Razão & Sensibilidade
Sinopse: Quando Lily Evans acorda, não reconhece o lugar em que se encontra; seus amigos não parecem os mesmos e James Potter aparenta ser um perfeito cavalheiro. Perdida entre a fantasia e a realidade, ela terá que se libertar da razão e viver a emoção em pleno século XIX.
N/A: Depois de meses e ameaças de morte, com a ajuda da minha querida amiga Anorm, eu consegui escrever o cap. Peço desculpas do fundo do coração, mas as palavras não estavam saindo do jeito que eu gostaria. Certo, vamos aos agradecimentos:
Rach Black: Realmente, um James da vida não faz mal, hehe. Quanto ao Frank, não é o Longbottom, não. Espero que continue acompanhando a fic.
Babi Evans: E neste cap tem mais James ainda, além dos outros marotos, hehe. Ah, sim, como esperado a confusão continua tb.
Itako Anna Chan: Brigada! Sabe como a Lily é, não tem os parafusos no lugar, hehe.
Isabelle Potter Demonangels: Sabe como é, promessa em época de desespero não dura muito. E a dela não vai durar nem um segundo, hehe.
Dynha Black: Lógico que pode me chamar assim. Que bom que vc amou de paixão a fic, hehe.
Tathi: Ah, agora vc vai ver no que esse encontro vai dar, hehe. Talvez alguns conflitos t/l básicos.
Bela Malfoy: Brigada! Espero que goste desse cap.
SugarLily: E a fic continua esquentando, hehe. Pq afinal de contas, não é só o James que aparece agora, não, tb tem o Remo e o Sirius, hehe.
Isa: Que bom que gostou da fic, espero que goste deste cap, tb!
Babsi Scriven: ah, vc sabe que eu n seria nada sem vc? Além de me puxar a orelha pra escrever o cap 3 ainda o betou. Ah, e vai ter que comentar em todos os caps, sim, viu senhorita?
Helena Black: Não se desespere, ainda não acabou. De fato, está longe de acabar, hehe.
Certo, sem mais delongas, senhoras e senhores, aqui está o cap.
Entre futuras esposas e pontapés
Ao visualizar com clareza o seu salvador não pôde acreditar que aquilo realmente estava acontecendo com ela. James Potter tinha que ter participação em tudo aquilo, era mais do que lógico. Tinha que transportá-la para aquele lugar, só Merlim sabe como, e fingir que a iria salvar de todos os perigos e levá-la de volta para a escola, sã e salva. Quando que aquela criatura iria criar um pequeno pedacinho de cérebro e raciocinar que ela não queria nada, nadica de nada com ele? Era tão difícil assim entender uma simples sentença?
- Oh, Lily, que bom que te achei. As meninas já estavam ficando preocupadas. Pediram-me para ajudar a te procurar e...
- O que você está fazendo aqui, Potter?
- Ah, bem que elas me avisaram que você não estava com a memória muito boa hoje. – ele passou a mão nos cabelos nervoso. – Eu sou o James Wise, lembra-se?
Ok, ele realmente era um bom ator. Magnífico. Ótima qualidade em um mentiroso... Servia para confundi-la mais ainda. Se bem que, repensando o assunto, ele poderia não ter nada a ver com aquilo... Poderia nem ser o mesmo James Potter que ela conhecia na escola, apenas se parecer com ele, poderia ser algum gêmeo perdido, talvez uma cópia dele em um universo alternativo...
- Wise? Desde quando? – perguntou com a sobrancelha arqueada – Nem pense em me enganar!
Ele a olhou confuso. Imaginava que ela estava um pouco esquecida, mas aquilo já era demais. Quando chegassem em casa ele chamaria um médico.
- Desde que nasci, Lily. Somos amigos de longa data, não se lembra? Crescemos juntos praticamente, eu, você, Elinor, Sirius e Remo.
- Então quer dizer que os outros dois marotos estão nessa também? O Black tudo bem; agora o Remo? Não esperava isso dele.
- Lily, querida, acho que sua dor de cabeça deve estar piorando. Venha, eu a levo para casa. A chuva já está parando, vê?
Ela parou por um momento. Talvez ele estivesse dizendo a verdade, era provável. E por mais que os marotos fossem inteligentes eles não conseguiriam mudar uma dimensão inteira só por brincadeira. Arrumou seu vestido ainda pesado e dirigiu-se ao Potter, Wise ou seja lá quem ele fosse.
- Eu vou ir com você, mas só porque quero chegar em casa logo. – ela apontou para ele com o dedo ameaçadoramente – Mas fique sabendo que eu não confio em você Potter, Wise ou quem diabos você seja, entendeu?
Ele confirmou ainda confuso e levou-a até o cavalo, ajudando-a a subir no mesmo.
- Nem pensar, eu nunca mais subo numa coisa dessas! Não enquanto eu viver!
- Não se preocupe, Lily. Não deixarei que caia, pode ficar tranqüila.
