Casualidades

Capítulo 6: Parte I: Mistério e Mais Amassos.

Save some face, you know you've only got one

(Guarde algumas expressões, você sabe que só tem uma)

Change your ways while you're young

(Mude seu jeito enquanto você é jovem)

Boy, one day you'll be a man

(Garoto, um dia você será um homem)

Oh girl, he'll help you understand

(Ah garota, ele te ajudará a entender)

Smile like you mean it

(Sorria como se fosse verdade)

Smile like you mean it

(Sorria como se fosse verdade)

Tudo o que ele fez foi franzir o cenho. Olhou mais uma vez para a foto de um homem alto que parecia escandalizado na foto preto e branca do jornal.

"Não vejo nada que posso ser assim tão assustador.", Draco murmurou ao pé do ouvido dela. Gina tentou ignorar os arrepios que sentiu ao sentir o toque.

"Hmm...", fez ela se afastando. "Leia a reportagem, Draco.", disse ela afastando seu olhar do dele.

Era algo estranho, como na verdade toda aquela história do desmaio sem razão. Ali estava escrito que uma mulher que passeava pelas ruas de um vilarejo totalmente bruxo morrera de causas misteriosas. A mulher era tão bruxa quanto qualquer um ali naquela sala de jantar e parecia ser jovem pela pequena foto que estava no jornal. Mas o que de fato chamava a atenção era que a única marca de agressão - ou de aparente agressão -, era na verdade uma cicatriz grotesca feita com algum tipo de feitiço...Draco sabia que era magia negra só de ver pelo aspecto da marca.

E então ele ficou pálido.

Era uma cobra com olhos que faiscavam, verdes.

"Isso parece familiar.", ele disse por fim.

"O que vocês dois estão cochichando aí?", Narcisa perguntou da outra ponta da mesa. Draco deu de ombros.

"Nada, Tia Narcisa.", Gina falou se levantando. "Eu já acabei. Você vem, Draco?"

Ele piscou. "Mas eu ainda não terminei de tomar café...", e sentiu algo que parecia ser um pontapé por debaixo da mesa, na região dos seus joelhos. "Ok, eu já terminei...", resmungou.

(D&G)

"Você viu a marca.", Gina murmurou quando estavam sentando num dos bancos de pedra polido do jardim principal de mansão. As flores eram brancas. Amor eterno, ela pensou por um momento. Flores de enterro., e assim sentiu seu corpo tremer num calafrio.

Desde pequena ela crescera com a histórias das cores das flores e ela sabia perfeitamente que as rosas brancas tinham duplo sentido. Elas poderiam ser puras como um amor de infância, poderia ser maliciosas como um amor de adolescente e poderia ser sólida e profunda como o amor eterno.

M as havia outro significado e ela não gostava nem de pensar na hipótese.

"É a mesma cobre que tem no livro que você me deu."

Draco pareceu refletir. "Tem certeza? Poderia ser parecido..."

"Não, eu tenho certeza. Pode conferir se quiser.", ela deu de ombros. "Está no meu quarto."

Ele sorriu malicioso. "Seu quarto?"

"Nem pense.", Gina o cortou. "Como pode ser tão sacana nessas horas?"

"Gina, foi só uma morte."

"Por Merlin, Draco! Você acha isso pouco!"

"Não.", respondeu sério. "Só acho que você não poderá mudar nada que já tenha sido feito."

"Draco...", ela murmurou baixinho. "Sei que não posso mudar nada, mas eu me sinto estranha. É como se fosse culpa minha dessa...dessa...mulher estar morta."

"Você não tem culpa.", ele disse dando um passo para trás e a olhando. Ela queria abraçá-la, mas ele não sabia o que fazer ou o que dizer. Draco sabia que Gina precisava de palavras e não de contato físico.

O que ele poderia fazer?

"Certo, vamos ver se é a mesma cobra.", falou em tom de brincadeira para tentar quebrar o clima pesado que se instalara entre os dois.

Ela sorriu meio de lado. Não era um sorriso alegre como os que ela costumava dar a ele. E ele notou naquele momento que aqueles sorrisos contagiantes que ela dava antes, não se via mais na rosto dela.

(D&G)

"É, parece que é a mesma marca.", murmurou ele observando as duas cobras. "Mas isso não faz sentido. Vai ver era uma tatuagem ou qualquer coisa do tipo,", ele falou olhando nos olhos castanhos preocupados. "Gina"

"Hmm?"

"Não é culpa sua."

