N.A.: Oie gente! Me desculpem pela demora, mas é que sábado passado foi niver da minha irmã, então eu trabalhei que nem uma vaca para arrumar as coisas e nem tive tempo de terminar o capítulo. O próximo também deve demorar um pouco, já que eu viajo na sexta, pro retiro da Crisma e só volto no domingo e, pra completar, eu inda tenho prova de Zôo na segunda e de Ecologia na terça. Resumindo, o próximo capítulo só lá pro final da semana que vem...
Ah, como eu prometi avisar antes, esse capítulo tem um cliffie. Nada sério, provavelmente vocês vão adivinhar a continuação, mas mesmo assim achei melhor avisar...
Agradecimentos especiais a minha beta Angela Danton! Muuuuuuuuuito obrigadaaaaaaa!
Disclaimer: É tudo da Jô...
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Capítulo V Capítulo V'Hermione, você é insana! Como foi que você beijou a bochecha do Snape? Snape não, Severus, como você fez questão de chamá-lo! Quando você tiver vontade de morrer, se jogue de uma ponte!'
Eu havia acabado de aparatar no jardim da Toca. Aquela realmente não era a hora de discutir com as minhas vozes interiores, eu tinha que entrar e acalmar o pessoal. Fui andando calmamente em direção à porta e bati.
"Quem é?" Perguntou uma voz, que eu sabia ser da Sra. Weasley.
"Sou eu, Hermione." Assim que eu completei a frase, já comecei a me arrepender, afinal, eles deviam estar pensando que eu ainda estava sob poder dos Comensais.
"Arthur! Moody! Corram aqui!" Molly gritou na mesma hora.
Eu podia ouvir as vozes abafadas na cozinha. Uns minutos depois, mais vozes se juntaram. 'Ótimo! Se eu realmente estivesse fugindo, os Comensais já teriam tido tempo de sobra de me recapturar. Será que eles não pensaram nisso?'
"Mione?" Harry falou de dentro da cozinha.
"Eu, Harry."
"De quem era o gato do qual você pegou o pêlo, no nosso segundo ano para colocar na poção Polissuco?"
"Millicent Bulstrode." Eles tinham que me lembrar disso?
"Agora eu!" Ouvi a voz do Ron dizendo. "Por que você não quis me ajudar naquele ensaio sobre o feitiço Fidelius?"
"Porque você passou a aula inteira contando pro Harry como a 'Lav-lav' era uma ótima namorada, ao invés de prestar atenção, Won-won!"
"Essa, definitivamente é a Mione." Ele respondeu, com uma voz um pouco zangada.
"Pronto, agora sou eu!" Disse Ginny "Se você tivesse que escolher, com quem da Sonserina você dormiria?"
"Ginny!" Eu, Molly e Ron gritamos em uníssono.
"Ué, eu tenho certeza que só eu e a verdadeira Mione sabemos a resposta dessa." Ela explicou.
Como ela saberia? Nem eu sabia. Ou será que sabia? E se eu respondesse e não fosse o certo?
'Certo, Mione, vamos pensar. Se você tivesse que escolher, quem seria?'
Meu primeiro pensamento foi o Malfoy. Apesar de ser totalmente arrogante, é um dos poucos bonitos daquela casa. Também tinha o Blaise, tão arrogante e tão bonito quanto o Malfoy.
Foi aí que eu tive certeza de ter pirado de vez. Meus pensamentos foram parar na conversa que eu havia tido com Snape, o modo como nós nos abraçamos, os arrepios que percorriam a minha espinha.
"Ai meu Deus! Não pode ser ele!" Eu gritei, me esquecendo completamente de onde estava.
"Pode abrir, é ela mesma." Ouvi Ginny dizendo, entre risos.
Assim que a porta se abriu, pela milésima vez na mesma noite, eu achei que fosse morrer. Vinte e cinco milhões de braços vieram me abraçar, me deixando totalmente sem ar. Depois de algum tempo, Lupin e Tonks entraram na cozinha e, achando que o amontoado de gente fosse devido a alguma briga, foram apartar.
Finalmente, eu consegui respirar!
Depois das devidas explicações, todos estavam literalmente amaldiçoando até o último fio de cabelo do Snape. Ron até sugeriu que fizéssemos um voodoo! É mole?
