Casualidades
Capítulo II:Fale Que Não É Verdade...
Hogwarts, dormitório feminino:
Talvez estejam todos loucos. Pode ser algum tipo de doença sem cura – e eu só tenho a lamentar, já que amo muito meus pais – que fez com que a mente de todos eles ficassem perturbadas. Dos meus pais e de Narcisa Black Malfoy, quero dizer.
Veja bem, eu planejava sair de Hogwarts, entrar numa faculdade de letras da Antiga Arte e arranjar um emprego para pagar as mensalidades da faculdade. Planejava morar sozinha, talvez dividir um apartamento com alguma amiga (tudo bem, com Courtney), ter um unicórnio de estimação – claro que só depois de eu escrever vários livros sobre a Vida Bruxa Nos Dias de Hoje e ficar milionária com o dinheiro das vendas – e arranjar um namorado bonzinho que faça tudo que eu quero como Harry, por exemplo, que é um ótimo candidato se você pensar bem. Aliás, ele disse que me ama. Bem, talvez ele deixe de amar depois de descobrir que eu estou GRÁVIDA de ninguém mais do que DRACO MALFOY e agora, recentemente descoberto que teremos de CASAR!
"Gina, querida, por que seu rosto está tão vermelho?", mamãe me perguntou. Pois vou dizer o porque mamãe! Eu estou puta com você e nesse momento tudo que eu quero e fugir de Hogwarts e viver longe de todos vocês, seus maníacos! Caramba, eu tenho dezesseis anos! Garotas normais de dezesseis anos custumam passar horas na frente do espelho se arrumando para os namorados (veja bem, NAMORADOS e não NOIVOS); garotas normais de dezesseis anos viajam com as amigas e riem porque não têm que se preocupar com absolutamente NADA!
Mas eu não. Não eu! Gina Weasley – agora devido ao surto de papai e mamãe, Futura Sra Malfoy – deve ficar noiva só porque está grávida.
Tudo bem, eu não posso dizer que isso é pouca coisa. Na verdade é o motivo de toda essa palhaçada estar acontecendo. Mamãe diz que eu devo parar de pensar tanto no futuro e me centralizar totalmente em meu futuro bebê (Narcisa o chama de herdeiro).
Olhei para papai tentando buscar apoio, mas ele apenas balançou a cabeça como se estivesse concordando em cada palavra dita por mamãe e REALMENTE estava porque ele, em nenhum momento, se levantou da cadeira e disse naquele tom autoritário que os pais das mocinhas da Idade Média falavam quando se tratava da honra delas: "Sai fora, patife ordinário!", mas nada.
Nada, absolutamente.
Draco estava como eu, revoltado. Sei disso porque ele tentou protestar todo o tempo. Eu só não fiz isso porque soube desde quando pus os pés na sala de Dumbledore, que Narcisa Malfoy dava a última palavra. O que a torna muito parecida com mamãe. As duas sempre falam o que será da vida de seus filhos daqui para frente e ambas possuem aquele olhar que cala qualquer um.
"Não será possível fazer um casamento antes que eles se formem. Eu sugiro que Virgínia (ARGH!) tenha aulas particulares ao invés de freqüentar Hogwarts. Muitos vão perguntar o porque disso, mas tudo tornará bem claro na festa de noivado, nas vésperas do natal. É uma ocasião perfeita para Virgínia e Draco se tornarem noivos publicamente. Quero dizer que chamarei os repórteres mais indicados para a cerimônia. Assim, todos vão pensar no casamento como algo...romântico entre dois jovens. A melhor solução é que os dois parem de estudar e casem o mais rápido possível. Para variar, antes que a barriga comece a crescer."
