Dívida de Sangue – 6

Willow não conseguia entender o que acontecia. Como sua namorada poderia ter feito tudo aquilo, não era possível. Kennedy podia ser dura com as garotas, mas quando tinha que protegê-las seria capaz de dar sua vida por elas. A ruiva ficou olhando Kennedy no chão por alguns minutos, mas que para ela pareciam ser horas, até que Faith e Buffy seguraram cada uma de um lado da 'assassina', a arrastando até o porão onde pretendiam prendê-la.

Kennedy, desde que chegara a academia não tirara os olhos do chão, mesmo sentindo Willow a encarando, com medo do que pudesse ver nos olhos de sua amada. Com certeza eles mostrariam decepção, mágoa e o pior de tudo saberia que Willow acreditava em Buffy e cia. Quando estava sendo arrastada até o porão, os olhos de Willow a seguiram e pareciam que penetravam em seu coração, o acusando. Kennedy não estava nem ai para a opinião dos outros, mas saber que Willow agora a desprezava a fez desejar que pudesse morrer naquele instante.

- Aonde ... aonde vocês a estão levando? – Willow perguntou com uma voz de choro.

Kennedy sentiu um pouco de esperança em escutar a voz da bruxa, talvez ela acreditasse nela e não queria que a punissem, mas logo tirou esse pensamento da cabeça. Willow não a queria perto, entro da academia, provavelmente sugeriria que a levassem para outro lugar.

- Vamos levá-la até o porão... – Faith respondeu.

- Mas, mas é lá que a gente coloca os demônios quando a gente os captura.

- Ela não é melhor que um – Sarah respondeu seca, enquanto via sua amiga morrendo e ela não podendo fazer nada.

- Mas, mas... – Willow tentava falar enquanto seguia as duas caçadoras mais experientes, mas as palavras não saiam de sua boca. Quando as quatro mulheres, mais Giles chegaram ao porão, o sentinela segurou pelo braço, a impedindo que seguissem as caçadoras até o fundo do porão. A última coisa que viu antes que a porta se fechasse foi Kennedy sendo jogada no chão e começando a ser acorrentada.

Dentro do porão Kennedy se debatia tentando se soltar, mas ela era uma contra duas fortes caçadoras. Assim que estava acorrentada, a morena se encostou na parede, sentada no chão e seus braços em cima dos joelhos dobrados para cima. As correntes presa a parede eram razoavelmente compridas, dando espaço para que Kennedy pudesse andar pela cela e movimentar os braços livremente, mas não era o suficiente para que ela chegasse até a porta de sua prisão.

- B. eu fico aqui a vigiando enquanto você conversa com Giles e o resto. Explicar o que aconteceu.

Buffy olhou mais uma vez para Kennedy antes de subir as escadas e se reunir com a gangue Scooby. Quando chegou na sala, as expressões nos rostos de todos estavam mais triste e ao olhar para o sofá, Buffy percebeu o porque. Sarah agarrava a mão de sua amiga e chorava compulsivamente. Jessie tinha morrido.

A caça-vampiros original ordenou que alguém levasse a garota junto das outras. Depois ela mandou para seus apartamentos todos que não faziam parte do grupo principal e então finalmente contou o que tinha acontecido naquela noite.

Durante todo o discurso de Buffy Willow ficou calada em seu canto, ingerindo tudo que sua melhor amiga contavam, mas por mais que Buffy dissesse que Kennedy era culpada, seu coração dizia o contrário que só ia acreditar naquilo se sua própria namorada o dissesse. Quando giles propôs que deixassem Kennedy no porão até que ela admitisse tudo, a bruxa finalmente deu sua opinião.

- Não podemos fazer isso, deixá-la lá embaixo daquele jeito. Por que vocês não escutam o que ela tem para dizer?

- Willow, ela é uma assassina! Nada que ela diga pode mudar o ela fez, eu vi ela matando Mackenzie e você viu os corpos. Ela é uma assassina! – Buffy tentou colocar juízo na cabeça

- A Faith também! E eu também – a ruiva disse a última frase com a voz baixa – E vocês nos perdoaram, por que não podem perdoar a Kenn?

