Casualidades

Capítulo 4: Especial para mim.

"Vem", ele murmurou estendendo a mão e Gina viu-se hesitante.

"Eu não posso, Tom", ela murmurou tristonha. "Está escuro e eu tenho medo."

"Eu protejo você, Virgínia."

"Você promete?", ela perguntou sentindo sua voz falhar.

"Prometo."

(D&G)

Assim que Draco bateu na porta de Gina naquela manhã depois da grande festa de noivado, parecia que alguma coisa dentro dele estava renovada de certa forma. Era como se o tempo houvesse voltado e ele estava vivendo novamente aquelas sensações que sentia quando estava namorando Gina.

Era como estar em verão constante ou quando a garota simplesmente acordava mal-humorada pela manhã tudo virasse uma grande piada.

E foi uma expressão de mau-humor e sonolência que viu no rosto dela quando a porta se abriu.

"Sabe que horas são?"

"Cedo?", arriscou sarcástico. "Escuta, eu quero te mostrar uma coisa."

"Algo assustador?", ela perguntou abrindo a porta e fazendo um sinal com a cabeça para que Draco entrasse no quarto.

"Na verdade não. Acho que você vai gostar de ver."

Ele a assistiu entrar no banheiro e fechar a porta atrás de si. Draco a conhecia bastante bem para saber que ela demoraria horas para se arrumar e decidiu circular pelo quarto. Mas sua atenção foi toda focalizada em um livro de aparência milenar que estava na mesa de cabeceira; era de couro desgastado e parecia com aqueles livros empoeirados que a biblioteca de Hogwarts habitava.

Certificou-se se Gina ainda estava no banheiro e abriu numa página marcada. Era um diário.

Mansão Malfoy, Tarde da Noite:

Ele me beijou. E quando digo beijar, quero dizer BEIJAR mesmo, daquela forma com que ele me beijava quando nós namorávamos. E eu me senti como se alguma coisa no meu sangue se misturasse, tipo uma poção ou qualquer coisa. Parecia veneno.

Isso não quer dizer que foi ruim, ao contrário. Foi perfeito como todas as vezes que ele me beija. Mas dessa vez achei que alguma coisa estava entrando em mim como uma nova sensação. Não diga amor, porque não é. Quero dizer, eu o amo, mas acho que se fosse isso, eu saberia.

O garoto revirou os olhos, mas não deixou de sorrir. "Me ama, hein?", murmurou para si. Em seguida fechou o caderno e foi até a porta do banheiro. Ouviu o barulho da água caindo. Ela está tomando banho. Bateu levemente na porta. "Vai demorar muito?"

"Vou!", ela respondeu, a voz abafada e com um tom de irritação. "Se quiser, pode ir andando."

"Você não sabe o caminho."

O barulho de água parou quase que instantaneamente e demorou apenas dois segundos para Gina abrir a porta e Draco a ver de toalha.

"O que o senhor está aprontando?"

Ele deu de ombros evitando olhar para as curvas dos seios que quase apareciam. "Nada", retrucou desviando o olhar e virando-se de costas. "Você quer ficar nua na minha frente?"

Gina não respondeu. Ao invés disso ele ouviu o barulho da porta se fechar rispidamente.

(D&G)

"Você tem certeza que é por aqui?", ela perguntou parando pela milésima vez e reclamando que estavam andando fazia quase meia hora e que seu estômago roncava.

"Tenho", ele disse continuando a andar.

"Sabe, Draco? Eu não te entendo. Porque você quer que eu vá a esse lugar especial?", Gina falava rancorosa e Draco não pode deixar de revirar os olhos. Ele sabia em que rumo iria aquela conversa. "Eu me lembro que quando você terminou comigo, você disse que só levaria uma relação à sério se ela fosse especial."

"Eu não disse que o lugar era especial."

"Oh", fez Gina sentindo-se corar. "você não disse mesmo."

