CAPÍTULO 7
Por amor
–-Como vai, Harry? – cumprimentou o Ministro, estendendo a mão para o rapaz.
Harry, desconfiado, apertou. Não tinha por que maltratar Cornélio Fudge, já que as relações entre ele e o Ministro eram as melhores possíveis, principalmente após Harry pôr fim, pela segunda e definitiva vez, o império Voldemort.
–-Precisa perguntar como eu vou? – disse Harry, desanimado, não querendo ser grosseiro, mas passando a todos essa impressão. Ele fez um gesto, abrangendo a enfermaria. – Olhe bem ao redor. A única paciente da enfermaria. Adivinha como eu estou? Bem é que não é. Estou mal, péssimo...
Um silêncio constrangedor. Rony batia os pés, inquieto pelo modo como o amigo falava com o Ministro, e Bright sorria torto para Cornélio, igualmente sem graça.
O Ministro ficou calado, olhando para Harry, que estava escorado sobre a parede, olhando para o chão. Quem quebrou o silêncio foi o próprio Harry.
–-Acredito que o senhor Ministro tenha vindo aqui por causa do que o Profeta Diário publicou. A notícia de primeira página. A grande bomba – falou Harry, dessa vez, realmente irônico.
–-Mais ou menos, Potter – falou Cornélio, esfregando as mãos. – Sim, eu fiquei sabendo pelo Profeta, mas não é por isso que eu vim até aqui...
–-Então veio cobrar medidas rápidas. Dar para mim e Gina o prazo imposto pela Lei. Um prazo absurdo, que nem valoriza os sentimentos de um pai e de uma mãe.
–-Nada disso – disse o Ministro, agora esfregando as mãos com mais força. – Eu só queria conversar com você e com sua esposa, ver o que podíamos fazer...
–-Para que?
–-Para passarmos por cima da Lei – Harry finalmente levantou os olhos, surpreso. – Eu estou disposto a dar a vocês o tempo que precisarem para tomar a decisão.
Harry pensou, de início, que estava ouvindo errado. Mas o sorriso no rosto do Ministro o convenceu de que realmente tinha escutado. Ele olhou para Rony – que estava com a boca aberta – e para Bright – que tinha a testa franzida.
–-Será uma honra passar por cima da Lei para lhe ajudar – explicou o Ministro. – Eu devo à paz que temos hoje, assim como todo o mundo bruxo, a você. Será uma forma de agradecer por tudo o que você fez pelos bruxos, Harry. Você nos deu a paz, e eu espero, com essa atitude, oferecer-lhe um pouco de paz. Paz para que você e Gina possam pensar com tranqüilidade no melhor caminho a seguir.
Harry sentiu uma parte do peso dentro do seu peito se desmanchar. Ainda estava pesado, mas aliviou um pouco.
–-Obrigado, Ministro – agradeceu, ligeiramente desorientado.
–-Sem agradecimentos – disse Cornélio, colocando uma mão no ombro do rapaz. – Aliás, vocês estão divididos. Qual o seu ponto de vista?
–-Eu acho que deve ser cancelada. Imagine, deixar a minha filha sofrendo aqui...
–-Muito complicado... Mas... Tenho que ir, muitas coisas para resolver... Espero ter ajudado nem que seja um pouquinho...
–-Ajudou, claro.
O Ministro despediu-se e saiu da enfermaria, tomando o cuidado de fechar a porta atrás de si. Por sorte o corredor estava vazio – afinal, ele podia chamar muita atenção. Entrou na primeira enfermaria que encontrou. Só havia um Curandeiro lá, um velhote magro que abriu um sorriso ao ver-lhe entrar.
–-Ministro! É uma honra! – disse ele, em reverência.
–-Acides corporus!
O velhote começou a se decompor ao ser atingido pela luz azul turquesa, o que ocorreu demasiado rápido, já que havia pouca carne a ser derretida.
