Ilusões
Parte 02
Mais um dia havia se passado no Santuário, o sol estava a brilhar intensamente no céu. Saga já havia se levantado e estava a preparar algo para seu querido amigo comer. Na noite anterior ele conseguiu enrolar e acabou não comendo praticamente nada, mas hoje o faria comer, nem que fosse a força ou então seria obrigado a recorrer ao impensável, ligar soro nele, Saga sabia que Camus nunca ia querer isso.
Chegou até o quarto, vendo que já estava acordado, mas permanecia deitado. A janela estava aberta e a brisa fresca entrada por ela, fazendo os fios do longo cabelo de Camus se moverem. Era uma cena realmente bonita de se ver! Às vezes, Camus lhe lembrava Kanon... Até o nome de ambos era um pouco parecido. Sorriu.
" Bom dia, Camus!", Falou alegremente.
" Ah! Bom dia, Saga!", Estranhamente, Camus se sentia bem naquela manhã, apesar do que houve na tarde anterior. Viu que Saga lhe trazia o café.
" Não precisava me trazer café na cama.", Disse, balançando a cabeça.
" É que assim, eu te obrigo a comer!", Falou brincando.
Camus sorriu ante o comentário de Saga e se colocou a comer. Até se espantou por estar com apetite. Lembrou-se que à noite, havia sonhado com Milo e este dizia que o amava. Sabia que isso nunca seria real, mas ouvi-lo dizer na tarde anterior que nunca o machucaria mexeu com ele.
Saga estava feliz por Camus parecer melhor nessa manhã. Uma euforia muito grande estava passando pela mente de Saga, mas ele teria que se conter. Tinha certeza que o que ele planejou daria certo e não podia estragar nada agora!
Camus terminou o café da manhã.
" Saga, você pode ir treinar comigo?", Perguntou com uma expressão empolgada. Era estranho, mas Camus queria muito se exercitar naquela manhã. Não tinha a mínima idéia de onde vinha aquela animação, mas desde que entrou no Templo de Athena e se encontrava no quarto de Saga, estava se sentindo bem melhor. Não teve mais pesadelos e sua cabeça não mais doía.
" Claro Camus! Será um prazer!", Saga disse muito feliz.
Camus levantou-se contente e então, lembrou-se de que não havia roupas ali pra ele e olhou para Saga.
" Será que você poderia me emprestar uma roupa pra eu treinar, Saga?", Camus perguntou. Não sabia de onde vinha tanta euforia da parte dele.
" Claro! Vou pegar, mas nós não vamos fazer um treinamento pesado, vamos caminhar e fazer leves exercícios entendeu?", Falou com um tom autoritário. Camus não gostou, mas concordou, sabendo que ainda não estava completamente recuperado pra fazer um treinamento mais forte.
Saga entrega a roupa para Camus e sai do quarto para ele se trocar. Ao terminar de fazê-lo, Camus se olha no grande espelho que Saga tinha ali. Camus vestia uma calça tipo de moletom, só que mais fina na cor azul clara e uma blusa regata branca, também de tecido leve. Seus cabelos estavam brilhosos e sedosos e ele resolveu trançá-los, deixando apenas alguns fios soltos em cada lado de seu rosto. Olhou-se novamente no espelho e se achou muito bonito naquela manhã. Tinha muito tempo que não se achava grande coisa, mas hoje em especial, se achara um rapaz bonito e que podia impressionar os outros.
Saga estava na porta, olhando Camus a se admirar no espelho e vendo que a alta estima dele parecia estar voltando. Isso era bom! Pelo visto, sua teoria estava certa!
Camus foi até Saga sorrindo e ambos foram para um local de treinamento. Saga sugeriu um lugar afastado que tinha algumas árvores e era fresco, devido a uma nascente que corria por perto, assim, Camus não ficaria com muito calor, já que o dia estava quente.
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Saga e Camus chegam ao local citado pelo Cavaleiro de Gêmeos e Camus realmente fica satisfeito com o que vê. O local é todo gramado, cheio de árvores e ele consegue escutar o barulho do riacho que se encontrava bem perto deles, mas em um local mais abaixo.
Ambos começam a fazer um alongamento e então eles começaram o treinar. Ficaram treinando por umas três horas, então pararam ofegantes. O lugar estava muito fresquinho e Camus se sentia muito bem.
" Nossa! Estou morrendo de sede...", Camus comentou ofegante.
" Ah! Eu também. Vou pegar água lá do riacho pra gente. Eu trouxe uma garrafa aqui. Espera só um minuto.", Disse Saga, já indo em direção ao riacho e não dando tempo de Camus protestar. Aquário queria ter ido com ele, mas deixou pra lá. Suspirou e foi se sentar debaixo de uma árvore.
Camus fechou os olhos, sentindo aquela brisa leve passar por ele. Estava completamente relaxado, quando sente alguém se debruçar sobre ele, abrindo os olhos abruptamente. Até o momento, ele não havia sentido a presença de ninguém!
O Cavaleiro de Aquário vê que Milo está sobre ele. O Cavaleiro de Escorpião, passa a mão descaradamente pelo corpo de Camus, que tenta em vão se afastar. A posição em que se encontrava era muito desfavorável para ter uma reação!
" Hoje você está terrivelmente gostoso! Mas... Quando você não está, não é verdade?", Milo disse, sorrindo maliciosamente. Logo em seguida, ele passa a língua sensualmente sobre os lábios.
" Solte-me! O Saga vai voltar logo e você não pode contra a força dele!", Camus diz tentando manter a calma. De qualquer forma, ele sabia que não poderia derrotar Milo. Era estranho, mas se sentia muito fraco, principalmente na presença dele. Lembrou-se da ordem que Gêmeos havia dado como Grande Mestre a Milo, e, também que o Escorpião não gostaria de ser surpreendido e punido.
" Ele está longe agora! Nem sinto mais o cosmo dele... Ele não pode te salvar... Háháháháháháháhá!", Milo riu maliciosamente, se esfregando mais nele.
Camus notou que realmente não conseguia sentir o cosmo de Saga e ficou preocupado.
Sentia as mãos de Milo passear por todo o seu corpo. Debatia-se, mas era inútil! Sua cabeça latejava e ele não conseguia pensar direito. O que estava acontecendo com ele? Parecia que todas as suas forças tinham desaparecido e não conseguia se mover direito.
Milo o deitou na grama esverdeada, gargalhando sem parar. Seus olhos e sorriso eram pura malícia. Olhava para o lindo corpo de Camus de forma faminta!
" Nem acredito que vou te comer! Háháháhá!", Disse sacanamente no ouvido de Camus.
O Cavaleiro de Aquário estava perplexo com as palavras de Milo, que levantava sua blusa e tocava seu corpo como se nunca o tivesse feito. Camus ficou realmente com medo quando viu Milo retirar da calça uma pequena faca, que ficou passando pelo tórax parcialmente desnudo dele.
" Nossa! Parece que você se arrumou especialmente pra mim! Pena que vou ter que rasgar essa roupinha que te deixou tão sexy e destruir esse seu corpinho tão deliciosamente gostoso!", Falou, dando uma lambida na bochecha de Camus.
"Ele... Ele quer me matar?", Camus estava perplexo demais. Tanto que nem conseguia reagir. Ficou apenas parado observando aquele moreno a sua frente... Milo queria mesmo matar um outro Cavaleiro de Ouro? Mas ele iria ser expulso, ou melhor, morto se fizesse isso!
Milo ria que nem um maníaco, enquanto ainda passava a pequena faca pelo tórax de Camus e este apenas o olhava, sem demonstrar nenhuma reação. Talvez não fosse tão mal assim morrer pelas mãos da pessoa que se ama! Pelo menos não sofreria mais por ele!
Milo preparava-se para rasgar a roupa de Camus, quando o Cavaleiro de Aquário começa a sentir um cosmo muito forte se aproximando deles. Um cosmo agressivo e muito bem conhecido por ele.
Camus olha para Milo sobre ele e fica muito confuso, pois o forte cosmo que ele sente é de Milo, mas não está vindo do corpo presente em cima do seu e sim de uma distância de 5 metros deles.
Camus e Milo olham para o moreno que surgiu ao lado deles. Afastado a apenas a alguns metros se encontrava Milo, que vestia uma calça preta bem colada ao corpo, delineando bem cada curva de suas pernas. Vestia uma blusa regata vermelha, que o deixava extremamente sexy. Seus longos cabelos desfiados moviam-se com o vento e o olhar dele não era nada amistoso.
" Saia de cima do Camus!", O Escorpião disse, lançando um olhar mortal ao outro que ainda se encontrava em cima do francês.
O moreno, que ainda estava em cima de Camus, estava assustado ao ver o outro Milo. Camus estava mais perdido que tudo. Dois Milo? Mas... Não sentia a cosmo energia do Cavaleiro de Escorpião no corpo acima do dele. Fitou o Milo que estava em pé e então o que estava em cima dele. Sua mente tentava processar o que estava acontecendo.
" O que você vai fazer se eu não sair, idiota?", Perguntou, rindo sarcasticamente.
