NA: Segundo capítulo no ar, capítulo 13 terminado no meu computador... E nenhum review... = (
Final de semana que vem, estarei postando o terceiro capítulo.
2. Primeiros sinais de problemas
Rony sentia o coração batendo rapidamente. "Isso não pode estar acontecendo." Ele olhou para seu lado. A cara de Harry mostrava que o amigo estava tão preocupado quanto ele.
- E a Gina?
Harry perguntou, se dirigindo a Dumbledore. Porque era onde eles estavam, na sala do diretor.
O jantar já havia terminado, e os garotos haviam voltado para o dormitório, apenas para encontrar a Prof. Minerva esperando por eles, com uma expressão severa. Rony lembrava estar preocupado com Hermione antes de sair do salão... e lembrava principalmente de ter esquecido completamente ela quando viu a Professora olhando para ele. "O que nós fizemos agora?" Mas aparentemente eles não haviam feito nada. A professora precisava conversar com eles. Assim, ela os conduziu até a sala do diretor e contou tudo o que havia acontecido.
Agora lá estavam eles. Tentando digerir tudo o que havia acontecido desde que Gina Weasley deixara a mesa da Grifinória aquela noite. Dumbledore levantou a mão num gesto para acalmar os garotos.
- Gina Weasley está bem. Ela foi direto para o dormitório, depois de ter contado tudo o que aconteceu para a Prof. Minerva...
- Mas o que exatamente aconteceu? - Rony não conseguiu se segurar. Ele sentiu que seu rosto e orelhas começaram a arder. - Quero dizer. Como ela pode ter sumido em pleno ar? Ela ainda pode estar lá fora, não? Caída na grama, inconsciente...
Dumbledore levantou novamente a mão, seus olhos bondosos escurecidos.
- Não. Temo dizer que ela realmente não está lá. Nós fizemos uma busca minuciosa.
- Mas então, como...?
Dumbledore se levantou. Seu rosto mostrava todo o cansaço da idade que finalmente havia chego.
- Ainda é cedo para tirarmos conclusões precipitadas. Aconselho a vocês que vão para seus dormitórios e tentem dormir. Iremos fazer de tudo para encontrarmos a Srta. Granger.
Sem escolha, Rony e Harris se levantaram e foram escoltados pela Professora Minerva até o quadro da mulher gorda. O caminho foi longo e silencioso. Nenhum dos dois conseguia falar nada. Rony nem sabia se havia algo que pudesse ser dito. Em sua mente, ele repassava as últimas horas calmamente. "Ela realmente estava furiosa comigo." Ele sentiu novamente seu coração apertando. A última imagem que ele tinha do rosto de Hermione era de raiva. Isso era o suficiente para fazer com que ele quase esmurrasse a parede quando eles entraram na sala comunal da Grifinória. A voz mais suave da professora Minerva ecoando em sua mente não trazia reconforto nenhum.
- Amanhã iremos começar uma busca intensiva. Não há muitas opções para se averiguar. Ela estava dentro do Terreno de Hogwarts quando sumiu. E ainda está dentro dos mesmos terrenos... Isso é certeza absoluta. Fiquem tranqüilos. Logo teremos a Srta. Granger novamente conosco.
Ainda em silêncio os dois garotos se dirigiam para a escada que conduzia ao dormitório masculino quando um soluço os fez parar e virar para trás.
Gina estava sentada numa das poltronas da sala comunal, abraçada aos próprios joelhos, de cabeça baixa sobre eles. Harry se aproximou, sentando ao lado dela e a abraçando, tentando reconforta-la. Rony se sentou na poltrona em frente aos dois, observando a cena.
- A culpa foi minha... - Gina murmurou, escondendo o rosto no peito de Harry, abafando mais ainda suas palavras.
Harry balançou a cabeça vigorosamente, levantando carinhosamente o rosto de Gina e a olhando nos olhos.
- A culpa não é sua, Gina!
A garota ainda soluçava, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Ela desviou os olhos do olhar de Harry.
- Mas eu...
- Harry está certo, Gina... A culpa não é sua.
A voz de Rony era seca. Ele olhava para o chão, com raiva.
- A culpa é minha. Ela só saiu da mesa mais cedo por minha causa...
- Rony...
Gina murmurou, parando de chorar e olhando preocupada para o irmão. Harry balançou a cabeça novamente.
- Não. A culpa não é de nenhum de vocês dois. Parem com isso.
Harry falava com tal intensidade que ambos os irmãos olharam surpresos para ele.
- Seja lá o que aconteceu, Hermione está bem. Não há nada que ela não possa enfrentar, se lembram? Mione é a bruxa mais bem preparada para todas as situações do mundo mágico...
As palavras trouxeram um mínimo de conforto para os três. Eles continuaram sentados na sala comunal, com o fogo crepitando sendo o único som na sala.
