Capitulo T.
Na outra manhã, os marotos estavam sentados em seu canto da Sala Comunal, Remo estava lendo um livro, Pedro comendo, Tiago estava emburrado por ter sido acordado bruscamente por Sirius, e este estava zombando do amigo.
-Não gostou por que estava tendo sonhos eróticos, não é? – brincou Sirius.
-Não foi isso! – negou Tiago.
-Aposto como foi... – disse Pedro, botando mais lenha na fogueira.
-Apostou errado! – disse Tiago, negando novamente.
-Não precisa mentir, Pontas, somos seus amigos. – disse Remo.
-Até tu, Aluado? – perguntou Tiago, dramaticamente.
Remo riu.
-Se não estava tendo sonhos eróticos, com o que sonhava? – perguntou Sirius.
Tiago lembrou do sonho. Seu rosto se iluminou.
Estava nevando, e ele estava sentado na neve, quando de repente Lily joga uma bola de neve nele e sai correndo. Ele a segue e quando os dois estavam chegando na parte mais importante, ele sente uma pancada. E acorda com Sirius tacando travesseiros nele.
Olhou com uma cara emburrada para Sirius. Tiago não podia tê-la na vida real, então o que custava Sirius deixar o amigo sonhar um pouco?
Então sua cara emburrada se desfez, e se iluminou. Ela estava passando. Estava sozinha, e tinha uma cara de sono. Segurava alguns livros e caminhava em direção à saída.
Ele se levantou de imediato e a seguiu.
-Bom dia. – ele disse.
Ela o olhou com uma cara de descrença.
-O que quer, Potter? – ela perguntou.
-Só desejar bom dia para meu único e eterno amor. – respondeu sorrindo.
-Que estranho, pensei que ontem o seu único e eterno amor se chamasse Hillary Foster. – retrucou Lily com ironia.
-Que bonitinho Lily! – exclamou Tiago. – Ciúmes?
-Nunca. – respondeu ela imediatamente.
Os dois saíram pelo buraco do retrato, discutindo.
-Pois parecia ciúme. – disse Tiago, sorrindo.
-Pois não é! Pare de sorrir!
-Por que? Te incomoda? – perguntou ele, sorrindo ainda mais.
-Sim, me incomoda. – respondeu Lily irritada.
-E isso te incomoda? – perguntou se aproximando rapidamente dela.
Lily se assustou. Tiago estava muito perto. E continuava vindo. Ela fechou os olhos.
-Potter!
Ele se afastou dela. A professora McGonagall estava perto do dois, com uma estranha expressão. Olhava intensamente para Tiago.
-Desculpa, professora. – ele disse, apresado. – Não é nada disso que a senhora está pensando...
-Venha comigo, Potter – ela disse.
Aquela estranha expressão estava incomodando-o. Não parecia uma expressão de censura. Parecia algo como... pena... tristeza.
Ele a acompanhou até a sala dela.
-Bem Potter... Estou te dando cinco dias de descanso... Pelo que houve. Pode levar seus amigos também, se quiser – ela começou.
Tiago olhou para ela sem entender. Ele estava tentando beijar Lily, e por isso ela estava dando a ele cinco dias de descanso?
-Desculpe, professora. – ele disse. – Mas eu não estou te entendendo.
-Quer dizer que você ainda não soube? – ela perguntou, olhando com pena.
Ele se assustou.
-Não... o que quer que seja, não, não soube. – ele respondeu.
McGonagall suspirou.
-O Sr. e a Sra. Potter – McGonagall começou. – Seus pais, faleceram. Eles...
Tiago ficou tão chocado que não falou nada. Ele escorregou lentamente pela cadeira, com lágrimas nos olhos.
-Potter...
Ele não respondeu. Se levantou rapidamente e se virou, ficando de costas para ela.
-Eu estou b-bem. – ele disse com a voz fraca – Vou arrumar as minhas coisas.
Abriu a porta rapidamente e saiu correndo pelo castelo. Chegou rapidamente ao retrato onde Lily ainda se encontrava, aguardando.
-O que acon... – mas ele não deu chance para que ela pudesse terminar de falar. Murmurou rapidamente a senha e entrou, correndo. – teceu ?
Tiago subiu a escada em caracol que dava para o dormitório de dois em dois degraus, rapidamente. Enfiou várias mudas de roupa na mala sem sequer ver o que estava pondo.
-Não pode ser verdade. – repetia para si mesmo. – Não pode.
-O que não pode ser verdade, Pontas? – perguntou Sirius que acabara de entrar.