"E minha faculdade de letras da Antiga Arte?", eu quis saber. Narcisa me olhou de esguelha e depois disse:
"Todos nós teremos de nos sacrificar para que o nome da família Weasley e Malfoy continue limpo.", da família Malfoy, ela quis dizer, certo? Porque, desde quando, nossa família se preocupou em manter o nome limpo? Eu até fiquei satisfeita quando vi a cara da minha mãe ao ouvir isso. Quero dizer, mamãe sempre foi contra a essas bobagens de família tradicional. Claro que mamãe só está aturando tudo isso porque acha que pode preservar minha imagem. Hmm...
Já não basta ter que casar com Draco Malfoy e ter de desistir dos meus sonhos, agora eu tenho que ter aulas particulares em casa enquanto estou com um enorme barrigão! E Courtney? E todos os meus amigos? E HARRY!
Draco estava tão insatisfeito quanto eu, posso garantir. Porque quando mamãe e tia Narcisa (decidi chamá-la assim para aborrece-la e talvez, fazer com que ela desista de querer casar o filho dela comigo) encerraram a reunião, ouvi Draco falando sonoros palavrões enquanto ele tomava seu caminho para as masmorras Sonserinas e eu para a Grifinória. Ele nem olhou para a minha cara e devo admitir que me senti insegura quanto a isso. Seria melhor se juntássemos nossa força e lutássemos contra esse plano diabólico de mamãe e tia Narcisa. Claro, ele é um Malfoy e nada mais me admira. Não depois de hoje.
(D&G)
Ela tentava agir como se nada tivesse acontecido. Tentava retomar sua antiga rotina de estudos, biblioteca e dormitório. Mas todas as vezes que passava por Draco ela sempre sentia que o que estava tentando esquecer era muito mais sério do que andara pensando. Ainda mais quando o via aos beijos com Lynne. Talvez fosse um sonho. Gina queria acreditar naquilo, mas era impossível quando ele e ela trocavam olhares revoltados como se fosse culpa do outro.
Foi na noite do dia seguinte à reunião que ambos se esbarram no corredor. Gina conseguiu segurar suas coisas, mas Draco não. Ela ouviu o garoto soltar um palavrão.
"Quer ajuda?", ela perguntou sem jeito.
"Não.", ele respondeu dando de ombros. "Eu consigo fazer isso sozinho."
"Claro.", Gina respondeu secamente girando os calcanhares e começando a andar na direção oposta a ele. E então ouviu o barulho dos materiais de Draco caírem novamente e depois sentiu suas vestes sendo puxadas. "O que quer agora?"
Ele revirou os olhos.
"Não posso conversar com minha noiva?", perguntou cínico.
"Não seja ridículo. Não serei sua noiva e muito menos esposa: vou fugir."
"Pra onde, posso saber?"
"Qualquer lugar que não tenha pessoas loucas como nossas mães."
"Vai ser difícil você se esconder por muito tempo porque...", ele riu sarcástico. "Não tem lugar no mundo que minha mãe não te procure."
"Ela não gosta de mim, vai ser meio que um alivio para ela."
"Não seria não.", ele respondeu voltando a apanhar suas coisas no chão. "Ela não quer que eu tenha filhos bastardos, entende?"
"Ela não precisa se preocupar, pois não direi a ninguém que o filho é seu."
"Não seja tola, Weasley. Você não vê?"
"Claro que vejo, seu estúpido.", ela quase gritou.
"Pois não parece. Minha mãe só quer se aproveitar da sua situação para tentar limpar o nosso nome."
"Limpar o nome da família Malfoy casando você e eu!", perguntou incrédula.
"Mais ou menos isso. Nossa fama já não era das melhores antes que meu pai foi para Azkaban e lutou contra o Ministério..."
"Você quer dizer que seria como limpar o nome da sua família se houvesse um casamento entre você e eu?"
"É."
"Isso não vai dar certo."
"Eu não duvido que dê.", Draco falou. "Embora eu prefira escolher minhas noivas."
"Oh, concordamos com isso pelo menos."
Draco sorriu.
"Sabe o que andei pensando ontem?"
"Não em mim, espero.", retrucou azeda.
"Estava pensando em um trato entre nós."
"Tipo contrato nupcial?"