A garota se sentou ao lado dele, na própria cama onde dormira nos últimos dias. "Eu sei.", tentou sorrir, mas foi uma tentativa meio inútil já que ela não sabia fingir expressões de emoções como ele. Ele sabia sorrir quando na verdade quer quebrar a cara da alguém. "Você tem certeza de que não tem chave?"

"Não.", ele respondeu displicente. "Hei, deixa de pensar nisso. O que você acha de sair comigo?"

Ela arregalou os olhos. "Sair com você?", pouco a pouco a sensação ruim foi desaparecendo e vendo o brilho sarcástico nos olhos cinzentos de Draco ela sentiu que as coisas estavam melhorando. Como mágica que só ele podia fazer.

Draco tinha esses poderes sobre ela. "O que você vai fazer comigo, Malfoy?"

"Eu ainda não sei...", respondeu ele rindo e pegando levemente o rosto de Gina com as duas mãos fazendo com que ela olhasse para ele. "mas o que você acha de escolher sua aliança?"

"Minha aliança? Achei que Tia Narcisa já tinha escolhido..."

"O casamento e nosso, ela não tem nada do que se meter."

Gina sorriu marota.

"Tudo bem, Sr Malfoy", ela ergueu a cabeça e roçou seus lábios com os dele. "mas sem segundas intenções."

"Isso vai ser meio difícil, Sra Malfoy..."

(D&G)

Quarto do Draco, Mansão Malfoy:

É perigoso? Eu pergunto: É REALMENTE perigoso uma grávida...huh, ter relações sexuais? Quero dizer, não atrapalha o bebê?

Oh, deixa eu contar uma coisa a você, nós andamos por cada joalheria que você possa imaginar até que eu encontrasse o anel perfeito. Mas sabe de uma coisa? Eu não achei nenhum. Olha, não culpe a mim, pois tudo é culpa dele que não parava de reclamar.

"Você é quem me chamou para comprar o anel, Draco.", eu o acusei. Ele que já estava com os olhos vermelhos de raiva bufou e xingou a última geração da família Malfoy. E então eu disse: "Ok, Draco. Vamos embora."

Ele me olhou como se eu fosse louca.

"Você já escolheu o anel?"

"Não!"

"Então perdi a tarde toda por...nada!"

Olha só...Temos que aturar cada desafora na vida, não é mesmo!

O cara fica ali, me atrapalhando e quando eu digo que assim não dá, ele quase me apedreja.

"Tudo bem, escolhe você.", eu suspirei tentando recuperar minha calma. Sabe, quando você é noiva de Draco Malfoy, você DEVE ter muita paciência porque se não tiver, está ferrada.

Eu me lembro de uma vez, quando ainda namorávamos, bem no dia dos namorados que ele disse:

"Sabe que dia é hoje?"

Claro que eu pensei que ele iria fazer uma grande surpresa e que iria me dar um GRANDE presente e tal, então eu sorri de orelha a orelha e falei, assim, toda alegrinha:

"Claro! É o dia dos namorados!"

E então eu o vi revirar os olhos. "Disso eu sei, quero saber que dia da semana é hoje."

Você agora tem uma pequena idéia de como ele pode ser insensível. Tanto que hoje de tarde ele disse que não escolheria nada e que também não esperaria nem mais um minuto ali naquela loja.

Mau humor dos infernos!

Eu já estava com minha pernas doloridas, cansada de toda aquela porcaria de passeio que ele me propunha e quando eu chego em casa descubro que todo o mau humor que ele tinha desapareceu.

Desculpem. Eu disse errado. O mau humor dele não desapareceu, mas foi todo transportado até mim.

"Que cara é essa?", ele perguntou cinicamente. "O que houve?"

Estávamos no corredor. Sabe, aquele que na extremidade tem a porta do meu quarto e no lado oposto fica o quarto dele. Estávamos no meio.

"Você ainda pergunta. Você AINDA pergunta. 'O que houve', você diz", resmunguei baixinho.

E então, para melhorar tudo ele começa a rir.

"Você fica linda resmungando."

E minha orelhas queimam. Minhas orelhas SEMPRE queimam quando ele diz coisas do tipo 'Você está linda', 'Adoro quando você faz isso' e todas as frases maliciosas dele.

"A culpa é sua se não consegui comprar o anel.", o acusei pela milésima vez naquele dia.

Ele riu ainda mais. "Não, não é."

"Claro que é, seu idiota!"

Ele deu alguns passos em minha direção. "Você sabe que não."

Eu dei alguns passos para frente. "VOCÊ sabe que sim!"

Quando fui notar ele estava assim tão perto que eu podia sentir o calor dele. Sabe aquele calor que você sente quando está perto de quem você gosta? Não é mera temperatura, acreditem, é o calor de algo que fica dentro da gente e que de repente sai, quando menos esperamos.