Ele não respondeu de imediato, mas depois disse, lentamente:
-Sirius... Meus pais... Meus pais morreram.
-Como assim? – perguntou Sirius lentamente – Como eles morreram?
-Eu não sei... Não acho que suportaria ouvir... – respondeu Tiago.
-Quem te contou?
-McGonagall.
-Então eu posso perguntar pra ela...
-Não precisa. – disse Tiago, com tom de quem encerra a conversa. – Eu vou ficar sabendo quando chegar lá. – e depois se lembrou de algo. – McGonagall disse que eu posso levar alguns amigos, você quer ir?
-Você ainda pergunta? – respondeu Sirius indignado. – É claro que eu vou. Remo e Pedro também deverão...
-E eu queria... – interrompeu Tiago. Sua voz, apesar de fraca, estava triste e pesarosa como nunca. Sirius parou de falar imediatamente.
-Eu gostaria que a Lily fosse. – disse, tristemente. – Mas sei que ela não vai. – e pôs alguns objetos em sua mala. – É melhor eu me apressar. O trem que vai nos levar parte daqui a pouco.
-Vou chamar os outros... – disse Sirius. E saiu do quarto.
Tiago caiu no chão de joelhos. Pôs as mãos na cabeça e começou a chorar descontroladamente.
Lily empurrou a porta do quarto vagarosamente e encontrou Tiago chorando.
-Potter?
Ele olhou para ela.
-Evans? – ele se levantou rapidamente, deu as costas para ela e enxugou as lágrimas na gola da camisa.
-Por que você está chorando?
-Que bobagem... Eu não estou chorando! – ele respondeu.
Ela chegou mais perto.
-Sabe... Eu sei que talvez não seja hora, mas eu ia falar com você ontem. – ela começou. – Ia te perdoar.
Ele olhou para ela, surpreso.
-Ia mesmo?
-Ia. – Lily respondeu. – Mas então ouvi que você e a Foster estavam juntos. Daí eu não te procurei por medo. Medo de te encontrar com ela. – ela fez uma pausa e depois recomeçou. – Eu aprendi que não podemos deixar certas coisas para trás. E outras nós temos mesmo é que deixar e não deixar que elas nos acompanhem pro resto da vida. Como a mágoa. Não quero que a minha mágoa por você me acompanhe para o resto da vida.
"Foi difícil admitir e vir aqui, mesmo por que ontem mesmo você estava cometendo mais uma de suas burradas. Mas hoje em frente ao retrato eu notei uma coisa".
Ela fez uma pausa e ele ficou esperando ansioso. Lily não sabia se deveria fazer aquilo. Mas o que ela não devia mesmo fazer era fechar as portas para a felicidade.
-Eu percebi. – disse Lily. – Percebi que eu realmente queria que você se aproximasse mais. Percebi que queria que você me beijasse.
Em outras circunstâncias ela esperaria que ele fosse até ela e realizasse a sua vontade. Mas não foi o que aconteceu. Ele fitou-a intensamente enquanto ela se aproximava. Lily se sentou ao lado de Tiago e esperou que a reação dele fosse automática. Ele a abraçou.
-Me desculpe, então. Por tudo. – ele disse, enquanto a abraçava fortemente.
-Eu já te desculpei.
-É uma pena... – ele disse. – Uma pena que nós não possamos aproveitar esse momento Lily, por que aconteceu uma fatalidade...
-O que aconteceu? – ela perguntou de imediato.
-Meus pais... morreram. – ele disse. E evitou piscar para não chorar mais.
Lily riu dele.
-Não precisa segurar o choro. Todos sabemos que você é homem. – e se lembrou de algo que fora dito para ela. – Suas lágrimas só mostram o quanto você é humano.
Então ela sentiu uma gota d'água cair em seu ombro.
Tiago se afastou e enxugou as lágrimas.
-Eu tenho que crescer. – ele disse. – Estou sendo muito infantil...
-Claro que não! Seus pais acabaram de morrer! Eu esperaria essa reação, se não pior! – protestou Lily.
-Tenho que aceitar isso. Eu nem ao menos sei como eles morreram. Eu tenho que crescer. – ele disse.
Ele a abraçou novamente. E se lembrou de algo.
-Desculpe em te envolver mais... Você gostaria de ir comigo? – ele convidou.
-Ir aonde? – perguntou ela.
-No enterro...
Ela fez que sim com a cabeça.
-Claro... Eu posso?