"Mais ou menos. Mas ninguém pode ficar sabendo a não ser você e eu."
Gina soltou um muxoxo. "Não sei porque, mas acho que não será uma boa idéia."
Draco revirou os olhos pela milésima vez.
"Você nem sabe o que é.", Gina ia falar algo, mas Draco fez um gesto para que se calasse. "Pelo amor de Deus, Weasley! Me deixe falar! Bem, eu estava pensando em um casamento 'aberto'."
"Como assim?"
"Eu posso ter quantas amantes eu quiser e você idem. O que acha?"
Gina franziu o cenho.
"Quartos separados?", Draco afirmou com a cabeça parecendo impaciente. "Ninguém poderá me impedir de cursar a faculdade que quero?"
"Qualquer coisa que quiser."
"Feito.", ela disse dando um meio sorriso ao mesmo tempo em que estendia a mão para ser apertada. Draco riu ao ver aquela cena e puxou-a pela mão. Colou levemente seus lábios nos dela e sussurrou no seu ouvido:
"Há maneiras muito interessantes de selar um acordo, Weasley."
"Malfoy.", ela corrigiu provocando-o. "Não se esquece que agora sou a futura Sra Malfoy."
"Isso é meio difícil de se esquecer.", ele disse antes de beija-la com mais intensidade.
(D&G)
"Draco, onde você esteve?", Lynne pergunta com o rosto corado. Pelos poucos dias em que estavam juntos, ele sabia que quando Lynne ficava vermelha, era sinal de raiva já que a garota não costumava se intimidar ou se envergonhar como Gina.
"Por aí.", respondeu dando de ombros. A garota revirou os olhos e foi até ele. Estavam na Sala Precisa (Draco costumava levar suas namoradas para lá) e uma enorme cama de casal estava no centro, cheia de almofadas cor-de-rosa: Draco torceu o nariz. Lynne o abraçou por trás e começou a massagear seu abdômen. "Já que está aqui, precisamos conversar."
"Agora não.", ela fala displicente. "Temos coisas melhores para fazer."
"Não temos não.", Lynne se afastou e foi pisando duro até a cama onde se sentou e cruzou os braços, com um olhar indagador.
"Fale então."
"Ok.", Draco decidiu ir logo direto ao assunto. Pretendia esclarecer que se casaria com Gina em breve e que teriam de acabar com o relacionamento, pelo menos publicamente. "Gina está grávida."
Lynne soltou uma exclamação alta e depois gritou algo que Draco reconheceu ser um palavrão. Ele continuou:
"Houve uma reunião entre os Weasley's e minha mãe. Ficou decidido que terei de me casar com ela."
"Você não vai casar com ela.", Lynne disse perplexa. "Ela não seria uma boa Sra Malfoy."
"Não seria?"
"Lógico que não, Draco! Ela é ingênua e sem sal, sem falar que o filho pode ser de qualquer um."
"Pensei que eram amigas.", ele comentou admirado.
"Isso foi antes de eu me apaixonar por você.", a garota respondeu com os olhos cerrados olhando-o através das pálpebras quase fechadas. "Ela pode muito bem se virar sozinha. Afinal, essa criança não será a única, na história dos Malfoy, a ser bastarda."
"Há outras coisas envolvidas nisso. Você acha que minha mãe concordaria com isso se não houvesse outros motivos?"
"Bem, não."
"Ela quer limpar o nome da família Malfoy que...Você sabe, está na lama."
Lynne o fitou com visível raiva no olhar.
"E o que vai ser de nós?"
"Você e eu não existirá. Não publicamente.", ele respondeu malicioso.
"EU NÂO QUERO SER A OUTRA!"
"Ah, qual é! As amantes ganham muito mais que a esposa!"
"Mas eu sempre quis ser a Sra Malfoy! Quero dizer, eu seria a Sra Malfoy perfeita!"
"Infelizmente", Draco disse. "Isso é meio impossível de acontecer."
"Você não pode estar falando sério."
