Razão & Sensibilidade

Sinopse: Quando Lily Evans acorda, não reconhece o lugar em que se encontra; seus amigos não parecem os mesmos e James Potter aparenta ser um perfeito cavalheiro. Perdida entre a fantasia e a realidade, ela terá que se libertar da razão e viver a emoção em pleno século XIX.

Nota da Autora: Para compensar aquela demora toda a inspiração contribuiu e aqui está mais um capitulo em menos de uma semana. Agora me perdoam? Oh, tomara que sim e como diria Meg: "As pessoas não estão interessadas nas suas desculpas, estão aqui só pela fanfic, portanto, senhorita Patricia, se apresse e responda os comentários, ou melhor, deixe que eu os responda:

Babsi Scriven: Oh, eu não acredito! A senhorita que ajudou esta criatura a escrever o cap? Meus agradecimentos eternos! Não sabe o quão ruim é esperar durante meses para poder fazer algo! E cá entre nós, sei que ama a fic por minha causa! (pose de perigosa das redondezas)

Amanda Matsuyama: A Lily, minha querida irmã, é a dama mais confusa da face da terra! Sabe que ela está com febre, não sabe? O James, meu futuro cunhado, é um cavalheiro de primeira, não? Igual ao irmão. (risos) Mas a Patricia, essa não tem jeito, mesmo. (autora ameaça Meg com o olhar)

Rach Black: Dessa vez ela se comportou, não? Sabe como são as coisas, ninguém pode com a perigosa das redondezas! Afinal, nesse cap tem uma surpresa bem interessante. Acredite, até eu me surpreendi...

Mah Clarinha: O James é sexy? O que é sexy? (Meg sai em busca de um dicionário e volta corada) Ah, entendi. Mas, sabe, eu não sei se posso concordar, papai pode acabar lendo e bem, aí ficarei de castigo pelo resto da vida. Será que o Sirius é sexy, também? (percebe no que está pensando) Oh, eu não posso pensar nessas coisas!

22K: Obrigada! Obrigada! (pula de felicidades enquanto está cantarolando: "Eu sou super fofa!") A Lily é uma boa moça, mas eu sou uma moça fofa!

Dynha Black: Eu sei que sou linda, fofa, perfeita e maravilhosa e... (percebe que os adjetivos estavam relacionados ao cap) Ah, bem, de qualquer maneira... É... Eu...(sai correndo corada)

Mary D'Angelo: Tinha que estar boa, não? Eu sou a principal, não? Então, tudo com Margareth Dashwood fica perfeito! (recebe um beliscão da autora) Só um minutinho que a perigosa das redondezas tem que se vingar de alguém...

Helena Black: E aqui está mais e mais, senhorita! Mais Lily, mais James, mais Elinor, mais Remo, mais Sirius e é claro, mais eu!

Dark Angel: Então é curiosa igual eu? Ah, que bom! As pessoas aqui não me entendem, sabe? Acham que eu falo de mais... Não sei como isso veio parar nas cabeças delas... (percebe que está falando demais) Enfim, é melhor eu parar de falar (risos)

SugarLily: Eu e o Sirius juntos somos o casal, não? Até que enfim alguém concorda comigo! Como assim o James não perde a mania de ser Potter? É um adjetivo? (procura no dicionário mas não acha nada) É, eu preciso de um novo dicionário...

Agora, meus queridos leitores e leitoras, o capítulo está logo abaixo". Meg termina o seu discurso (que tagarela, não?)


O Conde William Encantado Darcy

Ser levada para a cama por James Wise/Potter lhe causava tremores. Suas pernas estavam bambas, literalmente. Suava frio a cada segundo que se passava; e agradecia por ele não estar se encostando a nenhuma parte proibida. Se bem que, para o Potter, toda parte sua era proibida.

- Wise? – decidiu que seria melhor chamá-lo assim.

- Ah, não me diga que ainda está chateada, Dashwood! Você só me chama assim quando nem agüenta trocar uma palavra comigo – ele chamou-a pelo sobrenome, não sabia se para irritá-la ou agradá-la, afinal, ele era um cara confuso.

- Chateada seria apelido, colega.

James apenas comprimiu os lábios se esforçando para não rir e então balançou a cabeça negativamente, como se quisesse afugentar a idéia de sua mente. A menina tinha um temperamento instável, era verdade, mas aquele "colega" estava sendo a gota d'água.

"Oras, se ele quer rir da minha cara, por que não ri logo?", pensou a ruiva, contrariada. Ela estava ali tentando iniciar uma conversa civilizada e ele vinha com aquele gesto infantil.

- Mas, o que queria falar?

- Nada. Não me lembro.