O único paciente da enfermaria ficou de olhos arregalados ao ver o Ministro matando o bruxo, e, logo depois, o Ministro sumir e, em seu lugar, surgir um bruxo gigantesco, medonho, com vestes muito estranhas.
O bruxo desaparatou. O paciente desmaiou de pavor.
Os outros integrantes do Magic Rock aparataram na casa dos Tribbes, atrás de Peterson. O Sr Tribbes avisou-lhes da decisão do filho, o que os três receberam com espanto.
Eles perguntaram se podiam subir. O Sr Tribbes permitiu e o trio subiu ao quarto do rapaz, local que eles sabiam muito bem onde era – afinal, na época em que não passavam de um reles grupo de amadores, compunham as letras lá.
Atravessaram o amplo corredor forrado em carpete vermelho e encontraram a porta de Pet – a penúltima do corredor – entreaberta. Peterson estava sentado sobre a cama, de costas para a porta, tendo a mala desarrumada em frente e uma revista aberta na mão. Era a Bruxo Bizz, que trazia na capa o Magic Rock, com o destaque: MAGIC ROCK EXPLODE EM TODA A EUROPA.
–-Pet? – chamou um deles, Ray, o baterista, que era baixinho e, apesar de usar sempre roupas descoladas, era tranqüilo.
Peterson virou-se e encarou os amigos. Eles puderam perceber o inchaço dos olhos do rapaz.
–-O que houve, cara? – perguntou Joey, o guitarrista. O mais descolado do trio, tinha cabelos verdes e arrepiados, piercing no queixo e nas sobrancelhas. – Algum problema?
–-Não. Nenhum – ele se esforçou para manter a pose e a voz firme.
–-Não parece – falou Joey. – Seus olhos estão inchados, seu rosto está pálido e você, o mais entusiasmado, o fundador do Magic Rock, o vocalista do grupo, desarruma a mala – ele apontou para a confusão de roupas no chão – e diz que não tem nenhum problema?
–-Calma Joey – recomendou F.J., baixista.
–-Que calma o que, Frank Junior! – reclamou Joey, demonstrando nervosismo, afinal, todos que conheciam F.J. só o chamavam pelo nome em situações tensas e nervosas. – Isso tudo é muito estranho, brother. Olha só pro Pet. Está com jeito de deprimido...
–-Joey! – Ray tentou barrar.
–-...Mas mesmo assim mente que está tudo bem e cancela a turnê. A turnê! A turnê em Portugal! – ele terminou com a voz chorosa.
–-Ele tem razão, Pet – concordou Ray. Peterson apenas observava. – Desde que não éramos nada, você dizia que seu sonho era divulgar o nosso trabalho por todos os países. Sempre foi o mais entusiasmado. E quando ficamos sabendo que faríamos shows pela Europa inteira, você foi o que mais comemorou. Perguntou até quais seriam os paises.
–-E se eu mudei de opinião? – manifestou-se Pet. – De repente eu não quero mais ir para essa turnê. Tem algo de estranho nisso?
–-Tem tudo de estranho, Pet – disse Joey, ainda inconformado. – Quando entramos no quarto você estava com a revista na mão, com todos nós na capa, cabisbaixo. Brother, você está sentido por deixar a turnê, mas não consigo entender, brotherpor que você não quer, mas insiste em deixar.
–-Eu não devo satisfações a vocês...
–-Pet – insistiu Joey, pousando a mão no ombro do amigo. – Cai na real, brotherPrecisamos de satisfações sim. Você é o vocalista. Se qualquer um de nós desistisse misteriosamente, como você está fazendo, poderia ter um jeito. Mas sendo você, não tem jeito. Se você continuar com esse chilique...
–-Olha como fala, Joey...
–-Sim, chilique, Pet. Desculpe, brother, mas é a única palavra que encontro para definir isso. Afinal, é impossível existir alguma coisa mais importante que o grupo para fazer você desistir de uma turnê por toda a Europa.
–-Mas tem sim – disse Peterson. – Mas eu não quero falar sobre isso.
Joey bateu as mãos nas pernas, nervoso.