Imediatamente, o Escorpião ergue o dedo e em questão de milésimos de segundo, o outro sente algo o atingir no ombro, sendo lançado para trás. Milo o olha com um ódio mortal. O outro se encontrava no chão, gemendo e sentindo uma dor dilacerante no ombro. Ele se levanta um pouco e vê que tem o que parece ser uma picada no local e imediatamente olha para o homem a sua frente.
" Maldito!", Disse, levantando-se do chão.
" Você vai pagar muito caro por ter feito o Camus sofrer.", Milo disse seriamente.
Camus estava perdido. O que estava acontecendo? Aquilo estava sendo demais para a cabeça dele. Então, será que o Milo que fez isso com ele era... Era um impostor? Não era o Milo, seu amigo e a pessoa de quem gostava? A mente de Camus começou a repassar tudo o que acontecera até agora. O desprezo de Milo por seus sentimentos e as ações dele, então a hora em que ele se preocupou e disse que nunca o machucaria...
Camus levantou-se rapidamente, fitando os dois homens e então, o 'Milo' que acabara de se levantar do chão, começou a manifestar uma poderosa cosmo energia e ela era muito familiar aos sentidos do Camus, que imediatamente se espantou.
Quando o cosmo negro e maligno começou a se expandir, uma dor dilacerante se espalhou pelo corpo de Camus, que gemeu na hora e se ajoelhou no chão, não conseguindo se manter de pé, pela dor que estava sentindo.
" Camus?", Milo gritou, preocupado com o amigo, mas quando ia se aproximar, o outro lança uma rajada de cosmo, abrindo uma pequena fenda no chão.
" Ele é meu! Vou me vingar pelo o que ele fez ao meu Mestre!", Disse, com um olhar de ódio mortal.
" O quê?", Milo perguntou, ficando ainda mais irritado.
O homem a sua frente aumenta mais a intensidade de seu cosmo, o que faz Camus sofrer mais. Uma mudança ocorre no corpo do homem. Seus cabelos de azuis passam a ser negros, lisos e mais longos, seus olhos ficam de uma cor púrpura e ele fica mais alto, tendo aproximadamente 1,90 de altura. Com o aumento do cosmo, uma armadura negra cobre o corpo dele e então ele fita Milo com um desprezo enorme. A dor da Agulha Escarlate parecia ter diminuído.
" Hunf! Um Espectro de Hades.", Milo falou com nojo do ser a sua frente.
A imponente Sapuris negra brilha de forma incomum no corpo do Espectro que um dia serviu ao Imperador das Trevas, Hades. O cosmo dele é imenso e o homem gera uma espécie de barreira, envolvendo todo o local onde eles se encontravam, impedindo que alguém de fora pudesse incomodá-los. Sorriu vendo a face espantada e curiosa do Cavaleiro de Escorpião.
" Sobrevivi absorvendo o resto do cosmo dos outros Espectros. O desejo de vingança de cada um deles está impregnado em meu corpo e agora chegou a hora da minha vingança.", Disse, sorrindo maliciosamente.
" Há! Você acha que pode com todos os Cavaleiros de Ouro? Não me faça rir!", Milo diz, debochando do Espectro.
" Não posso com todos ao mesmo tempo, admito, mas destruir vocês dois não será problema!", Disse em um tom triunfante.
Milo olha para o local onde Camus se encontra e vê que ele está ofegante e com a mão na cabeça, pressionando-a.
"Deve estar sentindo muita dor.", Pensou. Vê-lo assim, deixou o Escorpião muito furioso. Ele virou-se para o Espectro, que estava em sua pose de 'criatura suprema' e gritou:
" POR QUE VOCÊ ATACOU O CAMUS?", A ira em seu corpo era imensa. Estava curioso em saber o motivo que levou o outro a atacar especialmente seu amigo e secretamente amor, Camus. Viu o Espectro soltar uma gargalhada de satisfação e estreitou os olhos.
" Simples! Queria começar minha vingança pelos três Cavaleiros que traíram sua Majestade Hades.", Deu novamente um sorriso.
Camus não conseguia entender muito bem o que o Espectro dizia. Seus sentidos pareciam estar afetados de alguma forma. Sua visão estava turva, não conseguia escutar direito e seu corpo não queria obedecê-lo. A única coisa clara nisso tudo para Camus é que ele fora cruelmente enganado e isso era muito revoltante.
" Quando cheguei no Santuário, a minha primeira vítima seria Shura, mas ele não se encontrava por aqui. Saga agora é o Grande Mestre e eu sabia que seria difícil enganá-lo com ilusões, uma vez que ele também as cria. O único 'disponível' era Camus.". Viu Milo fechar os punhos furioso e continuou. Com certeza conseguiria fazê-lo perder a cabeça com facilidade. Sorriu.
" Eu sabia que ele era muito sério e apesar de não controlar ilusões, Camus é muito observador e racional. Felizmente, o encontrei em um dilema interno, o que facilitou a utilização de meus poderes psíquicos.", Sorriu mais ainda ao ver a expressão de raiva do outro.
" SEU MALDITO!", Milo gritou, avançando sobre o Espectro. Faria-o pagar muito caro por ter brincado com os sentimentos e com a mente de Camus.
Milo lançou seu golpe, mas o Espectro se desviou. Avançou novamente, com o intuito de atingir-lhe a face, mas o guerreiro de Hades segurou seu punho firmemente, e aproximou os lábios do ouvido de Milo.
" Você nem imagina o prazer que eu senti ao fazer esse estupro psíquico! Queria estar lá de verdade, entrando naquele corpo e causando aquela dor maravilhosa, mas fazer isso apenas na mente dele foi delicioso. A dor, o sentimento de angústia, rejeição e de desespero vivenciado por ele naquele momento me levou aos céus!", Sussurrou sorrindo.
" Seu cretino!", O cosmo de Milo aumentou consideravelmente e ele lançou o Espectro para trás, o surpreendendo.
" Agora eu entendo o medo que Camus sentiu de mim quando me aproximei dele. Você tinha feito uma segunda ilusão naquele momento não?", Perguntou. Seus olhos queimavam de ódio.
" Oh, sim! Mas quando eu estava para me deliciar novamente com meu segundo estupro psíquico, você chegou... Saga e Shura também estavam por perto! De qualquer forma foi delicioso sentir a confusão de Camus... Háháháháháhá!", O Espectro amava causar aquele tipo de sentimento de confusão, baixa estima e desolação em seus adversários. E ele tinha todo o tempo do mundo para torturar Camus.
Milo não ia mais ficar ouvindo aquele maldito falar o quanto se deliciou ao sentir o desespero de Camus. Partiu para cima dele, desferindo golpes um atrás do outro. Não descansaria até derrotá-lo.
O Espectro, com um sorriso de deboche vê o outro vindo em sua direção. A raiva de Milo era tanta, que ele nem mesmo media as conseqüências de seus atos. Ele pretendia lutar contra um Espectro de Hades sem estar com a sua Armadura? Mas de qualquer forma, mesmo se ele estivesse vestindo a Armadura de Ouro de Escorpião, ele não teria chances de vencê-lo, uma vez que ele não se utilizava apenas de seu cosmo, mas também do de Camus, que ele absorvia há alguns dias!
Camus estava com todos os seus sentidos por demais atordoados, mais conseguia sentir claramente o cosmo dos dois homens, que lutavam desferindo golpes na velocidade da luz. Uma pessoa normal não seria capaz de notá-los.
O movimento de Milo e do Espectro geravam correntes de ar e energia, a intensidade de seus cosmos faziam as rochas e árvores próximas a eles se desintegrarem. Mas havia algo que estava perturbando por demais Camus... Milo não estava usando a Armadura de ouro de Escorpião e isso significava que ele estava desprotegido nessa luta... E Camus não estava gostando disso!
Milo começou a sentir um pouco alguns dos golpes do Espectro, que se recusava a se apresentar a alguém que iria morrer, segundo ele mesmo. O Escorpião começou a ser empurrado em direção a uma grande árvore e ao se desequilibrar, o Espectro encontrou a brecha que precisava para atingi-lo em cheio. Milo voou em direção a árvore, batendo com as costas na mesma.
" Apenas uma coisa me intriga... Como você conseguiu descobrir sobre a ilusão e com seu cosmo quebrá-la...", Disse o Espectro.
Milo geme com a dor aguda que sentiu nas costas.
" Mas nem isso importa mais. MORRA!", Gritou, desferindo em Milo seu golpe de misericórdia.
Para espanto, tanto de Milo quanto do Espectro, o punho direito do servo de Hades não chega nem a cinqüenta centímetros do rosto de Milo.
Segurando firmemente o punho do Espectro, se encontrava um sério Camus. O vento balançava a longa trança de seu cabelo, assim como os grandes fios de sua franja. Seus olhos cor de safira pareciam duas frias pedras de gelo.
O Espectro ficou impressionado. Seu golpe ilusório tinha como efeito colateral o enfraquecimento rápido do corpo, mas naquele momento o cosmo de Camus estava elevado a um nível surpreendente, mesmo o Espectro tendo absorvido o mesmo durante dias. Tudo à volta deles estava congelando e a mão de Camus começou a congelar a Armadura Sapuris do Espectro e com a força empregada por ele, esta se quebra e Camus congela o braço do inimigo, que grita ao sentir o mesmo ser congelado.