-McGonagall disse que eu posso levar alguns amigos... Estamos indo daqui a pouco... – disse Tiago.
Ela se soltou do abraço.
-Eu vou arrumar as minhas coisas.
Ela se levantou e saiu do quarto. Sirius voltou algum tempo depois com Remo e Pedro, com expressões solenes.
-Sinto muito. – disse Remo a Tiago.
-Eu também... – disse Pedro.
Tiago assentiu com a cabeça, um sinal para significar que ele estava ouvindo e estava grato com a comoção dos amigos. Fechou a mala, finalmente e se sentou em sua cama.
-Vamos... Se apressem. Não quero perder o trem de hoje. – disse Tiago aos amigos, que estavam juntando suas coisas.
Ele desceu para a Sala Comunal com a mala. A maioria das pessoas que estavam ali reunidas foram perguntar para ele o que acontecera, mas ele não dissera nada.
-Tenho que ir para casa resolver um assunto muito importante. Coisa de família. Realmente importante. – ele disse isso, somente.
Ele se sentou em uma poltrona enquanto esperava os outros três marotos e Lily. Observou através da janela o dia ensolarado que fazia lá fora. Tantas pessoas deviam estar lá, naquele domingo ensolarado, se divertindo, enquanto ele estava ali, com uma enorme tragédia pesando em seu coração.
Enquanto estava sentado observando as pessoas ao seu redor, interceptou uma parte da conversa de duas garotas de seu ano.
-Parece que o prof. Slughorn sumiu.
-Mas por que?
-Dizem que ele fugiu.
-Com qual motivo?
A profª. McGonagall adentrou o Salão para falar com Tiago.
-Potter, o trem parte daqui a quarenta minutos. Para chegar a Hogsmeade são vinte minutos, então acho melhor você apressar seus amigos. Eu vou acompanhá-los. – ela informou.
McGonagall se sentou ao lado dele sem dizer nem mais uma palavra e ficou esperando pelos amigos do garoto.
-Professora... Como – algo travou em sua garganta, então ele fez uma pausa. E continuou com a voz fraca. – Como meus pais morreram?
-Ah meu garoto... – McGonagall começou com uma expressão que nunca havia usado. – Eles foram assassinados.
Tiago ficou surpreso. Esperava por essa resposta, mas rezava para que não fosse essa a resposta da professora.
-Por quem?
-Aquele...
Aquele... – ela gaguejou. – Você-Sabe-Quem.
Os olhos dele se encheram de fúria.
-Por que? – ele perguntou, tentando se manter calmo.
-Você-Sabe-Quem está tentando obter mais seguidores. – ela respondeu. – Agora que ele já é bem conhecido e todos temem falar seu nome – nessa parte Tiago pensou "Até a senhora, professora" – ele quer encontrar mais gente que o siga. Ele procura os que possuem grande poder e assim faz uma proposta a eles. Os que aceitam tornam-se seu servos para toda a eternidade. Os que não... Ele desafia. E mata cruelmente. Não há sequer um caso de um bruxo que tenha sobrevivido.
-Por isso o prof. Slughorn fugiu, não é?
-O que ele tem a ver? – perguntou McGonagall surpresa.
-Os que tem poderes suficientes para serem procurados e não querem morrer, tampouco servir à esse cara – McGonagall arregalou os olhos ao ver Tiago tratá-lo com tanta naturalidade. – fogem. Mas eles não fugiram... Por que?
-Talvez seus pais tenham sido humildes, pensando que não teriam tanto poder para atrair Você-Sabe-Quem. Talvez queriam encarar isso de frente. Nunca saberemos – respondeu McGonagall.
-Tem que haver um porquê. E eu vou descobri-lo. – disse Tiago, com os olhos faiscando.
-Como vai descobrir, Potter? – perguntou McGonagall, temerosa.
-Estou preste a me formar. Depois disso vou procurá-lo. – respondeu ele.
-Você perdeu a sanidade mental. Nenhum bruxo, por mais poderoso até hoje conseguiu derrotá-lo.
-Mas eu vou. – jurou ele.
Em seguida seus amigos desceram com as malas. Incluindo Lily. McGonagall anotou seus nomes e pediu para todos que a seguissem. Eles levitaram suas malas e fizeram com que elas os seguissem. Pegaram uma carruagem para Hogsmeade e durante todo o caminho permaneceram em silêncio.
A viagem de trem também foi silenciosa. Uma hora falavam de uma coisa e outra de outra coisa, mas o silêncio por várias vezes invadiu o vagão. Tiago se manteve calado. Se sentou ao lado da janela e durante toda a viagem observou a paisagem lá fora, pensativo.