Passado o momento 'vamos todos falar mal do Snape', Ginny rapidamente arranjou uma desculpa e nós subimos para o quarto dela. Durante todo o caminho, eu fui rezando para quaisquer deuses que estivessem me ouvindo para que ela não falasse nada sobre a pergunta que ela havia me feito. Depois, é claro, eu me lembrei que aquela era a Ginny Weasley. Era mais fácil o Voldemort se vestir de Coelhinho da Páscoa e sair distribuindo doces, do que ela esquecer de um assunto tão bombástico como aquele. Resignada com o pior, quando chegamos no quarto, eu sentei na cama e esperei o interrogatório começar.
"Ora, ora, Mi." Ela estava com um sorriso malicioso no seu rosto.
"O que?" Eu perguntei, tentando soar inocente.
"Não se faça de desentendida, mocinha! Você sabe muito bem do que eu estou falando! Eu não acho nada demais, eu já imaginava que você fosse escolher o Snape."
"Quem disse que foi o Snape que eu escolhi?" Perguntei, mesmo sabendo que não ia adiantar tentar enganar a garota mais sagaz que eu já vi na vida.
"Lógico que foi, Mi. Quem mais te faria gritar daquele jeito? Mas tudo bem, eu só queria saber porque ele. Eu já tenho uma teoria, só queria que você confirmasse."
"Eu não sei os meus motivos, Ginny. Ele foi o primeiro nome que veio na cabeça." 'Mentirosa! O que houve com o Draco e o Blaise?'
"Mi, você é uma péssima mentirosa. Se você não quer me contar, tudo bem. Só não entendo porque você não confia em mim."
"Eu confio, Ginny! Mas é que eu não sei mesmo porque eu escolhi o Snape." Eu realmente estava sendo sincera, não fazia idéia do que me levara a escolher meu antigo professor.
'Bem, ele é sabe-se lá quantos anos mais velho que eu, é um Comensal, é a pessoa mais sarcástica, mordaz, e cruel que eu já conheci. Então, por que, de todos os Sonserinos, eu dormiria logo com ele? Talvez seja aquela voz de veludo que me dá arrepio na espinha, ou o jeito misterioso, ou toda a experiência que ele deve ter, ou porque só de imaginar, eu...'
"Mi! Você ainda está aí?" Ginny gritou, cortando meus pensamentos.
"O quê? Lógico que eu estou aqui!" Eu respondi, fazendo de tudo para não ficar vermelha.
"Eu agradeceria se você parasse de fantasiar sobre o Snape e me desse respostas." Ela disse, num tom divertido.
"Eu não estava fantasiando!" 'Droga! Por que eu tinha que ficar vermelha justo agora?'
"Tudo bem, se você não quer me contar, eu vou dizer o que eu acho." Ela nem esperou que eu respondesse e continuou "Eu acho que você escolheu o Snape, porque ele é exatamente igual a você."
"Como assim? EU LAVO O MEU CABELO A CADA DOIS DIAS!"
Ginny teve que reunir todas as suas forças para poder parar de rir e continuar. "Eu sei que lava, Mi, mas você sabe que não foi isso que eu quis dizer. Olha só, vou tentar explicar da maneira mais fácil. Imagina o Ron. Sobre o que ele gosta de conversar?"
Eu ainda não estava entendendo onde ela queria chegar, mas respondi mesmo assim. "Ah, basicamente sobre Quadribol, sobre como a quantidade de dever de casa é injusta. Essas coisas..."
"Certo, e sobre o que você gosta de conversar?" Ela perguntou, perspicaz como sempre.
"Já entendi onde você quer chegar, Ginny, mas os meus interesses serem muito mais parecidos com os do Snape do que com os do Ron não quer dizer nada. Já ouviu dizer que os opostos se atraem?"
"A coisa mais ridícula e clichê que eu já ouvi em toda a minha vida! Não posso acreditar que você realmente leve uma coisa dessas a sério, Mi!"
"Não, não levo, Ginny, mas também não acho que seja impossível que duas pessoas completamente diferentes possam formar um belo casal." Eu disse com muito mais convicção do que eu realmente possuía.
"Pensa comigo, Mione. Você é muito mais madura do que qualquer garoto na sua idade e gosta de coisas completamente diferentes deles. No começo, uma relação poderia até ser interessante, cada um conhecendo mais sobre o outro, mas e depois? E quando você quisesse conversar sobre o último exemplar de Transfiguração Hoje e ele quiser jogar Quadribol com os amigos? E quando você decidir levar o F.A.L.E. à frente e ele for contra? Você nunca conseguiria ser feliz com alguém que não pudesse entender seus objetivos, seus desejos! Acorda, Hermione! Você não precisa de um garoto, você precisa de um HOMEM!"