" Você vai pagar.", Camus disse friamente. Como aquele maldito ousou manipulá-lo e ainda ferir Milo, que não tinha a Armadura de Escorpião para protegê-lo? Nem mesmo se importava com a dor dilacerante que sentia por ter elevado seu cosmo a um nível tão alto. Não estava nem aí se seu corpo suportaria ou não, o que importava era que ele não permitiria que aquele infeliz machucasse Milo!
A dor latejante do braço do Espectro não o deixava pensar direito. A única coisa que lhe vinha à mente era entender como Camus conseguiu reunir uma quantidade tão grande de cosmo para atacá-lo e ele o fez tão sutilmente que nem ele, nem Milo notaram a presença de Aquário, só o percebendo quando ele já estava a segurar seu braço.
" Seu...", O Espectro estreitou os olhos e com um safanão, ele se libertou da mão de Camus e com o outro braço ele faz um movimento, cortando o ar e lançando Aquário para trás.
" CAMUS!", Milo grita desesperado ao ver o seu amor ser arremessado contra o grande paredão de pedra. Ele morreria se se chocasse contra ele, mas para o alivio do Escorpião, Saga interceptou a trajetória de Camus, antes que ele tocasse ou mesmo se aproximasse perigosamente daquele imenso bloco de pedra. Milo sorriu aliviado.
" Saga de Gêmeos?", O Espectro se surpreendeu ao ver o Cavaleiro perante ele, que agora se encontrava com um desfalecido Camus nos braços. O corpo de Aquário ainda estava por demais debilitado, principalmente perante o Espectro que absorvia toda a energia dele.
" Então nos encontramos de novo, Morpheu da Estrela Maligna das Ilusões.", Saga disse sério.
" Hum... Então foi você que me descobriu.", Disse, observando Saga de cima a baixo.
" Sim. Eu o descobri quando fui falar com Milo, apesar de já suspeitar.", Saga diz, lembrando-se de quando foi visitar o Escorpião na noite passada.
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" É hora de acabarmos com toda essa palhaçada.", Disse, portando uma expressão nada amistosa na face.
" Do que você tá falando?", Milo perguntou confuso.
" Eu sei que Camus não mentiu quando disse que foi estuprado por um Milo que ele não conseguia reconhecer como sendo aquele seu amigo de infância, mas... Seu cosmo, sua mente e seu coração também dizem a verdade, Milo!", Falou, o olhando profundamente.
" Onde está querendo chegar, Saga?", Milo pergunta, tentando seguir a linha de raciocínio de Gêmeos. Ele não estava mentindo, mas não entendia muito bem o que aconteceu até aquele momento.
" Uma ilusão.", Falou por vez.
" Como!", Milo queria entender aquilo melhor. Ilusão?
" Camus foi vítima de uma ilusão. É a única explicação plausível que eu encontro.", Saga falou sério.
" Mas os ferimentos...", Milo foi interrompido por Saga.
" São reflexos do que a mente dele acredita. Ele crê que você realmente o violentou. A mente dele manifestou apenas os 'ferimentos' que o Milo ilusório causou nele.", Explicou.
" E quem foi o puto que fez isso com ele?", Quando colocasse suas mãos no maldito, não deixaria sobrar nem pó dele. Como o infeliz pôde...? Não tinha nem palavras para descrever o que sentia...
" Você sentiu um cosmo estanho por perto? Um cosmo maligno e... Negro?", Saga encostou-se em uma pilastra da Casa de Escorpião, cruzando os braços.
" Senti sim. Me pareceu o cosmo de um...", Olhou para Saga tentando confirmar suas suspeitas.
" Isso mesmo, mas ele consegue camuflar muito bem seu cosmo.", Saga praguejou logo em seguida. Camus sofreu tanto!
" Temos que fazê-lo se mostrar.", Milo tentava pensar em algo, mas nada lhe vinha a mente.
" Hum... Tem um jeito. Não! Deixa pra lá...", Falou com a mão no queixo, em uma posição pensativa.
" Fala logo a idéia, Saga!", Já estava ficando impaciente. Será que Saga não queria desmascará-lo? Ele fez o Camus sofrer! Tinha que ser morto por isso!
" Seria muito arriscado para o Camus, Milo!", Disse por fim.
" Como assim!", Não entendia aonde Saga queria chegar.
" Por que você acha que ele preferiu usar a sua imagem para violentar o Camus e não para matá-lo?", Perguntou a Milo.
O Escorpião pensou por um tempo. O mais lógico, já que o infeliz queria se vingar seria matá-lo rápido, mas ele quis fazer o que fez e isso significava apenas uma coisa...
" Você quer dizer que esse cara... Desejava o... Camus?", Perguntou sem acreditar na própria conclusão que chegara.
" Isso mesmo.", Saga sorriu, vendo que Milo estava entendendo sua linha de raciocínio.
" Que idéia lhe passou pela cabeça? Explique-se melhor!", Milo até já imaginava o que seria.
" Se ele sente desejo por Camus, duvido que vai matá-lo sem conseguir possui-lo de verdade, nem que seja uma única vez. Mas para isso acontecer, Camus tem que estar sozinho.", Falou, olhando nos olhos de Milo.
" Nossa! Eu vou fazer picadinho desse cara!", Milo já imagina as formas de tortura que se utilizaria para fazê-lo sofrer. Ele não tinha o direito de desejar o seu Camus, mesmo Milo sabendo o quanto aquele francês era... Desejável!
" Minha idéia é levar Camus a um local isolado e 'abandoná-lo'... Tenho certeza que ele não perderá essa oportunidade.", Disse sério.
" E eu estarei lá pra quebrar a cara dele!", Milo sorri diabolicamente.
" Isso mesmo!", Saga também sorri.
Os dois se olham com cumplicidade, acertando os detalhes do plano para desmascarar o inimigo e manter Camus sem sofrer nenhum arranhão.
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Saga olhava Morpheu que retribuía o olhar.
" Você é realmente um desafio, Gêmeos!", Disse com um sorriso nos lábios.
Saga o olhava sério. O vento passava pelo local, movendo os longos cabelos de ambos. Camus ainda se encontrava inconsciente nos braços de Gêmeos.
" Hum... Você não será um grande problema pra mim.", Morpheu disse confiante. Esteve absorvendo grande parte do cosmo de Camus em todos esses dias, apesar de que não pôde fazê-lo na noite passada, uma vez que Camus se encontrava no quarto de Saga e ele não queria arriscar ser descoberto.
" Acho que eu sou o menor de seus problemas agora, Morpheu!", Saga diz com um sorriso cínico e satisfeito nos lábios.
" Hum!", Morpheu não entendia o por quê daquelas palavras, até sentir um arrepio percorrer toda a extensão de sua espinha. Atrás de Morpheu, um cosmo altamente agressivo e ameaçador se fez presente. Ele vira-se lentamente, vendo um Milo extremamente perturbador e com um olhar assassino.
Os longos cabelos azuis do Cavaleiro de Ouro de Escorpião se moviam devido à intensidade do cosmo que se desprendia de seu corpo. As duas safiras, que eram os olhos de Milo, brilhavam assassinas e um sorriso perturbador se desenha nos belos lábios do Escorpião.
" Hora de pagar!", O Escorpião diz, sorrindo sarcasticamente.
" E o que você pode fazer conta mim, se nem sua Armadura está vestindo, seu idiota?", O Espectro disse, gargalhando em seguida.
" Isso!", Foi tudo o que Milo disse. Em um piscar de olhos, Morpheu foi atingido por doze Agulhas Escarlate.
Morpheu não conseguiu nem mesmo ver o momento em que elas foram disparadas. Sentiu seus músculos serem paralisados e uma dor enorme percorrer cada fibra de seu corpo. Como o golpe do outro rompeu a proteção de sua Armadura? Era esse o veneno liberado pela picada do Escorpião? Como ele conseguiu fazer isso com ele, um Espectro? Perguntas e mais perguntas passavam pela mente de Morpheu, que notou que o cosmo de Milo tinha, provavelmente, atingido o Oitavo Sentido com facilidade... Parecia até mesmo ser... Infinito!
O cosmo de Milo ainda se encontrava muito forte, ameaçador e crescia a cada minuto. Ele se aproxima rapidamente de Morpheu e com um movimento ele quebra a perna do Espectro, causando-lhe uma fratura exposta, sorrindo logo em seguida ao ver a dor presente naquele rosto, que tanto passou a odiar. Faria-o sofrer... Faria-o sofrer por tudo o que ele causou a Camus!
" Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!", Morpheu grita. A dor em sua perna já era quase insuportável e seu corpo inteiro doía como nunca sentiu antes e então Milo o atingiu novamente com outra Agulha Escarlate, fazendo-o gritar cada vez mais de tanta dor. Todo o cosmo que acumulara nesses dias não estava servindo pra nada naquele momento. Milo estava superando-o completamente!
" Essa dor não é nada perante a angustia que você fez o Camus passar.", O ódio ainda estava presente nos seus olhos.