- Tranqüila? Foi por causa de um cavalo que eu estou aqui no meio do nada com você! Já disse: não subo nunca mais em um desses monstros diabólicos.
- Lily, é o único jeito de chegarmos até a sua casa. Tem que ser assim.
- Oras, podemos ir andando, faz bem para a saúde, sabia?
- Por favor, não me faça rir... Sabe muito bem que daqui até a sua casa é muito longe, gastaríamos o resto do dia caminhando. E com o cavalo, algumas horas apenas. – passou a mão nos cabelos nervoso pela segunda vez – Só dessa vez, eu prometo que eu não te deixarei cair ou se machucar.
Ela o encarou desconfiada. Algo nos olhos dele demonstravam que ele estava dizendo a verdade. Ela não queria ficar o resto do dia caminhando, não tinha tamanha força nas pernas.
James subiu no cavalo e lhe estendeu a mão, convidando-a para subir.
- Confia em mim?
- Só dessa vez, Potter, só dessa vez.
Elinor estava procurando a irmã com a ajuda de Remo. Ele era um dos gêmeos Wise, o mais comportado deles, o mais estudioso e na maioria das vezes, o mais poético. Era por isso que ele se dava tão bem com Elinor, a poesia era a única coisa em comum que compartilhavam além de gostarem da companhia um do outro. Os gênios eram extremamente diferentes, ela era mais extrovertida e ele mais tímido, ela brincalhona e ele reservado, entre outras grandes diferenças visíveis.
- El, só estamos andando em círculos. Lily não deve estar aqui, acho que os outros já devem a ter encontrado. Não acha melhor voltarmos para casa? Está ficando escuro e daqui a pouco será difícil enxergar a trilha.
- Acho que está certo, Remo. Não ganharemos nada estando aqui. – ela se voltou para o garoto. – Mas estou preocupada com a Lil, quero dizer, ela deve estar muito doente. Sempre foi a melhor no quesito equitação. Sempre ganhou as corridas do condado.
Remo riu. Lily realmente era a melhor com cavalos. Melhor até que James, o que fazia com que o seu irmão ficasse meio sem-graça, já que para todos, ele tinha que ser o melhor, demonstrava inclinação desde pequeno.
- Do que está rindo?
- Ah, apenas lembrei-me do incidente do verão passado. Lembra como os dois discutiram e...
- Ficaram sem se falar por dois meses? – El completou, lembrava muito bem e agora ria juntamente ao amigo.
- Aqueles dois são teimosos. No final dos dois meses correram um para o outro prometendo que nunca mais brigariam.
- E o James propôs uma corrida para se reconciliarem... No que ele estava pensando, afinal?
- Talvez queria ver quem era o melhor, sabe como ele é, mas que foi idiotice dele foi.
- Ficaram mais duas semanas sem se falar depois que a Lily ganhou. Oh, eles realmente são infantis!
- Margareth, eu já mandei você largar a minha mão! Nem está tão escuro...
- Oh, então você tem problemas com o dicionário – ela riu ainda mais ao ver a cara que o moreno fazia – Porque isso aqui – apontou para o céu – está muitíssimo escuro!
- Ah, nem pense em zombar de mim assim, não sairá ilesa, mocinha!
- Você não faria mal nem a uma mosca, Sirius, eu te conheço muito bem. Todos sabemos que eu sou a grande perigosa das redondezas.
Ele apenas riu. A pequena era hilária quando queria. De vez em quando pegava muito no seu pé, mas na maioria das vezes ela era uma boa companhia.
- Ok, perigosa das redondezas, acho melhor voltarmos. Tenho um encontro mais tarde e não quero me atrasar.
- Encontro? Com quem? Sem a minha permissão? Ficou doido? Você, Sirius Wise, não pode ter encontros. A vida não é assim, quer tem.
- E desde quando tenho que ter a sua permissão, Margareth Dashwood? Desde quando se tornou minha mãe?
A menina parou de andar por um momento. Olhava para cima à direita, sinal de que estava pensando em algo para dizer. Algo talvez marcante. Girou o rosto para ele e disse convencida:
- Sua mãe não, sua futura esposa!
Já havia se passado cerca de uma hora em completo silêncio. Lily lutava contra seu próprio orgulho e ego para não abrir a boca. O problema é que ela queria conversar, esclarecer algumas coisas ou simplesmente falar sobre as gotículas de chuva que ainda teimavam em escorrer pelo seu rosto. Mesmo que a conversa tivesse que ser com James Wise/Potter. Mesmo assim.
- Céus, essa casa é tão longe assim? Parece que estamos andando em círculos há horas, é tudo a mesma paisagem, o mesmo som. Só pode estar de brincadeira... – foi a sua tentativa de um inicio de dialogo.
- Já estamos perto, Lily, falta só uma hora, eu acho. Mas também, a senhorita foi parar bem longe, não? – ele sorriu - Me diga, onde estava com a cabeça para pegar o cavalo branco, já que está meio com febre hoje?