"Mas você é especial. E não precisa saber por mim só.", ele disse muito baixo. Gina teve a sensação de estar lendo os pensamentos dele.

"O que quer dizer com isso?"

"Que você precisa saber", disse virando-se de súbito fazendo com que ela arregalasse seus olhos castanhos. Estavam novamente próximos agora, mas alguma coisa dizia a Gina que não passaria daquilo. "que você é especial por você mesma. E acaba sendo para mim também."

Ela franziu as sobrancelhas como se não entendesse.

"Tudo bem, achei que você não entenderia mesmo.", retrucou voltando a andar.

Mas alguns minutos até Draco virar sua cabeça e olhar para Gina que resmungava a cada dez passos que dava: "Chegamos, resmungona."

"Eu pensei que você tinha se perdido na própria casa."

"Vem", ele estendeu a mão e Gina meramente lembrou-se que aquilo já acontecera com sigo. Ela o seguiu até uma porta dupla de carvalho e observou atenta cada detalhe de uma câmara minúsculo na qual eles adentravam agora.

Fazia frio ali e ela se encolheu na blusa de tecido muito fino. Draco soltou um muxoxo. "Toma, pega meu casaco."

"Você vai congelar.", ela murmurou.

"Antes eu do que você e o bebê."

Ele lembrou-se do meu filho...Do nosso filho!, pensou eufórica, sentindo suas bochechas corarem com satisfação.

"Okay", murmurou colocando o casaco dele sobre seus ombros nus. "Isso é como um lugar que ninguém foi antes?"

"Pode ser. Na verdade eu não sei. Eu venho aqui desde os meus nove anos."

"Então é um lugar especial", disse triunfante. "O que tem aqui?"

Ele não respondeu, mas sorriu e foi até a outra extremidade abrir, o que pareceu a Gina, uma porta pequena que ela só poderia passar por ela curvada. Uma porta, ela pensou intrigada, que parecia ocultada.

Draco murmurou para que ela se aproximasse enquanto ele girava a maçaneta prateada. A porta se abriu e Gina não viu nada além de escuridão. Ela olhou temerosa para ela, mas Draco apenas deu de ombros e disse displicente:

"É só seguir em frente, tem um corredor estreito. Não tem como errar."

Gina pensou se valia a pena ou se ela poderia simplesmente dar meia volta e voltar para seu quarto. Mas ao olhar para os olhos azuis cinzentos que observavam-na com - o que pareceu a ela -, um vestígio de hesitação, ela percebeu que era realmente importante para Draco que ela visse o que quer que fosse. Não seria apenas um corredor estreito e sujo, alguma coisa estava ali, depois do corredor e Draco queria mostrar a ela.

"Tudo bem", ela murmurou agachando-se se forma que ficasse de quatro, ela corou um pouco pela posição que estava, ainda mais na frente dele, mas ignorou o sentimento.

Não demorou muito até chegar em uma outra porta, desta vez muito menor. Parecia ser uma janela. Ela olhou interrogativamente para Draco que sussurrou: "É só empurrar" e ela assim o fez.

Tinha uma escada de madeira e enquanto Gina descia por ela, ela podia ver uma sala enorme muito parecida com uma sala de reunião.

Uma sala oval, com as paredes pintadas em vermelho que pareceu a Gina, ser vermelho sangue em tempos bem distantes. Ela estranhou a cor por ver em toda a Mansão Malfoy as cores verdes e prateadas sem qualquer detalhe vermelho. Parecia que Narcisa tinha certa aversão a cor grifinória.

Era, em todo lugar que ela olhasse, um lugar sombrio apesar de ter as cores da sua casa em Hogwarts. Gina olhou para os quadros pendurados nas paredes. Havia poucos quadros pendurados ali, mas os quadros que tinha eram grandes e ocupavam do teto alto até o chão. Ela perdeu alguns minutos observando os que olhavam desconfiados através da tela.