" Aaaahhh... Aaaaahhh...", Morpheu gemia de dor. De onde aquele Cavaleiro tirou tanto poder? Ele nem mesmo vestia sua Armadura de Ouro, então... Como? Ele não conseguia compreender!
Morpheu eleva seu cosmo, com o intuito de atingir a mente de Milo com uma ilusão, utilizando-se de suas últimas forças. A energia envolve o Escorpião e Saga fica preocupado por uns instantes.
Na mente de Milo surge um Camus vestindo uma Armadura de Aquário negra. Ele ergue a mão, na posição de ataque da Execução Aurora. Milo apenas observava a bela figura à frente dele. Estreitou os olhos.
" Acha mesmo que pode me enganar usando a bela imagem do Camus.", Disse, sorrindo. O outro deveria ser mesmo muito idiota para usar uma ilusão daquelas!
O Espectro, que se encontrava escondido próximo a ele, camuflando seu cosmo, estava tendo dificuldades devido à dor que sentia.
No lugar do Camus ilusório aparece o Espectro sorrindo e Milo prepara-se para atacá-lo, mas então ele pára, olhando minuciosamente o outro de cima a baixo. O Espectro prepara-se para atacar, mas Milo não reage. Ele o olha e sorri.
" Idiota!", Milo falou, virando-se contra o Espectro, elevou seu cosmo e atacou uma direção, onde não se encontrava nada.
" Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhh!", O Servo de Hades gritou. A ilusão então falha e se desfaz. A dor que ele sentia era muito forte, mesmo que o golpe desferido por Milo não ter sido a Agulha Escarlate. Na ilusão que criara, na direção em que supostamente se encontrava, estava na verdade Camus. Como ele descobriu? Foi então que ele percebeu que em sua garganta se encontrava a mão de Milo, que o apertava cada vez mais.
" Por que... Vo... Você... Não... Caiu... Na Ilu... Ilusão?", O Espectro não entendia como não havia dado certo a sua ilusão, mas então ele ouviu a voz de Saga.
" Idiota! Você nunca conseguiria fazer Milo machucar ou matar Camus. Por mais poderosa que seja a sua ilusão, ela nunca poderia derrotar um amor verdadeiro! Nem mesmo um deus conseguiria tal proeza!", Falou com uma convicção aterradora.
O tempo todo, Milo estava sentindo a presença do cosmo de Camus, mesmo ele estando muito fraco e inconsciente e ele transmitia um sentimento de... Alívio. Ele sabia o tempo todo que Camus se encontrava onde a ilusão mostrava como sendo o Espectro. Por mais ameaçadora que fosse a imagem do outro, ele não atacaria!
" Não importa o quão poderoso possa ser a pessoa a aplicar a ilusão. Quando se ama verdadeiramente alguém, nada ou ninguém no universo poderá obrigá-la a erguer a mão contra a pessoa amada com intenções de machucá-la!", Milo disse. Aquele Espectro era mesmo um burro por tentar enganar o Escorpião em relação a Camus. Milo jamais confundiria o cosmo de seu tão amado Camus com o de qualquer outra pessoa!
O Espectro o olhou, se sentindo sufocado.
" Eu nunca machucaria o Camus.", O Escorpião afirmou.
O olhar de Milo não demonstrava piedade. Ele apertou mais o pescoço do maldito Espectro, que não mais conseguia se mover devido à paralisia causada pelas picadas do Escorpião. Milo encosta o dedo indicador da mão direita no peito de Morpheu, que tremeu.
" Antares!", A voz imponente de Milo ecoa pelo local.
O golpe dado à queima roupa não apenas atravessou o peito do Espectro, como também explodiu todo o seu tórax. O sangue dele espalhou-se por todo o local, banhando também o Cavaleiro de Escorpião. A única coisa que restara do servo de Hades, era a cabeça do mesmo na mão esquerda de Milo.
Saga olhava Milo que permanecia a olhar a cabeça do Espectro em sua mão. O cosmo de Milo aumenta consideravelmente e ele desintegra a cabeça do maldito, não deixando nem mesmo pó dele.
" Saga, pode ficar aqui um pouco com o Camus?", Perguntou, sem olhar para Gêmeos.
" Aonde vai?", Perguntou curioso.
" Me livrar desse sangue maldito. Não vou tocar em Camus estando imundo desse jeito!", Disse, olhando agora nos olhos de Saga.
O Cavaleiro de Gêmeos sorri. Milo estava coberto pelo sangue do servo de Hades. Achou muito gentil da parte dele não querer tocar em Camus estando sujo. Balançou a cabeça, concordando em ficar zelando pelo francês, enquanto o outro se livrava daquela imundice.
Milo foi em direção ao riacho. Entrou naquelas águas límpidas e frias, então o sangue em seu corpo foi se dissolvendo na água. O Escorpião retirou a regata vermelha que usava e acabou por deixando-a de lado. O sangue em sua calça de couro saíra completamente e ele mergulhou para se limpar totalmente.
O jovem Cavaleiro de Escorpião ergueu-se das águas, balançando os longos cabelos repicados, fazendo o excesso de água ser lançado para longe. Ficou satisfeito ao ver que não restara mais nem um pouco do sangue nojento do outro e sorriu. Saiu da água. Estava ansioso em voltar para perto de Camus.
Saga viu Milo vir caminhando tranqüilamente, sorrindo. Os cabelos ainda molhados estavam levemente grudados à face. As gotículas de água escorriam pelo seu tórax definido, musculoso. Ele era realmente muito sensual!
" Como está o Camus?", Ele perguntou ainda preocupado.
" Ainda não acordou.", Saga falou, ainda olhando para o corpo dele.
"O Camus ia enlouquecer se o visse agora!", Ele pensou, sorrindo internamente.
" Será que ele ainda está muito fraco? Aquele maldito sugou muita energia dele e o golpe mental o deixava mais debilitado fisicamente.", Começou a ficar aflito ao ver que ele não acordava de jeito nenhum.
" Não se preocupe. Ele vai acordar logo! Leve-o para a Casa de Aquário, sim!", Saga falou, chamando-o para vir pegar Camus.
" Será que é uma boa idéia eu levá-lo? Ele pode achar que...", Milo estava receoso. E se Camus ainda o temesse?
" Milo, eu vou ter que avisar os outros e falar com Athena sobre esse Espectro remanescente. Não posso cuidar de Camus hoje.", Saga disse sério. Havia notado a relutância de Milo e entendia o motivo disso.
Saga coloca a cabeça de Camus no chão cuidadosamente e se levanta, dizendo que precisa ir o mais rápido possível e deixava o Cavaleiro de Aquário sobre a responsabilidade de Milo, não deixando nenhuma outra opção ao Escorpião.
"Espero que vocês se acertem logo!", Saga pensou, desaparecendo logo em seguida.
Milo ficou a observar o belo Camus adormecido sobre a grama. Ele respirava compassadamente e tinha uma feição muito tranqüila. O Escorpião sorriu ao ver a face dele! Parecia um anjo! Finalmente Camus podia dormir em paz, sem ter aquele maldito a lhe perturbar o sono...
O grego aproximou-se cautelosamente de Camus, como se pudesse acabar ferindo-o apenas por se chegar perto dele. Curvou-se sobre ele e ficou a admirar aqueles lindos cabelos azul-petróleo, com aquela franja a lhe cobrir os olhos. Ergueu a mão, passando sobre a testa do outro, retirando a mesma. A pele dele era tão macia!
Após admirá-lo por mais alguns minutos em silêncio, Milo envolve Camus carinhosamente, o erguendo no colo e o levando para a Mansão de Aquário.
OOO
Observando do alto do rochedo se encontrava Saga. Queria ser invisível, apenas para ver o desenrolar daquela noite na Mansão de Aquário, pois sabia que Milo não iria deixar Camus passar a noite sozinho. Com certeza ficaria zelando pelo sono da pessoa que amava! Na verdade, Milo iria era cuidar de Camus até que ele se sentisse 100 recuperado.
" Que bom que tudo terminou bem.", Uma voz imponente chegou aos ouvidos de Saga.
" Resolveu voltar?", Saga falou com certa mágoa na voz, virando-se para aquele belo homem de 1,88 de altura e longos cabelos azuis iguais aos seus.
" Por que está me tratando assim?", Kanon perguntou com uma voz mansa.
" Ora, Kanon! Você saiu do Santuário sem avisar ninguém. Você me abandonou...", Falou, olhando-o com tristeza.
" Meu irmão, eu nunca abandonaria você!", Kanon disse, acariciando a face de Saga. Ele continuava tão lindo como antes, mas Kanon não gostava de ver aquele olhar triste naquela bela face.
" Por que você foi sem me avisar?", Perguntou, exigindo uma resposta.
" Eu estava em uma missão secreta.", Respondeu. Iria contar tudo a Saga. Sabia que seu irmão gostava de saber tudo nos mínimos detalhes.
" Missão?", Perguntou muito curioso e intrigado.
" Sim. Athena mandou que eu confirmasse e matasse um Espectro que parecia ter sobrevivido à batalha. Nunca pensei que ele viesse logo para cá.", Acariciava os cabelos de Saga, enquanto o olhava os olhos.
