N/A: Esse é o capítulo seis. O outro foi o cinco. Não me matem, eu fui pelo e errei. Errar é humano, quem nunca errou que vá se foder. Quanto a reclamações sobre não haver NC17...O que vocês acham que eu sou? Sou uma garota de respeito! ;)

Off: Calma, tudo a seu tempo...

Casualidades

Capítulo 6 Parte II: Meus Desejos Mais Secretos

Draco a fitava intensamente. Seus cabelos caídos no colo, vermelhos e intensos. Como qualquer lembrança, pensamentos e palavras direcionados a ela invadiam sua mente. Ele se agachou bem próxima a ela, deitada no chão. Acariciou sua face e aproximou seu rosto do dela. "Acorda", murmurou indo com seus lábios até o pescoço e beijando-o levemente. "Acorda"

Ela abriu os olhos, olhou para o universo azul celeste que normalmente ficavam cinzentos, vidrados em algo que ela não sabia o que é. Mas ali, olhando para ela, Draco tinha os olhos mais azuis que ela se lembrava ter visto na vida. Então sorriu, estendendo seus braços em torno do pescoço dele.

"Bom dia", murmurou sonolentamente, seus dedos brincando com os cabelos louros platinados. "O que você está fazendo aqui?"

"Vim ver se está tudo bem. Pelo visto não...", comentou incerto, olhando para ela. "O que faz aqui no chão?"

"Eu não sei.", Gina respondeu confusa, franzindo o cenho. Afastou-se dele e sentou-se, olhando em sua volta.

Ele estava ali, intocável. As páginas em branco, a chave bem a seu lado, faiscando misteriosamente.

"A chave.", ela deu de ombros lembrando-se do que havia acontecido quando tocara na chave. "ela abre o livro. Eu desmaiei. Não sei porquê."

Draco fitou-a pensativo. "Deve ser cansaço.", Gina sentiu seu corpo se arrepiar quando sentiu Draco abraçando-a por trás, seus corpos colados agora, o cheiro viciante dele entrando em sua mente. "Acho melhor você dormir um pouco. Depois eu trago seu café da manhã."

"Tudo bem", deu-se por vencido levantando-se do chão e caminhando, ciente de sua camisola estar arrastando sua bainha no chão, até a cama intacta. "eu quero torradas no café."

Draco que continuava ali, sentado no chão, acompanhando com seus olhos o trajeto percorrido por ela. Ele sorriu ou pelo menos tentou. Gina estava se cobrindo quando ele foi até ela e sentou-se na cama, inclinando seu corpo sobre o dela. Ela arregalou seus olhos.

"Que diabos está fazendo...?"

Mas os lábios dele já estavam sobre os seus. E Gina reparou que havia força no toque sutil, havia raiva e desejo. Mas ela não sabia o porquê disso. Apenas entreabriu seus lábios e fechou os olhos, sentindo a língua dele penetrar sua boca e massageá-la, provocante...

Draco deitou-se em cima do corpo de Gina, ignorando completamente os protestos quase inaudíveis. Ele subiu suas mãos até as alças da camisola e deixou que elas caíssem sem qualquer resistência. Pouco a pouco foi beijando o colo despido de Gina, deixando um rastro com a língua, mordendo levemente os seios, sugando-os com força.

Gina foi subindo a camisa dele de modo como se dissesse tire-a. E ele assim o fez, tão rápido quanto da primeira vez. Mas quando tratava-se das roupas dela, ele poderia demorar horas provocando Gina, enquanto as tirava.

"Eu odeio esse efeito que você tem sobre mim.", ela pode dizer quando os lábios de Draco já não estavam nos seus e sim beijando seus seios. Ele afastou-se para olha-la com um claro olhar de ironia.

"O que eu posso fazer?", deu de ombros e virou Gina na cama, de modo que ela ficasse em cima dele. Gina sorriu marota.

"Você pode tirar suas calças..."

Ela deslizou suas mãos até o jeans surrado e foi abrindo lentamente o zíper, os olhos grudados nos dele. "Onde você aprendeu a fazer isso?", ele perguntou enquanto deliciava-se com os gestos provocantes e estimulantes dela.

"Com você."

"O que mais você deseja, Virgínia?", Tom perguntou ao seu ouvido. Ela ainda tinha a pena nas mãos, as lágrimas marcando seu rosto corado. "Pode falar para mim."

"Eu não confio em você.", respondeu com a voz tremendo. "Não vou contar."

"Menina má.", zombou ele. "Estou pensando se devo..."