Só quando olhou para Draco, pode ver que, atrás dele estava uma grande estante de livros. Gina podia comparar com a grande biblioteca de Hogwarts, e mesmo assim, achar que aquela antiga e secreta biblioteca era mil vezes maior do que a de Hogwarts.

"É uma...bibli...?"

"Uma biblioteca, sim.", Draco sussurrou satisfeito com a reação que ele provocara nela ao mostrar o lugar. "Toda a geração Malfoy está aí."

"Eu posso...ver?"

"Claro que pode.", ele respondeu, um vestígio de sorriso nos lábios.

Ele ficou observando-a enquanto ela mexia em cada canto da sala, abrindo e fechando livros com a curiosidade nos olhos castanhos. Era estranho observa-la daquele jeito. Ele não se lembrava de ficar olhando-a daquele jeito, mas aquilo não parecia importante, agora.

Gina, que já estava sentada no chão com uma pilha de livros empoeirados ao seu lado abriu um livro de capa prateada com uma cobra em ouro branco mágica que faiscava seus olhos cada vez que alguém tinha intenções de abri-la. Gina estava tateando o livro, mas percebeu que justamente aquele livro devia ser aberto com uma chave.

"Eu gostei desse aqui", disse erguendo o livro para que Draco pudesse vê-lo. "mas precisa de uma chave para abri-la."

"Eu não tenho chaves."

"Oh...", Gina resmungou algo e Draco riu.

"Pode ficar com o livro, se quiser.", ele falou caminhando até onde Gina estava e se sentando ao seu lado. "Mesmo sem chave."

Ela sorriu meigamente. "Obrigada"

Ficaram em silêncio alguns instantes, só aspirando a poeira dos livros e observando um ao outro.

"Porque veio me mostrar isso?", ela perguntou depois de ficar pensando no que ele responderia.

Ele deu de ombros. "Queria te mostrar algo especial."

"Então eu sou especial para você.", aquilo não era uma pergunta, mas uma certeza. Draco repousou delicadamente suas mãos no rosto da noiva. "Desde quando eu sou especial para você, Draco?"

Draco não queria responder, ou pelo menos parte dele queria manter em segredo que na verdade ele nem sabia quando realmente ela se tornara assim tão especial. Se perguntava se ele a amava, mas nunca conseguia distinguir seus confusos sentimentos.

"Eu não sei. Mas você me espera até que eu descubra?"

Ela franziu o cenho. "Você sabe que sim."

Os narizes quase se tocavam agora, Gina sentiu seus olhos fecharem mecanicamente e sua cabeça inclinou-se. Quando ela sentiu os lábios de Draco apertarem os seus com força abriu novamente seus olhos e viu a expressão confusa no rosto de Draco. Era como se ele estivesse com medo do que sentia.

Talvez fosse por isso que ela deu um passo para trás e o olhou estranhamente como se ele tivesse feito algo errado.

"O que...", ele ia perguntar quando o corpo de Gina foi caindo lentamente e quase se espatifando no chão se não fosse os reflexos rápidos dele que a apararam.

(D&G)

Luzes verdes estavam por todo lado, era como se aquela luz sufocasse sua garganta. Tentou gritar, mas nada saiu da sua boca. Ela estava presa em algum legar que não era sua casa ou qualquer lugar que lhe passasse segurança ou familiaridade.

Então, a luz verde aumentou e ela fechou os olhos.

"Shh, ela está acordando."

Dor. Muita dor. Parecia que sua cabeça rodava e seu cérebro estivesse sido arrancado com força. Ela tentou a todo custo abrir seus próprios olhos, mas tudo o que conseguiu fazer foi gemer.

"O que aconteceu?", ela perguntou numa voz pastosa.

"Gina? Você está bem?", ela reconhecia meramente aquela voz. Era Molly.