–-Peterson, por favor. Pense bem no que você está fazendo. Isso pode ferrar o grupo de tal forma, brother, que... Sem palavras... Perderemos muita grana, muita popularidade, até prêmios... Esses dois aqui – apontou para Ray e F.J. – não querem falar nada pra não te chatear. Mas eu sou da onda da sinceridade, e vou ser sincero na minha última tentativa, brother: Você está disposto a ferrar o grupo por causa desse outro motivo aí?
-Não vou ferrar grupo algum – falou Peterson. – Podemos nos dar mal por conta do cancelamento da turnê, mas... Vamos nos reerguer depois, novas turnês virão, e...
–-Então essa já era?
Peterson suspirou.
–-Lamento, Joey, mas... Está decidido. Eu não vou mesmo.
Joey também suspirou. Percebeu que de nada adiantava, apanhou a maleta da guitarra e saiu sem mais palavras. Ray e F.J. não haviam trazido os instrumentos, de modo que não tinham mais nada para fazer ali. Ficaram meio hesitantes, mas apertaram a mão de Peterson.
–-Sei que vocês devem estar morrendo de raiva de mim, mas...
–-Raiva não, Pet – corrigiu F.J. – Incompreensão é mais correto. Não podemos te entender, mas... Fazer o que?
O trio se entreolhou, antes de Ray e F.J. saírem do quarto. Assim que os passos dos dois tornaram-se distantes, Pet apanhou a revista novamente, agora incapaz de segurar as lágrimas. Elas marcaram a capa, deixando pingos de água sobre a foto do grupo, a foto que indicava o sonho de Pet, o sonho que ele mesmo cancelara antes de tornar-se realidade. O sonho que ele cancelara por amor a Gina.
-Brother, isso é caso de psiquiatra! Não é possível que o Peterson tenha mudado de idéia tão rápido assim – disse Joey, enquanto desciam as escadas.
–-Não exagera – falou F.J. – Alguma boa razão para isso deve ter.
Chegaram na sala. O Sr e a Sra Tribbes estavam lá, aguardando os jovens, na esperança de que Peterson tivesse mudado de idéia e se decidido a ir para a turnê. Mas, assim que viram os rostos dos três jovens, perderam a esperança.
-Ele não vai mesmo? – perguntou a senhora, aflita.
–-Não – respondeu Ray. – E olha que o Joey insistiu muito... Até demais – ele olhou de soslaio para o colega. – Sem chances. O Pet está mesmo decidido.
–-Não dá pra acreditar – falou ela.
–-Não mesmo, Sra Tribbes – concordou F.J. – Não podemos fazer mais nada. Falaremos com o nosso agente, ele não vai acreditar muito que o Pet tenha decidido... Ele pode aparecer por aí. Vamos, galera?
Joey e Ray se despediram dos Tribbes. No momento em que Ray apertava a mão do Sr Tribbes, o velho lembrou-se de um fato.
–-Então, Ray, como vai o seu problema com... Aquela mulher – o Sr Tribbes pretendia ser o mais discreto possível.
–-Que problema?
–-Ah você não sabe que eu sei... Mas eu já sei de tudo, você pode se abrir comigo. Pet me contou.
–-Um problema, com uma mulher? Mas não existe problema algum...
–-Aquele seu rolo com a mulher que está noiva do seu amigo – o Sr Tribbes baixou a voz.
–-Sr Tribbes, Pet deve estar pirado. Não existe rolo algum com mulher alguma!
Dito isso, Ray saiu acompanhado dos outros, deixando o Sr Tribbes com uma expressão de grande confusão.
Peterson passou a tarde inteira em meio a visões. Visões sobre como seria a turnê em Portugal, visões da platéia cantando a música do grupo de cor, visões dos portugueses pedindo autógrafos, das fãs segurando pôsteres...
Teria seguido o caminho certo? Largando uma oportunidade de trabalho por amor? Será que o amor valia mais do que o trabalho? Pra piorar, um amor impossível, um amor de sonhos, um amor que nunca se realizaria...