" Mesmo sendo secreta, você podia ter...", Kanon não deixou que Saga continuasse.
" Eu tentei de avisar, Saga. O problema é que nós nos desencontramos.", Falou, puxando o irmão para um abraço forte.
Kanon ficou quase um mês fora do Santuário. Era pouco tempo, mas longe de Saga parecia ter sido uma eternidade! Quase enlouqueceu longe dele! Kanon acariciava as costas de Saga, enquanto beijava-lhe a orelha. Mirou seus beijos molhados em direção ao pescoço do irmão, sentindo-o arrepiar sobre seu toque.
" Kanon...", Saga queira xingá-lo por ele ter deixado que ele ficasse tão triste. Achou que havia sido abandonado pelo irmão.
" Eu te amo, Saga! Nunca... Ouviu? Eu nunca vou te abandonar!", Abandonou o pescoço do irmão, cobrindo os lábios dele com os seus.
Começaram um longo e sensual beijo. Exploravam a boca um do outro, como se desejassem gravar cada pedacinho daquele local tão acolhedor! As mãos passeavam livres pelos corpos de ambos, deixando-os cada vez mais excitados. Saga arrepiava-se com cada toque de Kanon, que parecia disposto a levá-lo a loucura.
" Saga, eu quero te dar muito prazer!", Kanon falou roucamente no ouvido de Saga.
" Hummmm...", Saga conseguia apenas gemer. Estava completamente excitado.
" Vamos pro seu quarto, hum?", Falou, tentando puxá-lo em direção ao Templo de Athena.
" Não seja estraga prazeres, Kanon. Tá tão bom aqui!", Saga deu uma lambida no pescoço de Kanon, fazendo-o arrepiar na mesma hora.
" Calma, Grande Mestre... Eu prometo que vou te enlouquecer, mas não aqui!", Sorriu maliciosamente, mordendo o lábio inferior.
Kanon sabia que agora Saga era o Grande Mestre do Santuário de Athena e não ia pegar bem se alguém os visse fazendo amor em algum canto. Não que isso não o excitasse, mas ele não queria que seu amado irmão fosse repreendido ou coisa assim.
" Te levo até lá na velocidade da luz!", Falou no ouvido de Saga.
" Hummmm... É bom mesmo!", Saga falou entre gemidos.
Em questão de segundos, eles não mais se encontravam no local.
OOO
Milo chegou com Camus na Mansão de Aquário através do atalho das Doze Casas. Respirou aliviado por não ter encontrado ninguém no caminho. Imagina o que aconteceria se ele encontrasse, por exemplo, Shura? O espanhol iria querer matá-lo, isso sim!
O moreno olhou para criatura plácida que ainda se encontrava inconsciente em seus braços. Estava preocupado por ele não acordar logo. Talvez o melhor fosse levá-lo ao médico, mas Saga o mandou levá-lo para casa, mas Milo não podia deixar que ele ficasse lá sozinho, mesmo estando morrendo de medo da reação que ele pudesse ter ao acordar e vê-lo ali ao lado dele.
Milo entra com Camus, fecha a porta com certa dificuldade e o leva direto para o quarto, colocando-o delicadamente na cama. Após colocá-lo na mesma, Milo ficou a admirá-lo e viu que ele tinha algumas gotas de suor na testa. Estava fazendo muito calor. Levantou-se rapidamente, indo ao banheiro, molhando uma toalha, trazendo-a rapidamente e passando no rosto de Camus.
Enquanto passava a toalha pela face do francês, Milo admirava toda a beleza que ele tinha, viu o braço sujo de terra e passou a toalha no local, para limpá-lo.
" Maldito! Aquele verme te fez sofrer tanto!", Milo falava sentindo o remorso horrível. Sempre amara Camus, mas achava que ele nunca o amaria e por isso nunca se arriscou a se declarar para ele. Não queria perder a amizade que eles tinham por causa disso! Camus sempre fôra muito sério e Milo se contentava em brincar, pois era uma forma sutil que ele encontrara de dizer que o amava.
Milo passava delicadamente a toalha pelo bíceps de Camus. Por um segundo amaldiçoou Saga por ter deixar logo ele cuidando de Camus, já que teria de dar um banho nele, uma vez que o francês não acordava. Não seria legal deixá-lo dormir assim! Será que Saga não sabia o quanto Camus era tentador? Indignou-se por um segundo e então imaginou um outro Cavaleiro de Ouro dando banho em Camus, estreitando os olhos logo em seguida.
"Não! O Saga teve uma ótima idéia ao me escolher para essa 'missão'!", Milo pensou. Não gostou muito de pensar em outro homem dando um banho em Camus. Pensando melhor, se Saga tivesse falado para outra pessoa cuidar de Camus, ele teria feito um escândalo, isso sim!
Retirou com delicadeza a regata de Camus e ficou a observar aquele tórax alvo. Se de blusa Camus já era lindo, sem ela então... Ele era um deus! Respirou profunda e calmamente, com o intuito de manter-se sobre controle. Ia ser difícil, mas ele ia conseguir!
Sem nem ao menos perceber, Milo já estava com a mão a passear sobre a pele macia do tórax de Camus. Sua boca estava entreaberta e ele não conseguia desgrudar os olhos daquela boca tão linda a sua frente.
" Ah! Eu te amo tanto, Camus!", Milo disse, suspirando logo em seguida.
" Ama de verdade?", A voz baixa de Camus chega aos ouvidos de Milo, que imediatamente se afasta do francês. Só ao ouvir a voz dele era que Milo notou que o estava acariciando-o no peito. O que Camus pensaria dele agora? Com certeza Camus ia achar que ele estava tentando se aproveitar dele.
" Camus... Eu...", Milo não sabia nem o que dizer. Como se explicaria?
Camus fica fitando aqueles profundos olhos azuis. Já estava acordado há muito tempo. Na verdade, acordou no exato momento que Milo havia ido se lavar no rio e acabou conversado com Saga, que o explicou com detalhes tudo o que realmente aconteceu. Apesar de ter ficado muito furioso Camus ficou feliz por Milo ter matado aquele que o fez sofrer tanto. Saga também contou a Camus os sentimentos de Milo em relação a sua pessoa, mas Camus queria ouvir isso da boca de Milo.
Fingindo que estava inconsciente Camus permitiu que Milo o levasse para casa. Não foi algo fácil! Camus sentiu Milo acariciar seu rosto, tocar levemente sua pele, o carregar como se ele fosse a cosia mais preciosa do mundo e agora ele dissera que o ama.
" É isso que você sente?", Camus perguntou, mas sua voz saiu mais fria do que previra.
" Camus... Eu sei que aquele maldito brincou com a sua cabeça, mas eu não estou mentindo.", Milo suspirou por um segundo. Estava na hora de falar o que devia ter dito há muito tempo.
" Eu amo você, Camus... De verdade!", Falou, olhando ternamente nos olhos do francês.
" ...!", Camus apenas o observava, sem nada dizer.
Milo não agüentou ver aquele silêncio de Camus. Pelo visto, ele não estava acreditando nele e Milo não o repreendia por isso! Camus passou por algo muito perturbador e ele entendia que seu francês precisaria de algum tempo pra se recuperar. Mesmo não sendo lembranças verdadeiras, elas ainda estavam muito nítidas na mente de Camus.
" Eu te amo!", Milo falou abraçando Camus e trazendo-o de encontro ao seu peito. Abraçou-o fortemente.
" Te amo! Te amo! Te amo...", Milo sussurrava continuamente no ouvido de Camus, sentindo o coração dele disparar. Ia fazê-lo entender que ele era tudo na sua vida!
" Amo quando você me xinga. Na verdade, eu o irritava propositalmente, só para que você começasse a me xingar. Era uma maneira que eu encontrei pra ficar ouvindo ainda mais a sua voz. Você ficava tentando me explicar o que é certo e o que era errado e começava a gesticular quando tentava me convencer de que você estava certo. Você ficava tão lindo...", Milo suspirou. Ele deixou que sua cabeça descansasse na curva do pescoço de Camus.
O Cavaleiro de Aquário escutava tudo com atenção. Então Milo fazia de propósito? Recordava-se das vezes em que ele realmente tentava convencê-lo de que ele estava certo e tentava por algum juízo na cabeça do amigo. Milo ficava com uma cara boa enquanto ele falava, falava e falava, Camus achava que ele estava era debochando dele! Nunca pensou que era esse o motivo de Milo o infernizar tanto!
" Como eu sabia que você ia me dar um tapa se eu falasse bobagem em público, eu fazia questão de fazer isso, só pra você me dar aquele tapinha na cabeça e me puxar pelo braço pra me falar que eu não podia fazer aquilo. Amava quando você fazia isso!", Disse, rindo um pouquinho depois.
" Você me ama por causa dessas coisas bobas?", Camus sai do aconchegante abraço de Milo e o olha nos olhos.
" Não é algo bobo! Eu amo tudo que vem de você! Amo sua cara séria, quando você fica bravo, quando começa a explicar algo... Nossa! Você fica tão lindo enquanto fala como professor! Seu sorriso, apesar de eu vê-lo tão poucas vezes é lindo!", Falou, olhando para o outro e então fechou os olhos.