"Estou bem", respondeu abrindo lentamente seus olhos e vendo as imagens embaçadas. "só quero saber o que aconteceu."

"Você desmaiou.", era a voz de Draco e Gina podia distinguir os cabelos platinados. Ela notou que estava escuro. "Você não se lembra de nada?"

"Não. Minha cabeça dói. Eu só sei disso."

"Oh", Molly choramingou drasticamente. "minha querida, o que andou aprontando?"

Como se a culpa fosse minha, pensou irritada. "Mamãe, eu estou bem, juro!", ela tentou ser convincente. Mas sua voz pastosa parecia desmentir qualquer palavra sua. "Só preciso descansar um pouco..."

"Tudo bem. Eu vou ficar com você, querida.".

Gina podia ver claramente agora. Estava na cama do sua quarto de hóspedes e Draco, Narcisa e Molly estavam a sua volta, olhando para ela. Narcisa mantinha sua postura fria e calculada, como se não importasse nem um pouco se fosse Draco que estivesse ali, enfermo.

"Boa noite", ouviu Draco murmurar e se afastar categoricamente. E então ela se lembrou que antes de desmaiar, lembrara que estavam a ponto de se beijar. Narcisa seguiu seu filho dizendo numa voz extremamente arrastada que desejava melhoras. Gina revirou os olhos quando a porta se fechou.

"Boa noite, mãe.", falou se escondendo debaixo dos cobertores.

"Alto lá, mocinha.", ela disse autoritária jogando os cobertores longe do alcance de Gina. "Pode começar a contar. O que aconteceu?"

"Nada", Gina mentiu. "Eu passei mal e desmaiei."

"O médico disse que não é normal uma grávida desmaiar deste jeito, Gina.", Molly falou severamente. "Não no seu caso, pelo menos. Quero que me prometa que vai se cuidar melhor enquanto eu estiver longe."

"Você vai me deixar aqui sozinha com a cobra da tia Narcisa!"

"Não a chame assim, ela será sua parenta. E sim, vou ter que voltar à Toca."

"Oh", murmurou Gina sarcasticamente. "Ótimo, realmente ótimo!"

(D&G)

Mansão Malfoy, Escondida Dentro Das Cobertas:

Certo, até agora eu não entendi muito bem o que aconteceu ao certo. Talvez fosse só um desmaio comum de grávida. Se fosse algo anormal, certamente o médico teria dito. Eu não preciso me preocupar. Draco não parecia estar preocupado com isso, certo?

Mas aquela luz esverdeada parecia ser tão real...Okay, eu devo realmente ter sonhado como aquela bruxa daquele filme...Qual era mesmo o nome? A Bruxa Solitária! Ela sempre sonhava com coisas estranhas e achava que era tudo realidade.

Okay, nesse filme, a garota acaba descobrindo que os sonhos eram na verdade premonições. Será que é algum tipo de aviso!

Hmm, minha mãe resmungou algo. Acho que ela acordou.

Tudo bem, ela não acordou. Só está sonhando. Agora eu devo fazer o mesmo. Mas minha garganta está seca agora. E eu acabei de olhar no criado-mudo e NÃO tem água nas jarras como costuma ter. A água evaporou. Sério! Não vejo outra explicação!

Vou ter que ir até a cozinha agora.

Argh...

(D&G)

Quando ela adentrou a cozinha que estava totalmente escura sem qualquer fonte de luz, Gina praguejou antes de tirar das vestes sua varinha e iluminar o ambiente. Teve um sobressalto quando viu a sombra de Draco sentado nas cadeiras de madeira rústicas, tomando o que parecia...leite.

"Eu nunca imaginei te encontrar tomando leite à essa hora da noite, Draco.", ela zombou enquanto sentava-se ao seu lado.

"E eu nunca imaginaria que pudesse te encontrar no cozinha, a esta hora da noite, depois de ter desmaiado.", ele disse dando de ombros.