- Ah, não me venha com essa. Eu não estou com febre. – ela não daria o braço a torcer tão rapidamente.
- Certo, você não está com febre.
- Não estou mesmo, já disse. – ela se irritou.
- Eu sei disso, só disse para confirmar. Você não está com febre. – ele sorriu marotamente, lembrando-a do James Potter com quem estava acostumada há sete anos.
- Oras, quer me levar a loucura?
- Encerremos esse assunto por aqui, então. Não a quero deixar zangada, justo agora que está com febre alta.
- Oras, seu...
Levada num impulso de fúria repentino tentou estapear o garoto, o que fez que com que os dois caíssem do cavalo e bem, o bendito cavalo continuou a caminhada, sem eles.
- Culpa sua, Potter.
- Sinto querer lhe informar, senhorita Dashwood, mas quem quis me estapear até a morte foi você, não eu. – ele parecia estar perdendo a cordialidade.
- O que quer insinuar com isso? Que a culpa é minha?
- E da sua febre altíssima. – ele sorria pela terceira vez.
- Por Merlim, eu não estou com febre!
- Por Merlim, eu que estou com febre! – disse para provocá-la.
- Agora você não escapa!
Foi o que ela disse antes de partir para cima dele, dessa vez não só com tapas, mas com socos, pontapés e chutes certeiros. O que ela não previa era que cairia em cima do provocador. E que ele seguraria suas mãos, a impossibilitando de movimentos bruscos.
- Me larga! Me larga! – ela se debatia sem sucesso aparente.
- E por que eu seria doido de fazer isso?
- Porque sim.
- Porque sim não é resposta, senhorita. E cá entre nós, eu não sabia que você ficava tão perigosa quando doente.
- Eu prometo que não te bato mais se me soltar.
- E eu acredito em coelhinho da páscoa, certo? – fez cara de sério só para irritá-la mais ainda.
- Me diga, qual é a graça em me irritar? É porque eu fico vermelha, é por isso? Por quê?
- É divertido, é por isso. Mas eu não estou te irritando...
- Então tem que atualizar seu dicionário, porque você está me irritando!
Ele ficou quieto por um tempo. Depois abriu um enorme sorriso e riu de leve.
- Engraçado, isso foi tão Meg.
E realmente fora. Ela se deixou rir, então, pela primeira vez, na companhia de James Wise.
Na sala da Mansão Dashwood, os donos da casa juntamente ao Sr. e à Sra. Wise estavam tomando chá. As famílias eram amigas de longa data. E sempre se encontravam à tarde. Como estavam no verão, as visitas estavam aumentando, afinal, as crianças se divertiam bastante juntas.
Margareth e Sirius entraram, ela com uma cara de quem tinha acabado de ganhar o melhor presente da árvore de Natal e ele com cara de chocado. Ainda devia estar sob o efeito das palavras da menina.
- Crianças, que bom que chegaram.
A pequena foi correndo abraçar os Wise.
- Tio John, Tia Isabelle. Que bom que chegaram! Eu já estava com saudades!
- Nós também, Meg.
Antes que pudessem continuar a falar, a porta se abriu mais uma vez. Elinor e Remo entraram e atrás deles estava James carregando Lily no colo. A garota não parecia estar muito contente com isso.
- Lily, querida, pensei que nunca mais a veria. – disse sua mãe indo beijar-lhe a fronte. – Mas por que a está carregando no colo, James?
- Ela machucou o pé com as duas quedas de cavalo. Estava mancando, então achei que seria melhor carregá-la.
- Bem pensado, rapaz, bem pensado. – foi tudo o que o pai da ruiva pronunciou.
- Ok, mas pode me soltar agora?
James a encarou e disse que não. Não queria que ela se machucasse mais ainda.
- Terá que me deixar ir mais cedo ou mais tarde, sabia?
- Sei. Só que nada de diversão mais por hoje, senhorita Lily. – o pai disse novamente. – James, poderia levá-la até o quarto e colocá-la na cama, por favor?
- Sim, senhor.
A ruiva se indignou. Ser levada para a cama por James Potter não estava na sua lista de desejos. Estava na de temores. E, bem, aquilo certamente só poderia ser um pesadelo. Um pesadelo do qual não conseguia acordar.
Antes de ser levada para o seu quarto, deu uma última olhada na sala de visitas e suspirou. Aquilo estava indo muito mal. Sentiu a respiração de James em seu pescoço. Aquilo estava indo de mal a pior.
N/A: O que acharam? Valeu a demora? Não? Deixe seus puxões de orelha e pontapés apenas clicando no botão "go", e se precisar, algum elogio para me motivar a escrever tb, hehe. E como a propaganda é a alma do negócio, tenho uma fic nova dos Marotos antes de serem os Marotos, isso mesmo, os Marotos com crise de identidade. Chama-se "Extra!Extra!Crise de Identidade". É só por hoje, pessoal.
Bjus;
Patricia.
