Depois de serem obrigados a sobreviver à condição feminina durante uma semana...
- Lily, o que está fazendo com essas sandálias? - Tiago perguntou, meio que sem querer saber a resposta.
- Eu disse que vocês teriam que aprender a andar com isso. E a dançar com isso também. E lembrem-se que a culpa é toda de vocês e de sua tirania machista.
Sinceramente, eu acho que a Lílian é uma daquelas feministas ferrenhas que adoram implicar conosco, o verdadeiro sexo frágil.
- Eu não vou usar isso. - Sirius olhou temeroso para a ruiva.
- Vai. Ou esqueceu que você aceitou o desafio?
- Mas se a gente vai com o Remo e o Pedro, podemos passar toda a noite sentados. - Tiago objetou.
- Não tem graça. - Lílian os olhou teimosamente - Vocês vão passar o baile inteiro sentados enquanto todo mundo se diverte? Não mesmo. Pelo menos dançar soltos vocês vão ter que dançar.
Bem, desafio é desafio e, já que aqueles dois nunca iam desistir, acabaram aceitando mais aquele sacrifício. Eles também não tinham muita opção, agora que haviam começado, teriam que ir até o fim.
- Essência Feminina -
E passarem pelos momentos mais absurdamente hilariantes de suas vidas...
- Então, isso é uma missão de resgate. Objetivo: foto comprometedora em poder da maligna Bellatrix Black. Agentes: os marotos, ou seja, nós. Alguma pergunta?
- Eu. - Remo ergueu a mão - Onde você busca inspiração para tanta loucura?
- Minha inspiração sou eu. - respondi com um sorriso confiante.
- Seria trágico, se não fosse cômico... - Remo novamente se pronunciou.
- O que quer dizer? - Pedrinho finalmente largou os doces. Milagres existem...
- Esquece. Não vale a pena explicar.
- Marauder's Week -
Eles agora estão de volta!
- Tiago, a Lily está na porta. - eu ouvi Sirius murmurar junto da minha cama.
Eu já tinha experiência suficiente com Almofadinhas para saber o que aquilo significava. A velha técnica de acordar o Pontas...
- Eu não caio mais nessa, Almofadinhas. - eu respondi, virando-me para o outro lado, sonolento.
- É uma pena, porque eu realmente estou aqui dessa vez. Mas, se você prefere dormir... - eu ouvi a voz da minha ruivinha e imediatamente me sentei na cama, encontrando-a encostada ao umbral da porta.
- Li-lily?
Ela deu um passo para dentro do quarto e eu percebi que ela já estava usando o vestido de baile.
- Sirius, você pode nos dar licença? - ela perguntou com a voz suave, como há tempos eu não a ouvia fazer.
Resmungando, Almofadinhas passou por ela.
- Essa pouca vergonha... Cadê um monitor quando a gente precisa deles? Não se pode mais ter privacidade por aqui... Vocês são muito egoístas, sabiam?
Com mais romance...
- Sabe, na verdade... - eu observei trazendo-a um pouco mais para perto - Eu tive medo de trazer um ramalhete porque podia ser maior que você...
A expressão de Lílian imediatamente mudou de puro enlevo para ódio mortal. Como é que as mulheres conseguem conviver com mudanças tão bruscas de humor? Nem eu, que passei uma semana como uma delas, consigo compreender isso!
- Tiago Potter, eu... - ela se levantou, irritada.
Eu sorri, segurando o pulso dela e trazendo-a para meu colo.
- Bem, eu não tenho culpa se você é baixinha...
Ela cruzou os braços, emburrada.
- Estou começando a achar que estava redondamente enganada quando pensei que, namorando você, teria um pouco de paz...
Mais ação...
Um brilho amarelado atingiu Snape na altura da cintura e ele esbugalhou os olhos, tentando desesperadamente se mexer.
- Eu não estou sentindo minhas pernas! O que diabos você está fazendo, Potter!
Eu apenas sorri, misterioso.
- Engraçado, Ranhoso... Eu também não sinto suas pernas...
Ele rilhou os dentes.
- Quando eu sair daqui, eu mato você! - Snape vociferou.
- Ui! Tô tremendo de medo!
- TIAGO POTTER! – outra voz muito conhecida vociferou atrás de mim.
Mais drama...
Eu mordi os lábios de leve, virando-me novamente para Ted, que ainda se entretinha com o Menu.
- Ted?
- Oi? - ele se voltou para mim com um meio sorriso.
- Se a comida estiver envenenada, você volta depois da morte para pagar?
Mais suspense...
Meu coração batia desesperadamente. O que faltava acontecer agora? Não era suficiente eu ter colocado fogo no restaurante?
Não, não era o suficiente. Ainda faltava o golpe final. Senti uma mão pousar sobre o meu ombro. Comecei a suar frio, enquanto rezava para qualquer deus acima de mim que aquilo fosse rápido e indolor...
E, principalmente...
- Você não vai começar do começo?
Lily revirou os olhos.
- É óbvio que vou começar do começo, Tiago.
- Então, se você vai começar do começo, por que está abrindo na última página?
Mais confusão!
- Bem, loucura não é apenas um estado de espírito, Andie. Na verdade, ela é uma filosofia de vida.
Eu cruzei os braços.
- A sua filosofia de vida, não é verdade?
Estrelando OS MAROTOS e...
- Você está muito animado para o meu gosto... – Remo observou, cruzando os braços – O que andou aprontando?
- Porque eu contaria para você? – Sirius perguntou, sorrindo.
- Talvez por sermos uma confraria de malfeitores e, portanto, merecemos alguma confiança da sua parte. Mesmo porque, se você não contar as imbecilidades que apronta, não podemos livrar o senhor das enrascadas em que costuma se meter com tanto entusiasmo.
- Eu? – Sirius respondeu, apontando para o próprio peito dramaticamente – Calma aí, Aluado, não estou aprontando nada! Além disso, eu não confio em ninguém mais do que em mim mesmo. Afinal, eu sou o melhor!
- Seus ataques de modéstia são tão consoladores, Almofadinhas... - Remo observou, meneando a cabeça.
ANDRÔMEDA BLACK!
- Eu vou abrir um negócio! - eu falei com meu tom mais morbidamente bem humorado - Funerária Já Era: a sua desgraça é o nosso lucro! Vou ganhar rios de galeões, especialmente depois que me associar aos melhores clubes de bailarinas comensais!
Em
O GUIA DA COLEIRA
por A. Black
(com comentários absolutamente necessários de T. Potter)
Em novembro...