Eu abri minha boca, mas ele me beijou. Não DAQUELE jeito, mas era algo como...bem, ele apenas colou seus lábios nos meus com força e eu fui obrigada a me calar.

E do nada ele se afastou, mas pude ver nos olhos cinzentos, quase brancos, um brilho peculiar.

E eu conheço MUITO BEM esse olhar. Era do tipo que diz: "Agora você está nas minhas mãos".

Draco pegou minha mão e começou a me puxar. E adivinhem: Para o lado oposto do meu quarto. Sabe, aquele lá na outra ponta. Eu estava indo - me dei conta depois de alguns passos - para o quarto dele, NOVAMENTE.

Fui andando, meio entorpecida e quando me dei conta, eu estava dentro do quarto e Draco estava começando a me despir, os lábios colados nos meus.

Então eu pergunto: Faz MAL! Quero dizer, toda essa coisa de gravidez... Será que não machuca o bebê!

Eu juro que se isso acontecer, vou culpar Draco.

"É claro que não faz mal.", ele disse me apertando nos seus braços. Ele e eu ainda estávamos ofegantes. "Ainda é cedo demais..."

"Como pode ter certeza?", eu perguntei.

"Hmm", fez ele sonolento. "Vai dormir, Weasley."

Agora ele está tomando banho. Falta alguns minutos para o jantar. Sei disse porque eu tive o horror de saber por tia Narcisa que entrou no quarto e deu um grito que nos viu assim, abraçados, pelados e dormindo tranqüilamente.

"Francamente", ela disse em alguma outra língua. "Francamente!"

Lembre-me de uma coisa: NUNCA mais, NUNCA MESMO eu faço uma coisas destas. Quando digo isso, não falo em transar com Draco, mas deixar a porta destrancada. Isso é o pior erro que você poderia cometer tendo uma sogra como Tia Narcisa que olha para você com seus olhos quase brancos e reprovadores.

(D&G)

"Virgínia e Draco se casarão daqui a duas semanas. Eu mesma pedi a Dumbledore que os dois permaneçam aqui até essa tempo.", Narcisa disse com sua voz arrastada e grave. "Também pedi para que ele permitisse que os convidados do casamento pudessem ser dispensados da escola. A propósito, Virgínia, você ainda não me entregou a sua lista de convidados."

"Eu ainda não tive tempo para pensar nisso.", Gina murmurou dando de ombros.

"Nós não temos muito tempo", respondeu Narcisa friamente. "Alguma pergunta?"

"O que eu vou fazer quando minha barriga começar a crescer?"

"Vai começar a ter aulas particulares aqui na Mansão."

"Eu vou sair da escola!"

Narcisa assentiu displicente. "Sim, querida."

"MAMÃE!"

"Gina, querida, certas coisas são necessárias. Você gostaria de freqüentar Hogwarts quando sua barriga começasse a crescer?"

"Mamãe, eu não vou ser a primeira garota a engordar nas férias."

"Todos vão desconfiar já que até lá você vai estar casada.", Narcisa respondeu.

"Não seria melhor eu ficar aqui de uma vez!", perguntou sarcástica.

Narcisa arqueou uma sobrancelha. "Isso é uma idéia fantástica! Fico feliz que esteja colaborando."

Colaborando!, pensou Gina sentindo um pânico crescer dentro de si.

"Sabe, tia Narcisa...Eu estava brincado, só isso."

Mas ela ignorou-a. "Mais alguma pergunta?"

"E minha faculdade!", Gina perguntou.

"Querida, pensei que já tínhamos conversado sobre isso.", Narcisa disse com seu queixo erguido como se achasse que era a pessoa mais importante do mundo.

(D&G)

Ela sentia frio apesar de caminhar a horas. Nenhum esforço físico parecia surtir efeito. Então ela se sentou no chão, no meio daquela floresta triste e fria.

"Eu te amo.", ele disse baixinho no seu ouvido.

Gina ergueu os olhos e viu um cara de pele pálida, o resto rígido e sério. Cabelos negros e ondulados que balançavam conforme o vento ia, gélido naquela hora. Ela viu os olhos esverdeados brilharem.

"Você não me ama. Quem ama nunca faz o que você fez."

"Não foi culpa minha. Eu não queria te machucar, Virgínia."

"O que você fez comigo, Tom?", ela perguntou e sua voz tremia. "O que você fez com aquela mulher."

Ele sorriu tristemente, colocando suas mãos frias no rosto dela. "Você sabe que foi necessário."

"Não se tira a vida de ninguém, por pior que seja a situação."