- É diferente Willow! – a loira contra argumentou.

- Diferente como?

- A primeira vez de Faith foi sem querer e depois ela estava confusa. E você Will, você foi levada por vingança, em nenhuma outra circunstância você faria o que fez. E vocês duas se arrependeram do que fizeram! Na Kennedy podia ver o desejo de matar em seus olhos e em momento algum ela se mostrou arrependida!

- Ela não teve tempo ainda, vocês nem tentaram fazer com que ela se arrependa. E Buffy, eu e a Faith gostamos de matar! Você não tem idéia do poder que isso tem, nos arrependemos sim, mas isso não faz com que não tenhamos sido seduzidas pelo poder do lado negro. Não é nada diferente. Não estou dizendo que o que ela fez é certo, só estou pedindo uma segunda chance para ela, assim como eu e Faith tivemos.

- Willow, a Buffy está certa. Não podemos ser descuidados, eu gostaria de ajudar, mas se Buffy disse que Kennedy não parecia se arrepender de nada, então temos que tomar cuidado. E não quero você perto dela. Você seria uma isca muito fácil para ela por causa de seus sentimentos – Giles falou sério, indicando que era para ela obedecer a suas ordens.

A wicca olhou para cada rosto de seus amigos, Dawn e Xander olhavam para tudo que fosse coisa menos o rosto da amiga evitando que vissem suas lágrimas e sua expressão triste. Vi e Rona pareciam compartilhar a mesma opinião de Giles e Buffy. Então ela subiu correndo a escada, cada vez seu choro ficando mais forte, e entrou no seu quarto, se jogando na cama. Ela agarrou o travesseiro que pertencia a Kennedy e enfiou sua cara nele, fingindo ser sua namorada e chorou até dormir.

No porão, Faith e Kennedy escutaram vozes vindas da sala, mas não conseguiram distinguir muita coisa mesmo com suas super audições, apenas assassina e coisas desse tipo. Kennedy também escutou Giles dizendo para Willow ficar longe da morena,mas o resto da conversa fora abafado já que o porão fora feito bem fundo no subsolo.

Quando não escutaram mais nada, finalmente Kennedy olhou para sua melhor amiga, que talvez a partir de hoje se tornaria sua inimiga, e disse com a voz fraca:

- Não fui eu.

- Eu sei – a ex- caçadora assassina disse séria.

Kennedy apenas a olhou confusa.

- Você não tem o mesmo olhar que eu tinha quando matava. Pelo menos não agora, mas quando você estava lá no cemitério eu vi o brilho.

- Então...

- Olha Bratt, o que estou querendo dizer é que, não era você, seu inconsciente, mas era seu corpo. Por isso não posso te soltar, tenho que deixá-la aqui caso te possuam de novo.

Kennedy olhou para baixar, seus cabelos caindo no rosto.

- Pelo menos tenta convencer a Willow que não fui eu. Eu sei que vai ser difícil colocar isso na cabeça da Buffy e do Giles, quando eles formam uma opinião é praticamente pra sempre, mas...

- Vou tentar, mas até descobrirmos como acabar com isso, você vai ter que ficar presa.

Enquanto isso na mansão onde Larc habitava, o bruxo se encontrava novamente com Mimese.

- Trabalho cumprido. Quero o resto do meu pagamento.

- E a garota? – seus olhos pretos olhavam com firmeza o demônio.

- Isso você tem que ver com seus capachos – Mimese disse já irritado.

Então nesse momento Xavier entrou no quarto de seu mestre e com a cabeça baixa disse:

- A caçadora original levou a garota. Mas não pareciam muito felizes com ela, a estavam tratando como traidora.

Larc deu um sorriso cruel e então com uma risada malvada disse:

- Ótimo! Ótimo! Não estava nos meus planos, mas é perfeito! Ela vai ver como é ser abandonada e vai sofrer, muito mais! E sendo quem é, ela vai conseguir fugir, e ai eu terei minha vingança. Aqui está seu pagamento! – Larc fez um movimento com a mão e um vampiro entregou um malote ao demônio.