Gina ficou séria. Era exatamente daquilo que ela queria saber.

"Ei, o que aconteceu? Na biblioteca, quero dizer."

"Você não se lembra.", disse como se não importasse. "Você estava perto, eu estava te beijando quando você se afastou e simplesmente desmaiou."

"Porque eu desmaiei?", perguntou Gina para si, e deu-se conta de que havia perguntado em voz alta.

"Você acha que se eu soubesse, eu já não teria contado a você e sua...huh, mãe?"

"Mamãe falou com você?", ela pareceu se surpreender.

"Disse meia dúzia de palavras ríspidas, acho", ele levou a xícara de leite até a boca. "na verdade eu não estava prestando atenção."

"Hmm", ela percorreu o olhar pela cozinha como se procurasse mais perguntas inteligentes em algum canto. "você se lembrou de pegar o livro?"

"Que livro?", ele perguntou franzindo o cenho. "Ah, sim."

"Estava pensando se eu devia mesmo ler o livro. Quero dizer, deve haver motivos para que pessoas como eu não possam lê-lo."

"Pessoas como você?", ele arqueou uma das sobrancelhas.

"Bem, eu não sou da família..."

"Isso pode ficar entre nós", ele interrompeu-a. "Okay?"

Gina suspirou resignadamente. "Okay."

Quero ver o que eu vou ganhar em troca..., pensou obscuramente. Draco riu. Deveria ter adivinhado seus pensamentos ou lido-os pela sua expressão frustrada. Porque ele se inclinou de repente sobre ela e a enlaçou em seus braços a abraçando pela cintura. Ela sentiu os lábios dele fazendo uma espécie de caminho no seu pescoço.

"Draco.", ela sussurrou. Ele parou de beijar o pescoço dela e a olhou nos olhos como a muito tempo - ou pelo menos era o que parecia - não fazia.

"Você é especial", ele murmurou roçando seus lábios nos dela. "pelo menos para mim."

Sentiu as mãos dele por dentro da sua camisola, as mãos bem desenhadas que pareciam sempre frias. Sentiu um arrepio percorrer por seu corpo quando sentiu as mãos deles acariciarem a parte externa da suas coxas. Ela o beijou intensamente, sentindo o gosto dele penetrar sua boca. Ela ouviu-se gemer, talvez pela sensação alucinante da língua de Draco dentro de sua boca ou pelas mãos que agora arranhavam suas coxas.

E então ela percebeu que estavam sentada no colo dele, com as pernas em cada lado do corpo dele. Ela virou o rosto, mas Draco não se afastou. Ficou ali, beijando o nódulo de sua orelha. Até que Gina decidiu que se não parasse agora, não teria como voltar atrás mais tarde.

"Eu...tenho...que...ir...", murmurou debilmente. Ele sorriu - ela pode saber disse porque sentiu os lábios dele formarem um sorriso já que estava ali, tão colados no seu pescoço.

Ele afastou-se para olhá-la. "Tudo bem", ele disse dando um beijo rápido nos lábios dela. "Boa noite, Gina."

"Boa noite", ela disse se levantando. Percebeu que seu corpo estava quente. "e você também é muito especial para mim, Draco."

Draco a assistiu saindo da cozinha e sorriu. "Eu sei.", murmurou para si.

(D&G)

Ela engoliu em seco quando se deparou com a chamativa manchete do Profeta Diário. Pensou brevemente que deveria se acostumar com aquilo agora, já que estava noiva e que não era mais segredo para ninguém que ela estava, na verdade, grávida.

Ela percorreu o olhar pela mesa de cascalho da grande sala de jantar da mansão em que estava. Draco deu de ombros.

"Acho que você não deveria se preocupar tanto, Gina", ele disse como se não importasse. Gina anotou mentalmente que Draco Malfoy quase nunca se importava com o que os outros pensavam dele. Ou pelo menos, era isso que ele gostasse que pensassem. "estamos noivos, certo?"