" ...!", Camus nem sabia o que falar. Milo o amava mesmo! Amava tudo o que ele fazia, o amava da maneira que ele era e não pelo físico que ele possuía!
" Você acredita em mim, Camus?", Milo perguntou abrindo os olhos.
O que viu, fez Milo parar de respirar por alguns segundos. Seu coração disparou e ele pensou que estava sonhando. Nunca viu Camus tão lindo! Nos lábios de Camus, estava desenhado o sorriso mais belo que ele já vira e a feição do francês era cálida e terna.
" Eu acredito!", Camus disse, levando a mão até a face de Milo e o acariciando.
Imediatamente, Milo levou a mão até a face, cobrindo a mão de Camus com a sua. Fechou os olhos para sentir melhor o calor que aquela mão transmitia e suspirou longamente, voltando a abrir os olhos. Ao olhar para a face de Camus, Milo não resistiu.
Camus viu Milo aproximar-se cautelosamente dele e ficando com os lábios a centímetros do seu. Sentiam a respiração um do outro. Milo foi envolvendo novamente Camus em um abraço, então cobriu seus lábios com os dele. Iniciou um beijo suave e cheio de ternura. Queria sentir cada momento ali com ele.
As mãos de Milo viajavam pelas costas de Camus em uma carícia suave. Sentiu os braços de Camus envolver-lhe o pescoço, colando ainda mais seus corpos. Sentia a pele nua do tórax de Camus roçar-lhe na dele e isso estava começando a excitá-lo. O beijo se tornou mais intenso e Milo começou a explorar aquela boca tão doce com muita paixão. Camus tinha um sabor que não conseguia definir. O perfume de seus cabelos, o calor da pele... Tudo em Camus estava fazendo Milo começar a perder a cabeça!
Camus sentia que iria derreter nos braços de Milo. Sentia as mãos dele acariciando suas costas, a pele quente dele colando cada vez mais na sua e a língua dele a acariciar toda a parte interna de sua boca. Camus sentia-se quase eufórico com toda a paixão com que Milo o beijava e o acariciava!
O beijo foi ficando cada vez mais intenso, até que ambos tiveram que se separar devido à falta de ar que já se instalara nos dois corpos. Ofegantes, olharam um para o outro e Milo observou com adoração a face afogueada de Camus, os lábios inchados pelo beijo trocado, a respiração descompassada... Não resistiu!
Acomodou-se melhor na cama e ainda sentado, Milo trouxe Camus para seu colo e começou a beijar o pescoço dele. Distribuía beijos molhados e leves mordidas. Com um das mãos, Milo começou a desfazer a longa trança que Camus usava para prender o cabelo. Amava ver aqueles longos cabelos azul-petróleo soltos! Com a outra mão, passou a acariciar a coxa de Camus, que ergue a cabeça, deixando seu pescoço mais vulnerável aos lábios quentes do Escorpião.
Milo agora beijava a face de Camus. Desfez completamente a trança dele e então se afastou por um momento, espalhando as longas madeixas por sobre as costas e ombros do belo francês. Sorriu admirado.
" Você é lindo demais, Camus.", Falou, admirando aqueles lindos fios azulados, os olhos que pareciam duas pedras preciosas de tão brilhantes, aqueles lábios, que eram um convite extremamente tentador...
Camus sentia-se maravilhado! Milo era extremamente terno e gentil com ele. Cada palavra, cada gesto... Tudo o que Milo fazia demonstrava sua paixão... Não! Demonstrava todo seu amor por ele e para ele!
Milo deitou Camus na cama, passou a beijar a pele macia e alva do tórax de Aquário. Viu aqueles hematomas e passou a beijar carinhosamente cada um deles. Camus se remexia de prazer, sentindo o calor dos lábios sensuais de Milo.
As reações do corpo de Camus perante suas carícias estavam começando a fazer Milo perder o controle. Se continuasse assim, ele perderia o controle e uma coisa que não desejava, era fazer Camus se recordar do maldito estupro psíquico. Milo temia por demais perder o controle a acabar sendo um pouco violento!
Camus percebeu que Milo parou de beijá-lo e olhou-o nos olhos, tentando descobrir o motivo.
" É melhor irmos devagar, Camus. Você tem que descansar!", Milo disse, tentando a todo custo recuperar seu controle quase perdido. Camus percebeu que Milo estava com medo de fazê-lo se recordar de coisas desagradáveis. O olhar do Escorpião dizia isso!
" Não! Me faça esquecer agora, Milo!", Camus diz com uma voz rouca.
" Camus...", Milo sentiu-se estremecer completamente diante das palavras do francês.
" Eu não quero te machucar!", Falou, sentindo seu controle se esvair cada vez mais.
Camus levantou-se, voltando a ficar sentado. Passou a mão pelo tórax musculoso do moreno, sentindo-o arrepiar-se e fechar os olhos devido ao toque. Camus ficou a apreciar a face de prazer de Milo e então aproximou seus lábios do ouvido de dele.
" Faz!", Sussurrou sensualmente.
" Hummmm...", Milo gemeu apenas por ouvir aquele pedido tão sensual. Sentiu Camus lamber sua orelha e gemeu novamente, perdendo completamente o controle.
Milo deitou novamente Camus na cama, passando a beijar com voracidade o pescoço dele. Não saberia dizer se conseguiria se controlar mais. Olhou para o rosto de Camus enquanto beijava seu tórax e abocanhava um mamilo, dando leve mordidas e lambidas. Rodeava o mamilo com a língua, enquanto escutava um pequeno gemido de prazer, ficando ainda mais excitado por ouvir aquela voz linda de Camus, rouca pelo desejo. O grego foi descendo e distribuindo beijos molhados pelo abdômen de Camus.
" Sua voz me deixa louco... Seu cheiro me deixa louco... Suas reações me enlouquecem...", Milo falava entre um beijo e outro que dava naquela pele macia. Beijou o membro de Camus por cima da calça, fazendo-o arquear as costas de prazer.
" Milo... Hummmmm", Camus geme roucamente, afundando a cabeça no travesseiro.
Ao escutar aquele longo gemido deixar a garganta de Camus, Milo se sentiu no céu. Abaixou lentamente a calça de Camus, a retirando logo em seguida. Camus ergue a cabeça pra ver o que Milo estava fazendo, já que ele havia parado de tocá-lo.
Milo sorriu para Camus e abaixou-se, beijando a coxa do francês. Ele lambia o local, dando leves mordidas. Passou a chupar a parte interna da coxa de Camus, fazendo-o gemer de prazer. Suas mãos acariciavam o abdômen do Cavaleiro de Aquário, que parecia pegar fogo.
" Aaaaaaaahhhhhh... Milo!", Camus mordia os lábios com o prazer que sentia. Milo já o estava torturando com tudo aquilo.
Milo sorriu e se perdeu ante a visão da face de Camus tomada pelo prazer. Ele movia lentamente os quadris e estava por demais excitado, pelo que o volume em sua cueca mostrava. Milo sorriu sensualmente para Camus e desceu a mão que estava a acariciar o abdômen dele até o pênis o mesmo, apertando-o levemente.
" Aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh...", Camus não conseguiu evitar de gritar ao sentir Milo o apertando. Sua excitação estava o deixando louco e Camus afundou novamente a cabeça no travesseiro, respirando aceleradamente e então ele ouve um barulho de algo se rasgando e olha para baixo, vendo entre os dentes de Milo, o que um dia foi a sua cueca.
" A minha...", Não conseguia nem concluir a frase. Viu o sorriso malicioso de Milo, que o olhou sensualmente e então lhe deu uma lambida em toda a extensão de sua ereção, sem desviar o olhar nem por um segundo.
Camus gemeu e abriu a boca em busca de ar, fechando a mão sobre o lençol, quase o rasgando. Sentiu uma corrente elétrica percorrer todo o seu corpo e olhou Milo de forma suplicante. Milo, ainda o olhando nos olhos, lambeu-lhe a ponta do pênis, fazendo Camus gemer de forma entrecortada. Pequenos espasmos de prazer percorriam o corpo de Aquário.
Milo deliciava-se com os gemidos de prazer de Camus e decidiu parar de brincar com o corpo dele, por mais que isso fosse delicioso. Lambeu-lhe novamente toda a extensão do membro.
" Hummmmmm... Milo... Aaaahhhhhh...", Camus delirou quando sentiu a boca quente de Milo envolver-lhe o membro. Sentia os lábios e a língua dele deslizar sobre seu sensível membro, sentindo ondas de prazer ainda mais fortes varrer todo o seu corpo.
Milo começou a fazer movimentos de vai e vem com os lábios e a língua, levando Camus cada vez mais próximo da loucura. Aquário começou a mover os quadris na mesma velocidade de Milo, redobrando o prazer que sentia. Agarrava-se aos lençóis, enquanto sentia sua respiração ficar ainda mais curta. Os movimentos de Milo aceleraram-se e Camus não conseguia parar de gemer, levando aos ouvidos de Milo o som melódico de sua voz rouca pelo prazer.