Quando desembarcaram havia um elfo e um motorista à espera. Foram direto para a mansão dos Potter. De fora parecia uma construção caindo aos pedaços, instável. Mas por dentro era uma grande e aconchegante mansão feita de mármore.
Cada um se instalou em cada aposento e se arrumou. O elfo chamou todos para a janta, mas Tiago não desceu. Lily pediu que um elfo preparasse uma bandeja de comida que ela ia levar para Tiago.
Depois que terminou foi ao quarto dele com uma bandeja e chamou.
-Tiago?
Algum tempo sem resposta. Passos andando em direção à porta. Ele abriu a porta vagarosamente.
-Lily?
-Eu trouxe comida...
-Não precisava.
-Claro que precisava. E se você não comer eu vou ter que dar na sua boca, como um bebê.
Tiago corou, indignado com a idéia.
-Então entre. – disse ele pegando a bandeja.
Ele se sentou em sua cama, e começou a comer, lentamente.
-Tiago... – chamou Lily. Ele desviou sua atenção da comida para ela. – O que você pensa quando lembra deles?
Ele pensou por um tempo.
-Eles eram tão alegres... Tão...
-Cheios de vida. – completou Lily. – Mesmo que eles não fossem mais tão jovens, ainda tinham muitas coisas para viver. Ainda tinham que te acompanhar por mais um tempo. Não poderiam te deixar tão cedo.
Tiago assentiu com a cabeça.
-É exatamente isso. – ele disse. – E você sabe que eles não voltarão, mas espera que a qualquer minuto eles entrem por aquela porta, ou te ajudem a solucionar um problema, que eles dêem uma luz.
"Mesmo sabendo que eles não voltarão, nós choramos por eles. Eu sei que de nada vai adiantar eu ficar aqui, parado, pensativo. Mas do que adianta a vida se a morte chega a qualquer momento? Qual é o motivo de todo esse teatrinho? Qual é o motivo de nossa existência? Se ela parece tão minúscula e insignificante... ".
-Tudo isso que acontece... – disse Lily. – Nos faz formular perguntas estranhas e extraordinárias. Que apesar de sabermos que sua resposta talvez não exista...
"Nós continuamos buscando a resposta. Assim como choramos inutilmente por pessoas que não escutam o seu choro. Seu desejo..."
Os dois ficaram em silêncio, pensando.
-Ás vezes o melhor é parar de se perguntar tudo isso e só viver. Mas quando você para e pensa, "pra quê?" você pira... – falou Tiago. – E é tão engraçado nós dois aqui, filosofando... – e riu.
Ela também riu.
-É tão estranho não é? Agora somos maiores e donos dos nossos narizes. Mas às vezes não queremos isso mais. Depois da liberdade, o que vem? – perguntou Lily.
-...
Ele terminou de comer calado. Lily pegou a bandeja e já ia saindo do quarto quando ele disse:
-O enterro é amanhã... Avise a todos.
Lily assentiu com a cabeça e saiu.
N/A: Ai está. O capitulo três tava pronto a tempos, mas só postei qdo comecei a escrever esse aqui pq escrever esse foi difícil. E ficou um coco... xP
Vai dizer q ñ fico? (se concordarem kbeças vaum rolar... rs)
Próx capitulo capitulo final! Tava pensando em escrever uma fic pra contar a vingança do Tiago .. Eu até pensei em por aki mas essa fic ñ foi feita pra isso... Eu até bolei um encontro dl e do Voldie lembrando das 3 (ou 4?) vzs q eles se confrontam e fiquei com vontade de pôr... Mas vamos ver... Tenho outras idéias prioritárias ainda... e tenho q terminar minha R/H! E tb estudar pra provaa... ai ai ai!
Eu sei q ng tah interessado entaum vamos às reviews!
Carol Sayuri Evans: Valeeeu . Eu tb aaaaaaaaaaaaaaaaamo furuba! É uma das coisas mais perfeitas q existem! É mtoooooooooooooooo lindooo! A edição 7 tah chegando daki 1 semanaaaaa! (ou 2, qm sabe...)
Q bom q vc gostou
Mazinha Black: Aaahhh brigada, vc ñ é a primeira! Ehauehuae... to zuando, to mto emocionada TT.
Aqla megera da mãe do Sirius deu vontade de esganar enqto escrevia... aheuahuehae...
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Eu tenho problemas.
Eu sei.
Até gente! Deixem + reviews!