Depois do discurso da Ginny, seguiu-se um silêncio extremamente pesado. Lá no fundo, eu sabia que a Ginny estava certa. Eu nunca conseguiria ser feliz com alguém da minha idade, salvo raras exceções, é claro. Era hora de admitir a derrota.
"Tudo bem, Ginny, eu admito. Se eu tivesse que escolher alguém da Sonserina, eu dormiria com o Snape."
"Há-há!" Ginny pulou da cama e começou a fazer uma dancinha da vitória totalmente bizarra. "Agora a senhorita pode ir me contando t-u-d-o que aconteceu lá com o Snape."
Resignada ao meu destino, eu suspirei e comecei a contá-la sobre a minha aventura. Quando contei sobre o abraço, ela não conseguiu reprimir um risinho em aprovação, mas a parte do anel foi a pior.
"Queeee liiiiiiiiiindoooooo! Depois desse abraço, é quase como se vocês estivessem noivos!" Ela disse.
"Não, é quase como se ele estivesse me ajudando a passar informações pra Ordem." Respondi, exasperada. 'Ela é uma ótima amiga, mas consegue ser extremamente estúpida de vez em quando.'
"Ah, dá quase no mesmo! O Snape nunca ajuda ninguém! Daí pro casamento é um pulinho!"
Já dá para imaginar que essa conversa não teve um rumo muito bom, não é? Depois de suposições que incluíam, entre elas, eu e o Snape com meia dúzia de filhos, nós fomos dormir.
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Na manhã seguinte, Harry e Ron foram nos acordar com uma bandeja de café da manhã. Os dois logo se apressaram a nos contar que tinham acabado de perguntar ao Sr. Weasley sobre Robert Bagman.
"Meu pai disse que não sabia muito sobre ele." Ron contou "Só nos disse que ele era um Auror muito respeitado. Ele era como o Moody, nunca matava ninguém se ele pudesse evitar."
"Bem, isso não nos diz muito, não é?" Eu disse "Acho que nosso próximo passo é fazer uma visitinha ao Ludo Bagman."
"Mas como nós vamos conseguir isso sem levantar nenhuma suspeita?" Ginny perguntou. Eu não fazia idéia e, pelo visto, os outros também não.
"Já sei!" Disse Harry, uns minutos depois "Eu posso dizer que eu pretendo seguir carreira no Quadribol e pedir que ele me aconselhe." Ele ficou nos olhando como se esperasse aprovação.
"Perfeito Harry!" Exclamei "Acho que você deveria mandar uma coruja para ele agora mesmo. Enquanto isso, eu e... Ai!" Eu dei um pulo da cadeira, onde estava sentada, balançando minha mão direita. O anel havia acabado de esquentar. 'O filho de uma vaca nem pra me avisar que essa bosta desse anel esquentava tanto!'
"Mione! Mione! Tá tudo bem?" Harry disse, segurando meus ombros para que eu parasse de pular.
"Tá, tá tudo bem. Eu só..." Os três ficaram olhando para a minha cara, esperando uma resposta. 'Pensa, Mione. Pensa! Pensa! Pensa!'
"Mione! Eu te avisei que isso ia acontecer!" Do nada, a Ginny gritou. Eu não entendi patavina, e quando ela percebeu que eu ia falar alguma coisa, continuou "Eu falei mil vezes que as suas unhas são fracas! Você não pode deixá-las sem esmalte! Tomara que dessa vez tenha quebrado bem no sabugo pra você aprender!"
'Como essa garota não foi sorteada para a Sonserina, até hoje eu não sei. Talvez o Chapéu esteja ficando velho demais.'
"Vem aqui! Vamos lá no banheiro que eu vou tentar consertar esse estrago." Ginny já estava me puxando pelo braço, para que saíssemos do quarto.
"E agora, Ginny?" Eu sussurrei, assim que saímos do quarto "Para onde eu vou?"
"Tem uma casinha, lá perto de onde nós jogamos Quadribol, que os meninos usam para guardar as vassouras. Eu vou cuidar para que ninguém vá para lá." Ginny respondeu.
"Obrigada, amiga!" Respondi, antes de sair correndo para o quintal, para que eu pudesse aparatar.
Agradecendo a todos os deuses possíveis por não encontrar ninguém no caminho, eu cheguei ao quintal e aparatei. Assim que me vi do lado de fora da casinha, lancei todos os feitiços anti-intrusos que consegui me lembrar e entrei. O lugar era escuro e cheio de teias de aranha. Era como se fosse um armário, onde mal havia lugar para as vassouras. 'Quando Snape chegar, isso aqui vai ficar realmente apertado.'