Milo se deliciava com os gemidos de Camus. Nunca pensou que um dia estaria fazendo mesmo isso com ele! Como sonhou com esse dia... Queria ter guardado na mente cada expressão de Camus, cada gemido... Intensificou ainda mais os movimentos. Desejava sentir o gosto de Camus em seus lábios. Percebeu os arrepios que tomavam conta do corpo de Camus e sabia que ele estava próximo de chegar ao clímax.
Camus gemia cada vez mais. Sentia arrepiar-se completamente e uma onda muito forte de prazer percorrer seu corpo. Movia a cabeça de um lado para o outro devido à intensidade do prazer que sentia e não pôde mais resistir... Explodiu de prazer, lançando na boca de Milo seu sêmen. Gritou e sentiu como se fosse morrer. Nunca sentiu algo tão forte como o que acabou de sentir com Milo!
Respirava ainda rapidamente. Ergueu a cabeça olhando para Milo, que se encontrava terminando de lamber os lábios sensualmente. Ele engatinhou até ficar por cima de Camus. Abaixou-se e beijou-o delicadamente. Beijaram-se durante alguns minutos, sentindo o gosto um do outro mais uma vez.
" É melhor você dormir agora!", Milo disse ternamente. Realmente acreditava que o melhor seria Camus se recuperar primeiro. Teriam muito tempo ainda pra fazerem amor!
" E quanto a você?", Camus perguntou. Milo era realmente teimoso, apesar de entender o lado dele. Olhou-o sorrir ternamente, mas Camus decidiu que aquilo não iria terminar daquela forma.
" Eu estou bem!", Milo falou. Estava muito excitado, mas poderia se aliviar em casa, enquanto Camus se recuperava. Não iria arriscar machucá-lo!
" Eu acho que não!", Camus sorriu maliciosamente, levando a mão até o membro de Milo e acariciando-o por cima da calça de couro.
" Aaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhh...", Milo gritou de prazer ao sentir à mão de Camus o tocar e começar a massageá-lo por cima da calça.
" Hummm... Vamos lá, Milo! Não teime comigo... Eu estou certo!", Falou sorrindo.
" Aaaaaahhhhh... Droga, Camus! Hummmm...", Milo nem conseguia raciocinar direito com Camus a continuar a tocá-lo. Aquário se deliciava com os gemidos de Milo.
Milo, não mais resistindo ao argumento pra lá de convincente usado por Camus, voltou a beija-lo, mas agora com urgência. Explorava cada pedaço daquela boca com uma voracidade intensa. Mordia os lábios de Camus, enquanto suas mãos passeavam pelo corpo dele.
Camus sorriu internamente e em um movimento rápido, ele virou Milo na cama, ficando por cima dele. Milo o olhou surpreso e Camus sorriu, dando uma longa lambida nos lábios do Escorpião.
" Essa calça está me irritando.", Camus disse, mordendo os lábios e olhando fixamente para a calça de couro preta de Milo e o grande volume que despontava dela.
Milo estava impressionado em como Camus era 'quente'. Na concepção de Escorpião, a fama de 'homem frio' de Camus tinha ido por água abaixo, ou melhor, derreteu ao sol!
Camus abriu lentamente o zíper da calça de Milo, enquanto o olhava, vendo-o ficar ainda mais excitados, devido aos movimentos que ele fazia. Aquário abaixou a peça de roupa e tocou novamente no membro dele, fazendo Milo soltar um longo gemido. Tirou-lhe completamente a calça e em um movimento rápido, Camus manda a calça e a cueca de Milo para longe.
" Hummmm... Está me saindo um belo de um sedutor, Camus! Quer roubar o meu posto, é?", Milo perguntou em um tom brincalhão, depois de gemer com o movimento do outro.
" Háháháháháháhá...", Camus deu aquela gargalhada gostosa, que deixou Milo admirado e se derretendo. Nunca imaginou que um dia iria ver Camus rir tão lindamente como agora!
Milo levantou-se, tomando os lábios de Camus novamente, beijou, lambeu e mordeu aqueles lábios tão doces!
" Você é maravilhoso, Milo! É impossível resistir a você!", Camus disse, assim que os lábios de Milo abandonaram os seus.
" Pára de falar com essa voz rouca, se não eu não vou resistir!", Milo disse, dando uma longa lambida no pescoço de Camus.
" Hummm... Mesmo?", Camus falou ainda mais roucamente, só pra provocar. Desceu a mão e tocou o membro de Milo, começando a masturbá-lo lentamente.
" Huummmm... Aaaaahhhhhhh...", Milo gemeu alto, ao sentir aqueles dedos longos e macios de Camus movendo-se lentamente sobre seu pênis.
Não ia resistir! Tentava manter o controle, mas com Camus o tocando assim, era impossível. Milo segurou a mão de Camus, mantendo-a longe de seu membro. Camus o olha, indagando sobre a ação dele, Milo sorri, segura as mãos de Camus e o deita na cama, ficando sobre ele. Milo começa a beijar Camus, mas então pára e o olha nos olhos, sensualmente.
" Vou te ensinar a não me provocar, Camus!", Milo disse, levando três dedos a boca, começando a lambê-los de forma bem sensual e sedutora. Com a mão livre ele acariciava o mamilo de Camus, apertando levemente.
Camus ofegou e ficou a olhar para aquele grego maravilhoso, que lambia sensualmente os lábios. Percorreu todo o corpo do outro com o olhar e viu o quanto ele estava excitado. Milo ainda lambia os dedos e o olhava com um olhar muito sensual e até mesmo malicioso.
Quando achou que seus dedos já estavam por demais molhados, Milo se debruçou sobre Camus e beijou o tórax dele. Levantou-se apenas um pouco e abriu as pernas torneadas de Camus, colocando-se entre elas. Sentiu por um segundo que Camus ficou tenso e novamente se debruçou sobre ele.
" Eu nunca vou machucar você, Camus! Eu te amo!", Milo sussurra no ouvido de Camus e sente que ele ficou menos tenso depois de ouvir suas palavras.
" Você confia em mim, Camus?", Milo pergunta gentilmente, olhando Camus nos olhos.
Os azuis de Milo se encontram com os de Camus, que vê toda a preocupação e delicadeza com que o seu amado grego o está tratando. Ele percebe que não tem do que temer e então sorri.
" Eu confio em você, Milo!", Falou, dando seu mais lindo sorriso para Milo, fazendo-o derreter.
Milo beijou Camus no rosto, descendo para o pescoço, lambendo todo o local... Sentia o gosto de Camus, seu perfume inebriante e enlouquecedor. Encaminhou seus dedos em direção as nádegas de Camus, beijou novamente nos lábios e então introduziu um dedo nele lentamente.
Camus sentiu um pequeno incômodo, mas nada além disso. Não havia dor ou coisa parecida. Sentia Milo beijar-lhe a face, o pescoço, enquanto murmurava o quanto o amava e isso foi deixando-o cada vez mais calmo.
Milo introduziu um segundo dedo em Camus e ia fazendo movimentos circulares, a fim de dilatar o músculo que nunca havia sido usado. Ia beijando Camus ternamente e se perguntava como estava conseguindo se controlar tão bem assim. Se fosse com outra pessoa, ele estaria agindo de forma mais selvagem! Não sabia como ainda não perdeu a cabeça, sentindo o calor daquele corpo!
Camus sentia os dedos de Milo dentro dele, fazendo movimentos circulares muito prazerosos! Sentiu sua excitação crescer e sua ereção voltar com força total. Começou a gemer, sentindo um prazer enorme o consumir. Milo tocava em um local dentro dele, que fazia com que sentisse correntes elétricas percorrer seu corpo. Era enlouquecedor! Começou a mover os quadris, para acompanhar as investidas de Milo dentro de seu corpo e este delirava vendo o francês gemendo daquele jeito.
Milo coloca o terceiro dedo, mas fica apenas alguns minutos com o mesmo dentro de Camus. Já sentia seu membro latejando e se não se aliviasse logo iria morrer! Viu Camus fazer uma cara de bravo e beijou a ponta do nariz dele.
" Não fica bravo! Eu faço o que você quiser! O que quer que eu faça?", Milo perguntou de forma sedutora no ouvido de Camus, que imediatamente corou, o que deixou Milo ainda mais excitado, mas queria saber se ele realmente queria... Não! Ele queria era ouvir Camus pedindo! Ouvir aquela voz que tanto amava, pedir que o possuísse... Era seu maior sonho! Milo sempre fantasiou com isso!
Camus, ainda corado, morde o lábio inferior de forma sensual e aproxima os lábios bem no ouvido de Milo, falando em um sussurro muito sedutor:
" Faz amor comigo!"
As palavras de Camus, quase fizeram Milo ir aos céus. As palavras foram pronunciadas de forma tão sensual, tão sedutora e ainda assim tão... Doce! Milo cobre os lábios de Camus em um beijo cheio de amor, enquanto começa a penetrá-lo.
Os corpos de ambos parecem estar em chamas, Milo entra de forma lenta e controlada dentro de Camus, que sente uma leve dor, mas ele é distraído pelos beijos sensuais de Milo e pelas mãos habilidosas dele, que acariciam todo seu corpo.