"Mas eu sempre achei que uma noiva grávida é desonr--", Draco não deixou que ela terminasse suas conclusões. Ele deu um risinho de deboche e repousou seu cálice com suco de amora na mesa.

"Desonra.", ele disse contendo a risada. "Isso não é importante, definitivamente."

"Pode não ser para você, Draco.", retrucou chateada. "Você sempre gostou de chamar atenção. No mínimo deve estar contente por ser citado nas primeiras páginas do Profeta Diário."

"Bem", ele falou com seu habitual sarcasmo. "se você levar em consideração as poucas vezes em que fui citado...Sim, eu realmente adorei."

"Olhe", Gina mostrou o pergaminho mal dobrado para Draco que arqueou as sobrancelhas. "você acha que eu pareço 'uma garota normal que teve a sorte de encontrar um bom partido'?"

"Bem", ele respondeu displicente. "uma garota normal nunca pareceu ser seu perfil perfeito. Quantas garotas preferem caras como eu que são o oposto do estereotipo?"

"Eu gosto de você, Draco. Mas não é porque você é o oposto do que eu sempre quis."

"Sério? Então porque?"

"Nós não escolhemos quem amamos."

Ele deu de ombros.

"Boa dia, queridos.", Narcisa murmurou secamente enquanto sentava-se na mesa. Ela olhou - antes mesmo de olhar seu filho ou Gina - o Profeta Diário e soltou uma exclamação que Gina julgou ser de satisfação. Era difícil saber o que Narcisa queria dizer com todo aquele francês que falava freqüentemente.

Gina odiava francês.

"Hmm", fez ela antes de ler em voz alta a reportagem. "A grande festa de noivado foi como marcar oficialmente a união dos dois mundos que outrora era divididos por intrigas e preconceito. Uma grande festa digna de banquetes franceses e taças de cristal com o principal foco voltado a Draco Malfoy - o herdeiro da fortuna Malfoy - e sua noiva Virgínia Weasley. Dizem as más línguas que o principal motivo para o noivado desses dois adolescentes é na verdade, uma suposta gravidez.", Narcisa soltou um muxoxo. "Não se pode esperar que saísse perfeito.", e continuou. "Uma garota normal que teve a sorte de encontrar um bom partido, neste caso, o belo Draco Malfoy que fora contra a guerra quebrando quase que totalmente o ciclo vicioso que a família Malfoy vinham alimentando ao longo dos séculos. O que podemos dizer desta incomum união, é que o amor desses dois jovens ultrapassaram barreiras impostas pela sociedade bruxo...e blá, blá, blá."

"Hmm, acho que agora terei de me conformar em ser 'a garota sortuda que engravidou de um milionário'.", Gina disse.

"Você não vai precisar dizer isso.", Narcisa fitou-a com seus olhos cinzentos implacáveis. "Os dois vão manter-se aqui na mansão até o casamento. Acho", acrescentou ignorando totalmente Draco que tinha dado sinais de que protestaria. "que você, Draco, não está em condições em retrucar. Virgínia ficará aqui tendo aulas particulares como você."

"Mas e minha faculdade?", Gina perguntou perplexa.

"Não vejo em quê vá ajudar na sua vida, Virgínia."

"Ora, eu quero ter um emprego! Quero terminar Hogwarts e entrar na melhor faculdade..."

"Não, você não precisa ter um emprego, querida. Uma boa Sra Malfoy geralmente não trabalha."

Apesar de se sentir imensamente melhor naquela manhã, Gina sentia-se um pouco cansada para discutir com Narcisa naquele momento. Então suspirou e disse lentamente: "Talvez eu tenha que quebrar esse tabu."

Draco sorriu internamente, mas não demonstrou exteriormente.

"Hoje conversaremos sobre o futuro de vocês dois.", ela disse. "Vamos aproveitar que será a última noite de Molly aqui e falaremos sobre detalhes do casamento. Aliás, hoje a noite tudo vai ficar bastante claro para vocês."