Antes que Mimese pudesse sair da casa e desfrutar bem longe seu dinheiro, o bruxo o chamou mais uma vez.

- Nem pense em sair da cidade, talvez eu precise de seus trabalhos novamente.

Mimese se irritou com isso, tinha planejado sair do país, mas sabia que não era bom contrariar Larc, sabia o que ele era capaz de fazer. O demônio apenas acenou com a cabeça e saiu junto com os outros servos do bruxo. Quando finalmente estava sozinho, Larc sorriu mais ainda ao pensar que finalmente teria sua vingança depois de tantos anos.

Já passavam das duas da manhã, Faith e Kennedy estavam quietas desde que tiveram aquela conversa e agora estavam perdidas em seus pensamentos, bom pelo menos Kennedy. Faith dormia sentada na cadeira.

Então a porta do porão se abriu lentamente, a caçadora mais nova olhou para a escada e mesmo estando com a luz, já que somente a lâmpada da parte de baixo estava acesa, Kennedy com sua visão conseguiu distinguir quem era que descia as escadas. Sendo assim, ela abaixou sua cabeça, pois não queria ver o rosto de Willow.

A ruiva colocou tipo de uma bacia com água e uma toalha em cima da mesa que havia no porão e balançou Faith para acordá-la, que assustada pulou da cadeira e ficou em posição de luta, mas ao ver que era apenas a bruxa, baixou sua guarda.

- Faith, eu posso ter um minuto com a Kennedy?

- Tem certeza?

- Tenho... – sua voz era fraca e seus olhos fixos em sua namorada.

- Hummm - ela olhou para Kennedy e depois para Willow, pensando se seria bom deixá-las sozinhas, mas então percebeu que a bruxa tinha o direito de pelo menos conversar com a caçadora – Ok.

Assim que Faith saiu, Willow pegou a chave da porta e a destrancou. Depois pegou a bacia com água e a toalha, entrando na cela de Kennedy. Mas nem uma vez se quer a morena levantou os olhos do chão.

- Kenn...

- Olha, se você veio aqui me acusar não perca o seu tempo. Eu posso escutar de todo mundo, mas de você não quero. Agora vai antes que descubram que você está aqui.

- Kennedy, por favor – Willow ajoelhou na frente de sua namorada – Olhe pra mim... – era quase como se ela estivesse implorando – Por favor, olhe pra mim – ela repetiu quando a morena recusou atender seu pedido.

- Eu já disse, Willow, vai embora – seus olhos começaram a lacrimejar e seu corpo tremia um pouco – Você não quer ficar na companhia de uma assassina.

A wicca sentiu as lágrimas rolarem por sua face quando ela pegou no queixo de Kennedy e levou delicadamente seu rosto. Nos grandes olhos castanhos da outra mulher, ela viu sofrimento e inocência. Kennedy tentou virar seu rosto, mas Willow o segurou firme.

- Não fui eu... – finalmente a caçadora sussurrou para sua amada e então levou as mãos ao rosto, o escondendo enquanto as lágrimas caiam de seus olhos.

- Eu acredito em você, Kenn. Eu acredito – a ruiva envolveu a morena em um abraço forte, passando a mão em seu cabelo, o acariciando e falando palavras de conforto em seu ouvido.

Quando o choro da mulher mais nova foi diminuindo, Willow mais uma vez olhou nos olhos da namorada, e disse com firmeza.

– Eu nunca pensei que você tivesse matado as garotas, não importa o que disseram. E mesmo que fosse verdade, você mereceria uma segunda chance, assim como eu e Faith. Mas eu vi em seus olhos a verdade, Kenn – então ela deu um leve beijo nos lábios da caçadora, não foi um beijo longo, mas o suficiente para transmitir o amor que sentia por ela.

- Desculpe... – Kennedy disse baixo assim que terminaram o beijo.

- Pelo que? – Willow perguntou confusa, enquanto molhava a toalha e limpava os ferimentos no rosto da caça-vampiros.