"Acredite, estou."
(D&G)
Hogwarts, De Baixo De Cama:
Então é isso. Nada de Harry. Pelo menos não para mim.
Quando eu o encontrei hoje no salão comunal, mal pude acreditar que eu falaria a ele que...bem, que eu estou grávida. Sabe, eu não tinha muita certeza se seria uma boa coisa porque:
Ele é o melhor amigo do meu irmão que
É ciumento demais e simplesmente não vai aceitar que eu case com Draco, quero dizer, com o Malfoy.
Se ele contar ao meu irmão, pode ter certeza que Rony vai arranjar um barraco com Draco, quero dizer, com o Malfoy e logo toda a escola saberá que estou grávida.
Harry vai deixar de me amar.
Em todo caso, eu arranjei toda a coragem grifinória que conseguir reunir e fui até ele. Harry me recebeu com um grande sorriso na cara:
"Oi Gina, você não tem mais falado comigo.", bem, depois que ele souber que estou grávida isso não fará assim muita diferença.
"Oi Harry", respondi triste. Quero dizer, eu não queria mesmo magoá-lo! "Temos que conversar."
Não vou dizer que a conversa foi boa porque foi duro ver a expressão de surpresa mudar para de mágoa. Sim, Harry – depois disso – nunca mais vai quere saber de mim.
ESTOU ME SENTINDO TÃO MAL!
Courtney disse que não é culpa minha se Draco, quero dizer, Malfoy não usou o feitiço de proteção. Depois ela pensou um pouco e disse que a culpa era realmente minha por deixar que ele fizesse 'aquilo' comigo.
Claro, eu não me arrependo por ter feito aquilo porque eu o amava no momento e o que uma garota como eu poderia querer, além disso? Não foi sexo, não para mim. Já para Draco eu não tenho certeza se foi apenas sexo ou se foi...Bem, não importa. Depois duas semanas eu o esqueci! Assim, completamente.
Claro que eu senti minhas pernas bambolearem como gelatina quando ele me beijou hoje no corredor. Mas é normal, não é? Draco, quero dizer, Malfoy é bonito e...Não importa. Qualquer garota sentiria suas pernas bambolearem quando um cara – feio, bonito, gordo ou magro, não importa – a beijasse. Qualquer uma.
O que eu quero dizer é que se Harry me beijasse agora, eu sentiria a mesma coisa que senti com Draco, certo? É claro que sim.
N/A: Bem, esse foi um capítulo bem curto, mas importante na história. Não me levem a mal, mas eu queria logo passar para a segunda fase da fic ;)
Então é no próximo capítulo que as coisas começam a ficar boas! Aliás, eu adorei todos os reviews que recebi! Obrigada, viu! Continuem mandando muitos, muitos mesmo!
Muito obrigada à Miaka (Draco não é cruel, pelo menos não é essa minha intenção. Tente entender: Ele vai ser pai com apenas dezessete anos. Se eu fosse ele, figiria. Mas vamos ser bondosas desta vez. Draco será um bom papai.), Miri (Deve ser isso. Gina está ficando geniosa...hahaha, isso vai ser divertido), Mariana-Fan-Sister (Hmm, a fic básica e simplesmente é sobre Gina e Draco que eram namorados até que ele próprio termina com ela. Bem, isso seria o fim da história, mas ela fica grávida. E eles vão ter que casar agora. Entendeu? Qualquer dúvida, me pergunta, ta?), Paulinha Malfoy (Cara, você tem certeza que me adicionou? Porque até agora não vi aquele aviso de adicionar, sabe qual é? Hmm, vou passar no seu profile e tentar te adicionar, ok? Obrigada mesmo, você é super fofa!), Mione03 (É holyhunter90 arroba , pode me adicionar sim!)
Eu só queria saber porque vocês estão assim...odiando tanto o meu Draco...Ele é tão fofo! Tudo bem, agora ele só é um adolescente assustado, mas depois ele melhora.
É isso. Beijos!
