A Invasão

Prólogo

No ano de 2005 tivemos a primeira evidência concreta de que não estávamos sozinhos

no universo. Uma cápsula foi enviada a terra, ela trazia saudações de paz de uma raça alienígena chamada Kdar, nunca na historia da humanidade houve algum relato de recebimento de qualquer mensagem direta de outras raças de fora da terra.

Otimista a Onu enviou em 2010 uma resposta, um convite para um contato entre Humanos e Kdarianos, por dezoito anos a terra esperou por uma resposta e nada aconteceu.

A Onu concluiu que a mensagem não havia sido recebida pelos Kdar ou eles não aceitaram o convite.Então em 2045 eles responderam.

Os Kdarianos chegaram como amigos, sua aparência não era a principio diferente da nossa, passariam perfeitamente como humanos, se não possuíssem uma beleza quase etérea.

Eles ficaram cinco anos na terra, aprendendo sobre nossa raça, mas o que aprendemos com eles não foi o suficiente para nos preparar para o que veio em seguida.

A proposta de amizade entre nossas raças era apenas um pretexto para descobrir nossas fraquezas e aprisionar nossa raça.

Em 2051 sem aviso naves Kdar repletas de soldados Kdarianos invadiram o nosso sistema solar, despreparada nossa raça entrou em guerra com os Kdarianos, mas fomos subjugados em dois anos.

Campos de contenção foram construídos para alojar a raça humana, onde somos tratados como gado, o que eles queriam era nossa força vital. Os Kdar se alimentam de energia vital de outras raças e parece que chegou a nossa vez.

Dia a dia grupos de resistência surgem, mas não sabemos como derrota-los. Abrimos nossas portas para sermos absorvidos como alimento pelos nossos inimigos.

Em pouco tempo os Kdarianos fizeram com que os humanos gerassem filhos apenas no intuito de torna-los escravos ou alimento foi assim que vivemos por vinte anos sem nenhuma esperança de defesa ate que a ajuda chegou.

Somos feitos de energia diferente dos humanos feitos de matéria orgânica, para sobrevivermos precisamos de uma fonte de energia. Nosso planeta Kdra nos fornecia a energia necessária para vivermos, mas um dia nosso sol explodiu nos obrigando a procurar outra fonte de energia.

Viajamos pela galáxia sobrevivendo da energia vital de outras raças, fomos de planeta em planeta escravizando e exterminando outras formas de vida para que pudéssemos sobreviver.

Alguns como eu acredita que podemos coexistir pacificamente com outras raças é possível obtermos a nossa sobrevivência sem o extermínio de outros.

Nenhuma raça deve morrer para que outra viva.

Sou o líder da resistência Kdar, me chamo Dxmaell, nunca fui a favor da guerra assim como meus companheiros e amigos Tzen e Aleng, juntos com o grupo de resistência humana, somos a única esperança para ambas as raças.

Durante um ataque contra um aos campos Kdar de contenção de humanos, fomos surpreendidos pelos nossos inimigos, eles já nos aguardavam, isso me faz deduzir que fomos traídos. Perdi dois de meus homens, eu e outros dois fomos capturados pelos Kdar e levados a nave Kdariana, o restante do grupo conseguiu escapar.

Os Kdar não escondem o que farão conosco, nos tornaremos alimento deles. Como destruir uma forma de vida baseada em energia pura?

Eles acabaram de levar Will, um de meus homens, pude ver em seus olhos o temor, eu sabia o que aconteceria com ele. Ele seria absorvido e deixaria de existir. Meu treinamento me impede de demonstrar qualquer emoção, mas eu as sinto por dentro, sinto medo e raiva. Medo pela extinção dos humanos e raiva por não ter como impedir o inevitável.

Sou líder da resistência humana, me chamo Heero Yuy, fui contra o recebimento sem reservas dos Kdar na terra, nunca confiei neles assim como Trowa e Wu-Fei, meus amigos e companheiros de resistência. Wu-Fei conseguiu escapar com os outros, mas Trowa foi capturado junto comigo e Will.

Aleng me trouxe a informação de que o líder da resistência humana havia sido capturado e trazido a nave. É imprescindível para a sobrevivência de nossas raças que o humano não seja absorvido.

Sei que estou me arriscando a ser capturado, mas acredito que há uma esperança, quero redimir-me dos atos que cometi, pois foi sob minhas ordens que se iniciou a extinção de cada uma das raças dos planetas que nós os Kdar invadimos. Por que sou não apenas o líder da resistência Kdariana, mas também o comandante das tropas Kdar.

Já havia se passado mais de duas horas desde que Will foi levado, ainda aguardamos a nossa vez de sermos absorvidos, quando um soldado Kdar abre nossa cela, ele aponta sua arma em direção a Trowa, indicando que ele será o próximo a ser absorvido, mas não posso permitir que ele seja levado.

Eu sou responsável pela vida dele, assim como todos os outros que morreram sob minhas ordens. Levanto-me para enfrentar meu inimigo, não deixarei que o levem sem lutar.

Quando o soldado aponta sua arma para mim de forma a me atingir, alguma coisa o parte ao meio, no mesmo instante um rapaz de cabelos castanhos com uma longa trança e os olhos mais lindos e frios que já vi aparece empulhando uma longa arma com uma foice na extremidade. Devido suas roupas e sua extrema beleza soube que ele era um Kdariano, sua voz era tão fria quanto o brilho em seus olhos quando ele nos disse:

- Venham comigo se quiserem viver.

As noticias não eram animadoras, dos três humanos trazidos a nave, um já havia sido absorvido. Em meu intimo torci para que não houvesse sido o líder da resistência, o humano que chamavam de Heero. Pelas informações obtidas Heero possui descendência japonesa, olhos azuis escuros e aproximadamente 22 anos.

Dei ordens a Tzen e Aleng que me esperasse na área de lançamento, eu iria buscar os humanos.

Quando cheguei a prisão vi um soldado Kdar, provavelmente ele veio buscar mais um dos humanos para ser absorvido, mas no que depender de mim, nenhum outro humano seria absorvido.

Alcancei a cela no instante em que o soldado iria atacar o humano que resolveu enfrenta-lo, fiz o que deveria fazer.

Matei um de meus homens para que outros pudessem viver.

Quando entrei na cela vi dois jovens humanos. Um de olhos verdes e o outro que viera resgatar, o humano mais bonito que já encontrará, de olhos azuis como o cobalto e tão frios quantos os meus. Pelo modo que me olhava eu sabia que ele deveria estar pensando por que um Kdar os estaria ajudando, mas não tínhamos tempo. Eu apenas podia esperar que eles aceitassem minha ajuda e confiassem por um instante em minhas palavras.

- Venham comigo se quiserem viver.

Continua...