"Hoje a noite?", Gina perguntou incerta. "Jantar?"

"Exatamente, e será neles que o futuro de vocês será oficialmente discutido."

Como se Draco e eu fossemos crianças, Gina pensou irada. Talvez a idéia de fugir não seja assim tão ruim.

Ela ia retrucar, mas algo no jornal chamou sua atenção. Era, definitivamente, algo muito mais importante que discutir futilidades com Narcisa Malfoy.

"Hmm, Draco?", murmurou. "Você precisa ver isso..."

N/A: Hmm, desculpem. É tudo o que tenho a dizer. Bem, ou pelo menos parte do que tenho a dizer agora.

Demorei muito porque meu computador deu um problema básico e eu não pude publicar semana passada. Não fiquem com raiva, a culpa não é minha.

Eu sei o que vocês estão pensando.

"Isso é modo de terminar um capítulo!", desculpem, mas eu não resisti!

Eu disse que teria action, pois bem. Isso foi só um pedaço do início.

Acho que é só - não estou lembrando de comentar nada - e eu gostaria de agradecer a Mione03 - Calma, eu demorei mais não foi por não ter recebido muitos reviews, mas por meu pc ter dava um ataque estranho que hoje eu chamo de "frescura eletrônica". Aqui está mais um cap e obrigada por comentar! Nina - É o que eu também adoro em fics D/G...A mudança do Draco mau para o Draco neutro. Amo muito tudo isso (GQAC)! Miri - Bem, eu adoro a Gina. Ela é tão doida e despirocada...Eu gosto particularmente das partes do diário dela, onde a fic fica mais engraçada ;) Nathyzinha Malfoy - Não vão desistir, fica tranqüila, ok? Obrigada! Miaka - Pois é...é nessas horas que eu acho que a testosterona está presente em tudo o que faço. Porque - é claro que eu também gostei da parte em que mostra que os dois estão se entendendo agora... - eu preferi a parte do amasso, se é que me entende. Já me disseram para fazer terapia... Rute Riddle - Que bom que tem gostado e vê se não para de comentar, hein, dona? Hoje o Draquinho está meio Angel... Prefiro quando ele está bem Spike ;) Kika Felton-87 - Ué, foje de casa! Bem, espero que tenha gostado de como tudo está acontecendo. Eu estou pensando em tirar o humor e colocar action na classificação. Porque eu tenho a impressão de que as únicas partes meio engraçadas são no diário de Gina. Mas, enfim, continua comentando, viu, dona? Mariana-Fan-Sister - hei, eu adoro seu nome. Mariana, sabe? É tão lindo! Obrigada pelo review! Nina Black Lupin; Paulinha Malfoy - Desculpa! Eu sei que sou uma pessoa horrível. Mas quando eu terminei o cap, estava tarde, eu estava com sono e não dava para esperar você betar a fic. Como hoje que eu tenho que sair daqui a pouco e estou escrevendo isso sem muito tempo. Desculpe. Juro que no próximo capítulo eu te passo o cap para você betar! Rafinha M. Potter -Eu também amo caras maus. Eles são tudo o que eu poderia querer num homem gatão que ainda fume cigarro (eu adoro o cheiro da fumaça) Obrigada! Pekena; Dessinha McGuiller ; Emily R.S. Black; Beatriz Bri; Nathoca Malfoy.

Desculpem por eu não ter respondido todos os reviews, mas eu estou postando isso na velocidade da luz, juro que se vocês postarem outros reviews eu respondo, juro mesmo!

Ps: Sem beta, culpa minha e não da minha beta que deve estar puta comigo por eu não ter passado a ela NENHUM capítulo para betar até agora. Desculpa, fofa...Mas eu sou tão atrapalhada...

Beijos!

Ps: Eu quero REVIEWS!