Depois que se despedem de Tai e Joe, as garotas seguem seu caminho e Mimi decide falar com Sora sobre o seu aparente comportamento estranho:
– Sora... aconteceu alguma coisa com você ultimamente?
– Como assim?
– É que você tem andado meio diferente, especialmente quando está com o Tai; ele também está meio estranho...
– Não Mimi, não aconteceu nada e eu não estou estranha. Nem o Tai. Não sei do que você está falando! – Sora responde nervosa.
– Está bem. Mas... se estivesse acontecendo alguma coisa você me contaria, certo?
Sora pensa um pouco antes de responder.
– Certo. Claro que contaria, Mimi.
A Mimi é minha melhor amiga e eu não gosto de mentir pra ela, mas não posso contar o que aconteceu entre mim e o Tai. Se eu contasse, só seria mais difícil esquecer o que houve... – Sora reflete a caminho de casa.
No dia seguinte, depois das aulas, Sora volta para casa ainda com o pensamento fixo na noite da festa.
Nem consegui me concentrar direito hoje, não tiro aquela noite do meu pensamento, ou melhor, não tiro o Tai do meu pensamento! – ela pensa durante o banho – Talvez o melhor a fazer seja me afastar um pouco dele... mas eu não quero fazer isso! Porque ele é o meu melhor amigo, e também porque... eu gostei muito de tudo que rolou. Não posso negar isso, apesar de ser muito errado. Preciso parar de pensar nisso, não posso continuar assim. É isso, por mais difícil que seja eu tenho que me afastar do Tai, pelo menos temporariamente, até que eu pare de pensar nele desse jeito. Aí depois quem sabe nós possamos voltar a ser amigos como antes...
Mesmo tendo decidido afastar-se de Tai, durante o almoço com sua mãe, Sora descobre que isso não será uma tarefa fácil.
– Querida, você pode fazer o favor de ir entregar uma encomenda à sra.Kamiya mais tarde?
– Lá na casa do Tai? – Sora pergunta surpresa.
– Claro, Sora. Aonde mais seria?
– Mas mãe, é que eu tenho muita coisa pra estudar e...
– Não vai demorar nada, você volta num instante.
– Está bem, mãe; eu vou – Sora concorda, ainda que contra a sua vontade.
Que ótimo! Agora vou ter que ver o Tai de qualquer jeito! Talvez ele não esteja em casa... Mas uma parte de mim deseja que ele esteja sim porque quer muito vê-lo...
Eu devia estar maluco de achar que as coisas entre mim e a Sora iam continuar como antes depois do que houve! A verdade é que não podemos nem estar juntos no mesmo lugar; pelo menos não sozinhos... Isso ficou bem claro quando nos encontramos no shopping ontem – Tai reflete deitado em sua cama, encarando o teto, distraído – Foi mesmo um grande erro termos dormido juntos, mas ainda assim, por mais que pareça loucura, eu ia adorar fazer tudo de novo... – ele suspira ao ouvir a campainha tocar e levanta-se para atender a porta.
– Oi, Tai.
– Sora! Oi, não esperava que viesse aqui... – ele diz surpreso ao ver Sora, principalmente por ter estado pensando nela há um minuto.
– Pois é, nem eu. A sua mãe está em casa?
– Não, ela saiu com o meu pai já faz um tempo.
– E a Kari?
– Ela também não está.
– Então... isso quer dizer que você está... sozinho?
– É, eu estou sim.
Eles ficam em silêncio. Sora continua parada do lado de fora enquanto Tai continua segurando a porta aberta.
– Você vai entrar ou vai ficar aí fora?
– Bem, eu... está bem.
Sora entra e caminha alguns passos hesitantes até a sala.
– A minha mãe me mandou trazer uma encomenda da sua mãe. Você pode entregar pra ela?
– Claro, assim que ela chegar eu entrego sim – Tai responde fechando a porta e vindo ao encontro de Sora – Sabe Sora, eu andei pensando... por mais que a gente tente, as coisas entre nós não vão voltar a ser como antes, não dá...
– É, eu também acho isso... Por isso acho que deveríamos nos afastar um pouco, pelo menos por enquanto, até a gente esquecer o que houve...
– Talvez você tenha razão. Mas fazer isso é muito difícil por dois motivos...
– Quais motivos?
– Nós sempre estivemos juntos, o tempo todo. Não quero me afastar de você... – Tai afirma sério, sentando-se no sofá.
– Eu também não quero... – Sora responde sentando-se ao lado dele.
– E o segundo motivo é que... está difícil esquecer o que houve... – ele diz em voz baixa, virando-se para ela.
Sora o observa atentamente por alguns instantes. Como posso esquecer se não tiro você do meu pensamento?
Ela aproxima-se mais de Tai e coloca as duas mãos em seu rosto. Ele apenas observa surpreso enquanto ela aproxima seus lábios dos dele lentamente. Ele corresponde imediatamente, e sem pensar duas vezes a abraça, aprofundando ainda mais o beijo.
Eles continuam curtindo o momento intensamente até que escutam o barulho de chaves na fechadura da porta. Os dois interrompem o beijo e levantam-se do sofá rapidamente, segundos antes dos pais de Tai abrirem a porta.
– Olá, Sora! Como vai?
– Tudo bem, sra.Kamiya. A minha mãe me mandou entregar isso pra senhora – Sora responde nervosa, pegando o pacote que havia deixado na mesinha de centro e o entregando à mãe de Tai.
– Ah, sim, obrigada, querida.