Ela ergue os olhos e fitou-o. "O que vai fazer, Tom?"

"Vou lhe dar um presente. Eu tenho passado dias para decidir qual presente seria perfeito."

"Não vou aceitar nada que venha de você.", disse olhando nos olhos esverdeados, a expressão desafiadora.

"É falta de educação negar um presente.", retrucou friamente. "Mas eu lhe perdoou."

"O que vai me dar?", perguntou engolindo em seco.

"Seus desejos mais íntimos", respondeu sorrindo e tocando sua mão com seus lábios frios. "realizados. Todos eles."

Ela brincava com os cabelos deles que estavam em desalinho. Gina podia decifrar a overdose de sentimentos que a atingiam e faziam com que ela quisesse ficar ali para sempre, deitada na cama com ele. Draco abriu os olhos e olhou instintivamente para ela, como se levasse um choque.

"Já deve ser tarde.", falou levantando-se da cama. "Vou pegar alguma coisa para você comer."

"Não se esqueça das torradas.", ela murmurou cobrindo-se.

Ela viu a porta se fechar e sem conter o sorriso afundou-se no travesseiro. Ela deu uma olhada para o livro ainda no chão e se perguntou porque o temia tanto. Talvez por acordar as lembranças de Tom e fazer lembra-la dos medos que enfrentava ao dormir e sonhar com ele, todas as noites. Mas ela estava sonhando novamente com ele. Logo quando aprendera a lutar contra seu medo e enfrentar qualquer situação...Mas suas armas pareciam não funcionar a noite, sobre tudo depois de um pesadelo...

Gina sentia-se segura com Draco, mesmo que quando fechasse seus olhos e visse o olhar maníaco de Tom, ela não se importava com isso. Não quando estava com Draco. Parecia surgir uma barreira de segurança impossível de ser quebrada.

Ela levantou-se da cama, enrolando-se no lençol e foi até as janelas, afastando as cortinas e deixando os raios solares entrarem, iluminando aquele quarto sombrio, deixando-o com uma atmosfera mais leve, menos assustadora...

Olhou novamente para o livro e foi até ele com passos vacilantes. Ela poderia sentir-se livre do medo por ter passado algumas horas com Draco, mas ela queria saber até quando, exatamente, essa segurança poderia ir.

Suas mãos oscilavam, mas ela ignorou o medo e pegou o livro, sentando-se no chão.

Não havia nada escrito ali, exceto as iniciais 'VW' que pareciam ter surgido ali recentemente. Ela sentia o cheiro de tinta fresca. Gina folheou em busca de palavras, qualquer que fossem elas. Mas não havia nada ali.

"Não tinha torradas, mas eu peguei pão e mel, você pode...", Draco entrou com uma bandeja prata nas mãos, exibindo um sorriso nos lábios de genuína felicidade. Gina não sabia se a felicidade era por si só ou por estar ali sendo útil de alguma forma. "O que você está fazendo aí? Eu não disse para você descansar?"

"Isso foi antes de você me molestar, sua idiota.", ela retrucou rindo, deixando o livro em cima da mesa.

"Você perdeu o medo do livro?", ele perguntou encarando-a.

"Não tem nada demais nele, Draco. Só páginas em branco.", mas no fundo da sua mente, alguma coisa martelava dizendo a ela que havia sim algo errado. Mas ela estava com ele e isso era tudo o que importava.

Toda sua segurança foi arrancada no momento em que acordara no dia seguinte. Draco já não estava ao seu lado e possivelmente deveria estar no seu próprio quarto, dormindo. O sol mal nascera e Gina acordara de súbito, após uma longa e terrível sessão de pesadelos. Pareciam aprisioná-la de alguma forma e aquilo assustava tanto a ponto de ficar aliviada ao acordar.

Ela se levantou de cama e cambaleou até o banheiro, despindo-se das roupas molhadas pelo suor e entrou na banheira, ligando a torneira. Pouco a pouco a banheira foi se enchendo, dando a ela uma sensação de relaxamento. Ou pelo menos era isso que ela pensava até fechar os olhos. E quando fez isso, imagens fora de foco entraram em cena, fazendo-a abrir os olhos rapidamente. Parecia ter fugido do controle. Ela não podia mais dormir, não podia mais fechar seus olhos e seus pesadelos voltavam. Algumas vezes ela distinguia algumas imagens e ficava horrorizada em constatar que na maioria delas, Tom aparecia com seu sorriso frio e mau.