Infelizmente havia uma situação que Hermione Granger não estava preparada para enfrentar. E ela estava preste a enfrentá-la de frente.
1977 - Enfermaria de Hogwarts
- Ela vai ficar bem?
- É alguma coisa grave?
- Ela vai demorar muito para acordar?
- Fiquem quietos, pelo amor de Merlin!!!
Madame Pomfrey tinha o rosto vermelho. Ela colocou a vasilha de água ao lado da cama da garota inconsciente antes de virar para os cinco outros jovens que tumultuavam a enfermaria.
- Ela irá ficar bem se puder descansar apropriadamente. E isso não será possível com vocês aqui.
Ela fez um movimento para expulsar os alunos, mas foi interrompida por um movimento na cama ao lado. Hermione começava a se mexer, acordando.
- Onde eu estou?
Ela fez menção de se levantar, mas Madame Pomfrey a segurou, limitando-a a se apoiar nos travesseiros, levemente sentada.
- Na enfermaria, minha jovem.
Hermione olhou ao redor. Sem prestar realmente atenção nos objetos, mas sim às pessoas. Os marotos e Lílian a observavam, curiosos. Ela levou a mão até a testa, onde o ferimento havia estado até alguns minutos atrás.
- Enfermaria onde? O que aconteceu comigo?
- Você caiu... não sei como... Esperava que você pudesse nos dizer...
A enfermeira olhava preocupada para a garota. Hermione parecia bem confusa. Na realidade, ela estava muito confusa.
- Eu não lembro de nada que aconteceu...
- Você não lembra de nada?
O tom de voz da enfermeira era mais preocupante. Hermione balançou a cabeça negativamente antes de olhar para os jovens ao redor, novamente. Ela olhou para Sirius, corando.
- Eu lembro de você...
Todos se viraram para Sirius. Ele tossiu, se sentindo um pouco desconfortável.
- Porque fui eu que a carreguei para cá, depois de você cair... Nós estávamos preocupados e curiosos...
- Curiosos? - Hermione perguntou
- Quero dizer... Você é da Grifinória, não é? - Sirius disse, apontando para o emblema nas vestes da garota. - Mas não lembro de ter visto você por aqui antes.
Hermione olhou confusa para onde o garoto apontava. Em seu peito, havia um emblema dourado e vermelho, de um leão. Ao olhar as vestes dos outros jovens, todos eles tinham o mesmo emblema.
- Grifinória? O que isso quer dizer? Onde fica isso?
Os garotos trocaram olhares, sem entender nada. Madame Promfey se sentou na cama, ao lado de Hermione, olhando para a garota mais preocupada do que antes.
- Querida, você poderia me dizer seu nome?
"Uma pergunta fácil." Hermione pensou. Mas logo chegou a conclusão que não tinha uma resposta. "Qual meu nome?" Com um certo pânico, ela olhou para a enfermeira. Hermione ficou em silêncio, tentando resgatar algo que a indicasse uma resposta. Quando finalmente surgiram palavras em sua mente, ela murmurou.
- Eu... não sei.
As horas seguintes passaram como um borrão nas lembranças de Hermione. Os jovens que se encontravam na enfermaria foram convidados a se retirarem, apesar dos protestos, enquanto a enfermeira entrou por uma porta, ao fundo da enfermaria. Minutos depois ela voltou, acompanhada por um senhor de longas barbas brancas. Ele se sentou na cadeira ao lado da cama da garota, olhando-a intensamente. Hermione corou, se sentindo um pouco incomodada.
Ela se lembrava dele ter se apresentado como Alvos Dumbledore, diretor da Hogwarts. Aparentemente, onde ela se encontrava. O diretor foi conciso em seu interrogatório. Atrás dos óculos em meia-lua Hermione conseguia identificar um olhar preocupado.
- Bem, realmente este é um caso complicado. A amnésia dela não parece ter sido causada por alguma mágica ou poção.
Hermione olhou o homem, pesando as duas últimas palavras. "Mágica? Poção?" Mas antes que ela pudesse interroga-lo sobre qualquer coisa, ele se levantou, colocando a mão sobre sua cabeça, dando um leve sorriso.
- Seja como for. Acredito que a única coisa que podemos fazer agora é a deixarmos descansar. Amanhã de manhã virei novamente visitá-la. Então poderemos pensar melhor sobre sua situação. No momento, apenas durma. Madame Pomfrey irá ministrar um remédio que irá ajuda-la a dormir.
Dizendo isso, o diretor abriu espaço para que a enfermeira se aproximasse, carregando um frasco com um líquido verde. Hermione olhou torto para o conteúdo do vidro, mas ao ver o olhar seguro de Dumbledore, ela respirou fundo e engoliu. Para sua surpresa, o líquido não tinha gosto, e causava uma confortável sensação de formigamento pelo corpo todo.