Certo, ela também estava sendo infantil.

- Vamos, Lily, não me deixe curioso.

- Ok, eu apenas queria saber como está agüentando me carregar e ao mesmo tempo subindo as escadas. – ela parecia curiosa – Quero dizer, você não é homem para tanto, certo?

Estava convicta de que ele fecharia a cara e não mais a atormentaria; mas, como de costume naquele lugar, suas suposições não estavam corretas.

- Sim, é realmente curioso, não? Carregar o seu ego gigantesco é difícil mesmo. – e ele sorriu triunfal – Gostaria de saber como consegue carregá-lo sozinha.

O feitiço havia virado contra a feiticeira.


O jovem de longos cabelos negros presos num rabo-de-cavalo entrou no bordel após descer da carruagem. Estava acostumado com as noitadas do interior da Inglaterra. E sempre chamava atenção onde quer que entrasse; afinal, sua fama se dava ao seu dinheiro, e fofocas sobre as vinte mil libras anuais corriam os salões com tamanha rapidez que o assustavam. As damas, fossem de boa família ou meretrizes, o acompanhavam com o olhar, e algumas mais atiradas arranjavam uma desculpa para se aproximar. Não poderia culpá-las: ele era rico, bonito e agradável. Ou pelo menos aparentava ser.

Sentou-se próximo ao balcão e fez sinal para que o atendessem.

- Em que posso lhe servir, senhor?

- Um pouco de vodka, por favor.

O atendente se foi e depois de alguns minutos depositou o copo de vodka na sua frente.

- Não acredito. O senhor é o Conde Darcy.

O jovem apenas fez sinal positivo com a mão. Pretendia passar despercebido dessa vez, mas agora que já fora reconhecido teria que aceitar a situação.

- Acabei de chegar da França, e como deve saber, as dançarinas são maravilhosas.

O atendente parecia estar entendendo aonde ele queria chegar.

- Estive observando as mulheres daqui, e gostaria de saber se as dançarinas inglesas melhoraram, ou continuam sendo simples meretrizes.

O homem tirou um caderno de baixo do balcão e lhe mostrou algumas anotações.

- Como pode ver senhor – ele apontou para a lista de clientes – nossas dançarinas melhoraram e muito.

Conde Darcy sorriu malicioso e pôs-se a observar atentamente qual era o nome mais requisitado. Amy Lucas.

- Essa Amy Lucas, quem é ela?

- Ah, é nossa empregada mais requisitada e a mais cara, apesar de que para o senhor isso não seria um problema – deu-lhe um sorriso amarelo – Está vendo aquela jovem dançando no palco?

Ele olhou para o palco e viu a jovem dançando. Tinha cabelos loiros cacheados na medida dos ombros, um corte moderno para a época, que lhe proporcionavam um ar selvagem e inocente ao mesmo tempo. A pele branca dava destaque aos seus olhos castanhos caramelados. Suas formas lhe denunciavam a idade. Era bem jovem.

- Quantos anos têm a senhorita?

- Ah, fez quinze há uma semana. Como pode ver, é de uma beleza única e exala sensualidade mesmo de longe.

- Há algo que tenho que saber sobre ela?

- Apenas parece inocente, senhor. Mas posso lhe garantir que se a escolher hoje – ele pegou a pena e o tinteiro – voltará todas as noites.

- E tem algum lugar reservado que me recomende?

- Claro, senhor. Logo ao lado temos uma pensão. Não é muito visitada, apenas a alugamos para clientes especiais.

Ele tirou o dinheiro do bolso e entregou ao atendente. Disse que queria a senhorita Lucas para daqui a alguns minutos e que ficaria com ela o resto da noite. Precisava comemorar sua chegada, afinal, acabara de chegar depois de muito tempo fora.


Abriu os olhos ainda temendo estar naquele lugar. Mas, para sua infelicidade, os lençóis de seda continuavam lá. Juntamente com os quadros imóveis. Provavelmente ninguém viria acordá-la naquele dia.

Sabia que devia descer para tomar o café-da-manhã com a família. O problema era lembrar o caminho da sala de jantar.

Empurrou os lençóis para longe revoltada e desceu da cama. Quando estava abrindo a porta do quarto e colocando o primeiro pé em território desconhecido, ouviu outra porta sendo aberta.

- Céus, não acredito no que meus olhos me contam! Lily Dashwood de camisola na minha frente.

Ela não prestou atenção nas palavras. Apenas na fisionomia do rapaz que falara.

- Sirius?

Ele tapou os olhos com as mãos, ainda espiando por uma pequena fresta deixada propositalmente entre os dedos.