"Você não sabe nada da vida", ele sussurrou. "Mas eu fico grato."

"Grato? O que você quer dizer?", ela perguntou sentindo seu corpo gelar.

"Você me libertou. Mesmo que não estivesse ciente disso, Virgínia. Mas eu estou livre.", ele falou arrastando cada palavra. "E eu vou voltar para te buscar."

E então sentiu frio.

Quando abriu os olhos e olhou pela janela, notou que ainda era noite. A fraca luz da lua iluminava seu quarto deixando uma penumbra exatamente onde ficava a sua escrivaninha.

Ela ainda sentia as sensações de frio que sentira no sonho. Pegou as cobertas e cobriu seu corpo protegendo-se do frio. E então ela caminhou até a escrivaninha com planos de escrever no seu diário.

Mas quando chegou mais perto, viu um brilho estranho bem perto do livro com a cobra cravada na capa. E ela reparou que era uma chave. Seus dedos tocaram levemente o metal frio e lentamente levou a chave até o fecho. Para sua surpresa, o livro se abriu e todo o que viu foi luz verde.

E então ela caiu no chão desacordada.

N/A: O que vocês acharam do meu Tom?

Como vocês devem ter notado, essa fic não conseguiu ser humor. Nem um pouquinho só. Claro, toda a parte do diário dela, mas nos próximos capítulos o action vai ser maior do que o humor.

E então, estão gostando?

Queria dar mil e cem beijocas nas bochechas de: Mariana-Fan-Sister (Obrigada, obrigada! Mariana é um lindo nome ;) Beijos!), Nina (Capítulo maiores? Qual é a graça de fazer capítulos enormes e não deixar vocês curiosos? XD Tudo bem, você pede capítulos maiores e eu digo: "Calma, estamos só no começo da história e se você pensar bem, os capítulos têm aumentando de tamanho se comparar com o prólogo. Ok, vou me esforçar para fazer capítulos maiores. Esse, por exemplo, eu preferi separar em duas partes. Claro que eu adoro receber os e-mails de garotas como você que querem me matar, tipo, ninguém merece terminar um capítulo assim, do nada. Mas eu só má e não se esqueça disso ;) Obrigada pelo seu Review), Nathyzinha Malfoy (Que bom que tem gostado de casualidades. O que está achando do action que estou colocando? E onde você mora? Desculpe eu perguntar, mas eu sou curiosa.), Miaka (Nossa, você reparou no meu Tom! O que achou dele nesse capítulo? Ele é tão gostoso...Curiosidade matou o gato, é tudo o que tenho a dizer. Beijos, fofa!), Vivian (Opa, acho que eu estou ferrada...), Rafinha M. Potter (Bom saber que gostam do meu Draco neutro, sabe? A pouco tempo atrás estavam quase me matando SÓ porque ele estava meio Spike...Eu hein...Não me dê um CRUCCIOS, ainda sou muito jovem para sofrer!), Anita Joyce Belice (Claro que vai!Odeio garotas submissas!), Nina Black Lupin (Calma, espera até o próximo capítulo e tudo fica um pouco menos confuso.), Paulinha Malfoy (Agora você sabe porque e se abrir a boca eu contrato a garotinha do Chamado para te assustar, ok? Draco encantador. Onde o mundo foi parar!) , Nathoca Malfoy (Fique tranqüila, discussão é o que não vai faltar entre eles. Talvez no próximo capítulo eu seja boazinha e esclareça parte do mistério.), Kika Felton-87 (Bem, eu fiz mesmo dois capítulos, mas só vou postas um. Eu sou má eu sei. Obrigada, moça. E continue comentando, sim? Beijos!) , Emily R. S. Black (Perfeito! Só por isso, vou deixar o Tom dizer uma palavras para vocês...).

Tom: "Está claro demais aqui, pode apagar as luzes?"

Eu: "Não, senão não vou enxergar o teclado."

Tom: "Porque me chamou?"

Eu: "Não fique bravo. Eu te chamei para você falar com as garotas para elas deixarem reviews. Pode fazer isso?"

Tom: "Depende. Minha participação vai aumentar?"

Eu: "Não sei...", olhando para o lado com expressão marota. "Talvez, bruxo mercenário."

Tom: "O mundo só é mundo com nós, mercenários.", sorriso sádico. "Deixem reviews, por favor. E se isso acontecer, prometo que não vou maltratar MUITO a Virgínia."

Então é isso. Ouçam a grande voz do Lorde Tom ;)

Beijos!

Ps: BETADA, graças a Paulinha Malfoy, minha grande e linda maracujá.

Ps2: A música é Smile like you mean it do The Killers que eu amo de paixão.