Não querendo perder tempo tentando arrumar um jeito de aumentar o espaço do lugar, girei o anel. Quase caí para trás quando Snape se materializou na minha frente, me esmagando contra a parede da casinha. Mais uma vez, um arrepio já conhecido percorreu a minha espinha quando eu levantei o rosto e vi que o dele estava a centímetros do meu e que ele me encarava, quase que me analisando.
'Tudo bem, Mione, se concentra. Ele é seu ex-professor, sabe-se lá quantos milhões de anos mais velho, muito mais experiente, sarcástico e ameaçador. Agora, em nome de Merlin, por que diabos essas características estão me soando tão bem? Se componha, mulher! Pára de olhar pra ele desse jeito!'
Todos os meus pensamentos foram cortados quando ele começou a aproximar o rosto do meu. Ele estava tão perto de mim, que eu podia sentir cada batida do seu coração. Ele continuou se aproximando tão vagarosamente, que eu podia jurar que o mundo resolvera andar em câmera lenta.
'Ai meu Deus! O que eu faço? O que eu faço? O que eu faço? Tá, primeiro, acho melhor eu voltar a respirar. Isso, bem melhor. E agora?'
Os seus lábios estavam a milímetros dos meus. Quando eu achei que não fosse agüentar mais aquela situação, ele simplesmente desviou da minha boca para a minha orelha e sussurrou num tom mortal, "Esse lugar é apertado demais, por que a senhorita não o aumentou antes de girar o anel?"
'Cacilda! Ele vai me pagar loucamente por isso! Eu quase morri!'
Eu não sabia se estava mais puta da vida por causa do comentário sarcástico ou porque ele não havia me beijado. Logicamente eu não podia demonstrar nada disso.
"Eu também achei, mas não quis perder tempo aumentando o espaço. E se por acaso a sua informação fosse algo extremamente urgente?" Eu disse, usando o mesmo tom sarcástico dele. 'Ha-ha! Tomou, papudo?'
"É claro. E a senhorita parece estar gostando muito de estar sendo pressionada contra a parede, dado o fato de que ainda não fez nada para mudar a situação." Por que eu tinha que ficar vermelha justamente naquela hora, ainda é um mistério para mim.
Quando ele se mexeu para pegar a varinha, uma das prateleiras atrás dele despencou e, conseqüentemente, ele me apertou mais intensamente contra a parede. 'Pelo amor de Merlin! Ele tem que parar de fazer isso.'
Quando o choque passou, ele consertou a prateleira e aumentou o espaço dentro da casinha. Depois ele guardou a varinha e ficou me encarando. 'Tudo bem, eu não vou perder essa oportunidade por nada nesse mundo.'
"Então, Severus, agora que você já se cansou de me espremer contra a parede, vamos aos negócios." Eu disse, encarando-o com um sorriso maldoso. Eu não sabia se ele estava mais furioso porque eu o chamei de Severus ou por causa da parte sobre a parede. 'Oh-ho! Ele está loucamente chocado! Acho que eu preciso começar a fazer que nem o Colin e carregar uma câmera comigo. Ah, o dinheiro que eu podia ganhar com uma foto dessa cara chocada do Snape...'
"Tudo bem, senhorita espertinha, eu quero deixar duas coisas bem claras. Primeiro, você vai se dirigir a mim como Snape ou senhor. Segundo, eu não vou tolerar piadinhas. Fui suficientemente claro?"
"Sim, senhor. Vou fazer como o senhor me pede." Eu respondi. 'Pelo menos por enquanto.'
"Certo. Agora aos assuntos mais urgentes." Eu me ajeitei no caixote onde estava sentada. "Eu sei que vocês estão atrás dos Horcruxes do Lorde das Trevas. Também sei sobre a nota que estava no medalhão falso." Ele parou, como se esperasse que eu perguntasse como ele sabia de tudo aquilo, mas não o fiz. Ele sabia e, para mim, isso já era suficiente. "Acontece que, por um acaso, eu descobri quem é R.A.B." Ele olhou intensamente nos meus olhos, eu sabia que ele estava tentando ler a minha mente. "E posso afirmar que não é quem vocês estão pensando."
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N.A.: Gente, to muuuuuuito feliz pelas reviews de vocês! É tão bom saber que tem gente que gosta do que você está fazendo! Me disseram que o Fanfiction tem deletado fics de quem responde reviews nos capítulos, não sei se é verdade, mas por via das dúvidas, eu vou passar a responde-las por email.
Só queria agradecer aos meus fiéis leitores que sempre mandam reviews. São vocês que me incentivam a continuar! Amo vocês!