- Daqui a pouco não mais, se continuar me tentando desse jeito – respondeu divertido – serei um homem morto.

Foi aí que ela se deu conta da situação em que se encontrava. Estava tecnicamente seminua na frente de um rapaz do século XIX. A camisola era longa, porém o tecido branco e fino não escondia muito. Sentiu o rosto corar e entrou no quarto, trancando a porta rapidamente.

Foi até o guarda-roupa e se desesperou ao abri-lo. Como colocaria todas aquelas roupas complicadas? Deviam ter mais de mil peças ali.

Em meio ao seu desespero ouviu uma batida na porta e com medo de que fosse algum homem pegou uma parte do vestido e se enrolou rapidamente nele.

- Quem é?

- Sou eu, senhorita Dashwood, Mary.

Mary? Quem era Mary? Ela não fazia a mínima idéia.

- Quem é Mary?

- Sua criada, senhorita. Ainda está com febre?

Ótimo, todos naquele lugar achavam que ela estava com febre.

- Entre.

E a criada Mary entrou. Era uma mulher com seus quarenta anos, de roupas simples. Parecia cansada.

- Vejo que a senhorita já escolheu o vestido.

Lily olhou para o que segurava. Uma parte de um vestido verde musgo. Nem pensar, ela não queria usar aquilo.

- Não, eu só... Eu só estava com saudades dele. – riu sem-graça.

"Maravilha", pensou "Agora não vão pensar que estou com febre, vão pensar que estou louca, isso sim".

A criada apenas retribuiu o sorriso e se dispôs a ajudá-la a procurar algo para vestir. Pelo menos não teria que desvendar o segredo das mil peças de roupa.

- Mary, o que eu costumo vestir?

- Ah, a senhorita adora seus vestidos creme e os brancos. Geralmente no domingo a senhorita usa aquele que o senhor Dashwood mandou trazer da Itália.

- E hoje é domingo?

- Sim. Gostaria de usar ele? – segurou o vestido de que falara nas mãos, mostrando-o.

Sim, o vestido era bonito. Parecia confortável e bem, já que era italiano, por que não aproveitar? Estava cansada das roupas inglesas, mesmo.

- Sim, gostaria sim.

A criada então separou os componentes da vestimenta e as colocou sobre a cama. Depois pegou duas toalhas e falou:

- A senhorita gostaria de tomar o banho agora?

- Pode ser – disse pegando as tolhas e se dirigindo para a direita. – Onde que é o banheiro mesmo?

- Ali. – apontou e junto com Lily foi até ele.

- Pode deixar que eu tomo o banho, depois você me ajuda a colocar a roupa, certo?

Mary a olhou confusa.

- A senhorita nunca tomou banho sozinha.

Como assim? Ela sempre tinha tomado banho sozinha! Não era tão dependente a ponto de precisar de alguém para isso.

"Mas é claro, aqui as criadas que dão banho!", lembrou-se.

- É, eu só estava brincando.


Lily desceu as escadas acompanhada de Mary. Dissera que estava com tontura e que ela tinha que acompanhá-la até a sala de jantar.

- Lily, querida filha, venha, junte-se a nós. – disse sua mãe ao vê-la.

Ela disse que estava indo e despedindo-se de Mary se sentou na única cadeira vaga, entre James e Sirius. O dia não poderia ficar melhor.

- Preferia sua roupa de mais cedo – sussurrou Sirius baixinho.

- Muito engraçado. – sussurrou ela de volta.

Voltou sua atenção para a comida e encarou a fatia de queijo e a goiabada. Disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça:

- Romeu & Julieta.

- Não, querida, não assistiremos essa peça hoje. – disse seu pai – Deve ter se confundido por causa do dramaturgo; é o mesmo William Shakespeare; mas a peça é outra: chama-se "Sonho de uma Noite de Verão".

Ela se sentiu corar pela segunda vez no dia.

- Lily?

Fora Elinor que a chamara.

- Sim?

Era esquisito olhar para alguém que parecia seu espelho móvel.

- Meg e eu estávamos pensando que seria ótimo se os meninos pudessem ficar para o verão inteiro, já que o senhor e a senhora Wise viajarão para a América por dois meses para tratar de negócios. O que acha?

Ter que aturar o Potter por dois meses? Já estava acostumada mesmo. E, se dissesse que não, não lhe cairia bem. Teve que concordar.

- Ótimo! Papai? Mamãe? Estão de acordo? – foi a vez da pequena tagarela Margareth perguntar.

"Isso foi tão Meg", foi o que ela automaticamente lembrou quando ouviu a voz da menina. Inconscientemente esboçou um leve sorriso e virou-se para o lado esquerdo, onde James estava. O garoto parecia ter pensado o mesmo e também estava sorrindo para ela.