Mas ele precisava dar apoio a Gina. Mesmo que fosse disfarçando que estava agindo por amizade. Precisava consola-la num momento tão complicado. E ajudaria Harry, seu amigo, também.
Ao entardecer, resolveu tomar uma decisão. Levantou-se da cama, destrancou a porta, cruzou os corredores e desceu correndo a escada. O Sr Tribbes, curioso, perguntou:
–-Aonde o rapaz vai?
–-Pra casa da Gina, pai... E do Harry – completou ele, percebendo o furo. Depois saiu, ainda em disparada, sem mais explicações.
O Sr Tribbes alisou o bigode, pensativo, analisando o comportamento do filho com os últimos acontecimentos.
–-Algum problema? – perguntou a esposa, estranhando-o.
–-Só estava pensando numas coisas aqui... Bobagem... Mas, eu queria a sua opinião, querida.
–-Minha opinião? No que? Na loucura do Pet em desistir da turnê?
–-Não.
–-No que então?
–-Você acha que alguém seria capaz de desistir do maior sonho de sua vida por amor?
Gina estava na cozinha, bebendo um copo de suco de abóbora, quando a campainha tocou. Estava cabisbaixa com a notícia que o "Profeta" publicara, e mais ainda pela visita que fizera à filha durante a tarde. Ela imaginava que, de alguma forma, o que ocorrera no dia anterior pudesse ser mentira, algum pesadelo muito próximo da realidade. Mas, naquela tarde, ela constatara que não.
Foi até a porta e a abriu. Peterson estava lá, usando jeans e um blusão cinza.
–-Será que posso entrar? – perguntou ele, com um sorriso.
–-Claro, Pet. Nem precisa pedir – ela abriu passagem para que ele entrasse. – Fique à vontade.
Harry mexia com a boneca das Esquisitonas em frente ao rosto de Estelle. Contorcia a perninha da boneca, despenteava o cabelo dela, esperando um sorriso de Estelle. Nada adiantou.
–-Sr Potter, já está anoitecendo – avisou o Curandeiro Bright. – É melhor ir para casa.
–-É. Tem razão – respondeu Harry, fungando. – Eu ainda tinha esperança de que ela reagisse, acredita? Mas pelo que vejo...
–-Infelizmente, Sr Potter, isso não vai ter volta...
–-Eu sei. Mas vê-la aqui aumenta ainda mais o meu desgosto. Fica uma agonia aqui dentro, sabe – ele apontou para o peito. – Por isso que eu queria acabar logo com tudo. Desse jeito, vendo Estelle aqui, dá a impressão de que isso vai acabar. Mas no fundo eu sei que é impossível que isso aconteça...
Harry levantou-se e apertou a mão de George Bright.
–-Amanhã eu não sei se venho... Tenho que trabalhar...
–-Se não vier, pode ter certeza de que Estelle estará sendo bem tratada.
–-E quanto a um novo Curandeiro assistente? – perguntou Harry. – O Hospital já providenciou? O senhor tem alguém em mente?
–-Ainda não... Mas estou precisando. Com essa idade, não dou conta de tudo o que preciso fazer.
–-Eu vou indo. Gina deve estar sozinha, coitada. Até amanhã, Sr Bright.
Peterson entrou meio hesitante na casa. Parou em pé no meio da sala, enquanto Gina fechou a porta e aproximou-se dele com a testa franzida.
–-Você e sua banda não viajavam hoje? – perguntou ela.
Ela o encarou fixamente, causando uma vermelhidão no rosto de Peterson. Ele se amaldiçoou por dentro pelo fato, já que estava se esforçando ao máximo para não demonstrar o nervosismo.
–-Pois é – respondeu, mexendo as mãos dentro dos bolsos do jeans. – A nossa turnê foi cancelada.
–-Que pena, Pet – lamentou Gina. – O Harry sempre me disse que o seu sonho, após vocês ficarem famosos, era divulgar o trabalho pro mundo inteiro. Você deve estar mal por isso, não?