Milo se vê completamente dentro do corpo de Camus e fica parado, para que ele se acostume com seu tamanho. Ele fica beijando Camus, falando o quanto o ama. Era difícil pra ele se manter parado, mas ele não se moveria até Camus estar se sentindo melhor.
Camus se sente maravilhosamente bem e começa a se mover, vendo no mesmo instante a face de Milo ser coberta pelo prazer.
" Huummmmm...", Milo geme, sentindo seu prazer e excitação crescerem devido ao pequeno movimento de Camus. Começou a se mover dentro dele de forma lenta, mesmo desejando ir mais rápido, mas estava se controlando.
Camus sentia todo aquele membro dentro dele, um calor enorme espalhava-se por todo o seu corpo e ele se mexia cada vez mais. Não estava em condições de falar o que queria, então passou a se mover mais rápido pra ver se Milo o acompanhava. O Escorpião percebeu o que Camus queria.
" Quer que eu vá mais rápido, não é seu safadinho?", Milo perguntou maliciosamente, enquanto ainda se movia dentro de Camus, que imediatamente corou. Ele precisava mesmo fazer aquela pergunta?
Milo tentava, mas era impossível resistir! Ele parou de se mover e ficou a olhar para Camus, que se espantou um pouco pelo outro ter parado.
" Você quer que eu continue?", Perguntou rouco de prazer.
Camus continuou movendo os quadris com a intenção de convencer Milo.
" Fala pra mim, fala!", Ele lambe os lábios sensualmente.
"Por que ele não pára com isso e continua logo?", Camus se pergunta. Não queria ficar pedindo... Queria que o outro o enlouquecesse logo, mas Milo parecia feliz com esse joguinho de sedução.
" Eu ia ficar bem mais excitado com isso... Ouvir você falando isso!", Milo não estava mais resistindo. Deu uma leve mexida, fazendo Camus se contorcer na hora.
" Fala!", Milo disse sensualmente. Camus já não estava mais agüentando. Queria sentir Milo urgentemente. Levou as mãos no peito de Milo, passando suas unhas pelo local e deixando marcas levemente vermelhas. Viu o rosto de Milo se contrair de prazer.
" Hum... Vai Milo! Eu quero te sentir... Bem rápido dentro de mim! Vem...", Camus falou utilizando-se de muita sensualidade.
Milo se rendeu! Voltou a se mover rapidamente dentro de Camus, fazendo-o gemer loucamente. Já estava se perdendo em sensações. Camus era bem apertado e ele se sentia completamente pressionado por aquele corpo maravilhoso. Viu o membro de Camus abandonado e pegou-o, começando a masturbá-lo na mesma velocidade na qual investia naquele corpo. Viu Camus gritar de prazer e sentia que tanto Camus quando ele, não agüentariam muito tempo.
" Mais rápido!", Camus ordena, movendo-se juntos com Milo.
Milo passou a investir ainda mais rápido dentro daquele corpo quente e delicioso. Sentia espasmos de prazer percorrer todo seu corpo e notou que ocorria o mesmo com Camus.
Os dois gemiam sem parar e em um movimento mais forte por parte de Milo, Camus não agüenta e tem seu segundo orgasmo da noite, lançando seu sêmen no abdômen de Milo, que leva os dedos a boca e os lambe, enquanto olha nos olhos de Camus. Continuava a se mover e Camus o acompanhava, a fim de levar Milo ao clímax logo. Milo não resistiu. Sentiu seu corpo ser acometido por intensos espasmos de prazer e ejaculou dentro de Camus, vendo o mesmo sentir prazer ao sentir os jatos quentes atingir o interior de seu corpo.
Milo, ofegante, se debruça sobre o peito de Camus. Sentia-se completamente mole e meio tonto, devido ao prazer arrebatador que sentira. Sentiu Camus acariciar seus cabelos de forma carinhosa e prazerosa.
Após a respiração de ambos normalizarem, Milo se retirou de dentro de Camus, erguendo os olhos e se perdendo dentro do azul intenso da íris do francês.
" Isso não é uma ilusão é, Milo?", Camus pergunta. Estava muito feliz, mas temia ser apenas um outro truque mental.
" Não! É real. Eu te amo, Camus!", Milo diz, enquanto acaricia a face do francês.
" Também te amo!", Camus sorri, beijando os lábios de Milo.
Quando se separaram, Milo fita Camus de forma travessa, olhando todo aquele corpo e fazendo Camus erguer uma sobrancelha, curioso.
" Hum... Acho que chegou a hora do banho!", Milo vai descendo o corpo e dá uma lambida no abdômen de Camus.
" Ah, não! Eu quero dormir! Não tenho forças pra nada mais.", Falou birrento. Aquele dia tinha sido muito revelador pra ele e isso o deixou cansado.
" Você não precisa fazer nada!", Milo disse, se levantando em um impulso e pegando Camus no colo.
" O que você tá fazendo?", Perguntou, levemente irritado.
" Originalmente, eu pretendia te dar um banho!", Falou com um sorriso travesso e malicioso.
" Me coloca no chão!", Camus disse bravo. Tudo bem que ele tava cansado, mas ainda tinha forças pra se mover sozinho, só não estava com vontade de fazê-lo.
" Nã-nã-ni-nã-não!", Falou brincalhão e logo em seguida gargalhando.
Chegou ao banheiro e tratou de enfiar Camus debaixo da água morna. Sabia que Camus preferiria fria, mas ele não estava muito a fim. Camus reclamava e ele ficava apenas rindo, enquanto a banheira ia enchendo. Resolveu beijar Camus pra fazer ele calar a boca e conseguiu.
Após a banheira estar cheia, Milo empurrou Camus pra dentro dela e entrou, voltando a beijar todo o peito alvo de Camus.
" Milo, desse jeito nós não vamos tomar banho!", Camus praguejava, apesar de estar adorando tudo aquilo.
" Nós vamos, Camus! Nós vamos!", Milo levou a mão até o membro de Camus que o olhou com cara de que perguntava 'de novo?'.
" Você é delicioso!", Falou, enquanto se acomodava entre as pernas dele.
Camus o olhou, fingindo indignação.
" Você vai sair daqui limpinho e então vai direto pra caminha!", Brincou.
" Seu tarado!", Camus falou, tentando manter a cara séria, mas não estava conseguindo.
" Sou mesmo! Vai ter que me agüentar!", O sorriso de malícia de Milo demonstrava todo o fogo que ele tinha.
" Eu acho que eu vou morrer. Meu Zeus, alguém me ajuda! Tem um Escorpião tarado no meu banheiro!", Falava, entrando no jogo de Milo.
" Háháháháhá! Ninguém pode te salvar de mim, Príncipe do Gelo!", Milo disse, como se estivesse a imitar um vilão.
" Hum... Será que eu vou querer ser salvo?", Mordeu o lábio inferior. Estava pronto pra dormir, mas aquela brincadeira de Milo o deixou acesso... Em todos os sentidos!
" Acho que não!", Milo lambeu os lábios de Camus.
Os dois então começaram uma deliciosa brincadeira, que continuou pela noite toda. Confirmaram seus sentimentos um pelo outro novamente e não estavam nem aí pra treinamento, afinal, de uma forma ou e outra, eles estavam se exercitando! E o que era melhor, de uma maneira muito prazerosa!
Fim.
OOO
Olá!
Finalmente terminei essa fic! Nem acredito! Tive que escrever metade dela a mão... E ela ficou tão grande!
Queria poder ter feito o Milo mais safado no final, mas pelo que houve no início da fic não ia ficar legal se ele fosse mais... Sacana!
Amei escrever as cenas de romance! - (Sou uma garota romântica! -)
Espero que eu tenha agradado com essa fic! É a primeira que eu escrevo com personagens de anime. Todas as fics que escrevi até agora foram originais. Gostaria de receber comentários pra saber se realmente ficou bom!
Pelo amor de Deus, me mandem comentários! Eu preciso saber se ficou legal, se não, não sei nem se continuo a escrever o 1º capítulo de uma outra fic que eu estou escrevendo dos dois, mas é universo alternativo e o Milo é um filho das trevas, muito lindo e sensual a procura de sangue e de um companheiro...
Então... Manifestem-se!
Obrigada a todos os que leram!
28 de Setembro de 2004
16:09 PM.
Comentário Especial
Como podem ter visto, eu escrevi essa fic em Setembro de 2004, publicando essa fic em outros sites há algum tempo, mas só agora eu consegui fazer minha conta no e colocá-la on-line.
Quero fazer um agradecimento especial as pessoas que me deixaram comentários aqui no Muito obrigada a Nakisuki-Chan, Patin, Shakinha, Bruna Apoena, Litha-Chan, Anjo Setsuna, Kaworu, Lola Spixii e Aiko Hosokawa. O comentário de vocês me deixaram muito feliz!
Queria pedir para todos que deixarem reviwes, que deixem o e-mail também, para que eu possa responder.
Patin, eu vi o seu e-mail, mas fiquei na dúvida se estava certo. Teria como me falar qual é o e-mail? Na sua página é do yahoo e termina como 'mx' em vez de 'br'. É isso mesmo? Õ.o
Agradeço a todos e peço que me enviem coments, assim eu até posso me animar a escrever uma continuação. Rs Beijos a todos!
Yume Vy
