenho a chave. Muito menos uma varinha."

"Não se faça de engraçadinha." Ele rosnou, mas mesmo assim abriu a porta.

Em silêncio, eu nos guiei até a cozinha. Snape sentou-se numa das cadeiras em volta da mesa redonda que ficava num canto, enquanto eu procurava a chaleira.

Depois do chá pronto, nós ainda ficamos em silêncio por um bom tempo. Foi ele quem quebrou o silêncio.

"Suponho que agora a senhorita possa me contar o porquê de suas ações."

"Acho melhor que o senhor veja por si mesmo." Pelo menos vendo as minhas memórias, ele não teria dúvidas de que eu falava a verdade.

"Tudo bem." Concordou ele, chegando a sua cadeira mais para perto da minha, de modo que ficássemos um de frente para o outro. "Você, provavelmente vai me sentir dentro da sua mente. Não tente fazer nada, apenas relaxe e pense nas memórias que quer me mostrar. Não faça gracinhas." Ele disse, quase num sussurro, que, involuntariamente, fez um arrepio percorrer a minha espinha. 'Se organiza, mulher! Snape está prestes a entrar na sua mente e você pensando no arrepio que a voz dele causou em você!'

"Então, quando eu contar até três. Um, dois, três. Legillimens."

Eu estava me concentrando nas memórias. Eu estava na sala Precisa, pensando como eu odiava o Snape por ter traído todos nós, como eu me sentia muito mais traída do que os outros... 'Ai, merda! O Snape está ouvindo todos esses meus pensamentos!' Me amaldiçoando internamente, continuei. Agora eu estava descobrindo sobre a poção, decifrando a inscrição em latim, ao mesmo tempo em que uma felicidade enorme invadia meu corpo. Ele não havia me traído.

Agora nós estávamos no escritório da professora McGonagall. Dumbledore estava confirmando a minha teoria e me mandando em busca do Snape. Eu estava saindo do escritório, com a certeza de que, só depois que o encontrasse, eu poderia viver em paz.

De repente, tudo parou. Eu estava, de novo, na cozinha da minha casa de verão e Snape havia se levantado e caminhado até a janela. Eu já estava me preparando para algum comentário sarcástico, em relação a história de considera-lo uma espécie de refúgio. Mas não ouvi nenhum. Ele permaneceu em silêncio por um bom tempo. Eu já estava começando a me preocupar, quando ele finalmente falou.

"Por quê?" Ele ainda estava encarando a janela. "De todas as pessoas, por que você foi escolher logo a mim?"

"Porque eu sempre admirei a sua postura. O senhor nunca deixava que o mundo aqui de fora influenciasse as suas aulas. Por pior que fosse a situação aqui, nós sempre tínhamos o senhor, para nos lembrar para que nós estávamos ali. Era o senhor quem nos mantinha sãos. Se o Harry não se deixa ser levado por toda a sua fama, boa parte, é graças ao senhor. Embora ele não vá admitir isso nem por um milhão de galeões." Ele ainda encarava a janela. Então eu fui até ele e coloquei a mão em seu ombro. Ele se virou, assustado, e me encarou.

"Muito obrigada, professor."

"Como a senhorita pode ser grata ao homem que matou a única pessoa que confiava nele?" Ele disse, num tom amargo.

"Mas o senhor não ma..."

"Lógico que eu matei! Não importa se ele já estava morrendo! Eu rasguei a minha alma, matando a única pessoa que um dia eu pude chamar de amigo!" Eu nunca tinha visto alguém em semelhante estado de desespero. Não pude evitar que meus olhos se enchessem de lágrimas. Eu não tinha idéia do que fazer. Pela primeira vez, eu percebi que eu não era a única pessoa a ter um refúgio. Snape também o tinha e estava sentindo o quão torturante era a sua ausência. Era a mesma dor que eu senti quando achei que tivesse perdido o meu.

Ele voltou para o seu lugar, perto da mesa, mas não se sentou. Seu rosto carregava uma expressão incomparável, um misto de dor, angústia e culpa. Então eu fiz a única coisa que me pareceu sensata. Fui até onde ele estava, e o abracei. Para minha surpresa, ele não tentou se desvencilhar de mim, apenas me abraçou de volta.

Assim nós ficamos por um bom tempo, um confortando o outro. Eu não queria que aquele momento acabasse nunca mais. Estava me sentindo protegida, de um modo que nunca havia sentido antes. Eu sabia que, enquanto estivesse ali, nada de mal poderia me acontecer.

Mas, infelizmente, o momento acabou.

Quando nos afastamos, Snape parecia muito mais calmo, mas totalmente constrangido, assim como eu.

"Bem, a senhorita contou pra mais alguém o que descobriu?" Ele perguntou, ainda um pouco embaraçado.