De repente se lembrou quem ele era e parou com aquilo, voltando a encarar seu queijo e sua goiabada. Depois voltou olhar para a esquerda e ele ainda estava lá, sorrindo para ela. Não sabia porque, mas aquele sorriso a estava atraindo e não conseguia desviar o olhar dele.

"Por Merlim", ela pensava "Ele é James Potter!" e ela voltou a sorri para ele sem querer "E vai pensar que está flertando com ele".

Estavam presos naquela troca de olhares até que Remo pediu para que James passasse a geléia de amora.

Lily agradeceu mentalmente para Remo e voltou a se concentrar no seu objetivo principal: queijo e goiabada.

Depois de cerca de meia hora, o mordomo apareceu. Anunciava que algum convidado tinha acabado de chegar.

- O Conde Darcy acabou de chegar de carruagem, senhor Dashwood.

- William veio nos visitar? – a senhora Dashwood parecia surpresa – Por que não me avisou, Robert?

- Ele queria que fosse surpresa, querida, sabe como ele é.

- Posso pedir para que entre? – o mordomo perguntou.

- Claro, claro.

Não era só Lily que estava curiosa sobre este tal Conde. Elinor e Meg também pareciam. Os meninos, James, Remo e Sirius também estavam no mesmo estado.

- Conde Darcy? – Meg virou-se para Elinor – Quem é ele?

- Eu não sei Megmeg.

Antes que pudessem se perguntar mais ainda e acabar se perdendo em meio às suposições, um jovem homem, de aproximadamente vinte e poucos anos, entrou na sala. Era alto, tinha cabelos longos e negros presos num rabo-de-cavalo, e um ar nobre. Parecia agradável e tinha um olhar extremamente penetrante. Um típico Don Juan.

- Senhor e senhora Dashwood, senhoritas, cavalheiros. – ele disse cortês – É uma honra terem me convidado para passarem o verão. A estada na França estava me matando – riu discretamente.

Parecia ter conquistado as pessoas presentes. Lily sabia que se não se controlasse já teria se apaixonado pelo moço. Ele era tudo que ela desejava em alguém. Na verdade, parecia ser o sonho de toda mulher. Um verdadeiro Conde Encantado.

- Queridas filhas, não se lembram de William? – perguntou sua mãe.

Elinor disse que estava tentando, mas não se lembrava. Meg apenas respondeu que não se lembrava nem de um fio de cabelo do homem. E Lily não disse nada. Continuava olhando-o admirada.

- Ele era nosso vizinho há dez anos atrás.

As duas pareciam ter entendido finalmente, mas Lily continuava alheia a tudo que sua mãe naquele universo alternativo estava falando.

- Esteve na França durante todo esse tempo, e agora pretende permanecer aqui na Inglaterra. É um bom rapaz e está procurando uma boa moça com quem se casar. E lembrou-se de nossa família.

Darcy sorriu para Lily o que a fez perceber que ela não estava o admirando tão discretamente quando pensava que estava.

- E ele se lembrou da nossa Lily. Sempre se deram bem; quando éramos vizinhos eles eram inseparáveis. Portanto, o convidei para que passasse o verão conosco. Assim, poderia conhecê-la melhor.

Agora Lily percebera a gravidade da situação. Ela só tinha dezesseis, pelo amor de Merlim! Mesmo que o tal Conde Darcy fosse o bonitão do pedaço, ela não queria se casar com ele. Aquilo tudo era demais para ela.

Estavam todos prestando tanta atenção no recém-chegado que não perceberam o estado de choque em que a ruiva entrara, muito menos, a cara de desapontado que James fez ao ouvir a noticia. Para ele, parecia ter sido a pior coisa do mundo que acabara de ocorrer. Para ela, parecia ter sido a pior coisa do mundo que começara a acontecer.


N/A: As aulas de geografia foram gastas corretamente? O discurso da professora (mais conhecida como monstro ambulante) serviu para algo finalmente? Qualquer puxão de orelha ou um "até que em fim cap em tempo certo" é só comentar e deixar uma autora feliz. Ah, e o que acharam da Meg respondendo os comentários? Quem pode responder no próximo cap? Façam seus votos, senhoras e senhores!

Bjus;

Patricia.

Nota da Beta: Eu simplesmente tenho de me desculpar dessa vez. Sim, sim, a Pa fez esse capítulo semana passada, mas como eu não o pude betar, ele está indo ao ar só agora. Me desculpem, me desculpem, me desculpem.

Beijos,

Babsi Scriven (também conhecida por Anorm)