Ela pegou a toalha e se enrolou nela. Não pensou duas vezes; foi até o armário, vestiu um jeans velho, uma blusa e nem se deu ao trabalho de pentear os cabelos molhados. Deixou o quarto rapidamente e foi rumo ao quarto de Draco.

"Na verdade", Draco disse após um tempo, tomando cuidado com suas próprias palavras. Ele olhou para Gina que se mantinha sentada na cama, com seus olhos castanhos e arregalados. Ele podia ver o medo estampado neles, por isso mediu suas palavras. "acho que não é motivo suficiente para falar com Dumbledore. Pense bem. Ele deve estar muito preocupado com o Potter..."

"Mas meus sonhos têm a ver com Tom. Você sabe que isso pode significar muita coisa."

"Gina...", Draco falou revirando seus olhos. "sonhos são apenas sonhos na maioria das vezes. Não precisa levar tanto a sério..."

"Você acha cinco sonhos consecutivos normal? E a chave aparecer do nada, ao lado do livro? E eu desmaiando ao toca-la?"

"Grávidas desmaiam."

"Não quando tocam em chaves."

"Algum elfo idiota deve ter colocado ali por engano."

"Que estranho!", respondeu ela sarcástica. "Colocou justamente a chave que abre o livro..."

"Ok, ok", ele deu-se por vencido e andou até a cama, sentando-se ao lado dela. "Isso foi estranho."

"Toda a história tem sido estranha, Draco."

"E o que pretende fazer? Nunca mais dormir?"

Gina se levantou bruscamente da cama. Era incrível a capacidade que Draco tinha para não levar nada a sério. Quando a situação era extremamente delicada, bastava o sarcasmo e a ironia de Draco para deixa-la incrédula. Parecia que nada podia atingi-lo realmente.

"Draco...", resmungou ela, com seus olhos agora suplicantes.

"O que é?"

"Você pode, pelo menos, fingir que se importa?"

"Você acha que eu não me importo?", ele perguntou de volta, arqueando as sobrancelhas.

"Você está sempre sarcástico, como se nada disso pudesse te atingir!", ela mexeu nervosamente nos próprios cabelos. "Eu tinha tantas coisas planejadas para fazer depois que eu saísse de Hogwarts... Entrar na faculdade, me apaixonar por algum universitário que saiba ler as constelações...", ela bufou de raiva quando Draco fez uma careta ao ouvir aquilo. "viver até meus vinte e seis anos com ele, fazendo sexo como toda pessoa normal pode fazer nessa idade. Casar, ter filhos...E de repente nada disso vai acontecer! Bem, exceto a parte de ter filhos..."

"O que você quer que eu faça?", ele perguntou irritado. "Porque eu não sei o que fazer agora."

"Talvez você pudesse fingir que se preocupa, entrar em pânico...Eu não sei!"

"Quer que eu entre em pânico?", perguntou ele incrédulo.

"As vezes é bom entrar em pânico, você sabe. As pessoas estão sempre entrando em pânico...O medo as vezes é importante, pois ele nos faz ver que sempre há algo com que...", Draco não a deixou terminar o que queria dizer. As palavras foram abafadas por lábios ávidos, línguas procurando preencher o espaço da boca dela. Ele tinha as mãos no rosto dela, enquanto a beijava com força.

Eles se afastaram e Gina perguntou, suspirante.

"O que você está fazendo?"

"Entrando em pânico", respondeu ele antes de fazê-la deitar na cama, seu corpo em cima do dela.

"O que acha que devemos fazer?", ela perguntou ainda abraçada a ele.

"Você tem que arrumar alguma coisa para se distrair. Talvez seja a tensão dos últimos dias...Sonhos são só sonhos. Nada daquilo é real."

"Você parece um psicólogo falando.", ela sussurrou.

"Um o que?"

"Hmm", fez ela ignorando-o. "Acho melhor ir para o meu quarto. Eu quero trocar de roupa."

"Claro.", ele disse permitindo que Gina se distanciasse dele, apesar de se sentir contrariado. Ele sentou-se na cama e a assistiu a vestir as roupas amassadas no chão. "Você vai tomar café?", não era algo inteligente para se dizer, mas Draco parecia ter se esquecido de todas as conversas inteligentes ou de todos os argumentos aceitáveis. Alguma coisa estava errada com ele.

"Vou.", ela respondeu deixando-se sorrir. "Quero comer torradas."

"Qual é o problema com minha lista?", ela perguntou com as sobrancelhas franzidas. Ela o olhava interrogativamente, como se quisesse respostas convincentes. Draco revirou seus olhos cinzentos e afundou-se ainda mais na poltrona.