–-É. Um pouco.
–-E por que foi cancelada? Algum problema sério?
Peterson considerou a pergunta antes de responde-la. Não queria que Gina soubesse que fora por causa do sofrimento dela, e de Harry também, de certa forma. Afinal, já podia visualizar o que ocorreria se contasse a verdade. Gina prorromperia em frases do tipo: "Nem pensar", ou, "Você não pode sacrificar uma coisa tão importante para a sua carreira por causa do meu problema e o do Harry", ou, "Obrigada, mas deixe de bobagem. Vá realizar o seu sonho". Não, a verdade estava fora de cogitação. Pensou rapidamente numa desculpa.
–-Não foi nada de grave. É que um dos integrantes, o F.J., perdeu uma tia ontem. Pelo luto, respeitando o momento dele, resolvemos cancelar...
–-Não teve como adiar?
–-Não – respondeu ele, encarando o carpete e pensando em como mentia mal. – Porque o nosso agente ficou uma fera e cancelou tudo...
Gina pareceu aceitar o que ele disse, mas na cabeça de Peterson aquilo soou como a coisa mais estapafúrdia que ele ouvira. Ele criara um verdadeiro "agente monstro".
–-Que pena. Espero que isso não prejudique a carreira de vocês...
–-Perderemos grana. Muita grana. Mas nada tão sério assim... E novas oportunidades surgirão. É assim que eu penso.
–-Sente-se – disse Gina, indicando o sofá.
Peterson sentou-se. Gina sentou ao seu lado, o que ele lamentou por dentro. Tinha esperanças de que ela se sentasse no outro. Para piorar, ela olhava para ele. Peterson sentiu o rosto esquentar ainda mais e começou a tremer um pouco. Para seu desespero, Gina percebeu.
–-Algum problema, Pet?
–-Não – ele tentou sorrir. – Nenhum problema... Quero dizer, tem um problema sim – ele se corrigiu. – O seu e o do Harry.
–-É. Um problema gigantesco – ela suspirou. – E que agora todos sabem.
–-É por isso que eu fico assim, nervoso – ele tentou se explicar, mesmo sem que ela perguntasse. – Foi muito difícil saber o que aconteceu com Estelle. Desde ontem, quando você foi nos avisar, fico pensando... E fico tremendo só de lembrar, tremo muito...
Ele sentiu-se um completo pateta. Tinha verdade na frase, realmente aquilo grudara em sua mente, tanto que fez ele cancelar a turnê. Mas misturar aquilo com o nervosismo de estar com Gina... Era ridículo.
Gina, pelo contrário, se emocionou.
–-Nossa, Pet obrigada por se preocupar. Obrigada por sua atenção. Ainda bem que temos vizinhos e amigos como você.
Ela inclinou-se para beijar o rosto dele. Pet começou a suar, e disse, para interromper:
–-O Harry está aí?
–-Não – Gina recuou. – Está no St. Mungus. Aproveitando para ficar com Estelle agora, já que ele tem que ir para o trabalho nos próximos dias...
–-Ah – disse ele.
–-Harry também ficará agradecido pela atenção de você ao nosso problema. Sabe, Pet, que é nas horas mais conturbadas e difíceis das nossas vidas que descobrimos quem verdadeiramente são os nossos amigos? E você está se mostrando um grande amigo.
Ela estava se inclinando de novo. Peterson sentia uma fogueira arder em seu rosto, ao mesmo tempo em que tremia como se estivesse com frio. E o beijo, que ele tanto queria, mas ao mesmo tempo não.
Gina deu-lhe o beijo no rosto.
E, naquele instante, um estalo indicou a chegada de Harry.
Peterson afastou o rosto imediatamente, assustado, enquanto Harry olhava para ele e Gina.
N/A: Se alguém está lendo essa fic, por favor, mande uma review... E, prometo, apesar de ser triste, o final pode reverter essa situação