– Eu preciso ir agora – ela diz virando-se para Tai – Até logo, sr. e sra. Kamiya. Até outro dia, Tai.
– Claro, Sora. A gente se fala depois – Tai responde tentando soar casual.
Depois que Sora se vai, Tai se pergunta o que estará acontecendo de verdade entre eles.
Logo depois de sair do apartamento de Tai, Sora dirige-se até a casa de Mimi.
– Sora, que bom te ver! – Mimi exclama animada ao abrir a porta para a amiga.
– Mimi, eu preciso falar com você. Urgente!
– Nossa, o que pode ser tão importante assim?
– É que está acontecendo algo novo e muito forte comigo e eu preciso te contar.
– Você está me deixando muito curiosa! Vem, vamos pro meu quarto...
No quarto de Mimi...
– E então, Sora? O que aconteceu? Que mistério todo é esse?
– Bom... pra começar, lembra que você vivia insistindo que o Tai e eu formávamos um casal lindo, que devíamos ficar juntos e tudo o mais?
– Claro que lembro. E você sempre disse que isso era bobagem e que vocês eram bons amigos...
– Pois é, mas acontece que sábado à noite as coisas mudaram.
– Mudaram como?
– Depois da festa, quando todo mundo foi embora, o Tai e eu ficamos conversando, e começamos a falar sobre os casais que existem no nosso grupo; aí eu perguntei pra ele por que nunca tinha rolado nada entre a gente e nós dois concordamos que isso seria muito estranho. Mas aí ele disse que a gente devia experimentar mesmo assim...
– E aí?
– Nós nos beijamos.
– Vocês se beijaram? Sério mesmo? Puxa vida, eu...
– Você já ficou surpresa nessa parte? A história ainda não acabou!
– Tem mais?
– Tem sim. Tanto ele quanto eu tínhamos bebido um pouco a mais do que devíamos...
– Um pouco?
– É, mas o suficiente pra fazer besteira. Depois do beijo, nós nos beijamos de novo e depois outra vez e aí...
– E aí o quê, Sora? Fala de uma vez!
– Nós transamos.
– O quê? Você e o Tai... transaram? Você não está falando sério, está?
– Estou sim, Mimi. Muito sério.
– Quer dizer que vocês estão juntos agora!
– Não exatamente...
– Mas por que não?
– Porque nós dois concordamos que foi tudo um grande erro e que era melhor esquecer o que houve e continuarmos sendo só amigos.
– Bom, se vocês acham que é melhor assim...
– Esse é o problema: isso não é o melhor, porque quando nós ficamos juntos não foi estranho, nem esquisito, nem ruim como deveria ter sido se tivesse sido mesmo um erro.
– Mas se não foi estranho então quer dizer que foi...
– Ótimo! Totalmente incrível! Eu sei que não devia estar me sentindo assim, mas não consigo parar de pensar no Tai e em como foi gostoso estar com ele... na cama...
– Puxa vida, aposto que você nunca tinha imaginado que isso podia acontecer...
– E pra completar, agora há pouco quando estava na casa dele, não consegui resistir e dei um beijo nele!
– E ele?
– Ele correspondeu e nós só paramos porque os pais dele chegaram. A questão é: mesmo que eu tenha tentado negar, não posso mais esconder, preciso admitir de uma vez! Eu adorei, amei, ter uma relação "não-platônica" com o Tai!
– Sabe Sora, eu gostaria de dizer que estou surpresa com isso, mas a verdade é que não estou não. Sempre deu pra perceber de longe a "química" entre vocês, era só uma questão de tempo ate que rolasse alguma coisa... Mas agora me conta: como o Tai é na cama?
– Ai, Mimi, você sempre quer saber os detalhes de tudo mesmo, hein?
– Ah, eu só estou curiosa, só isso...
– Ele é... demais!
– Melhor que o Matt?
Sora olha para Mimi com cara de "você não tem jeito mesmo, não é?" e então responde com um sorriso sem jeito:
– Muito melhor. Não dá nem pra comparar...
– Então o que você tem a fazer é aproveitar a oportunidade, Sora!
– Você acha?
– Claro, com certeza!
– Não sei não, Mimi. Tenho medo de que não dê certo... não quero perder o meu melhor amigo...
Continua...
Nota da autora:
Oi povo! Será que o Tai e a Sora vão finalmente se entender? Continuem acompanhando!
Tsuki Koorime: Nessa situação o dia seguinte foi mesmo terrível! Que bom que vc está gostando da fic! Obrigada pela review! Até o próximo capítulo! Beijinhos!
Sweet-Gabizinha: Que bom que vc tá curtindo a fic tanto assim! Obrigada pelo elogio! Beijinhos!
Suzumi Hina: A Sora e o Tai dormindo juntos só mesmo em fic, né? Valeu pela review! Beijinhos!
Suzuno: O Tai e a Sora continuam enrolando, né? Valeu pela review e até o próximo capítulo! Beijinhos!
Rayana Wolfer: É verdade, Tai e Sora são mesmo "o casal" de Digimon, com certeza deviam ter ficado juntos! Obrigada pela sua review! Beijinhos!
Mii-chan: Oi! Claro que lembro de você, fico feliz que tenha vindo conferir outras fics minhas, valeu mesmo! Bom saber que vc tá curtindo essa fic também, valeu pela review! Beijinhos! Tô esperando outras reviews suas, viu?
Ai-Chan: Pois é, é a modernidade rsrs! As coisas não podem ficar como estão, mas eles são tão teimosos, será que vão ficar juntos? Só lendo pra saber rsrs! Beijinhos!
Bjks pra todos!
Estelar