"Porque você não pode estar falando sério quando coloca o nome daquele imbecil na lista."

"Harry não é um imbecil.", ela o defendeu sentindo uma onda de raiva invadi-la. "Engraçado", disse ela ironicamente dando dois passos até ele. "eu não reclamei quando você convidou Lynne!"

"Nós não temos mais nada", ele esclareceu rapidamente. "Nós terminamos..."

"Eu e Harry também não temos nada. Aliás, você sabe que nunca tivemos nada."

"Ele está apaixonado por você.", defendeu-se. "Além do mais eu não gosto dele."

"E eu não gosto da Lynne."

"Vocês já foram amigas, você pode agüentar..."

"SEM CHANCES!", ela gritou, seu rosto tão vermelho quanto os cabelos. "Podemos fazer o seguinte.", disse ela depois de respirar fundo e contar até dez. "Você não convida Lynne e eu não convido Harry."

"Ok", disse ele revirando os olhos e sorrindo. "Tanto faz para mim."

Ela não fazia idéia dos motivos reais que faziam com que ela, Gina Weasley estivesse ali, furtivamente. Talvez a insegurança sem explicação - afinal, estavam prestes a se casar -, ou por ter sonhando com Draco e Lynne beijando-se provocantemente a sua frente. Poderia soar infantil até mesmo para ela. Mas lá estava Gina, sentindo-se estúpida por ser tão insegura, abrindo a porta vagarosamente e entrando no quarto. Ela ouviu o barulho de chuveiro e sentiu-se aliviada.

Ela olhou na escrivaninha, procurando alguma coisa que pudesse ser importante. Ela esperava encontrar qualquer coisa - o retrato de Lynne ou uma algema revelando suas fantasias sexuais. -, menos o que ela viu logo que pôs os olhos na mesa.

Ela pegou cuidadosamente o pergaminho e o abriu, lendo a caligrafia de Lynne.

"Eu recebi o seu convite de casamento e me pergunto se você está louco. É claro que eu não vou. Não quero vê-la tomar posse do que é meu por direito. Francamente, Draco. Quando você disse que poderíamos ser amantes, eu não aceitei.

Mas agora...Você não sabe o que eu tenho pensado nos últimos dias. Você tão longe, perto dela...As vezes eu acho que vou ter um ataque. Eu sinto sua falta, Draco. E sobre termos uma relação às escondidas, eu aceito.

Mas isso não significa que vou ao casamento. Não vou mesmo! Podemos nos encontrar um dia desses, você me manda alguma responda marcando o encontro.

Te amo,

Lynne."

E de repente não sentia-se tão estúpida.

"Droga", murmurou pela milésima vez. Os olhos cansados de chorar, encontravam-se vermelhos. Ela não podia explicar que sentimento era aquele que parecia explodir dentro dela. Ela estava em seu quarto, andando de um lado para o outro, tentando conter as lágrimas e parar de chorar.

Então tudo ficou claro. Seus olhos repousaram no livro e teve uma súbita vontade de escrever nele. Era inexplicável o que vinha em sua mente. Parecia que o metal do livro era, na verdade, algum tipo de ima que fazia com seu corpo fosse indo em sua direção.

Sem pensar, pegou uma pena em cima da mesa, sentou-se na cadeira, frente à escrivaninha e escreveu, com todo o sentimento acumulado:

Eu queria que ele me amasse do mesmo jeito que eu o amo, mas eu sei que isso nunca vai ser real. Gostaria que eu não o amasse tanto, ou pelo menos, não existisse nada que pudesse nos unir. Se eu não estivesse grávida, eu poderia estar em Hogwarts agora. Com Courtney falando bobagens, Harry dizendo que me ama...Tudo seria normal, seria bem melhor.

Eu desejaria, se me dessem o direito de um desejo realizado, que eu não estivesse engravidado...

E tudo desapareceu na sua frente, novamente.

N/A: Tudo ao seu tempo. Me perguntaram o que significava a chave e o que tinha a ver com a morte. Clama! Tudo será explicado no seu devido tempo, Ok?

Desculpem, mas eu não tive tempo para responder aos reviews! Me perdoem!

Mas eu respondo no cap que vem. Eu JURO! E se vocês quiserem o próximo capítulo logo, é só mandarem bastante reviews!

Já sabem, não? Só posto quando vocês me mandarem bastantes reviews!

Ah, e desculpem a demora, ok? Tive dias horríveis...

PS: Não achei minha beta maracujá! POR ISSO NÃO ESTÁ BETADA!PERDÃO!

Amo vocês!