Ela se deitou novamente, sentindo os olhos se fecharem. Logo seria de manhã, e provavelmente ela estaria mais perto das respostas que procurava.
Enquanto isso, na sala comunal da Grifinória, cinco garotos se debruçavam sobre uma das mesas, sussurrando. Aberto em cima da mesa estava um pergaminho. Com linhas e pontos coloridos se mexendo, eles olhavam atentamente para a sala intitulada enfermaria. Um ponto permanecia parado, enquanto outros dois pontos se moviam: um para o corredor, outro para o escritório da enfermeira.
- Parece que finalmente Dumbledore e Madame Pomfrey saíram de lá. Vocês acham que eles conseguiram descobrir alguma coisa sobre ela?
Tiago disse, se levantando e esticando o braço sobre a cabeça. Lílian deu de ombros.
- Não sei... mas parece que aquela garota... - ela olhou para o ponto parado na enfermaria - Hermione Granger... estava em algum tipo de apuro... Vocês não acham?
- Hermione Granger.. - Sirius murmurou, pensativo. - Eu nunca ouvi falar dela... com certeza ela não é da Grifinória. Quero dizer, ela parece ter nossa idade, não? Mas a gente nunca viu ela antes...
- Mas ela estava com as vestes da Grifinória... - Pedro disse, relutante.
Remo tinha uma das mãos no bolso, agarrando firmemente a corrente dourada que ele tinha achado. Ele olhava para o mapa tão intrigado quanto os outros. Mas algo em sua mente construía hipóteses diferentes das dos seus amigos. Ele poderia não saber exatamente quem era aquela garota. Mas ele tinha quase absoluta certeza de como ela havia parado lá, sem ninguém saber quem ela era.
Mas o que mais passava na cabeça de Remo era se ele contava ou não o que ele sabia para os amigos? Meio relutante, ele largou a corrente.
- Ela... poderia ter vindo de... uma dimensão paralela?
Pedro arriscou, levando logo em seguida um tapa atrás da cabeça. Sirius se sentou novamente, balançando a cabeça negativamente pelo comentário do amigo. Pedro olhou com raiva para ele, mas logo desviou o olhar para o mapa, passando a mão na cabeça.
- Ela pode ter vindo de outra época... quero dizer, tipo viagem no tempo....
Remo disse baixo, mas sua voz demonstrava firmeza. Lílian virou os olhos, mas Tiago olhava intrigado para o amigo. Ele parecia certo demais sobre o que estava dizendo.
- Essa hipótese é tão absurda quanto a do Pedro, não? Acho que é mais provável que ela realmente seja uma aluna daqui... e desse tempo - Lílian adicionou, olhando para Remo - e que a gente nunca notou. Só isso. Se quiserem ter certeza, vamos até a enfermaria amanhã de manhã... Se ela for uma completa estranha para todos do castelo, aí sim poderemos considerar as idéias absurdas de vocês...
Dizendo isso ela se levantou, bocejando. Os garotos perceberam o cansaço chegando também. Sem que eles percebessem, já era mais de 1 da manhã. Lílian balançou a cabeça negativamente.
- Isso é mal. Temos que acordar cedo amanhã. É melhor irmos deitar... amanhã de manhã a gente conversa mais sobre isso...
Os outros garotos concordaram, se levantando também. Remo deu uma última olhada no mapa, para o ponto intitulado Hermione Granger antes de enrolar o pergaminho e guardá-lo na própria veste. Tiago dava um beijo leve de boa-noite em Lílian, o que resultou numa série de falsas tossidas de Sirius e um sorriso maroto no rosto do rapaz.
Tiago fez uma careta para o amigo, enquanto Lílian se dirigia rindo para o dormitório feminino.
- Boa noite garotos...
Acenando, os garotos foram para seus dormitórios, cada qual com sua própria teoria sobre a garota misteriosa. Durante todo o caminho Remo mantinha a mão dentro do bolso, segurando firmemente a corrente achada no campo. Assim que entraram no quarto, a primeira coisa que ele fez foi esconder o achado debaixo do colchão, sem que ninguém mais percebesse.
Ele deu boa noite para os amigos e fechou a cortina da sua cama, deitando-se logo em seguida. Mas o sono não tinha tomado conta dele ainda. Ele fechou os olhos, tentando visualizar novamente aquele rosto suave e confuso na sua frente. "Hermione Granger". E assim ele adormeceu, imaginando quem aquela garota misteriosa poderia ser.
Continua...
Hum... e então? Como a história está andando até agora? Como ninguém deixou um review, só posso adivinhar que está uma droga.... Por isso, seja para falar o que eu já sei, ou para dizer que a história está legal, ok, sei lá! Escrevam um review!!!!!! (Desespero, não?)
Até sábado que vem, com mais um ou dois capítulos (dependendo do quanto eu vou conseguir escrever nessa semana).