- Por te fazer passar por isso. Eu... – mas foi interrompida por um beijo de Willow – Sshhh... não fale assim, só temos que achar quem fez isso com você.

- Temos nada, eu tenho. Willow, não posso te colocar no meio disso tudo.

- Eu já estou no meio. Eu posso te soltar e fazer que você se soltou sozinha, ou usar mágica e...

- Não. Se eu tiver que fugir, vou sozinha. Não quero te complicar ok?

Willow parou de limpar os machucados e olhou para o chão, torcendo a toalha em suas mãos.

- Willow ...

- Está bem ... – seus olhos encheram de lágrimas novamente.

- Eu só não quero que você se machuque – Kennedy acariciou o rosto da ruiva.

Willow ficou calada e continuou a limpar e cuidar dos ferimentos. Quando olhou para os pulsos de Kennedy, viu que eles estavam cobertos de sangue já seco, provavelmente sua caçadora tinha tentado se soltar das algemas de aço, mas sem sucesso. Antes que Kennedy pudesse fazer algo coisa, Willow a soltou para que pudesse limpá-los.

Ela limpava com cuidado para que não ferisse mais a mulher que amava e traçava levemente os dedos nas cicatrizes que já se formavam. Quando a pele já estava limpa e os curativos feitos, Willow ficou fitando as correntes pensando que seria uma boa hora de deixar Kennedy fugir.

Kennedy percebeu o que a namorada estava pensando e logo colocou a mão direita sobre a bochecha da ruiva e com a voz terna disse:

- Nem pense nisso.

- Eu sei... é que...

- Eu entendo, mas é pro seu bem – então ela esticou os dois braços, indicando que Willow deveria prendê-la de novo.

Assim que estava com as correntes nos pulsos, um pensamento tomou a mente da morena que a fez abrir um grande sorriso e olhar para a ruiva.

- Se estivéssemos em uma outra situação isso seria pervertido... por que nunca tentamos antes? Parece interessante – ela deu um risadinha e puxou de leve as correntes.

A fala da caçadora arrancou um belo sorriso da bruxa que ao mesmo tempo corava de vergonha, mas tinha gostado da sugestão.

- Você é uma boba sabia? – Willow deu um tapinha no braço da outra mulher e sentou no meio das pernas dela, abraçando sua cintura e colocando a cabeça em seu peito.

- Mas mesmo assim você me ama – Kennedy enlaçou seus braços em volta da ruiva e beijou o lado de sua cabeça.-

- Sim e você é minha boba.

O momento foi quebrado pelo estômago da caça-vampiros fazendo um barulho indicando que ela estava com fome. Willow riu e solto os braços da cintura da namorada.

- Vou buscar algo pra você comer, não saia daí.

- Mesmo que eu quisesse – Kennedy levantou os braços.

Willow corou mais uma vez, envergonhada pelo lapso cometido.

- Mas, Will. Não precisa, mesmo. Se você encontrar alguém..

- Tá vendo essa cara? – Willow apontou para o próprio rosto – você a conhece muito bem, é minha cara de determinada. Nada que você disser vai mudar minha opinião. Se não posso ajudar minha namorada a fugir, pelo menos tenho que alimentá-la pra ela ter forças pra escapar sozinha.

A caçadora sorriu, pois sabia que tinha sido derrotada:

- Então não demora e cuidado.

- Já volto – a wicca beijou de leve os lábios da outra mulher e saiu apressada para cozinha.

Kennedy encostou a cabeça na parede e cobriu o rosto com a mão. Seu coração estava apertado em ver a pessoa que mais amava nesse mundo sofrendo por causa dela, coisa que jurou que nunca faria. Queria dizer para Willow que tudo acabaria bem, mas sabia que não podia, pois havia uma grande chance que disso se tornar mentira. Ela tirou as mãos do rosto e olhou para o curativo em seu pulso, desejando que nunca tivesse saído de casa naquela noite.

Na cozinha Willow preparava um segundo sanduíche para Kennedy, quando Buffy entrou.

- Willow?