"Só para a Ginny, mas não tem com que se preocupar. Ela é capaz de guardar um segredo. Eu não quis contar pro Harry, porque ele não iria acreditar em mim e nós íamos acabar brigando, então eu resolvi que só vou contar quando eu tiver provas concretas, além das minhas memórias, é claro. Eu também não contei pro Ron, porque, ao contrário da Ginny, ele não sabe guardar segredos." Um sorriso quase passou pelos lábios dele. Quase.

"Eu sugiro que a senhorita não conte para mais ninguém. Faz algum tempo que nós andávamos suspeitando que havia um espião na Ordem."

"Tudo bem." Eu o estava estudando calmamente, considerando as minhas próximas perguntas.

"Sim, eu vou continuar como espião. E sim, é a senhorita quem vai receber as informações."

Eu franzi minhas sobrancelhas, com raiva. "Será que o senhor se importa em parar de ler a minha mente?"

"Não foi preciso. Estava estampado no seu rosto o que a senhorita queria me perguntar."

"Ah, me desculpe, então." Eu disse, ficando um pouco vermelha.

"Suponho que a senhorita queira saber como eu lhe passarei as informações." Ele me disse, enquanto tirava algo do bolso. "Isto vai permitir que entremos em contato de modo seguro." Ele me entregou um anel solitário de prata, com uma esmeralda. "Quando eu precisar falar contigo, você sentirá o anel esquentar. Assim que estiver num local seguro, gire a esmeralda para a esquerda e o meu anel se transformará numa Chave de Portal para onde a senhorita estiver. Se for ao contrário, a senhorita que estiver precisando de mim, basta girar a esmeralda para a direita e o meu anel esquentará. Por motivos de segurança, eu não vou permitir que a senhorita venha me ver, então, assim que sentir meu anel esquentar, eu aparato ao seu lado. Portanto, é bom que esteja em um lugar seguro quando me chamar. Entendeu tudo?"

"Claro, professor. Só tem uma coisa."

"O quê?"

"Eu vou precisar explicar pra todo mundo por que eu te tirei de lá. O que eu devo falar?"

Ele ficou em silêncio por alguns segundos.

"Diga que eu a havia posto sob a influência da Imperius e que, assim que a senhorita conseguiu se livrar da maldição, fugiu."

"Mas eles vão pensar pior ainda do senhor!" Eu disse, mesmo sabendo qual seria a resposta.

"Não seja tola! Eles já sabem que eu sou um assassino, usar uma Imperius contra uma ex-aluna não vai ser nada comparado a isso." Me respondeu, com uma sombra de dor no seu olhar.

"Perdão, professor." Respondi, abaixando a cabeça. "Acho melhor eu ir agora, antes que eles fiquem mais preocupados ainda."

"Certo, senhorita Granger, então vá logo."

Eu já estava me preparando para aparatar, mas eu precisava fazer algo antes.

"Professor." Eu disse, olhando para ele.

"Sim, senhorita Granger." Era impressão minha ou a expressão nos olhos dele estava diferente?

"Eu só queria te agradecer, professor."

"Primeiro, a senhorita deveria parar de me chamar de professor. Uma mente brilhante como a sua já deveria ter deduzido que eu não trabalho mais em Hogwarts." Ele disse.

'Snape, se sarcasmo fosse ouro, você seria o homem mais rico do mundo.'

"E segundo, pelo que exatamente a senhorita queria me agradecer? Por ter matado o maior bruxo do mundo? Ou quem sabe por ter infernizado a vida do seu melhor amigo?" Ele parou e ficou me fitando com uma expressão educadamente intrigada. 'Ele realmente consegue ser um pé no saco quando quer.'

"Não. Só queria agradecer por você ser exatamente do jeito que você é, Severus."

Foi aí que eu fiz a coisa mais estranha da minha vida. Simplesmente fiquei na ponta dos pés e dei um beijo na bochecha dele! Logo após de tê-lo chamado de Severus! Eu juro que vi toda a minha vida passar diante dos meus olhos. Antes que ele se desse conta do que eu havia feito, e, antes que ele mudasse de idéia sobre ser bonzinho e me matasse, eu aparatei. Ainda tenho amor a minha vida, não é?

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N.A.: Respondendo Reviews:

Nicolle Snape – Hehehehehe... é bom ser má de vez em qdo. Espero que goste desse capítulo.

Mary-Snape-Lupin – A cara do Harry só no próximo capítulo! Fico feliz que esteja gostando!

Sheyla Snape – Oie! Hehehehe… eu sei que foi meu traumatizante, mas eu prometo que não vou mais fazer isso... pelo menos não muito... só uma vez a cada dois capítulos... hehehehe... Realmente a vida real é um saco, de vez em quando, mas a gente vai levando, né?

Vanessa – Muito obrigada! Continue acompanhando!

Minna MontClair – Que bom que vc reencontrou! Fico feliz que esteja gostando!