- Ah... oi Buffy.

- Não conseguiu dormir? – a loira perguntou preocupada com sua melhor amiga.

- É.. é isso, então resolvi comer alguma coisa – a ruiva fitou o balcão da cozinha enquanto mentia.

- Eu queria falar como você, fui no seu quarto, mas você não estava lá. Até achei que você tinha ido ver a Kennedy, mas que bom que você não foi, seria muito perigosos como o Giles disse.

- Er.. não, não! Não fui, sabe eu decidi que ela não merece a minha compaixão depois de tudo o que ela fez – a cada palavra, o coração de Willow morria aos poucos, mas sabia que se continuasse a defender Kennedy na frente da gangue, sua namorada poderia ser mandada para longe dela.

- Que bom que você finalmente está pensando direito Will – Buffy pegou um lanche que willow tinha feito e deu uma grande mordida antes que a bruxa pudesse protestar – Eu sei o quanto você está triste e machucada, mas você tem que entender que não podemos levar o lado pessoal nessas horas e... – a loira já ia começar com os seus famosos discursos, mas Willow a interrompeu.

- Eu sei disso Buffy – ela deu um sorriso triste – E pode deixar que não vou me levar pelo lado pessoal, mas eu gostaria de ficar um pouco sozinha...

A caçadora original pareceu ficar um pouco ofendida por ter sido recusada por sua melhor amiga, mas resolveu que a ruiva deveria mesmo ter um tempo sozinha.

- Ok... mas se precisar conversar, é só bater lá no meu quarto. Eu te amo sabia, e só quero o seu bem, Will – ela abraçou a amiga.

Willow ficou algum tempo olhando a porta da cozinha por onde a loira tinha passado momentos antes e pensava consigo mesma 'Se você quer meu bem, então solte a mulher que eu amo'. Ela balançou a cabeça, pois sabia que a chance disso acontecer seria uma em um milhão, conhecia a amiga e ela era muito cabeça dura, se colocava uma idéia na cabeça dificilmente seria convencida ao contrário. Então rapidamente fez mais dois lanches e pegou um copo e uma garrafa de leite na geladeira e foi apressada até o porão.

Chegando no porão, Willow viu que Kennedy tinha os olhos fechados e pensando que estava dormindo, a ruiva tentou se movimentar o mais silencioso possível.

- Tudo bem, tô acordada – a morena disse ainda de olho fechado.

Willow sorriu e colocou o prato e o leite na frente de sua caçadora.

- Ruiva, não precisava de tudo isso, apenas... – mas ela foi silenciada por um beijo.

- Shhh... eu sei como é seu apetite, então deixa eu cuidar de você – a bruxa colocou uma mecha do cabelo de Kennedy atrás de seu cabelo, que apenas sorriu e mordeu seu sanduíche parecendo estar com bastante fome.

Enquanto a caça-vampiros se alimentava, Willow sentava a sua frente a olhando e admirando. Mesmo estando presa e machucada, não deixava de ser bela. Ela ficou desse jeito admirando a namorada até que a voz da mesma a fez "despertar".

- Will, o que foi?

- Só estava vendo a paisagem – ela sorriu de leve e corou.

- E você gostou do que viu? – a morena deu um sorriso brincalhão.

- Muito – então a ruiva engatinhou até a amada, e sentou entre suas pernas, imitando sua posição antes de ir para a cozinha – eu te amo – ela se aninhou no corpo da mulher mais nova.

- Eu também – Kennedy beijou sua cabeça e continuou – você deveria ir pra cama.

- Não quero...aqui tá bom.

- Willow...

- Por favor ... – a bruxa murmurou, fazendo biquinho.

- Só um pouquinho, depois você sobe.

- Está bem ...

Os lábios das duas se encontraram em um beijo caloroso, transmitindo uma para a outra o amor que sentiam. Assim que o beijo terminou, Willow encostou sua cabeça no peito de Kennedy, escutando as fortes batidas de seu coração. Antes que um pouquinho pudesse passar, as duas adormeceram, sonhando que nada disso tinha acontecido.